Primavera num espelho partido

Primavera num espelho partido Mario Benedetti




Resenhas - Primavera Num Espelho Partido


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Fernanda Melo 17/03/2019

Primavera num espelho partido.
Mario Benedetti me deixou com gostinho de quero mais, gostei bastante da escrita desse autor e da abordagem dada a cada personagem, Beatriz, minha preferida! Recomendo a leitura. TAG 02/2019.
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Vitor Gomes 17/03/2019

Esse livro apresenta diversos narradores que contam seus pontos de vista sobre o mesmo tema central: o exílio durante a ditadura no Uruguai. O romance mistura prodigiosamente ficção e realidade, ao criar diferentes personagens que lidam à sua maneira com problemas reais e com um fundo histórico. Os capítulos giram em torno da saudade da separação e de problemas advindos não somente da ditadura mas também do tempo que se passa quando há distância entre as pessoas.

Uma das personagens é uma criança que escreve em primeira pessoa e, ao meu ver, o autor não foi tão convincente em recriar uma mente infantil. O tom é sempre leve e infantilizado, como se espera, mas essa personagem tem um quê de sagacidade que quebra demais com o restante de seu perfil. Fora isso, alguns capítulos brincam bastante com a linguagem, de forma às vezes experimental, mas sem dificultar a linguagem. No fim, o autor conseguiu equilibrar tensão, expectativas e leveza para tratar de um assunto bastante duro. Uma leitura que certamente vale a pena.
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Ju 11/03/2019

Incrível x enfadonho
Com a visao de personagens diversos sobre a ditadura uruguaia, o livro surpreende e decepciona. A mais encantadora visao é da Beatricita. Que inocência. A mais chocante a narração do próprio autor dos seus momentos vividos no exílio.
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Nati Sampaio 08/03/2019

Achei a premissa do livro ótima, e interessantíssima escolha para o momento em que vivemos no Brasil. No entanto, achei o contexto histórico do livro pobre. O livro conta a visão da ditadura e exílio de cada um dos envolvidos do enredo, mas mais do que focar na ditadura, foca no romance entre os personagens. O que provavelmente foi a intenção do autor, mas eu estava esperando justamente uma visão mais completa dos personagens em relação a ditadura. Ainda assim, é um livro belo, com diversos pensamentos interessantes, diálogos interessantes, personagens interessantes (mas não muito complexos e aprofundados). Não me incomodou os capítulos cortados, muito pelo contrário, me agradou bastante e deu fluidez à leitura. Os capítulos da Beatriz realmente foram os melhores. Não é um livro encantador (embora belo), e não é o meu preferido da Tag, muito menos da vida. Mas vale a pena ser lido.
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Gláucia 07/03/2019

Primavera Num Espelho Partido - Mario Benedetti
Publicado em 1982 foi escrito durante os anos de exílio do autor. Dele já havia lido A Trégua, maravilhoso.
O livro trata do tema do período da ditadura uruguaia (da qual nada sei) e tem como protagonista Santiago, um preso político que já está há cerca de 4 anos preso e sem perspectiva de sair. Tem uma estrutura narrativa bem interessante onde cada capítulo traz a voz dos personagens envolvidos: o próprio Santiago através das cartas que ele envia a seus familiares: sua filha Beatriz que ele não vê há tantos anos; sua esposa Graciela, seu pai dom Rafael e seu amigo Rolando.
O enredo vai sendo montado através da perspectiva de cada um deles o que nos coloca em seus lugares e nos faz ter empatia por cada um à sua maneira.
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Vitória Marcone 05/03/2019

Em "Primavera num espelho partido" o escritor uruguaio Mario Benedetti aborda a vivência de um período ditatorial, o exílio político, as relações humanas, nos faz refletir em como um regime político interfere na sociedade, com uma escrita sensível e poética.
De início, foi difícil compreender as diferentes vozes, mas ao longo do desenvolvimento da leitura se percebe como todas estão entrelaçadas de alguma forma. A diversidade de perspectivas, de diferentes fases da vida, diferentes olhares e até mesmo o relato da vivência do próprio autor, torna a leitura muito envolvente.
As lindas cartas de Santiago, a sabedoria de Dom Rafael e a "Beatricita" são o que mais gostei no romance. Beatriz tem uma perspicácia e inteligência ingênua muito bonitas de se ver.
A percepção de uma criança em meio a violência, ao autoritarismo, ao exílio, a prisão, a separação involuntária de entes queridos, é impressionante e cativante. Não é comum vermos o ponto de vista das crianças, seja em romances, seja nos momentos históricos, em geral, a percepção das crianças não são consideradas, foi muito bom ver esse destaque no romance.
A memória pessoal do escritor também é algo que merece atenção e se intercala intimamente com a obra.
Confesso que fiquei com um gostinho de quero mais ao final da leitura, não por ser decepcionante, não foi, mas por querer saber mais sobre os acontecimentos posteriores.
Publicado em 1982 o livro enviado, nessa nova edição, pela TAG em fevereiro, aos associados, traz uma reflexão de grande importância acerca da vida cotidiana em um contexto de autoritarismo e tudo o que isso acarreta sob diferentes perspectivas.
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Mariana Dal Chico 04/03/2019

“Primavera num espelho partido” de Mario Benedetti foi meu primeiro contato com o escritor, que sempre me foi recomendado pela @prosasealgomais
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Mais uma vez, a TAG enviou para seus associados um livro onde ficção e realidade se misturam - em janeiro tivemos A Velocidade da Luz de Javier Cercas -, isso acontece nos capítulos que o próprio Benedetti narra suas experiências de expatriação na época da ditadura.
Há ainda outros cinco segmentos narrativos: Intramuros, Feridos e Contundidos, Dom Rafael, Beatriz e O outro.
Santiago é um preso político que na maior parte do tempo, se comunica por cartas onde a maior parte da leitura deve ser feita nas entrelinhas do que é escrito.
Beatriz é filha de Santiago e Graciela, uma garotinha que está há cinco anos sem ver seu pai e tenta entender o mundo com seu olhar, ainda, ingênuo. Foram os capítulos que mais me agradaram, às vezes veio em forma de conforto e em outras com humor inocente.
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A escrita do autor é deliciosa, poética mesmo nos momentos mais tensos e nada óbvia. O autor opta por não descrever em detalhes cenas de tortura, mas nem por isso, seu livro perde a potência e importância.
Gostei bastante do ritmo e cadência da leitura, a forma como foi exposto o impacto familiar perante a uma prisão política e decisões difíceis que ambas as partes - a que está isolada e a que continua no convívio em sociedade -, precisam fazer para seguir suas vidas da melhor maneira possível.
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Sei que algumas pessoas não gostaram muito do final aberto, não fiquei incomodada nesse caso por conta da decisão dos personagens já ter sido deixada clara para o leitor antes do desfecho chegar.
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Confesso que esperava me apaixonar completamente pela leitura, o que não aconteceu, ainda assim, foi uma experiência muito boa que me fez ficar com ainda mais vontade de ler outros livros do autor.
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Instagram @maridalchico

site: https://www.instagram.com/p/Bul8ZbQArvI/
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Carolina CM 04/03/2019

PAUSE
Um livro em relatos, em sua maioria, em primeira pessoa de personagens em PAUSA. A vida oficial de todos foi parada para viver uma vida paralela enquanto não podem voltar para a oficial. Não podem ser eles mesmos, não podem falar as verdades, não podem estar em casa...Personagens sem chão, sem pátria, partidos...Aguardando do mundo exterior a permissão para dar um RESTART na vida. Há todo tipo de divagação nesse meio tempo porque PENSAR é o que mais eles podem fazer, pensar se se meter na encrenca onde estão metidos realmente valeu a pena, pensar se tinham noção de tudo o que estava em jogo, pensar se terão uma recompensa no futuro, pensar se terão um futuro...É um bom livro, a TAG tem outros muito melhores. Me chamou muito a atenção a tensão psicológica do preso, esse, mais do que todos os outros, lhe foi tirada a vida em vida e a pena é conviver com isso durante um período indeterminado. Forte, né! Em primeira pessoa então...
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Luciana.Lopes 02/03/2019

Primavera num Espelho Partido
"Primavera num Espelho Partido" - Nesse livro encontramos desde a singeleza dos olhos de criança às rugas e urgências de companheiros de jornada. Os encontros e desencontros nos emocionam, num tango desafinado entre o presente e o futuro. A ditadura Uruguaia é a batuta desse descompasso, sufocando a liberdade, sarcástica mentira para todos, os de dentro e os de fora das grades.
Quanto da vivência do próprio autor Mário Benedetti existe nele, não sabemos. Mas a liberdade da ficção traz toda a verdade às nossas convicções de que não há convivência pacífica entre ditaduras, exílios e humanidades. Obrigada @taglivros por mais essa grande experiência literária! Grande livro!
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@cinthia.lereplanejar 01/03/2019

Uma vida sendo pausada durante 5 ano
Que linda escrita de Mario Benedetti! O autor nos prende à leitura, impossível não se envolver com os conflitos dos personagens em meio a tanto sofrimento causado de ditadura.
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"Santiago foi preso durante a ditadura no Uruguai, sobreu durante 5 anos. Mas de onde tirar forças para manter a sanidade, suportar as torturas?
Sua força vem do amor! Da esperança em retornar as pessoas que ele ama e deixou para trás qdo foi levado.
Mas como seus familiares viveram durante todod esse tempo?
Seu pai, Dom Rafael, um homem sábio, reflete sobre seu filho e como gostaria de trocar de lugar com ele, para seu filho não sofrer tanto.
A pequena Beatriz, que sofre pela ausência do pai. Por ser filha de uma homem que é um preso polígico, teve que aprender a suportar provocações dos coleguinhas.
Graciela, vivendo tantos anos afastada de Santiago, sua necessidade de estar com ele, vai acabando até chegar num ponto que não o deseja e se envolve com um amigo de ambos.
Como Santiago irá encarar sua nova situação após ser liberto?
Aproveitará sua vida?
Agora, que é um homem livre, ira reconstruir sua vida?
Perguntas que não serão respondidas kkkk"
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João Ferro 27/02/2019

Primavera num espelho partido (Título orginal: Primavera con una esquina rota, 1982) é um romance do uruguaio Mario Benedetti. Trata-se da obra de fevereiro enviada pela @taglivros (curadoria) e escolhida por Julián Fuks. Conta a história de um preso político, Santiago, o qual foi uma das vítimas da Ditadura Uruguaia entre os anos e 1973 a 1985, e de sua família exilada na Argentina. A narrativa não linear se realiza por conta de diversas pessoas: Santiago, sua filha criança, Beatriz, sua esposa Graciela, seu pai, Dom Rafael. Além disso, o próprio Benedetti é narrador-personagem em alguns capítulos.

Os capítulos, redigidos por esses diversos personagens, são curtos e a leitura, fluida. O horror de uma ditadura se retrata através de diversos pontos de vista, desde uma percepção infantil como a de Beatriz até os relatos de um ancião como Dom Rafael. Assim, a obra desenha a vida e a realidade daqueles que foram afetados por esse tipo de acontecimento político (ditadura). Tal cotidiano se oferta de uma forma natural, sem o interesse de doutrinar o leitor com ideologias. A trama demonstra apenas as condições do ser humano diante de uma prisão política: a postura do próprio preso, de seus familiares, amigos, etc, e as dificuldades, dilemas, dúvidas, descobertas e impasses pelos quais passa cada um desses personagens.

A história começa meio perdida com relatos casuísticos. Esses testemunhos são peças e pedaços de tecido, que, no andar da narrativa, vão se encaixando, tornando-se um rico mosaico e uma harmônica colcha de retalhos. O resultado final expõe de uma forma sutil, quase resignada, todas as dores vividas por aquelas pessoas. Chega a dar a impressão de que se trata de um retrato, uma fotografia da tragédia, humildemente ofertada ao consumidor da arte, de modo que este possa ver a beleza dentro daquelas agruras.
Encontrei alguns erros de português na tradução, mas entendo que esses descuidos fazem parte da narrativa descompromissada e desapegada do rigor estilístico. A narrativa se faz um gesto singelo, cuja a intenção é mostrar, por meio de uma arte leve, a monstruosidade representada por uma ditadura. Bom livro, recomendo. Parabéns à @taglivros e Editora Alfaguara por mais essa experiência literária.

Instagram: @leitorbolado
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Ruth Roland 26/02/2019

Sensibilidade...
Maravilhada com esse livro.
Os sentimentos humanos ante a privação da liberdade, a solidão, a maturidade e a própria liberdade
Tantas vezes nos identificamos com esses mesmos sentimentos, não nas mesmas circunstâncias claro, mas os dilemas humanos são muitas vezes parecidos.
A narrativa e Santiagoa e Graciela foram as que mais gostei, as de Santiago principalmente por falar da solidão, sentimento que me alcança as vezes, mesmo estando em "liberdade" e cercada de pessoas.
Também me encantei com Beatricita, de quando em quando me diverti com a visão de mundo dela, inocente e ao mesmo tempo muito esperta. Pra mim, ela mostrou o que as crianças representam bem, a esperança.
Mais um belo presente enviado pela Tag em fevereiro, de um autor que talvez eu jamais conhecesse e um tema que dificilmente iria ler.
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Christine.Jara 24/02/2019

Primavera num espelho partido
Nossa, eu gostei tanto deste livro, chorei com depoimentos, me encantei e sofri com Dom Rafael, meu personagem predileto. Adoro este tipo de escrita, mostrando o ponto de vista de cada um. Como cada pessoa é um universo, e como um fato político mexe com tanta gente, a maneira que o autor mostra que não é só a pessoa que está presa, mas cada familiar, amigo a sua maneira. Amei
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Bruno.Dellatorre 19/02/2019

Outra vez quase morro de sono.
Benedetti tem um lirismo bem forte, uma escrita sensível e sem dúvidas boa. Trata de um momento muito relevante para o Uruguai, que é a ditadura militar que ocorreu de 1973 a 1985. Só que isso não salva o livro de ficar na pedância e no marasmo. Beatriz me aliviava um pouco, mas foi um livro cascudo e bem chato de ler. Não me interessei pelos personagens. Apenas por Beatriz e pelo tema. A escrita acabou até sendo esquecida por mim de tanta indiferença que senti com o livro.
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Lili 18/02/2019

Primavera num Espelho Partido
'... mas há sempre um pedacinho de primavera que resiste.'

Adorei este livro. Um olhar sobre os efeitos de uma ditadura sobre a vida de seus inimigos políticos. O autor conta a história sob vários pontos de vista e vamos juntando as peças para entendê-la. Os personagens são muito verossímeis e humanos. A leitura dá uma sensação de 'poderia acontecer a qualquer momento com qualquer um' que me trouxe calafrios.

Nossa América Latina e seu histórico de ditaduras sangrentas e repressoras, tão sofrida e carente de desenvolvimento. É muito triste pensar que não crescemos o suficiente a ponto de as pessoas entenderem o horror que é a tortura, o totalitarismo, a vontade de eliminar os adversários e não conviver com eles.

Recomendo muito.
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