Shirley

Shirley Charlotte Brontë




Resenhas - Shirley


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Karlla.Daltro 26/08/2021

SHIRLEY além do tempo
Shirley foi o segundo romance publicado por Charlotte Brontë, lançado em 1849. Na época, Shirley era um nome incomum e considerado até masculino, o que serviu bem para ajudar na composição da personagem.

Shirley é ousada, obstinada e valoriza sua independência. Já Caroline Helstone é meiga, sensível e tímida, porém não menos inteligente. E embora sejam diferentes, elas nutrem uma amizade verdadeira e é o ponto alto do livro.

Adorei o fato do livro literalmente "conversar com a gente" e desde o início podemos enxergar as ironias, características da escrita da Charlotte, o que é bastante convidativa até o aparecimento da protagonista (o que demorou muito na minha opinião). Até a pág 300 a suposta Shirley nem se quer tinha aparecido ainda. Mas não se desesperem, o livro flui! E quando flui, você não consegue mais parar.

Shirley é o símbolo da mulher independente, resoluta, caridosa, justa, inteligente e principalmente livre de qualquer preconceitos. Acredito que a personagem deve ter dado o que falar na época de sua publicação, pois o injusto papel da mulher naquela sociedade se restringia a ser uma dona de casa com diversos atrativos praticamente inúteis em uma vida comercial como era a dos homens. Bordado, aulas de música, vestimenta impecável, religiosidade e obediência, tanto à Deus como ao homem, era o que se esperava de uma moça da sociedade naquela época.

Shirley X Caroline? Não sei se existe um lado de fato, mas eu fiquei muito fã da Shirley por todos os motivos que citei acima e também por ela (ao meu ver) ser um tanto incompreendida, apesar do dinheiro e vantagens sociais, ela tem deveres e com isso grandes responsabilidades.

É gratificante ver Shirley não se rebaixar perante qualquer UM e ainda conseguir defender suas opiniões de forma clara e direta. Suas "tiradas" são essenciais e grifei praticamente todas!

Portanto, esse livro realmente como a autora disse no início do livro, não é um romance. É muito além: fala de amizade, amor próprio, renúncias, críticas sociais, religiosidade, amor platônico, amor interesseiro, intrigas e redenção.

Um livro completo, com um ótimo desfecho. Charlotte nunca falha. Recomendo.

site: www.instagram.com/projetolerautoras
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Livia.Vitonis 06/05/2022

O que para a época foi considerado como um "defeito", como logo no prólogo do livro é tratado, o fato de Chalotte abordar a história com um narrador, abrangendo todos os personagens, até mesmo os mais secundários, é o que, no meu ver, torna esse livro tão único e uma leitura essencial. Conhecemos os personagens como se estes fossem pessoas reais, são verossímeis, tem personalidade, você se vê se apegando à eles e suas batalhas internas. Por ser uma pessoa retraída e introvertida me identifiquei em demasiado com a Caroline, seu sofrimento e os medos, o medo de não conseguir ser "algo mais na vida". A Shirley, a outra protagonista e título do livro é divertida, independente e extremamente extrovertida, desde sua tardia introdução na história você gosta de sua presença sempre alegre. A história se passou como em um flash durante a leitura, ela prende e te faz querer saber mais sobre o que aconteceu com os personagens.
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_bbrcam 21/08/2022

Charlotte me surpreendeu
Personagens imperfeitos, personalidades fortes e histórias maravilhosas. Gostei bastante... Me lembrou um pouco do sentimento que tive ao ler Norte e Sul. Caroline e Louis foram tudo pra mim nesse livro. Gosto dos apaixonados sofridos hahahaha. Shirley é uma personagem que você ama em algumas partes e quer dar um chega pra lá em outras. Robert então nem se fala.

Uma leitura boa, com importantes críticas e uma ótima construção de personagens.
Noemy 24/08/2022minha estante
Minha meta ler todos os livros das irmãs brontë




Danielli Jesus 09/08/2021

Shirley foi um experimento da autora. Os personagens são interessantes, mas a estrutura muitas vezes cansa. Se não fosse tão enrolado e um pouco sem direção eu teria gostado mais, o início foi agradável, o meio foi uma luta e o final um alívio.
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Vitória 21/10/2022

Esse foi meu quinto livro das irmãs Brontë e o segundo só da Charlotte. De longe, esse é o que tem a narrativa mais diferente. Aqui não temos os acontecimentos narrados por nenhum personagem, mas sim por um narrador onisciente, que vai dando destaque pra pessoas diferentes conforme a história pede por isso. Só esse fato já me causou certo estranhamento, mas o fato do livro iniciar com uns tais de coadjuntores, que até agora eu não sei dizer direito quem são nem o que fazem, tendo uma conversa da qual eu não compreendi nada, foi o pior. O começo do livro é confuso, e isso faz com que a leitura nesse ponto seja mais difícil. Depois que somos apresentados à Caroline o negócio anda bem melhor e, depois que a Shiley aparece lá na página 300 (sim, a protagonista aparece depois de 1/3 do negócio, cheguei a pensar que o nome no título era só de enfeite) ele decola de vez.
Os temas sociais abordados aqui também são diferentes dos outros livros das Brontë. Claro que ainda mantemos o feminismo, o papel da mulher na sociedade, o machismo e todas as pautas mais gerais relacionadas à mulher que são discutidas nas outras histórias, mas os assuntos trabalhistas têm muito mais destaque. Como os personagens estão vivendo a revolução industrial, muito se é falado sobre como a compra de máquinas modernas deixa centenas de trabalhadores desempregados e o que esse desemprego altíssimo acarreta na vida das famílias, a revoltas trabalhistas, as péssimas condições de trabalho e a baixa remuneração, o trabalho infantil e feminino, dentre outros. E aqui a Charlotte quebrou a minha cara mais uma vez, a mulher é tão revolucionária pra sua época que parecia a Dilmãe falando. Como boa militante do partido dos trabalhadores e das trabalhadoras, tenho que dizer que foram esses trechos que me fizeram surtar.
Agora vamos às protagonistas. Caroline aparece antes pra gente, e sinto que a apresentação dela condiz demais com a sua personalidade, é aquela coisa calma, devagar, onde tudo acontece ao seu tempo. Ela chegou quietinha e tomou conta do meu coração aos poucos, mas quando vi eu já tava rendida por essa mulher. O romance dela com o Robert é mais clichê, a paixonite pelo primo que não faz a mínima ideia dos seus sentimentos, e as cenas dos dois no comecinho são lindas, ainda que depois disso o Robert só vá ladeira abaixo. Tenho que dizer que não gostei de como os problemas entre eles se resolveram, de como o Robert descobriu tudo e "se declarou", porque na verdade só temos declarações da parte dela. Acho que a Caroline merecia um boy melhor do que esse, mas fazer o que né, não tenho como saber se essa trama era mais bem vista na época em que o livro foi lançado, mas agora ela já me parece um pouco fraca.
A Shirley, por sua vez, é uma força da natureza. Falei do narrador onisciente que acompanha certo personagem a cada capítulo, mas no caso dela não temos nenhum. Passadas 200 páginas que a mulher tinha aparecido eu ainda não sabia direito o que ela queria nem se ela era amiga de verdade da Caroline (sim, sou desconfiada), e mesmo assim eu já estava apaixonada por essa mulher. A Caroline tem muitos pensamentos progressistas, mas pelo fato da Shirley ser tão extrovertida a gente vê isso mais presente nela, principalmente quando falamos dos temas trabalhistas, afinal a mulher é simplesmente dona da 🤬 #$%!& toda. O Louis só dá as caras já no finalzinho do livro, mas isso foi o suficiente pro homem tomar conta de tudo. A Charlotte sabe muito bem construir o romance entre aluna e professor, com diferença social e de idade grandes, e as declarações desses dois são de longe a minha parte favorita do livro inteiro. O sentimento parece tão verdadeiro pro leitor que acaba ofuscando o outro casal, eu não conseguia pular de uma cena deles pra outra da Caroline com o Robert e não sentir a diferença. Pra mim, não há ninguém acima desses dois.
A Charlotte também me deixou de cara no chão com a revelação de quem era a mãe da Caroline. Pensei que o fato dela explorar tanto a história da mãe da menina era só com a intenção de inserir outra pauta social e feminista na história (que, a propósito, ficou incrível), e tenho noção, depois de ter concluído a leitura, que ela deu várias dicas, mas eu não pesquei nenhuma delas. Dá pra ver que a mulher sabe como fazer as coisas direito. Confesso que Jane Eyre continua sendo o meu grande favorito da Charlotte e das irmãs Brontë, mas esse aqui só perde pelo início mais lento. Não fosse por isso os dois estariam pau a pau. Estou morrendo de saudade desses personagens, passei muitos dias com eles, mas sequer percebi, a leitura voou demais. Mal vejo a hora de encarar o próximo calhamaço que é Villette.
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Sara277 08/08/2021

Shirley, de Charlotte Brontë
Conhecendo uma nova obra da Charlotte Brontë. Cada vez mais fico maravilhada com cada obra lida das irmãs Brontë. Livro maravilhoso, simplesmente amei e recomendo a leitura.
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Cristiane 17/06/2021

Shirley
As tranças de Charlote Brontë são marcadas por personagens femininas a frente de seu tempo. Está obra é narrada em terceira pessoa, o narrador dialoga com o leitor quase que de maneira irônica. Ela apresenta duas protagonistas: pobrezinha Caroline, sobrinha órfã do pastor, tímida e recatada, e a arrojada herdeira, também órfã, Shirley. O livro tem reviravoltas incríveis... E um final romântico. Amei...
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Rafa 07/01/2021

Reviravoltas surpreendentes
O livro começa um pouco devagar melhora quando aparece Caroline e quando aparece a Shirley ganha um outro ritmo.Muitas coisas me surpreenderam no enredo e a autora não deixa nenhuma pista sobre isso.
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Thais Lima 03/03/2021

Duas mulheres, uma amizade
Shirley foi meu primeiro contato com Charlotte Brontë. Antes já havia lido O Morro dos Ventos Uivantes, livro de sua irmã Emily, mas esse é o primeiro livro de Charlotte que leio e não pretendo parar.

Shirley é um livro que exige paciência do leitor porque, além de ser um clássico e com uma linguagem muitas vezes difícil de entender, a autora se demora muito em algumas situações desnecessárias e a história demora pra andar, o que faz o leitor se questionar pra onde a história está indo afinal. Eu precisei de um mês pra ler esse livro, não porque fosse ruim, mas eu precisava ler com muita atenção e às vezes era cansativo. Isso não é um demérito do livro de forma alguma, é apenas uma questão pessoal minha, já que estou acostumada a ler livros mais modernos com uma linguagem muito mais simples.

Mas Shirley é um livro cheio de pontos positivos, a começar pelas personagens Caroline Helstone e Shirley Keldaar, as estrelas e as protagonistas desse livro. Caroline é dócil e submissa, enquanto Shirley é irônica e independente. Embora de personalidades tão diferentes, as duas constroem uma bela amizade, e é nítido como uma se torna essencial para a outra. Mesmo quando Caroline passa a suspeitar que Shirley e Robert Moore, primo de Caroline e seu grande amor, podem estar apaixonados, ela continua sendo uma amiga leal. Assim como Shirley, que cuida de Caroline como se fosse uma irmã.

A personagem Shirley obviamente é quem mais se destaca. Com uma língua ferina, uma personalidade forte e um forte senso de humor, ela tem muitos pensamentos que são muito evoluídos para a época, e a maneira como a autora os coloca é surpreendente, coisas que poderiam inclusive ser escrito nos romances de época escritos hoje em dia! Ela questiona muito o papel da mulher e a maneira como os homens as enxergam. É claro que o pensamento feminista de Shirley não é perfeito, mas levando em consideração a época que esse livro foi escrito, foi um excelente avanço e contribuição pra causa feminina.

O livro te guia numa perspectiva de romance que acaba no final surpreendendo, por ser totalmente fora do que o leitor esperava. Adorei ler esse livro, a escrita da Charlotte é poética, viva e encantadora, certamente quero conhecer mais trabalhos da autora.
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Bartira 06/02/2021

A narrativa começa falando da rotina da cidade, da vida dos moradores que sofriam, de forma indireta, as consequências de uma guerra e sobre um maquinário que está a caminho da tecelagem de Robert Moore, que corre risco de ser roubado.

A história tem duas protagonistas e a primeira a aparecer é Caroline, sobrinha do clérigo e parente de Robert Moore.

Caroline leva uma vida simples e acredita que as mulheres poderiam desenvolver um trabalho intelectual assim como os homens e não gosta da ideia de que as mulheres deveriam pensar apenas em casamento, cuidar dos filhos e da casa. Por pensar assim, acaba entrando em conflito com o seu tio que não admite que ela trabalhe como preceptora.

Shirley surge na história pra deixar claro o que Caroline pensa e reforça a sua ideia: ela não é casada, é rica e não depende de ninguém para manter seus negócios.

Além de ser dona do próprio nariz, Shirley possui a sua feminilidade intocável, é delicada e tem um coração generoso!

Como era de se esperar, Shirley e Caroline tornam-se amigas, mas apesar da amizade ser sincera, existe um certo receio da parte de Caroline para manter essa amizade.

Durante a história, surgem outros personagens que reforçam que o coração de uma mulher é algo imenso, que sabe amar da maneira mais plena e, ao mesmo tempo, de todas as formas!

A história é muito bem escrita e a fama que Charlotte Brontë carrega não é à toa! Ela nos envolve nessa história com o abraço mais tenro! Os personagens possuem suas peculiaridades e poucos autores conseguem descrever suas características de forma tão consistente, mostrando a genialidade da autora!

O mais impressionante é como ela consegue expor seu pensamento numa sociedade extremamente machista (lembrando que a história foi escrita no século XIX e as mulheres eram altamente submissas).

Assim como em Jane Eyre, romance mais famoso da escritora, a história fala sobre amor, amizade, respeito, gratidão e empatia. As protagonistas têm personalidades fortes, pensam em direitos iguais, levantam a bandeira por essa causa de forma excepcional e numa época que ainda não existia o termo tão comum nos dias de hoje: empoderamento feminino!
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duda medeiros 26/02/2021

menino eu to guardando minhas forças e indo estudar pra não chorar com o termino desse livro, mais tarde faço uma resenha adequada but... é isso puts eu TERMINEI, que guerreira eu sou.
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Denise.Marreiros 20/02/2021

Apesar de parecer o contrário, esse não é um livro com uma única protagonista, Shirley não é apenas seu título pois tem poder, o poder do dinheiro e da personalidade, Caroline é seu coração e seu poder está na bondade e na abnegação, o Condado de Yorkshire também é um protagonista silencioso e paciente, juntos todos esses protagonistas formam uma história delicada, cheia de críticas ao sexismo, corajosas para a época mas que reverberam até hoje.
Com uma escrita diferente, com personagens magistralmente escritos e com uma consistência que só Charlotte conseguia exprimir "Shirley" tornou-se seu livro experimental em muitos aspectos, talvez incompreendido por muitos críticos mas aceito e amado no coração de várias mulheres.
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Poly 25/06/2022

"Nosso poder de ser feliz está em nós, eu acredito"
Um lindo livro que retrata o romance, e para ser bom tinha que ser clássico. Na história vemos mais a parte de Caroline e mesmo com o título sendo "Shirley", ela só vai aparecer um pouco depois, e conheceremos também este ser diferenciado e encantador. Vemos uma amizade, que apesar de parecer que pode se desfazer por conta do querido Mr. Moore, elas continuam unidas e sendo amigas.
Mas apesar dos personagens e de suas qualidades, sim gostaria que a Shirley tivesse sido mais aberta com a Caroline e assim poderia ter evitado muito sofrimento da parte da outra, pois com uma boa conversa se resolve muito. Me apeguei a muitos outros personagens e no final do livro senti que a escrita começou a andar muito rápido, mas isso não tira a magia e o encanto que é passar por essa experiência encantadora que o livro nos reserva.
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