Ingrid 19/01/2023A leitura é leve, sem grandes conflitos ou reviravoltas.
Houve momentos em que eu realmente achei que Daniel era onisciente e onipresente... ele parecia sempre saber de tudo e estava em todos os lugares!
O livro poderia muito bem ser contemporâneo, pois Nora Roberts não se preocupou tanto em ambientar a história à formalidade e aos conservadorismos da época em que se passa, embora os pensamentos machistas de Daniel se mostrem presentes em diversas passagens, nos lembrando que a história se passa lá entre os anos 1940 e 1950.
Anna, no fim das contas, é um equilíbrio e tanto para a história, justamente por ser uma mulher forte e corajosa, determinada a ser e fazer diferente das mulheres de seu tempo. Ao mesmo tempo, me sinto confusa, porque não sei como funcionavam os relacionamentos naquela época, mas me questiono se ela não é livre demais para estar sozinha com um homem naquele contexto, especialmente considerando que a própria sociedade era tão machista. Os beijos já não eram demais para uma mulher solteira, naquela época?
De mais a mais, há alguns momentos em que a narrativa fica um pouco confusa, pois ficamos indo e vindo entre os pensamentos e sensações de Daniel e Anna, nas cenas em que estão juntos. Senti falta de um ponto de vista definido ? é provável que eu esteja mal acostumada com os livros mais recentes, que costumam centralizar o ponto de vista de um dos protagonistas ou separá-los capítulo a capítulo. Mas isso não prejudica a leitura, tá?
Eu amei o epílogo, com a família reunida. Finalizei a leitura sorrindo.