Caninos Brancos

Caninos Brancos Jack London




Resenhas - Caninos Brancos


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Julio.Cesar 26/11/2022

Um livro muito bom que me surpreendeu.
Mal havia acabado a leitura de "O Chamado Selvagem", que foi o primeiro livro do Jack London que eu li, e eu já queria ler mais do que o autor podia oferecer, e, foi assim, que cheguei em "Caninos Brancos".

Apesar da lentidão presente no início do livro, o romance consegue recompensar essa monotonia no decorrer da narrativa, com o nascimento do nosso querido cão-lobo, Caninos Brancos, suas primeiras desventuras quando filhote e, posteriormente, a literal metamorfose pela qual passa nosso personagem-título durante sua estadia com Castor Cinza e outros índios (com o adendo de que esta parte foi, para mim, o ápice do livro, tanto que o livro já valeria por si só se apenas dependesse dela).

Mas, infelizmente, não posso dizer o mesmo do resto do livro, apesar de haverem algumas passagens muito boas. Foi um pouco desinteressante, apesar de decente. É isso, recomendo.
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Lorraynne Freitas 19/12/2022

Caninos Brancos de Jack London é um dos livros mais incríveis que eu já li. É o tipo de história que é capaz de despertar todo o tipo de emoção e nos remete a um debate filosófico importantíssimo.

Ao falarmos sobre a bondade e a maldade que habita o homem e suas atitudes, lembramos do embate entre Rousseau e Hobbes. Mais precisamente, a disputa entre a origem da maldade no homem. Ou seja, o homem é mal por natureza ou é o meio que o corrompe?

Narrada do ponto de vista de um lobo, London explora a construção do caráter de um ser e como o ambiente e as pessoas podem influenciar a forma como este caráter se estabelece. O lugar aonde nasce, as pessoas que encontra no seu caminho, as situações que passa constróem e destroem um ser, encaminhando para o bem ou para o mal.

?O deus sentou-se a pouca distância, e Caninos Brancos não viu perigo algum nisso. Quando os deuses castigavam, faziam-no de pé. De resto esse deus não trazia qualquer pau ou arma de fogo. Demais, ele estava solto; nenhuma corrente nem vara o prendia: poderia pôr-se a salvo, enquanto o deus se levantaria."
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Sidney Matias 16/03/2013

Jack London – CANINOS BRANCOS
Caninos Brancos, clássico da literatura de aventura, seguindo a mesma linha do seu livro anterior O Chamado Selvagem, aonde Buck um cão doméstico transforma-se em um lobo selvagem nas terra gélidas do Alasca, que você também poderá apreciar aqui no blog.
Jack London nos traz uma empolgante história, mas em sentido contrário a primeira, traçada paralelamente entre animal e homem, natureza e civilização.
O leitor irá acompanhar a odisséia de um lobo, desde o nascimento, iniciando em seus primeiros passos na difícil lei da selva, em uma busca continua pela sobrevivência, passando por diversos donos até ser domesticado e a civilização o possuir por completo.
Caninos Brancos é bisneto do cão protagonista em O Chamado Selvagem, e o ponto de partida de sua jornada é exatamente aonde seu antecessor Buck terminou.
Jack London consegue invadir o íntimo dos animais, nos trazendo de uma forma simples e singular o ponto de vista do lobo.
Desde seus vários donos, estes vistos como Deuses na concepção do animal, Deuses esses destinados apenas a servidão, até o encontro definitivo com seu único Deus, dosado de um amor incondicional vindo de uma criatura selvagem, destinado a um homem.
Para todos que gostam de animais, é uma leitura obrigatória.
Caninos Brancos fica dividido entre dois mundos, este primeiro dosado da liberdade nas florestas, já do outro lado um mundo que o levaria a domesticação com atos violentos totalmente submisso ao “Deus” homem.
Logo no inicio do livro, Jackon London nos presenteia com um belo suspense em um dos lugares mais inóspitos do Alasca com temperaturas abaixo de -50º. Uma expedição, com a missão de levar uma carga, composta também por um cadáver, utilizando trenos puxados por uma matilha de cães, rumo ao forte MacGurry. Encurralados por uma alcatéia de lobos famintos, dispostos a tudo por um misero pedaço de carne, durantes as investidas das criaturas selvagens, muitas vidas são ceifadas, e os poucos indivíduos que restaram, passam momentos de perturbação e agonia, um terror constante na luta pela sobrevivência. Aonde o apelo pela fome irá ditar as regras.
Os detalhes da aventura é um dos atrativos do livro, a forma como pensam e agem os animais, muito bem relatada pelo autor que nos fascina de uma maneira cativante. Uma viagem sem rodeios, rumo as florestas e acampamentos indígenas.
É sempre muito interessante em sua narrativa, a forma que Jack London enxerga todo o desenvolvimento dos personagens, seja esse indivíduo animal ou homem, moldado pelo meio em que vive e suas atitudes.
Baseado no processo de adaptação, tanto psicológica quanto física, a qual Caninos brancos é submetido em cada etapa de sua vida, facilmente o leitor irá notar que esse desenvolvimento é muito parecido com o de um ser humano.
Uma aventura comovente e emocionante, em que o lobo inicialmente como a natureza o concebeu, uma fera hostil, segue até alcançar o significado do amor e do respeito em seu último lar na civilização junto de sua família.
Uma obra dinâmica, contada com muita inteligência, obrigatória aos amantes de uma boa aventura.


Após a leitura de Caninos Brancos, pergunte a si mesmo, se é válido afirmarmos que as situações extremas nos colocam como amantes e defensores de nossa própria vida? Você diria que a ”lei da selva” é cruel?


A floresta escura de abetos erguia-se carrancuda de ambos os lados do rio congelado. As árvores tinham sido despidas de sua cobertura branca de gelo por um vento recente e pareciam inclinar-se umas para as outras, negras e agourentas, na luz evanescente. Um vasto silêncio reinava sobre a terra. A própria terra era uma desolação, sem vida, sem movimento, tão solitária e fria que seu espírito não era nem mesmo o da tristeza. Havia um laivo de riso nela, mas de um riso mais terrível que qualquer tristeza - um riso que era tão sombrio quanto o sorriso da Esfinge, um riso tão frio quanto o gelo e compartilhando a severidade da infalibilidade. Era a imperiosa e incomunicável sabedoria da eternidade rindo da futilidade da vida e do esforço de viver: Era a Natureza, a selvagem, a de coração gélido, a Natureza das Terras do Norte.


Titulo: Caninos Brancos
Titulo original: White Fang
Autor: Jack London
Ano de lançamento: 1906
Editora: Martin Claret
Páginas: 200

Boa leitura

Sidney Matias
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Angela.Dutra 12/02/2023

Neve e amor
Poético, doloroso, incrível!!
Um livro que mexe com nosso coração e com nossa alma. Faz nos imaginar o sentimento de um animal que não faz parte do nosso dia a dia, mas que muitas pessoas admiram por sua beleza e força.
Cada página lida nos faz imaginar o frio do clima, a beleza e os perigos da floresta em meios frases poéticas e de construções lindíssimas.

Aventura, drama e poesia. Esse livro é mundo em vários sentidos.
Angela.Dutra 21/02/2023minha estante
Adoro cada detalhe desse livro (desde a capa até a última imagem criada em
minha mente)




Tayene 28/12/2015

Muito mais que aventuras caninas
Caninos Brancos é um livro que surpreende desde o início por ser um história narrada em terceira pessoa, cujo protagonista é um lobo ou "quase lobo", mas que em nenhum momento se torna enfadonha ou desinteressante no que tange a sua temática.
Acompanhando a vida de Caninos Brancos, Jack London narra detalhadamente a evolução do animal por meio de descrições precisas do ambiente que o cerca e dos sentimentos e instintos que o movem e o fazem parecer tão humano e dotado de uma extraordinária capacidade cognitiva para sua espécie.
Em meio às aventuras do lobo, o leitor é transportado ao habitat selvagem onde o personagem viveu, ainda que em meio a civilização, conectando o leitor com os pensamentos do lobo e com ele criando empatia, por meio de seu sofrimento, das dificuldades vividas, das primeiras descobertas e do desenvolvimento e construção de seu caráter.
O livro transmite uma bela mensagem de como a sociedade e o ambiente em que um ser vivo é criado pode moldar a sua personalidade, tornando-o um ser solitário e odiado ou amoroso e leal, por isso impossível desvincular a obra dos ideais darwinistas, de evolução e seleção natural.
Considerando que a obra foi publicada em 1906, por vezes observa-se na linguagem do autor demonstrações de como a sociedade da época poderia ser preconceituosa, como por exemplo, quando o autor fala dos deuses brancos superiores e deuses inferiores, que eram os índios.
É um livro recomendado por sua riqueza literária e narrativa fluida, que tira o leitor de sua zona de conforto e o desafia a ter uma nova percepção da sociedade, totalmente diferente, a partir do ponto de vista de um animal, ainda que, por vezes, peque ao atribuí-lo pensamentos muito humanos, sem que essa tenha sido a intenção do autor.
Victor Leonardo 29/12/2015minha estante
Ainda não li Caninos brancos, mas a "prequel", "O Chamado da Florest". Gostei muito na época.




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Thomas.Lincon 30/12/2022

Sensacional
Este livro é um dos meus preferidos, foi um dos primeiros e o que me fez gostar da leitura. Recomendo a todos.
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Priscila 16/03/2023

Jack London parece adepto ao determinismo social, mas não deixa de reconhecer o papel da natureza/genética do indivíduo. Tirando isso, gostei muito do "adestramento" de Caninos Brancos - melhor dizendo: do processo de transformação e da explicação do inconsciente, não do método. Tadinho, passou por cada uma... O final é só amor.
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Pr.Thiago 20/07/2020

EMOCIONANTE.
Este livro foi uma grata surpresa. A história é cativante. Não dá vontade de parar nunca.
O que Caninos Brancos sofre não é fácil. Escrita fluída. Catártico. Recomendo.
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Konshal 05/12/2020

Caninos Brancos é o protagonista do livro de Jack London. Filhote de lobos selvagens sob o inverno rígido canadense, Caninos Brancos é uma síntese da domesticação, quando abandonam a vida selvagem e se submetem à fidelidade ao homem.

Nesse processo, o lobo convive com o melhor e o pior que a raça humana pode ter. A narrativa assume, em grande parte do tempo, aquela consciência que tal criatura teria se assim pudesse expressá-la como nós. Um aprendizado feito na base da tentativa-e-erro no ambiente selvagem e na observação, quando ao lado dos homens: a falta de carinho de Castor Cinza, a maldade crua de Beleza Smith e a (até que enfim) afetuosidade de Weedon Scott e família. Estes sim, à altura de receber toda a fidelidade que Caninos Brancos estava disposto a entregar.
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Kronecker 20/12/2020

Emociante
Foi um dos primeiros livros que eu peguei na biblioteca do colégio. E admito que peguei por obrigação porém o livro é muito emocionante e me prendeu do início ao fim além de ter um ótimo desfecho. Tenho um amor grande por esse livro porque ele foi um dos primeiros livros a despertar meu interesse por leitura. Confesso que chorei algumas vezes.
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Nichele 25/09/2022

Eu realmente amei esse livro, o início é simplesmente perfeito, acompanhar o Caninos Brancos por tudo que passou, me deu muita raiva. Somente o final que achei muito jogado, sem sentido algum com a história. Mas recomendo por que o final é bem pouco em comparação com o resto. Uma ótima leitura!
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amanda 23/01/2021

bendito lobo
escrita: 4
personagens: 4.5
andamento: 4
premissa: 4
final: 4.5

[(Caninos Brancos) Contemplara a vida num aspecto mais feroz, lutara, enterrara os dentes na carne de um inimigo e sobrevivera.]

[o objetivo da vida era a carne. a própria vida era carne. a vida vivia da vida. havia os que comiam e os que eram comidos. a lei era: COMER OU SER COMIDO.]

[tendo lhe sido negada a expressão de poder entre sua própria espécie, ele caía sobre as criaturas menores, e ali vindicava a vida que nele havia.]

[foi o começo do fim para Caninos Brancos - o fim da antiga vida e do reino do ódio.]
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Fabricio.Macedo 04/05/2021

Caninos Brancos (Jack London, 1906) conta a história de um cão selvagem. Um lobo domesticado pela civilização. A idéia é bem própria dos humanos. Não falo da domesticação dos animais e sim do quanto os processos de educação nós domesticam, levando-nos a obediência, gerando crises internas, existenciais. Em Caninos Brancos, o instinto e a lei exigem obediência, enquanto o crescimento, a desobediência. E é assim mesmo com a gente em tempos de infância. Crescimento é vida e vida é luz. Assim, medo e obediência foram engolidos pela corrente da vida. O medo, mal que herdamos culturalmente, foi superado pelo crescimento que tornou a forma de curiosidade. Impossível não ver nuances do desenvolvimento transgressor e infantil ao ler Caninos Brancos.
Caninos Brancos nos ensina a tomar cuidado com o que tem vida. Delas, vem o inesperado. Devemos estar preparados para tudo. Sempre esperando tudo de todos como se não quisessemos sofrer a tristeza da decepção. Para este cão meio lobo, "as coisas nem sempre são o que parecem". Vale aprender com esse cão: desconfie sempre das capas, das aparências; o desconhecido pode se manifestar de formas inimagináveis. A vida não nos oferece a capa da proteção contra os que se passam por "deuses" e "poderosos". No entanto, em algum momento do existir alcançaríamos o nível de "preparados para tudo"?
Caninos Brancos foi levando sua vida sob cautela. Embora curioso a descobri-la. A herança do medo era sua essência. Mas era justamente essa tensão provocada pelo crescimento que o movia a ir, a aprender, a fazer, a experimentar, a viver. A viver em certa dependência dos outros. "(...) é sempre mais fácil contar com os outros do que se arranjar sozinho." Contar com os outros me remete a fidelidade, sentimento dos parceiros da vida. Caninos Brancos era um cão fiel. Assim o foi com o seu dono.
Caninos Brancos vivia o sonho da liberdade. Este era um imperativo para ele. Era preciso sentidos aguçados para avançar sobre a corredeira da vida, para impor-se aos desafios. Vivia em discrição. Não exibia seus sentimentos. Mais um efeito pelo qual passam todos os (caninos) domesticados. Caninos Brancos era um cão amoroso. "Ele amava com exclusividade e se recusava a se baratear ou a baratear o seu amor."
Como Caninos Brancos, sigamos em inteligência o caminho da luz, da Vida.
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