Grotescas

Grotescas Natsuo Kirino




Resenhas - Grotescas


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juliarfs 25/02/2024minha estante
eu concordo com tudo que você falou, amo demais esse livro e vou guardar ele pra sempre ??




cyberenjeru 10/01/2024

Grotescas é aquele tipo de leitura é impossível não sentir nada lendo, é um turbilhão de coisas que é até difícil de descrever. No começo o livro não estava me agradando tanto por conta da protagonista, ela me irritava profundamente. Mas quando passou para o diário de Yuriko foi me prendendo mais. Quando chegou na parte do Zhang e da Kazue o livro me pegou de jeito, vi meus demônios, medos, inseguranças e conflitos expostos diante de mim, me encarando. Então devorei o restante do livro, tanto que terminei as 5 horas da manhã. E terminei querendo mais, quero saber como se seguiu a vida da protagonista, essa criatura grotesca.
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Valéria Cristina 04/12/2023

Demorei para digerir essa história
Terminei de ler Grotescas dia 30 de novembro e ainda não tinha conseguido comentá-lo. Precisei de uns dias para digerir o texto.

O estilo da autora é impactante e muitas vezes brutal. A história se passa em Tóquio e seu ponto de partida é o assassinato de duas prostitutas, ex-alunas de um famoso colégio de elite japonês.

A partir desse fato, vemos a reconstituição da vida das vítimas e da narradora, irmã de umas das moças assassinadas e cujo nome não é revelado. Filha de mãe japonesa e pai suíço não se sente parte da sociedade, fato esse agravado por sua irmã Yurico possuir uma beleza extrema que para ela parece monstruosa e com qual se compara cotidianamente.

Ouvimos a voz da narradora, mas também a das duas vítimas - Yurico e Kazue – por meio de seus diários e percebemos como as visões de mundo de todas elas são diferente e complementares, bem como essas diferenças determinaram suas ações, suas escolhas e o curso de suas vidas.

Mais do que saber quem foi o autor dos homicídios – fato que não possui muito mistério – o que mais interessa nesse livro é a crítica contundente que Kirino faz da sociedade japonesa. Uma sociedade machista e tradicionalista que impõe à mulher uma pressão extraordinária pelo sucesso dentro de determinados modelos preestabelecidos. Ainda, uma sociedade moralista e sexista que não admite mulheres que queiram conduzir a vida sob seus próprios padrões.

A crítica também se estende ao sistema educacional japonês, ambiente no qual a competição exacerbada é estimulada, onde a diferença de classes sociais é acentuada e onde só vencem aqueles que se destacam em alguma área previamente posta pelo próprio sistema.

Verdade e mentira se misturam nessa narrativa impactante e nem sempre é possível saber qual delas prevalece.

Natsuo Kirino é o pseudônimo de Mariko Hashioka, uma romancista japonesa e uma figura importante no recente boom de escritoras de ficção policial japonesa. Sua obra já foi publicada em 28 idiomas.
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Iris Cristina 14/11/2023

Eu não estava esperando tudo isso no livro! 5 estrelas merecidas!
Realmente eu gostei muito do livro, e se faz jus ao nome, maravilhosa construção de personagens, críticas sociais muito bem mostradae e desenvolvidas, de uma forma bem pesada, mas infelizmente realista!
Comecei gostando da personagem principal , tentado entender e acreditando no seu lado da estória, mesmo com suas maudades, terminei triste e já cansada de ouvir ela!
Não vou falar mais nada para não dar spoiler!
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anselmo.pessoal 02/10/2023

Apesar de longo e repetitivo, bom!
Mergulhar em uma cultura tão diferente da nossa sempre fascinou. Nesse sentido o livro é muito bom. É uma imersão total na cultura, nos valores, no cotidiano? do Japão e dos japoneses.
Entretanto, a narrativa é enrolada e repetitiva.
Mesmo assim, gostei e recomendo.
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Nanað 05/06/2023

Mulheres
Nunca antes eu estive tão consciente sobre ser mulher. Ou melhor, de todas as implicações do que ser mulher poderia ter.
Em Grotescas, Natsuo Kirino se dedicou fortemente a nos contar a vida de três mulheres diretamente e a de muitas outras indiretamente dentro e fora do livro. Eu mal posso imaginar como foi o processo de escrita: quanta reflexão sobre o mundo teria sido necessária.
É uma obra com forte teor sexual extremamente explícito que revela o quão grotesco o mundo é através de um "instrumento" singular: a existência da mulher, e nos leva pelos cantos obscuros dos lugares que nunca quisemos visitar.
Não vou contar mais do que o necessário, mas é sério: se sexo gráfico, violência, incesto e esses temas são demais para você, por favor, não se obrigue a tentar. Eu mesma precisei de mais de um mês e perseverar até demais.
Um livro longo, duro, complexo, doloroso cheio que verdades que você ou não pode ou já se vê sem forças pra negar. Devo parabenizar a autora para sempre.
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haruurane 17/04/2023

O livro mostra-nos três diferentes mulheres que estavam interligadas, tanto por laços afetivos e escolares, como também por uma só característica: ambas eram grotescas, de formas diferentes, é claro, mas ainda sim.
yuriko era grotesca com sua beleza irreal e poder de sedução; kazue era grotesca com toda a sua determinação vã.
a protagonista, que não releva seu nome, conta sobre sua vida, seu passado e até mesmo sobre seu presente com muita amargura.
o fato que a torna grotesca é descobrir que a repressão tornou-a prostituta. fazendo-a, assim como as outras, perder tudo o que tinha até ali. se desmembrando pouco a pouco.
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v 29/11/2022

Incrível!
Chocante e aterrorizador. Não sei se sou capaz de expressar em palavras os sentimentos que esse livro me trouxe, tudo que posso dizer é que eu estive em constante estado de reflexão durante essa leitura e em nenhum momento eu consegui definir meus próprios sentimentos em relação à ele (talvez porque eu tenha experimentado de tudo, de diversão até a mais completa repulsa). É uma obra completamente diferente de tudo que já li, como se eu fosse sugada pela atmosfera dele cada vez mais ao ponto de ter reações físicas de ânsia e melancolia. Que experiência incrível!
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loulou2 07/09/2022

pesado
a leitura desse livro não é uma coisa leve, eu não sabia muito bem do que se tratava mas é bom dar uma procurada por conta dos gatilhos que se encontram nele.
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Allana.Araujo 13/08/2022

Ainda refletindo sobre o que acabei de ler
Vou começar dizendo que ainda não digeri o que aconteceu nesse livro. Eu achei um livro denso, porque as personagens são muito complexas e refletem como a estrutura social japonesa (não só japonesa, na verdade) é cheia de podridão. a forma como isso foi feito me deixou pensativa, de verdade. Percebi outros temas também, mas posso estar errada, como atração e repulsa pelo que é estrangeiro, principalmente o que é vindo do Ocidente; o sentimento de solidão do estrangeiro em outro país; etc etc. O final me pegou desprevenida, eu tava pronta pra qualquer outra coisa, menos pra aquilo. Enfim, meus divertidamente ainda estão em surto com esse livro.
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juliarfs 04/07/2022

o pior do ser humano
muitas coisas para pensar e falar sobre esse livro, mas já adianto que não é uma leitura fácil, tem gatilhos em cada página. acredito que foi pelo realismo da obra que amei tanto.

natsuo kirino coloca da forma mais natural possível os pensamentos mais obscuros e a parte mais feia das pessoas, e em contraponto, mostra a humanidade de cada uma delas - fazendo com que a gente entenda pelo menos um pouco dos seus sentimentos.

a narração não é confiável em nenhum momento, tudo pode ter sido alterado pela protagonista e ela é de longe a pessoa menos confiável dessa história toda; cada parte do livro se contradiz ao mudar o ponto de vista, o que nos leva a escolher e filtrar o que queremos acreditar e, com isso, ir encaixando as peças com o que faz mais sentido na nossa visão.

a quantidade de páginas me assustou no começo, mas eu não me senti entediada hora nenhuma. pelo contrário, terminei tão imersa na vida grotesca desses personagens que facilmente leria mais centenas de páginas pra descobrir ainda mais sobre a mente de cada um.

a sociedade afeta todos os personagens de forma tão marcante que eu refleti a todo momento sobre isso. as ações e pensamentos deles são a todo momento influenciados por ações externas e enraizadas de alguém ou da própria cultura.

cada dia me encontro mais apaixonada por histórias escritas por autoras japonesas, a cultura e o contexto histórico estão presentes em toda a narrativa.
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Beatriz 30/06/2021

Que livro minha gente, que livro!
Uma mistura maluca entre investigação, drama familiar e pessoas que são submetidas a situações extremas.
Ao passar as páginas eu ficava mais chocada e interessada em tudo que Yuriko e a irmã haviam passado, sem contar no drama se Kazue e todos os problemas que elas enfrentaram.
É um livro sobre a decadência humana, no tom mais pesado da palavra, mas ainda sim tem uma leveza um jeito sutil de apresentar os problemas, quase como uma longa coletânea de poemas tristes.
Foi um livro longo, longo e bizarro, mas com certeza uma ótima leitura, aos curiosos deixo a total recomendação!
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Rose 11/04/2021

Nós somos livres para sonhar
Achei a leitura rápida você acaba sentindo a negatividade da narradora e como ela se dedica a deixar os personagens odiáveis.
A irmã de Yuriko é detestável invejosa ela modifica as coisas do jeito que lhe convém.. Acho que ela mantinha um amor profundo pela irmã e em certo momento ela diz sentir algo por Mitsuri não sei exatamente o que ela busca em Yurio espero não ser o que não conseguiu obter em Yuriko.
(...Eu ouvia o anjo e o demônio dentro de mim engalfinhados numa batalha .)
Fiquei triste por Satõ ela foi mais uma vítima, foi totalmente manipulada...

Satõ teria um destino diferente se não tivesse um distúrbio alimentar?
Yuriko teria um destino diferente se não fosse usada apenas por sua beleza?

Fiquei em dúvida sobre os diários, fiquei em dúvida sobre o destino de Yurio.
Danielle 20/06/2021minha estante
a parte do Yurio ficou confusa porque essa edição é censurada! A tradução foi feita com base na versão em inglês que, se não me engano, perdeu uma parte: li por aí que tiraram a parte final em que a narradora começa a prostituir o Yurio e vira meio que a cafetã dele, pq seria pesado/tabu demais.




Kelli ( kell_msa) 05/08/2020

Achei denso e perturbador.
Durante toda leitura, senti que cada vez mais a leitura ficava sufocante, que de um jeito ou do outro, a coisa toda estava indo pro fundo do poço. A cultura banalizadora da pedofilia, a passada de pano para Pedófilos.
Somos monstros, monstrengos.
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