Amanda Azevedo 17/02/2012
Contém spoiler's do livro ANTERIOR: Jogos Vorazes
Posso dizer que é comum encontrar livros que nos surpreendem, livros que nos encantem, livros que nos conquistem... Mas é raro — e é isso que faz toda a graça existir — encontrar livros que nos tire o sono, que nos conquiste de um jeito que descrevendo pode parecer exagero, mas não é. Muito pelo contrário, estou sentada há horas tentando encontrar as palavras ideais para escrever essa resenha, e acabo de perceber que, eu poderia ficar dias tentando encontrar as tais palavras que ainda assim, não as encontraria. Descrever sentimentos... Tem coisa mais complicada?
Em Chamas, segundo título da trilogia Jogos Vorazes, me marcou tanto quanto o primeiro livro da série. É surreal a forma como nos apaixonamos pelos personagens; sofremos com eles, vibramos. Vivi momentos durante a leitura de agonia intensa, desespero! O coração bate mais forte, o medo toma conta, lágrimas escorrem... Ah! Como eu disse, é muito difícil descrever sentimentos.
O livro é um “vulcão” de acontecimentos, durante todo o tempo alguma coisa está acontecendo com os personagens — e consequentemente com você —. Sentimos de tudo; de alegria a tristeza, de aflição a alívio... Ódio mortal por alguns personagens e amor incondicional por outros. A ligação entre leitor-personagens é tão forte, que uma vontade freqüente que tive durante a leitura era entrar no livro e arriscar a minha pele por eles.
Fazendo um breve apanhando sobre o livro. Pra começar preciso dizer que a escolha do título — Em Chamas — não poderia ter sido melhor. Devido ao final dos Jogos — no primeiro livro — onde a Katniss salvou a vida do Peeta e ambos saíram vivos da arena. O modo como Katniss o protegeu da morte fez com que a Capital entendesse aquilo como um ato de rebelião e vários outros moradores dos distritos também viram ali, a chance de uma mudança. E como todos sabem, em governos autoritários, mudanças remetem a revoluções, daí a forte ligação com o título EM CHAMAS. Porque nos distritos, as coisas estavam literalmente, pegando fogo.
Nessa nova leva Katniss não tem que se preocupar somente com sua vida e a de Peeta, mas sim com a de todos que ela ama, afinal, as ameaças da Capital, são uma constante. Isso deixa o livro cheio de momentos de tensão! O que é ótimo, você devora páginas e mais páginas e não se dá conta disso. Não vou me estender muito aqui, eu não acabaria com a graça do livro. Mas tenham uma coisa em mente, LEIAM!
Em relação aos personagens, Katniss continua sendo fantástica, ela não faz o estilo mocinha. É decidida, corajosa... Única. O Peeta é e sempre será meu personagem favorito, ele é o grande responsável pela maioria das minhas lágrimas e pelos meus maiores suspiros. Gale não me agrada tanto quanto agrada a muitos outros fãs da série, pra mim ele é super apagado, não foi marcante nem no primeiro nem no segundo livro. Haymitch é um grosseirão cativante, impossível não gostar dele. Fora o Cinna, a Prim... E novos personagens que ganham vida e/ou mais importância. Como o Presidente Snow, por exemplo. Não vou me estender muito relatando sobre os personagens, vocês tem que conhecê-los pessoalmente. Leiam, é leitura boa garantida.
Acho até desnecessário dizer que RECOMENDO a série. A Suzanne Collins fez bonito em Jogos Vorazes e não decepcionou com o segundo volume, Em Chamas. Bom, é isso, vou ficando por aqui ansiosa e com o coração apertado aguardando o terceiro e último livro: A Esperança, que tem lançamento previsto para o mês que vem. Aguenta coração!
Amanda — Lendo & Comentando
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