Primeiras estórias

Primeiras estórias João Guimarães Rosa




Resenhas - Primeiras Estórias


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CSK 12/10/2022

Não tenho nem oq dizer...depois de Drummond, Guimarães é minha outra paixão.
São 21 contos que nos transportam para universos paralelos e sem dúvida geniais de Rosa.
Leitura obrigatória.
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Daniel 23/10/2022

Meu primeiro Guimarães Rosa
Sempre tive receio de ler Guimarães Rosa, pois, assim como James Joyce, imaginava que não tiraria o devido proveito de sua obra sem uma necessária maturidade como leitor. Eu estava certo. Mas fui pegando o jeito no caminho. Li e reli trechos que me foram incompreensíveis, e entendi que certas estórias eram melhor entendidas numa segunda leitura.
A minha impressão é que a leitura à primeira vista tem sua dinâmica interrompida por palavras "roseanas" que te forçam a LER a palavra sílaba por sílaba; o que contrária o processo da leitura normal, onde nosso cérebro traduz palavras inteiras sem interrupção e sem perder o fio. Contribui também para isso a pontuação e os destaques que ele utiliza, onde vírgulas e pontos, um ou dois, e itálico etc, seguem mais uma estrutura estética que normativa.
Enfim, quebrou minha cabeça e me tirou do conforto. Mas eu gostei. Gostei a ponto de querer mais. Gostei a ponto de me pegar interrompendo a leitura pra admirar uma simples sentença aqui e outra ali, de tão bonitas que soavam a poesia - como tenho certeza, era sua intenção. (Obs: prefiro não referenciar o modernismo ou outro movimento literário por desconhecimento meu.)
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Gabriel Oliveira 05/11/2022

Um Guimarães Rosa breve
Os contos curtos de Guimarães Rosa reunidos nessa obra são chamados de estórias, palavra que deriva da língua inglesa para denominar os contos e relatos breves, geralmente de tradição oral, folclórica.

Para quem já leu Grande Sertão Veredas ou Sagarana, não há muito de novidade nessa obra aqui. Na verdade, acho que esse livro é bem menos conhecido justamente por conta de um padrão que se repete nos contos, e que parece mostrar a intenção não tão explícita do autor: é uma obra mais experimental.

O prefácio de Paulo Rônai é extenso e bastante analítico, e ilumina muita coisa do que irá vir. Ali o famoso tradutor húngaro já deixa claro que vamos encontrar contos que, além de sua linguagem completamente inventiva, possuem um enredo que não privilegia o clímax, que termina em apaziguamento e resignação. Isso pode ser um defeito para os acostumados com plot-twists, mas não tira o mérito da obra.

O maior defeito, para mim, de Primeiras Estórias, é um certo ar de laboratório que os contos possuem aqui. Tenho a sensação de que Rosa estava escrevendo e guardando todos esses textos como espécies de rascunhos, onde uma obra seria carregada num certo elemento (por exemplo, linguagem pedante) enquanto outra seria carregada pelo humor; outra, seria mais puxada para o drama existencial.

É essa a sensação que dá quando você coloca lado a lado obras como Famigerado e A terceira margem do rio. São obras super desiguais. Aliás, tirando o segundo conto citado, o livro perde quase toda a sua potência.
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Moacir 19/11/2022

Muitas vidas, muitas histórias
Como um livro de contos há aqui histórias diversas, diversificadas, onde se percebe a pena desse autor sertanejo, de grandes sertões. Algumas famigeradas, não se ofenda, outras nem tanto assim. Dentre as ouvidas e contadas por diversos há suspenses como "Famigerado" e "A Terceira Margem do Rio", bem como outra menos proseada, "Luas-de-Mel"; tem ainda a profunda sensibilidade da invisível "A Benfazeja". Necessita-se releituras para que se compreenda melhor outras tantas e nem tantas assim. Muitas vidas desfilam por esses rincões de Primeiras Estórias.
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Ana 26/12/2022

Que obra-prima da literatura!! A forma com que Guimarães Rosa faz o uso do português é fantástica. Eu amei ?A terceira margem do rio?, que conto maravilhoso! Dá vontade de reler várias vezes de tão precioso.
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marce.thv 05/02/2023

"A 3° margem do rio"
Sei que muitos pegaram para ler unicamente esse conto, mas o livro como um todo trás consigo vários contos que nos fazem pensar por horas a fim. A 3° margem do rio fala sobre o esquecimento, o isolamento e digo até mesmo o que seria uma busca pelo desconhecido, que talvez não valha tanto a pena ser buscado tão veementemente assim..contudo, é a minha obra favorita do Guimarães Rosa, e tenho certeza que a narrativa nós permite fazer várias interpretações diferentes.
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riamarialuiza 05/02/2023

Só vivo no supracitado
Com Rosa, vale o esforço, o aprendizado do que é nosso-único. Li em idos de 2016 e agora na releitura me peguei novamente nos desafios e delícias da leitura que não é fácil, mas é prazerosa.

Prazerosa porque - e isso sem querer julgar traduções e o trabalho árduo dos tradutores- ler Rosa em português é privilégio, porque a maneira como ele mantém a nossa língua viva é uma coisa muito intensa de se ver-ler.

Das "estórias" favoritas contidas nesse livro: "As margens da alegria", "A menina de lá", "Partida do audaz navegante", "Substância" e o "Os cimos";

Das "estórias" favoritas da vida, sem dúvida, "A menina de lá" e "Substância".

Os tempos mudam, no devagar-depressa dos tempos, fica a magia da nossa literatura, da qual Rosa foi um dos melhores e que faz habitar dentro o voo dos pássaros.
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Geórgia 18/03/2023

Primeiras estórias
O meu interesse nesse livro foi principalmente por causa do conto "A terceira margem do rio". De Guimarães Rosa já tinha lido o "Grande Sertão Veredas", feito do qual me orgulho muito. Mas depois dessa coletânea de contos me sinto um tanto quanto idiota. Sendo bem sincera, foi uma leitura MUITO difícil. Alguns contos consegui ler com mais facilidade, outros tive que pesquisar pra entender melhor, e alguns até agora não sei do que se trata. Eu tô decepcionada comigo mesma. Acho que eu superestimei minha capacidade leitora.
Definitivamente, não é um livro de cabeceira. É uma leitura difícil e que requer dedicação.
Deixo um destaque para os contos "As margens da Alegria" e "Nenhum, nenhuma".
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Mauro 22/03/2023

Ótimos contos. Difíceis, mas que valem a pena.
Ao ler o livro Primeiras Estórias de Guimarães Rosa, parece-me que encontramos o escritor aqui já completo, mesmo sendo apenas seu primeiro livro de contos.
O autor consegue nos levar ao eterno interior do Brasil com suas histórias atemporais, universais. Às vezes com um pezinho no humor, ou no sobrenatural.
Destaques ao conto "Famigerado", onde um vaqueiro fica encafifado ao ser chamado pela palavra que dá título ao conto e busca saber se aquilo de famigerado é algo bom ou ruim.
"A Terceira Margem do Rio" nos toca sutilmente. É um conto de realismo fantástico ou realmente sobrenatural? O que seria essa terceira margem do rio para onde o pai do protagonista se foi? Um lugar inalcançável, sem dúvidas.
"Um moço Muito Branco". Um conto sobre um homem estranho que aparece no interior, como e caído do céu. Alienígena ou anjo?
Enfim, essa é uma pequena amostra dos incríveis contos que encontramos nesta obra!
Nota: 7,5
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Gabriela1395 26/03/2023

Como sempre, a escrita de Guimarães Rosa é poética e envolvente. Algumas histórias me deixaram refletindo por alguns minutos, como o conto Nenhum, Nenhuma, sem dúvida meu favorito.
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Cigana.Geek 25/04/2023

Introdução ao estilo rosiano
É um livro que a gente finge que entende a maioria das coisas e faz cara admirada quando termina cada conto. Mas não é, necessariamente, uma leitura prazerosa.

Alguns contos são realmente de arrebentar. A Menina de Lá me pegou de jeito, O Espelho é fantástico, Famigerado é muito divertido, A Terceira Margem do Rio faz jus à fama. Mas muitos outros são chatos e esquecíveis, como Sorôco, sua mãe, sua filha e Pirlimpsiquice, que sinceramente eu pulei.

Tomo este livro como essencial para iniciar no universo rosiano, acostumar-se a sua escrita e apreciar melhor outros trabalhos. São altos e baixos, mas os altos são picos de beleza singular.
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Nathalya.Gaspar 03/07/2023

Primeiras estórias
É um livro com vários contos, uma leitura cansativa, com palavras difíceis, pra ler Guimarães Rosa tem q ta com dicionário do lado e saber q vai ter palavras q n vão estar no dicionário tbm kkkk, o famoso neologismo, um livro mt bom, meu conto favorito foi a terceira margem do rio, claro, o mais famoso tbm kkk, mas é uma leitura q vale a pena, um clássico
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Henrique Fendrich 11/07/2023

Li este livro antes do "Grande Sertão", e tive também o natural estranhamento com a linguagem, mas acho que, mesmo nessa leitura, não deixei de perceber muita beleza nas histórias, a qual era maior conforme eu conseguia me "abstrair" do sentido exato das palavras e mergulhar de fato na narrativa.
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Guilherme Amin 17/07/2023

Quando é bom, é maravilhoso
... mas, quando não é maravilhoso, não é bom.

Foi a impressão que tive ao terminar este livro e repassar seu índice para rememorar o que li.

"Primeiras estórias", por alguns, é considerado um bom livro para contato inicial do leitor com Guimarães Rosa. O que não costuma ser fácil, dadas as famosas características do estilo do escritor: poético, experimental, inventivo, confuso, anticonvencional, regionalista; uma prosa inimitável e desafiadora.

Com propriedade, Paulo Rónai argumentou que "o leitor brasileiro que porventura entrar em contato com a arte de Guimarães Rosa através de 'Primeiras estórias' inevitavelmente haverá de experimentar um choque, devido à agressiva novidade do estilo, à qual os leitores antigos do autor vêm se habituando progressivamente".

Ler em voz alta ou com o acompanhamento de um audiolivro pode amenizar esse choque.

Dos 21 contos, gostei muito de oito: "Famigerado", "Os irmãos Dagobé", "A terceira margem do rio", "Nada e a nossa condição", "O cavalo que bebia cerveja", "Um moço muito branco", "Luas-de-mel" e, principalmente, "A benfazeja". Gostei tanto que os achei maravilhosos, na forma e no conteúdo! Mas os demais não me trouxeram prazer, nem sequer o prazer estético que, em último caso, esperava sentir com a obra de um escritor importantíssimo do modernismo. Tanto que, ao revisitar o índice e folhear brevemente o livro após o término, percebi que alguns contos foram simplesmente esquecíveis. Pareceram-me um exercício experimental de fetichismo do autor pela sua forma.

Em geral, foi uma leitura construtiva, importante, magnífica nos pontos altos e muito chata nos baixos.
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Romeu Felix 29/07/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"Primeiras estórias" é uma obra icônica de João Guimarães Rosa, uma das maiores referências da literatura brasileira. Publicado em 2005 pela editora Nova Fronteira como parte da coleção "40 Anos 40 Livros", o livro apresenta uma coletânea de contos que reflete a genialidade e originalidade do autor.

Com suas 216 páginas, Guimarães Rosa nos brinda com histórias envolventes e repletas de linguagem inventiva, característica marcante de sua escrita. Os contos exploram temas universais como o amor, a morte, a natureza humana e as tradições do sertão brasileiro.

A narrativa de Guimarães Rosa é densa e rica em detalhes, proporcionando ao leitor uma imersão profunda nas vidas e conflitos dos personagens. Através de uma linguagem poética e inovadora, o autor retrata a riqueza e a complexidade da cultura sertaneja, criando um universo literário único e apaixonante.

A edição da Nova Fronteira é cuidadosa, valorizando a riqueza da prosa de Guimarães Rosa e sua capacidade de retratar a essência do povo brasileiro. As 216 páginas são uma viagem literária que nos leva a um Brasil profundo e autêntico, apresentando a visão singular do autor sobre a vida e as emoções humanas.

Em resumo, "Primeiras estórias" é uma leitura obrigatória para os apreciadores da literatura brasileira e para aqueles que desejam conhecer a genialidade de João Guimarães Rosa. Com 216 páginas, o livro é uma obra-prima que nos transporta para um mundo de beleza e poesia, deixando uma marca indelével em nossos corações e mentes. Uma leitura que nos desafia a refletir sobre a condição humana e a riqueza da cultura brasileira, reafirmando o legado duradouro do autor na literatura mundial.
Por: Romeu Felix Menin Junior.

site: https://www.instagram.com/reflexoes.paginasadentro/
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