Grotescas

Grotescas Natsuo Kirino




Resenhas - Grotescas


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Cláudia 13/02/2012

Yuriko é um monstro (segundo sua irmã mais velha), ela é a garota mais linda do mundo, tão diabolicamente bela que chega a ser monstruosa. A irmã mais velha – que não tem nome – é muito feia, a mistura da mãe japonesa com o pai suíço só beneficiou Yuriko, a outra teve que se contentar com sua inteligência e sua infinita maldade. Kazue é uma garota muito esforçada e competitiva, ela se aproxima das irmãs por motivos bem diferentes que com certeza vão mudar o rumo de sua vida. Essas três mulheres formam o núcleo de Grotescas, a narração as acompanha da infância até a fase adulta nesse romance original e chocante.

No inicio, a irmã mais velha e narradora dessa história, já é adulta e acaba de descobrir que Yuriko e Kazue foram assassinadas em serviço – ambas eram prostitutas, e o mesmo homem esta sendo julgado pelos crimes. Isso seria uma tragédia para qualquer um, a irmã e ex-colega mortas, acontece que a mulher sem nome sempre teve ódio de ambas e jura para o leitor (ela narra como se estivesse conversando) que pouco se importa com o fim delas, mas ainda assim ela resolve nos contar a sua história; e por consequência como as vidas das três se cruzaram. Ela nunca conseguiu aceitar a irmã, sua burrice e beleza eram um verdadeiro tormento, trabalhar duro e ainda sim ser rejeitada por todos enquanto a jovem irmã conseguia qualquer coisa apenas agraciando a todos com sua simples presença parecia injusto. A pobreza da família unida a avareza do pai só piorava a dinâmica dessa família. Ainda assim, com muita dedicação a narradora conseguiu ser aceita na escola de elite para garotas do sistema Q e foi morar com seu avô – personagem que rouba a cena por sua personalidade extrovertida e sua obsessão por bonsais. Kazue entra na história como colega da irmã feia e também caloura do Ensino Médio, as duas chegam a Escola Q com a ideia de que a parte difícil já havia passado com o recebimento da carta de aceitação e agora era só seguir a rota do sucesso e felicidade, acontece que notas excelentes não são o suficiente e a realidade, primeiro na escola e depois na vida, pode ser cruel. As três jovens vão ter que lutar muito, primeiro por serem mulheres já tem limitações na sociedade, e ainda tem os obstáculos da feiura e da beleza – e a dura realidade de que ás vezes dar 100% de si ainda não é o bastante.

Essa narração é bem diferente, a irmã feia é a narradora principal, só que em três capítulos a história é apresentada sem a influência dela, em dois deles temos a oportunidade de ler os diários de Yuriko e Kazue e no outro Zhang Zhe-zhong – o imigrante chinês acusado de matar as duas prostitutas, a pedido do juiz escreve a sua história. Uma história forte e perturbadora, os personagens são bem desenvolvidos e explorados psicologicamente, o leitor acompanha algumas batalhas internas. A leitura prende a atenção, tem momentos comoventes e brutais – mesmo, afinal são mulheres (algumas prostitutas) assassinadas com histórias extremas, de pobreza e todos os tipos de dificuldades; tudo narrado no estilo genial dessa autora que já me conquistou, então recomendo.

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Marina 10/02/2014

Impressionante a capacidade de Natsuo Kirino de trazer à tona o que há de pior no ser humano. Assim como no outro livro que li da autora (Do Outro Lado), ela constroi personagens fortes, solitários, e com pensamentos extremamente perturbadores.

O livro fala de duas irmãs, uma é absurdamente linda (Yuriko), de chamar a atenção por qualquer lugar que passe, e a outra é oposto na aparência, sendo muito feia.
Acontece que Yuriko e Kazue (uma mulher que foi colega das irmãs na época do colégio) foram assassinadas, e as duas estavam envolvidas com prostituição. A irmã feia, então, começa a contar toda a história delas, começando desde a época em que eram crianças. A narradora é uma pessoa muito ressentida e amargurada. Ela tem ódio da irmã, pois sempre viveu à sombra de sua beleza. Tamanha ficava a sua insignificância perto da beleza de sua irmã, que nem sabemos em nenhum momento do livro qual é o nome dela. Ela sempre foi conhecida apenas como "irmã da Yuriko".

O livro de Kirino faz um retrato bem pessimista dos japoneses e o seu individualismo. A autora faz diversas críticas à sociedade e como ela pode ser bem cruel, o que pode levar às pessoas ao isolamento, ou tomar atitudes pouco ortodoxas como forma de escapismo. E aqui, aliás, o termo "grotescas" pode se aplicar a diversos contextos, tanto em relação a personagens bem desequilibrados, quanto a situações práticas: o bullying, a desordem alimentar, os homicídios, a violência, a hipervalorização da imagem (onde não importa o quanto você é competente ou estude, suas oportunidades nunca serão as mesmas de alguém belo), a sexualização da mulher num país patriarcalista e machista, etc.

Gosto do texto da autora, é bem forte, e muito bem escrito. O começo é um pouco lento, mas entra num bom ritmo depois. Mas o teor é realmente intenso e deprimente, definitivamente não é uma história facilmente digerida por todos. Se alguém acha que os personagens em algum momento procuram redenção ou que existe a esperança de um final feliz ou alentador, este não é um livro pra você.

Um ponto que achei bem interessante no livro é que o tempo todo ele é narrado em primeira pessoa. Mas nem sempre pela irmã da Yuriko. Temos diários de outras pessoas e um depoimento do acusado dos assassinatos. Quando o livro nos dá outros pontos de vista, percebemos que todos eles tem uma declaração que nem sempre corresponde à realidade, pois ela muda dependendo de quem está contando a história. A irmã de Yuriko, por exemplo, nunca se referiu a si própria como uma pessoa feia, e sempre adota uma postura de superior, como se não se importasse com o que os outros pensam ou não se misturasse às outras pessoas por opção. Quando alterna o narrador, vemos que as pessoas descrevem ela como muito feia, praticamente uma monstrinha, e que ela sempre foi esquisita e marginalizada pelos colegas da escola. Mas as discrepâncias narrativas valem para todos os personagens, nunca sabemos o que é verdade, mentira ou tendencioso.

Com os dois livros que li da Natsuo Kirino, já deu pra perceber que ela é mestra em destrinchar o psicológico dos personagens, sempre com um texto muito visceral. Recomendo muito, mas apenas para quem gosta desse tipo de enredo mais pesado. Não deixem de ler também Do Outro Lado, que é ainda melhor que Grotescas.

Minha única ressalva é que os livros dela são publicados pela Rocco, que na minha opinião, é uma editora que deixa muito a desejar. Encadernação porcaria (daquelas que as folhas começam a descolar na primeira lida, a lombada também fica marcada), papel branco e revisão fraca (vários erros de digitação). Uma pena.
Lua 26/11/2018minha estante
Concordo bastante com sua visão. Um outro traço bem marcante da autora é um, vamos chamar assim, feminismo. É interessante a postura que ela dá às personagens que vão contra a mão social de uma cultura machista.




Maiara.Alves 13/06/2020

Impactante !!
"Grotescas" da escritora japonesa Natsuo Kirino, é um suspense psicológico sobre o assassinato de duas prostitutas, e também é um livro cheio de criticas em relação à sociedade japonesa.

Aqui temos uma protagonista já na meia-idade, que é irmã de Yuriko, uma das vítimas e ex-colega de escola de Kazuo, a outra vítima. A protagonista não esconde todo o seu rancor e ódio pela irmã, porque, enquanto Yuriko possui uma beleza impressionante e sempre é o centro de todas as atenções, a protagonista é feia e sem graça. Mesmo possuindo uma grande inteligência, a qual é muito superior a da irmã, esta nunca foi tão valorizada da mesma forma que a beleza descomunal de Yuriko.

Além de Yuriko, temos também a história de Kazue, uma mulher que possui uma ótima formação acadêmica e um excelente emprego numa firma renomada mas que a noite após deixar o expediente de trabalho se transforma em uma prostituta.

A protagonista narra a história de maneira não-linear e intercala a vida das prostitutas assassinadas e também fala de si mesma. Não consegui me afeiçoar com nenhum personagem, pois alguns são extremamente cruéis, malvados e frios Já outros são impotentes e insossos. Mas apesar de não gostar de nenhum personagem, eles são muito bem construídos e muito palpáveis. É impossível não ficar curioso para saber o desenrolar e os pormenores mais sórdidos de suas vidas.
É um livro interessante também para se conhecer um outro lado do Japão e da sua sociedade, mostrando que não é só aquela maravilha que as pessoas estão acostumadas a ver.
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Maria16030 09/06/2011

Acabei de ler o livro e sinceramente, não consigo chegar de fato numa conclusão: se gostei ou não.

A maneira como Natsuo Kirino explora os personagens é praticamente impecável. Ela faz uma descrição psicológica ótima e é inevitável que você se envolva com os personagens e suas histórias. Você sente pena de uma forma ou de outra de todos eles, mas depois a autora consegue fazer com que você os veja de forma diferente, com certa repugnância, o que torna difícil fazer com que haja alguma forma de identificação completa.

Achei um tanto quanto cansativo a parte do relato de Zhang, talvez pelo fato de que ele não foi um personagens que eu tive muito interesse, mas no que concerne a parte de Yuriko e principalmente de Kazue, todos os detalhes e descrições caíram perfeitamente bem e não fazem com que você se canse ou queira pular algumas linhas.

Enfim, essa com certeza é uma leitura intensa, que te prende aos fatos e verdadeiramente grotesca, mas que também é capaz de se tornar exaustiva.
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Pablo Paz 17/06/2019

Obra-prima...
Esse livro foi a melhor leitura que fiz em 2019 e é (junto com "Os Maias" de Eça de Queiroz e "Um defeito de cor" de Ana Maria Gonçalves) um dos melhores que já li na vida, mesmo sendo uma tradução (do inglês) de outra tradução (do japonês), o que só prova que o autor é genial. As personagens, especialmente a principal, são tão 'realistas' em seus defeitos e paixões que até hoje penso nelas como pessoas reais que eu gostaria de ter conhecido. Falam muito, e com justiça, do Haruki Murakami como um dos grandes da literatura japonesa contemporânea, mas essa autora, Natsuo Kirino, merecia o mesmo reconhecimento que ele.
Tiago 12/11/2019minha estante
Você leu o outro livro dela, "Do Outro Lado". É um dos meus livros preferidos.


Ana Sá 15/08/2021minha estante
Me deixou com vontade de ler! Não conheço este livro, vou procurar! Estou adorando Murakami (demoreeei pra chegar nele) e "Um defeito de cor" está no meu Top Livros da vida...


Pablo Paz 15/08/2021minha estante
Bom, é uma opinião bem pessoal, rsrs, mas espero que goste. E estou lendo seu livro de contos, é muito bom.


Ana Sá 15/08/2021minha estante
Ahhh ?? Fico feliz em saber que está lendo!! ?


Maria 15/08/2021minha estante
Essa mulher é sensacional!




Allana.Araujo 13/08/2022

Ainda refletindo sobre o que acabei de ler
Vou começar dizendo que ainda não digeri o que aconteceu nesse livro. Eu achei um livro denso, porque as personagens são muito complexas e refletem como a estrutura social japonesa (não só japonesa, na verdade) é cheia de podridão. a forma como isso foi feito me deixou pensativa, de verdade. Percebi outros temas também, mas posso estar errada, como atração e repulsa pelo que é estrangeiro, principalmente o que é vindo do Ocidente; o sentimento de solidão do estrangeiro em outro país; etc etc. O final me pegou desprevenida, eu tava pronta pra qualquer outra coisa, menos pra aquilo. Enfim, meus divertidamente ainda estão em surto com esse livro.
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Cássia 23/04/2020

Após a leitura de Do Outro Lado, fiquei empolgada em ler tudo de Natsuo Kirino. Este, apesar de muito elogiado, não me impactou tanto.
Aqui, duas prostitutas mortas e comungam para o mesmo assassino. Uma das vítimas, irmã mais nova e a outra uma amiga dos tempos de escola da antissocial narradora.
As outras vozes que narram o livro são feitas por meio de cartas e diários dos personagens.
Bom livro.
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Iris Cristina 14/11/2023

Eu não estava esperando tudo isso no livro! 5 estrelas merecidas!
Realmente eu gostei muito do livro, e se faz jus ao nome, maravilhosa construção de personagens, críticas sociais muito bem mostradae e desenvolvidas, de uma forma bem pesada, mas infelizmente realista!
Comecei gostando da personagem principal , tentado entender e acreditando no seu lado da estória, mesmo com suas maudades, terminei triste e já cansada de ouvir ela!
Não vou falar mais nada para não dar spoiler!
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juliarfs 04/07/2022

o pior do ser humano
muitas coisas para pensar e falar sobre esse livro, mas já adianto que não é uma leitura fácil, tem gatilhos em cada página. acredito que foi pelo realismo da obra que amei tanto.

natsuo kirino coloca da forma mais natural possível os pensamentos mais obscuros e a parte mais feia das pessoas, e em contraponto, mostra a humanidade de cada uma delas - fazendo com que a gente entenda pelo menos um pouco dos seus sentimentos.

a narração não é confiável em nenhum momento, tudo pode ter sido alterado pela protagonista e ela é de longe a pessoa menos confiável dessa história toda; cada parte do livro se contradiz ao mudar o ponto de vista, o que nos leva a escolher e filtrar o que queremos acreditar e, com isso, ir encaixando as peças com o que faz mais sentido na nossa visão.

a quantidade de páginas me assustou no começo, mas eu não me senti entediada hora nenhuma. pelo contrário, terminei tão imersa na vida grotesca desses personagens que facilmente leria mais centenas de páginas pra descobrir ainda mais sobre a mente de cada um.

a sociedade afeta todos os personagens de forma tão marcante que eu refleti a todo momento sobre isso. as ações e pensamentos deles são a todo momento influenciados por ações externas e enraizadas de alguém ou da própria cultura.

cada dia me encontro mais apaixonada por histórias escritas por autoras japonesas, a cultura e o contexto histórico estão presentes em toda a narrativa.
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haruurane 17/04/2023

O livro mostra-nos três diferentes mulheres que estavam interligadas, tanto por laços afetivos e escolares, como também por uma só característica: ambas eram grotescas, de formas diferentes, é claro, mas ainda sim.
yuriko era grotesca com sua beleza irreal e poder de sedução; kazue era grotesca com toda a sua determinação vã.
a protagonista, que não releva seu nome, conta sobre sua vida, seu passado e até mesmo sobre seu presente com muita amargura.
o fato que a torna grotesca é descobrir que a repressão tornou-a prostituta. fazendo-a, assim como as outras, perder tudo o que tinha até ali. se desmembrando pouco a pouco.
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Luísa 17/05/2011

Que livro cruel! Faz você sentir repulsa pelos personagens que mais merecem compaixão. O mundo criado pela narradora, e depois por outros personagens, através de seus relatos, é, ao mesmo tempo, fascinante e cheio de maldade.
Amanda 16/03/2012minha estante
Eu li o "DO OUTRO LADO". é muito cru e belo na sua feiura e violencia.


Lua 26/11/2018minha estante
O primeiro livro que li da Kirino foi "o conto da deusa" li em um dia. E apesar de ser bem diferente, pois se trata de uma versão da história mitológica de Izanagi e Izanami, já dá pra sentir a pegada da autora.

O grotescas é um livro muito mais denso e tenso, mas é até mais interessante. Ela subverte completamente os sentimentos, tanto do leitor pelos personagens quanto dos personagens.

Tbm to doida pra ler o "out"




Nanað 05/06/2023

Mulheres
Nunca antes eu estive tão consciente sobre ser mulher. Ou melhor, de todas as implicações do que ser mulher poderia ter.
Em Grotescas, Natsuo Kirino se dedicou fortemente a nos contar a vida de três mulheres diretamente e a de muitas outras indiretamente dentro e fora do livro. Eu mal posso imaginar como foi o processo de escrita: quanta reflexão sobre o mundo teria sido necessária.
É uma obra com forte teor sexual extremamente explícito que revela o quão grotesco o mundo é através de um "instrumento" singular: a existência da mulher, e nos leva pelos cantos obscuros dos lugares que nunca quisemos visitar.
Não vou contar mais do que o necessário, mas é sério: se sexo gráfico, violência, incesto e esses temas são demais para você, por favor, não se obrigue a tentar. Eu mesma precisei de mais de um mês e perseverar até demais.
Um livro longo, duro, complexo, doloroso cheio que verdades que você ou não pode ou já se vê sem forças pra negar. Devo parabenizar a autora para sempre.
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Beatriz 30/06/2021

Que livro minha gente, que livro!
Uma mistura maluca entre investigação, drama familiar e pessoas que são submetidas a situações extremas.
Ao passar as páginas eu ficava mais chocada e interessada em tudo que Yuriko e a irmã haviam passado, sem contar no drama se Kazue e todos os problemas que elas enfrentaram.
É um livro sobre a decadência humana, no tom mais pesado da palavra, mas ainda sim tem uma leveza um jeito sutil de apresentar os problemas, quase como uma longa coletânea de poemas tristes.
Foi um livro longo, longo e bizarro, mas com certeza uma ótima leitura, aos curiosos deixo a total recomendação!
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spoiler visualizar
juliarfs 25/02/2024minha estante
eu concordo com tudo que você falou, amo demais esse livro e vou guardar ele pra sempre ??




Rose 11/04/2021

Nós somos livres para sonhar
Achei a leitura rápida você acaba sentindo a negatividade da narradora e como ela se dedica a deixar os personagens odiáveis.
A irmã de Yuriko é detestável invejosa ela modifica as coisas do jeito que lhe convém.. Acho que ela mantinha um amor profundo pela irmã e em certo momento ela diz sentir algo por Mitsuri não sei exatamente o que ela busca em Yurio espero não ser o que não conseguiu obter em Yuriko.
(...Eu ouvia o anjo e o demônio dentro de mim engalfinhados numa batalha .)
Fiquei triste por Satõ ela foi mais uma vítima, foi totalmente manipulada...

Satõ teria um destino diferente se não tivesse um distúrbio alimentar?
Yuriko teria um destino diferente se não fosse usada apenas por sua beleza?

Fiquei em dúvida sobre os diários, fiquei em dúvida sobre o destino de Yurio.
Danielle 20/06/2021minha estante
a parte do Yurio ficou confusa porque essa edição é censurada! A tradução foi feita com base na versão em inglês que, se não me engano, perdeu uma parte: li por aí que tiraram a parte final em que a narradora começa a prostituir o Yurio e vira meio que a cafetã dele, pq seria pesado/tabu demais.




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