Barbara 06/05/2022
Eu nunca poderei curá-lo. Porque eu sou sua doença?.
Gente, que livro! Angustiante e ao mesmo tempo tão profundo. Comecei a ler o colecionador por acaso, estava sem saber o que ler, vi o livro na estante e o peguei. Decidi começar a ler e que bom que fiz isso.
O livro conta a história de Frederick Clegg e de sua obsessão pela jovem Miranda. Miranda é linda, cheia de vida, ama arte e tudo o que é intenso. Clegg é solitário, não tem amigos, sua única paixão, além de Miranda, é colecionar borboletas. Da janela do seu trabalho, ele sempre a observava em silêncio, sabia tudo relacionado a ela, onde estudava, quem eram seus pais, seus amigos, o que fazia nas horas livres, sabia tudo. Até aquele momento, sua obsessão por Miranda não passava disso, então ele ganhou uma grande quantia em dinheiro na loteria e teve a brilhante ideia de comprar uma casa em um local afastado e levá-la para ser sua ?hóspede?.
O texto é narrado sob duas perspectivas: Na primeira parte, toda a história é contada por Clegg. Depois, na segunda parte, a mesma história é contada sob a perspectiva de Miranda em forma de diário, onde ela escreve tudo o que está acontecendo, seus sentimentos, pensamentos e algumas lembranças do passado. A terceira parte é o desfecho.
O livro é uma mistura de romance de suspense, romance filosófico, além de um apanhado de ideias sobre sexo, arte, classes sociais e até mesmo o propósito da vida, como muito bem descreve Stephen King, na introdução do livro.
Ler esse livro foi uma experiência maravilhosa, primeiro por ser um ótimo suspense, depois, por me fazer refletir muito com grande parte das coisas que Miranda falava sobre Clegg, seu comportamento, pensamento e sentimento em relação à ele - Confesso que a parte onde Miranda narra os fatos é um pouco cansativa, pois ela entra em muitos devaneios a respeito do seu passado e de sua paixão? Será que posso considerar assim? Por G.P., um pintor que ela conheceu em Londres quando foi estudar arte e que é bem mais velho que ela; por isso o motivo de 4,5 estrelas e não 5. Até mesmo Clegg me fez refletir.
Estou muito feliz em ter conhecido esse clássico. Me emocionei demais lendo, principalmente na última parte. Espero que quem ler, aproveite tanto quanto eu aproveitei. Quero fazer uma releitura em breve, esse livro pede isso.