Primavera num espelho partido

Primavera num espelho partido Mario Benedetti




Resenhas - Primavera Num Espelho Partido


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Clara Vellozo 19/05/2020

O título convida, o tema assusta e a leitura surpreende
A primeira vez que ouvi falar desse livro lembro que o título me chamou muita atenção. Entretanto, quando a TAG enviou para nós assinantes não me entusiasmei muito porque descobri que tratava-se de um tema muito pesado: os anos de chumbo da ditadura no Uruguai. Ainda bem que persisti com a minha mania de organização de leitura e li este maravilhoso livro que rompeu as barreiras do meu pré-conceito e tornou-se o melhor do ano até agora.

As consequências da ditadura em uma família cujo pai está preso é contada de uma maneira muito lírica e torna a leitura mais suave, mesmo com a presença de alguns relatos da violência militar do período.

A cereja do bolo é a técnica narrativa utilizada: diversas vozes que vão narrando a história e deixam a leitura muito dinâmica.
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Joselene.Monteiro 17/05/2020

Benedetti sabe semear frases que transcendem a experiência pessoal dos personagens e que tocam o cerne do que nos faz humanos: nossa forma de lidar com as dores enodando-as com palavras (e silêncios). As diferentes vozes ao longo do livro mostram como as dores podem ser suportáveis através da esperança e da ingenuidade de uma criança; através da fidelidade de alguém aos seus ideais ou aos seus desejos; ou através das reflexões daquele que, ao fim da vida, percebe que até as piores dores são transitórias, mas algo delas sempre sobrevive no coração e na memória.
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Layla 14/05/2020

Confesso que não foi fácil ler sobre esse tema em plena época de pandemia e de isolamento social. As passagens sobre exílio, saudades e desesperança com o governo me pareceram bem mais doídas. Talvez por isso a minha experiência com esse livro tenha sido tão singular, contrariando as minhas expectativas. O conteúdo é simplesmente fantástico e dá pra ter uma ótima base sobre como a ditadura prende até mesmo os que estão "livres", e mesmo aqueles que conseguem sair da prisão talvez ainda não tenham passado pela pior parte: descobrir o que mudou do lado de fora, o que perderam de suas vidas. A alternância de vozes foi muito legal, Beatricita é uma fofa, e as passagens do próprio autor dão mais vivacidade ainda ao livro. O final que deixa a desejar, e a escrita é um pouco confusa, mas nada que atrapalhe a riqueza dessa obra. Muito boa indicação da TAG!
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Kelly.Cris 13/05/2020

Ditadura, saudade e inocência
Apesar de o tema compreender tempos de ditadura e exílio, a história foi leve e bem alinhavada, entremeada pela "sabedoria" recheada de inocência de Beatricita.
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carolmureb 10/04/2020

Incrível, bem escrito. A alternância de vozes enriquece a narrativa. Beatricita é simplesmente ótima e fofa.
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David 09/03/2020

"A vida encontra o seu caminho mesmo na intempérie"
Acho que esse é o tema principal do livro. Mesmo na prisão e no exílio, quando achamos que não conseguiremos continuar indo em frente, vivendo, nós continuamos.

O livro é dividido entre 6 vozes, cada um dando um ponto de vista único que mostra como a separação, exílio, violência e isolamento mudam e moldam a vida das pessoas.
Um livro que não é panfletário e nos poucos momentos que toca em políticas partidárias é pra mostrar as consequências de regimes ditatoriais na vida familiar e amorosa de pessoas e em suas relações com sua terra natal.

Uma ótima leitura sobre os sentimentos humanos, mesmo que um pouco arrastada em alguns momentos.
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Tah_baddauy 05/03/2020

Tive muita expectativa com esse livro, mas achei a história muito superficial, tirando a Beatricita os personagens não cativam.
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Eliz/@nossaliteratura 28/02/2020

Meu primeiro contato com o autor
Livro diferente e interessante de uma maneira curiosa. Adorei como Benedetti alternou entre o romance e seus próprios relatos de exilado na época da ditadura. Vale muito a Leitura.
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Nado 20/02/2020

Sonolento...
É um bom livro que conta uma parte importante da história dos nossos vizinhos. Porém, a escrita é um pouco massante e por vezes confusa. Beatriz e Graciela são as personagens que salvaram esse livro.
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Renata 13/02/2020

Achei uma leitura bem fluida, dá pra ler rapidamente. Faz a gente refletir bastante e tentar entender o que se passa na cabeça dos personagens. Na minha opinião, a decepção fica por conta do final.
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Pan 07/02/2020

Um bom presente
Este livro talvez seja o melhor presente que você pode dar a alguém que é pro ditadura. O livro mostra o sofrimento causado pela ditadura dos mais variados ângulos com grande maestria, o final é medíocre, mas todo o resto é simplesmente fantástico.
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Rafael Mussolini 01/02/2020

Primavera num espelho partido
"Primavera num espelho partido" de Mario Benedetti (TAG Experiências Literárias, 2019) foi lançado em parceria com a editora Alfaguara com curadoria de Julián Fuks que é romacista, contista e crítico literário. É uma história que acompanha as consequências das ditaduras, dos governos autoritários para as famílias daqueles que escolheram lutar pelos direitos humanos e acabaram indo para o exílio. Esse livro foi minha primeira incursão pela literatura uruguaia.

Primavera num espelho partido é um livro sobre liberdade. Seus capítulos são divididos de forma a conhecermos o ponto de vista de diversos membros de uma família que espera ansiosamente pelo fim do exílio de Santiago. Essa família, por sua vez, também precisou se exilar na Argentina. Esposa, filha, amigo e pai de Santiago servem na história como um espelho que emana os reflexos do exílio político para além da prisão propriamente dita. Demonstra como uma família e um preso político podem ser desmantelados pela dor, pela espera, pela ânsia de liberdade e pelo correr dos dias que não para.

Esse correr dos dias irá suscitar muitos debates sobre a força do amor para enfrentar a repressão política. Santiago se vê longe de todos que ama e apenas com a possibilidade de se comunicar com eles por cartas que com certeza passam pela censura antes de serem enviadas. Enquanto resiste a todo tipo de tortura naquelas quatro paredes, Santiago divaga sobre a vida e cria novas narrativas através até da interpretação das manchas de mofo e umidade das paredes.


Cada ponto de vista é muito comovente a sua maneira. Mario Benedetti consegue caminhar para além do sofrimento de quem está preso apenas por pensar diferente e vai mostrando como cada personagem, e mesmo aqueles com uma visão política diferente de Santiago, passam a viver como se também estivessem em uma prisão, pois como diz Rosa Luxemburgo "Só existe liberdade quando as pessoas podem pensar diferente de nós."

Em um dos capítulos, o autor utiliza de uma metáfora riquíssima ao comparar as vivências de quem está em exílio político com aqueles que aguardam seu retorno. Ele ilustra essa relação como uma viagem de trem quando nos detemos à paisagem que corre. Dependendo de que lado estiver sentado é como se a paisagem que corre fora estivesse indo em direção contrária, mas quando viajamos de frente é como se a paisagem viesse a nosso encontro. Para Santiago, preso político, é como se estivesse na posição do trem como se a vida viesse a seu encontro, enquanto para sua família, é como se estivessem do lado onde a paisagem vai se afastando.

Gosto especialmente dos capítulos que evocam a voz de Beatriz, filha de Santiago que é ainda uma criança entendendo o que é o exílio e o porque alguém se torna um preso político.

Primavera num espelho partido é um livro sobre resistência e o próprio título já demonstra isso de forma bem contundente. Prisão, exílio, tortura e até a morte são capazes de interromper a primavera por algum período, mas sempre existirão aqueles que conseguirão sempre enxergá-la através de um espelho que estará trincado, mas que ainda tem a capacidade de ver, sonhar e lutar pela liberdade e dignidade humana. É como disse uma vez Che Guevara: Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira.

site: https://rafamussolini.blogspot.com/
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Matheus945 06/10/2019

Espelhos e corações partidos
Um livro bem imersivo sobre a força da ditadura, compartilhando vários pontos de vista que nos dá um panorama geral sobre o que muitas pessoas sentiam não só dentro do país oprimido mas também, é principalmente, no exílio.
Porém, tem um trama um pouco fraca e entendiante. Acredito que o autor quis escrever um livro sobre a ditadura e queria colocar alguns personagens pra ter alguma interação e reconhecimento pelos leitores. Mas no fim, não me senti conectado com nenhum dos personagens, talvez apenas Beatriz, a que traz a leveza à história.
Com passagens marcantes e fatos sobre a ditadura uruguaia, que eu sabia quase nada, o livro não foi um desperdício de forma alguma, mas se os personagens fossem outros eu acho que teria gostado muito mais.
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Matheus945 06/10/2019

Espelhos e corações partidos
Um livro bem imersivo sobre a força da ditadura, compartilhando vários pontos de vista que nos dá um panorama geral sobre o que muitas pessoas sentiam não só dentro do país oprimido mas também, é principalmente, no exílio.
Porém, tem um trama um pouco fraca e entendiante. Acredito que o autor quis escrever um livro sobre a ditadura e queria colocar alguns personagens pra ter alguma interação e reconhecimento pelos leitores. Mas no fim, não me senti conectado com nenhum dos personagens, talvez apenas Beatriz, a que traz a leveza à história.
Com passagens marcantes e fatos sobre a ditadura uruguaia, que eu sabia quase nada, o livro não foi um desperdício de forma alguma, mas se os personagens fossem outros eu acho que teria gostado muito mais.
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Dandara 04/10/2019

Apesar de gostar do tema, esse livro não me empolgou muito. A história gira em torno de Santiago, um exilado na Argentina por causa da ditadura uruguaia. Os capítulos são curtos com diversos narradores, mostrando assim os pontos de vista das pessoas que fazem parte da vida de Santiago. Uma das narradoras é Beatriz, filha de Santiago, que com apenas 9 anos conta sua visão ingênua e pueril sobre o regime ditatorial.
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