Shirley

Shirley Charlotte Brontë




Resenhas - Shirley


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Raquel Lima 11/06/2013

História e romance
Antes da revolução industrial, a transição entre o artesanal e o industrial mudando os cenários, fazendo vitimas entre os trabalhadores e os empresários, e transformando uma sociedade. O enredo da trama se passa neste cenário em que as tranformações sociais altera e confronta os conceitos e principalmente a mulher sofrendo as consequencias desta enorme mudança. Shirley é um excelente romance para mostrar esta fase história de mudança da mulher na familia e na sociedade. Como gosto pessoal, viajo no tempo nas vestimentas, nos bosques, no cotidiano das casas...Adoravel !
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Renato 03/12/2023

Simplesmente, mágico. Simplesmente, Shirley!
Esse é definitivamente um dos meus livros favoritos da vida. O principal motivo: é um livro que exige ser lido em seu ritmo, ele dita como vai ser a experiência e eu, completamente fascinado, respeitei seu tempo. E não me arrependo de ter confiado na Charlotte pra me guiar nessa empreitada.
É uma narrativa introvertida e muito minuciosa, o tempo é muito real aqui, quase palpável, tudo passa tão lentamente, mas de forma fervorosa. Shirley, ou melhor, Capitão Kelder, aparece quase na metade da narrativa, e chega para abalar todas as estruturas do livro. Junto à Caroline, formam uma dupla encantadora que nos leva a uma densa história que envolve amor, quebra de padrões de uma sociedade patriarcal, críticas ao cristianismo e uma transparência que chega a ofuscar as vistas. Aqui vemos as duas amigas em suas formas mais cruas e humanas, isso causa a atração e o magnetismo direito ao século XIX, onde acompanharemos juntos a empreitada das melhores amigas para superarem a si mesmas e aos empecilhos que suas realidades lhe colocam.
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Cheirinhodelivro 26/11/2023

Excelente
Parece ser só mais um clássico relatando o cotidiano de vários personagens do século 19 em Yorkshire, mas os valores ensinados pelas jovens protagonistas são muito valiosos. A autora nos induz a pensar tantas coisas que fiquei a história passou longe da monotonia. Recomendo fortemente.
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Paloma | @umlivroqueamei 27/09/2023

Início arrastado, porém o resto compensou
Até uns 30% do livro a história é a maior encheção de linguiça, uma coisa aqui e acolá que é interessante, de resto é pura monotonia. Na história são duas protagonistas, mas só o nome de uma é o título do livro (Caroline merecia mais reconhecimento, mas tudo bem). A leitura só melhora mesmo quando a protagonista, Shirley, chega na jogada (talvez isso explique o título). Shirley e Caroline são personagens encantadoras e cativantes, cada qual a sua maneira, muito embora que entre as duas, Shirley se destaque com sua indomável personalidade a frente do seu tempo. Inclusive, ela poderia facilmente ser a pioneira do termo ?não deita pra ninguém?. O romance aqui é um clássico dos clássicos: demora pra acontecer, mas a caminhada e expectativa até lá é deliciosa. E o fim da trajetória plenamente satisfatório. Fiquei feliz em ter insistido na leitura, passado o início arrastado, recebi um belo romance, com diálogos riquíssimos, problemáticas profundas e reviravoltas que foram a cereja do bolo.
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Lê Golz 17/06/2016

Apaixonante!
O que esperar de um romance histórico escrito por Charlotte Brontë? Depois de ler Jane Eyre, uma das principais obras da autora, minha ansiedade para ler todos os seus livros era grande. Shirley, essa publicação linda da Pedrazul Editora veio em boa hora e mesmo tendo muitas diferenças com a primeira obra que li da autora, ainda assim conseguiu me surpreender.

Apesar do título, a obra conta as histórias de Miss Shirley Keeldar e Miss Caroline Helstone, duas mulheres completamente distintas no comportamento e personalidade. Shirley é uma jovem herdeira de uma grande fortuna, sendo cortejada por vários homens que lhe propuseram casamento. Shirley além de muita bela, é ousada, vibrante, orgulhosa e guarda um segredo. Caroline, por sua vez, é o oposto, órfã, não tem fortuna, vive opressivamente em uma casa paroquial com seu tio, e além de muita bela também, é mais doce, recatada e vive um amor platônico por seu primo Mr. Robert Moore. Essas diferenças, portanto, não poderia impedir que elas fossem amigas.

Narrado em terceira pessoa, o livro é ambientado na Inglaterra industrializada do século XIX, no período da guerra Napoleônica, onde inúmeros operários estavam desempregados, as colheitas não iam bem e as primeiras fábricas do século, cujas mãos de obra estavam sendo substituídas pelas máquinas, estavam sendo implantadas. Nesse cenário, os primeiros capítulos se iniciam com a luta de Mr. Moore para manter sua fábrica e seus negócios estabilizados, portanto, nesses trechos a leitura pode ser mais lenta, até que enfim nossas protagonistas apareçam.

Brontë tem uma escrita extremamente rica e muito clara apesar da época que escreveu esse romance. É fácil envolver-se com suas histórias e sermos totalmente cativados por seus personagens. São tantos os detalhes, que é como se estivéssemos próximos observando as cenas e não apenas lendo. Devo ressaltar que esses detalhes não tornam a leitura maçante, apesar de ser certo dizer que alguns trechos são realmente mais lentos, mas a forma que a autora narra só enriquece ainda mais a obra. Quem gosta de clássicos sabe o que estou falando.

"Esse olhar não quis ele conceder-me. É estranho que a dor quase me sufoque pelo olhar de um ser humano não ter encontrado o meu." (123)

O que diferencia essa obra de Jane Eyre, por exemplo, é o drama e melancolia quase inexistentes em Shirley. Uma característica dos livros da autora que se mantém aqui é a crítica social nas entrelinhas. A personagem Shirley possui muito dos predicados de um homem, e além disso, é muito rica e por esse motivo poderia dar sua opinião quando bem entendesse e tomar suas próprias decisões. Afinal, em uma sociedade hipócrita do século XIX (infelizmente até hoje), que homem contestaria uma jovem bela, solteira e rica? Por outro lado, Caroline representa toda a opressão que as mulheres viviam naquele século, e sua vida resumia-se na casa sacerdotal em que morava.

Somado a impecável escrita, ótima construção dos personagens e as construtivas críticas sociais, Brontë surpreende ainda mais com o suspense ao longo do enredo. Há um mistério no desaparecimento da mãe de Caroline, que será revelado em determinado trecho do livro. Shirley também guarda um segredo que apesar de já se tornar visível perto do final, ainda surpreendeu quando li os últimos capítulos. Durante quase todo o livro não pude deixar de ficar aflita com o destino de Caroline e seu amor proibido. A autora conduziu esse sentimento dela de uma forma dolorosa e que irá levantar várias dúvidas ao leitor sobre seu final feliz. Os mistérios por trás dos verdadeiros sentimentos dos personagens foi o ponto forte do livro, e que o tornou todo especial.

Como não poderia deixar de destacar, a Editora está de parabéns pois a obra é lindíssima. Primeiramente pela capa e contracapa perfeita. A obra é recheada de ilustrações dos personagens e consegui visualizá-los exatamente daquela forma - esses desenhos enriqueceram muito a obra. As folhas amareladas, fonte em tamanho ideal e revisão impecável também contribuíram para um boa leitura.

"Provavelmente já disse isso: o amor pode desculpar qualquer coisa, exceto a maldade, pois a maldade mata o amor." (p. 95)

Simplesmente amei o livro e recomendo de olhos fechados, ainda mais se você é um leitor ávido por romances históricos como esse. Não espere contudo, momentos de puro romance, drama e melancolia. Teremos sim, momentos de romances para suspirar, mas esses serão muito poucos. O livro vale a pena por sua carga histórica, crítica social e um toque de romance. Sem contar que Charlotte Brontë é uma autora admirável. Estou mais uma vez apaixonada por um de seus romances. Então, se você ama clássicos, não se arrependerá de ler Shirley.

site: http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2016/05/resenha-shirley.html
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MCzinhah 11/02/2023

Sinceramente, o livro em si é MUITO CHATO.
A história não é interessante e extremamente arrastada.
Porém o livro é GENIAL.
A mulher no século XIX simplesmente escreveu um documentário. É quase um The Office do século XIX.
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Ana 16/10/2019

Shirley, Charlotte Brontë
Primeiramente, devo começar a elogiar o livro físico. Adquiri a edição da Pedrazul Editora, com a tradução de Fernanda Martins. Ótima tradução por sinal, pois não encontrei nenhum erro ou frases que não fizessem sentido. Pelo contrário, a leitura é tão fluída que eu conseguia ler capítulo após capítulo sem cansaço. A edição conta com várias ilustrações ao longo das páginas, a diagramação é agradável e os hinos que são citados na obra aparecem traduzidos na última página. Há também uma nota de introdução de Chirlei Wandekoken, nos dando uma noção do que esperar do livro.

Em segundo lugar, o título merece ser destacado. Diferentemente das demais obras da autora, cuja narrativa em primeira pessoa acompanha o ponto de vista de suas protagonistas (Jane Eyre em Jane Eyre e Lucy Snowe em Villette), Shirley não se prende a uma única heroína e a narrativa em terceira pessoa acompanha a perspectiva de vários personagens. Apesar disso, Caroline Helstone, amável e reservada, e Shirley Keeldar, impetuosa e abastada, são o coração da trama. Tendo como pano de fundo as Guerras Napoleônicas e a Revolução Industrial, Charlotte Brontë lança mão da melancolia e faz uso do tom irônico para analisar vários costumes da sociedade inglesa da época, o que muito remete o estilo de Jane Austen. Em meio a essas circunstâncias, dá para observar como as duas personagens lidam e se transformam ao passo que a história avança. Gostei muito da dinâmica entre Shirley e Caroline, pois na mesma medida que suas personalidades são contrastantes, elas se complementam e formam um forte laço de amizade.

Para quem amou Norte e Sul da Elizabeth Gaskell como eu, encontrará em Shirley diversos elementos semelhantes. Apenas para enfatizar, vale lembrar que as suas escritoras eram amigas íntimas, sendo que Shirley foi publicado cinco anos antes de Norte e Sul. Quanto às semelhanças, Helstone, por exemplo, sobrenome de Caroline, é o local de nascimento de Margaret Hale. Em ambos livros, temos o descontentamento operário frente ao avanço maquinário e suas consequências. E como não comparar os industriais Robert Moore e John Thornton? É claro que Mr. Thornton melhor conquistou minha simpatia em comparação com Mr. Moore, que apesar de sua “redenção”, não sanou minhas dúvidas se gosto ou desgosto do personagem. Aliás, se tem uma característica que aprecio nas obras de Charlotte Brontë, é que o protagonismo feminino é tão evidente, suas personagens femininas são tão psicologicamente bem desenvolvidas, que nenhum personagem masculino é capaz de ofuscá-las. Nesse quesito, o tímido preceptor Louis Moore, irmão mais novo de Robert, é quem rouba o título de mocinho.

Em suma, Shirley abrange todos os aspectos para quem gosta de um bom romance com fundo histórico e mulheres fortes. Aos que amam as duas escritoras citadas acima, o livro certamente agradará. E para quem começou a leitura e está se perguntando quando a personagem-título do livro aparece, não se preocupe: Charlotte Brontë faz toda uma introdução de fatos e personagens antes que Shirley seja apropriadamente inserida. Nada acontece por acaso, nenhum personagem é mencionado para não ter importância futura. A autora sabia como contar boas histórias com descrições vívidas e diálogos bem afiados, além de fazer reflexões que permanecem relevantes até os dias atuais.

“O amor pode desculpar qualquer coisa, exceto a maldade. A maldade mata o amor, aleija a afeição natural e, sem estima, o amor verdadeiro não pode existir.”
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Jessé 23/01/2020

Um bom livro.
Um livro gostoso de ler, ainda mais se você gosta desses romances vitorianos. Mas não achei um livro genial como alguns dizem. Na verdade passa longe disso. É um livro comum, com um final que sinceramente não me agrada nem um pouco. Entendo perfeitamente porque os críticos na época, não gostaram muito desse livro.

Mas vale a leitura.
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