spoiler visualizarT.Constantino 31/07/2023
"Há de ser o que a roda tecer" e que tecitura bonita, viu
Comecei num pique: "será que consigo terminar até o lançamento da segunda temporada da série? É bem grandinho"
Cá estou, faltando um mês pra estrear a temporada nova :)
Graças a luz o livro se desenrola perfeitamente bem e sem pausas dramáticas para coisas descartáveis e rapidamente a viagem e a trama se desenvolvem para prender o leitor em um ciclo novo da história.
Tristemente os meus xodós Lan e Moiraine não apareceram tanto, porém, o desenvolvimento de alguns personagens suprem essa falta.
Nynaeve, embora seja teimosa demais para o meu gosto, conseguiu me conquistar nesse livro com um arco não perfeito, mas satisfatório da sua personalidade e uma possível mudança em seus objetivos (além de que a cena com a Amyrlin no barco é tudo de bom).
Conhecer mais a Elayne e acompanhar o entrosamento dela com a Egwene foi um dos pontos fortes da história que fez com que eu me apaixonasse demais pelas duas, e Min não fica de fora.
Em relação ao Rand, foi difícil não ficar irritada à cada passo dele. Às vezes fica um pouco cansativo a negação sobre ser o Dragão, embora completamente entendível. Mas a maior parte do tempo a irritação/frustração vem quando tantas vezes ele afirma não confiar nas Aes Sedai (também com algum motivo), mas ao mesmo tempo fecha os olhos para sinais tão claros de pessoas ruins (cof, cof, spoiler), vulgo Selene (ou Lanfear) tentando manipulá-lo.
Mas apesar dos pesares, as cenas onde o Rand coloca a alma em lutas com a espada em momentos decisivos são incríveis e de arrepiar, e faz valer a pena acompanhar as idas e vindas dele.
Olhando para a ameaça principal do segundo livro, os Seanchan foram dos melhores vilões que já conheci. Me despertaram sentimentos de raiva e medo, e em momentos cruciais acreditei que os mocinhos não venceriam, pois foram rivais extremamente bem desenvolvidos de maneira forte e intimidadora.
Não é fácil ler 704 páginas, mas esse aqui fluiu como o rio que faz a roda girar.