Shirley

Shirley Charlotte Brontë




Resenhas - Shirley


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Raquel 20/07/2018

A história é narrada em Yorkshire, durante o inicio da revolução industrial. O país sofre com a guerra, e para piorar a situação da classe operária, maquinas tomaram o emprego de muitos homens, o que causa resoltas por parte destes.
Assim conhecemos Robert Moore, dono de uma tecelagem que enfrenta crises devido a guerra, e pela revolta dos trabalhadores que perderam seus empregos.
Também conhecemos uma das protagonistas: Caroline Helstone, que a meu ver é a protagonista principal, prima de Robert Moore. Esta é órfã de pai e mãe desconhecida, criada por seu tio Reverendo Matthewson Helstone. Caroline é pobre, tem a personalidade doce e calma, além de ser totalmente obediente ao tio.
Um dos passa tempos favorito de Caroline é ir a casa do primo, com o intuito de aprender francês, com sua prima Hortense. Porém por um desentendimento do seu tio com seu primo, fica proibida de os visitar. Assim ela fica reclusa em casa até a chegada na nossa segunda protagonista ao vilarejo.
Por volta da página 300, conhecemos finalmente Shirley, que dá nome ao livro. Essa também é órfã, porém rica. Tem por herdade as terras arrendadas onde fica instalada a tecelagem de Moore. Shirley ao contrário de Caroline tem personalidade forte, senhora de si. E apesar da época, administra sozinha seus negócios.
Assim que elas são apresentadas uma a outra, descobrem que tem uma forte ligação e tornam-se grandes amigas. Mas mesmo com a amizade compartilhada com Shirley, Caroline está desassocegada na casa do tio. E precisa de algo para que a tire da mesmice. Ela deseja tornar-se governanta, mas são muitos os infortúnios da atividade. No capitulo 22, ela faz uma boa reflexão sobre o fato das mulheres daquela época serem obrigadas a se manterem em casa, atarefadas apenas com ócio, costurar, cozinhar e a fazer visitas infrutíferas. Enquanto isso os homens podiam sair, trabalhar e se distrair. O único anseio da mulher daquela época era casar. E ao término do capítulo ela dá conselho aos pais dessas mulheres, para darem a elas objetivos e trabalho, para que estas fossem mais felizes.
O livro aborda alguns pontos bem interessantes, sobre a igreja da Inglaterra (Anglicana) e a necessidade de reforma e o poder dos ricos de ajudar os menos afortunados (temas atuais ao meu ver). Porém há partes onde a leitura torna-se muito cansativa, por abordas assustos que para mim eram desnecessários. Um exemplo é quando Louis, irmão do Sr. Moore fala sobre um texto que Shirley escreveu em francês.
No geral, gostei de alguns pontos do livro e é bem mais fácil de ler que Villette (outro título da autora). Valeu a pena o tempo dedicado, porém não indico.

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LuizaSH 30/09/2019

Shirley Keeldar é uma moça que, ao atingir a maioridade (21 anos), herda uma fortuna e propriedades, entre elas, onde fica a fábrica de Robert Moore, o qual está passando por maus bocados por conta da guerra, que anda prejudicando seu comércio. Caroline Helstone é uma orfã que vive com o tio, o vigário da região (York). É prima de Robert e apaixonada por ele. São as heroínas e principais personagens do enredo deste livro.
Gostei da contextualização história envolvendo as guerras napoleônicas que ocorriam na época em que a trama ocorre (início do séc. XIX), todos os problemas que ela causava, como as indústrias paradas, pessoas desempregadas, fome, descontentamentos, e como isso refletia no comportamento das pessoas enquanto parte da sociedade.
Mas a leitura não foi lá tão prazerosa no geral. O livro não é ruim, mas não sei, ele começa com um ritmo bom, depois dá uma caída e fica assim, meio "morno", até o final. Muito dramalhão digno de novela mexicana (e olha que na época isso nem existia, rs), principalmente de Shirley e Caroline. Os mistérios e segredos eu consegui sacar bem rápido, ainda que não tenha estragado a leitura. Algumas cenas e personagens que não entendi a presença, já que não tiveram lá muita importância, se fossem cortados não prejudicaria em nada o núcleo da trama. E os romances foram resolvidos nos dois últimos capítulos e bem sem gracinha. Sem falar que, por mais que fosse comum na época, não consigo gostar de romances entre primos, não sei explicar bem, mas me dá uma sensação estranha.
Fico triste em sentir isso, uma vez que a Charlotte Brontë escreveu "Jane Eyre", um dos melhores livros que já li na vida, mas em "Shirley" ouso dizer que ela não estava muito inspirada.
Clecinha 29/01/2021minha estante
O início da obra é meio enfadonho, mas depois a história desenrolar. Gostei bastante, mas Jane Eyre continua sendo meu favorito!


LuizaSH 30/01/2021minha estante
É, interessante pra conhecer mais obras da autora, mas Jane Eyre é insuperável.


Clecinha 30/01/2021minha estante
Já leu Villette? Também muito bom!


LuizaSH 30/01/2021minha estante
Comprei, mas ainda não li.




Nat 26/01/2016

O ano é 1881, quando toda a região de Yorkshire se encontra sob o peso da guerra napoleônica. O comércio é difícil e muitos usineiros são obrigados a medidas drásticas para evitar o destino de milhares de famílias que passavam fome e se encontravam completamente miseráveis. Caroline Helstone é uma jovem de temperamento doce, órfã desde cedo que vive com seu tio, o reverendo Mr. Helstone. Ela se torna aluna de uma prima distante, Miss Moore, irmã de Robert Moore, inquilino do maior moinho da aldeia de Briarfield, na região de Yorkshire. O moinho se encontra nas terras da jovem herdeira Miss Shirley Keeldar. Estas duas moças não poderiam ser mais diferentes: Caroline é tímida, enquanto Shirley tem toda a confiança de uma herdeira de grandes terras e fortuna, que logo após chegar no local consegue chamar atenção de vários pretendentes. Exceto de Mr. Moore que, muito preocupado com a situação do seu moinho, nunca reparou que a jovem pupila de sua irmã lhe dedicava um forte sentimento. Até que uma desilusão e a chegada de Shirley, que guarda um segredo, transforma tudo ao seu redor.

Mais uma vez eu me encontro em uma situação difícil para resenhar um livro de Charlotte Brontë. Não sei porque, esse foi o terceiro livro que li da autora e segundo após Jane Eyre. Acho que essa dificuldade tem a ver com o fato de que, erroneamente, fico esperando que todos os livros dela sejam iguais a Jane Eyre. Não que sejam muito diferentes, afinal são romances de época e também podem ser vistas as ironias sociais e (uma das coisas que eu amo nesta autora) o tema da independência feminina. Acho que é porque eu já vou esperando encontrar outro Mr. Rochester, um protagonista masculino que me prendeu a atenção desde o início em Jane Eyre. Não encontrei isso nem em Villette nem em Shirley, e deve ser daí minha (quase) decepção com a história. Apesar disso, valeu a pena ler, não só porque eu gosto muito da autora, mas porque eu amo romances clássicos onde existe uma mulher do tipo de Shirley, cuja independência me atrai demais. E mesmo não gostando de sentimentos platônicos como o de Caroline por Robert, não consegui sentir aversão a personagem (o que geralmente acontece quando me deparo com personagens sonhadoras assim). Recomendo.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2016/01/shirley-charlotte-bronte-dl-l-2016.html
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Ana Carolina 10/08/2021

Shirley
Um livro que o personagem que leva o nome do livro demora para aparecer e eu gostei mais da Caroline.
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Mica CM7 13/12/2023

Bom
Ele é apenas bom, isso mesmo, livro longo, lento, mas, bom rsrs.

gosto de livro de época, esse, é dos bons, mas, não tem muitos acontecimentos.
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Tina 04/10/2022

A tecelagem do Hollow e o Bloqueio Continental
Shirley me surpreendeu. Os primeiros capítulos são mornos, e a personagem que dá título ao livro faz sua primeira aparição quando a história já está bem avançada. Entretanto, nada disso atrapalha a obra - pelo contrário: a torna ainda mais interessante, pois cada personagem é muito bem construída, principalmente no que tange ao caráter de cada uma. O pano de fundo da obra é a Tecelagem do Hollow, administrada por Robert Moore, durante um período difícil da história da Inglaterra: o Bloqueio Continental imposto por Napoleão Bonaparte, na qual nenhum país europeu poderia fazer comércio com o país inglês. Com uma tecelagem que não rende, tecidos que não são vendidos, demissões em massa e máquinas industriais destruídas pelos simpatizantes do movimento ludista, Robert tenta ganhar a vida e mudar o jogo. Em seu entorno, temos Caroline Helstone, uma prima distante, e, é claro, nossa protagonista Shirley. Dona de uma fortuna invejável, ela é arrendadora de muitas propriedades da região, incluindo a tecelagem de Robert. Caroline e Shirley se tornam amigas, e a partir daí a história começa a se desenrolar com mais velocidade e vários segredos são revelados. Conhecemos a Sra. Prior, o Sr. Louis Moore, irmão de Robert, além de vários parentes e amigos de Shirley, cada um com seu quê de importância para a obra. Com certeza uma de minhas leituras favoritas este ano! Apesar das mais de 900 páginas, a leitura flui de uma maneira muito leve e em alguns momentos, divertida. O livro é cativante!
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Marcela Nacazato 28/05/2020

Especial demais!
Sou suspeita para fazer resenha dos livros das irmãs Brontë, mas tentando ser o mais imparcial possível, é um livro maravilhoso. É denso, robusto e cru.

Ele explora a natureza dos relacionamentos e do feminismo da forma mais linda possível, pensando que é um livro dos anos 1800.

Recomendo fortemente. Leitores que vão começar: persistam, o começo é quase desafiador para continuar a leitura, mas vai valer a pena.
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Vania.Gomes 02/11/2020

Como a chuva e o sol
Minha primeira leitura de um obra da Charlotte Brontë, Shirley me chamou atenção, eu precisava ler essa obra e descobrir suas aventuras. A Shirley parecia tão misteriosa e interessante, e bom ela não deixa de ser, apesar de que demora muito a aparecer, chega certo momento que você fica: Cadê a Shirley?, pode ter sido uma forma talvez de dá um pouco mais de atenção a menos provida Caroline, ou dá a personalidade de Shirley todo esse enigma que tentamos desvendar ao longo da obra.
Brontë nos prende na narração do contexto em que se localiza sua história, no cotidiano da pequena Yorkshire, nos costumes, e de forma afiada mostra sua critica aos homens e ao casamento. Confesso que em algumas partes foi bem cansativo ler, parecia que nunca algo realmente avançava ou acontecia, mas Charlotte não antecipa os momentos, eles acontecem quando tem que acontecer.
Enfim um livro que demorei a ler, mas que hoje finalizo, com um desejo de ler mais obras da autora.
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Nelson 20/05/2021

Resenha
É um livro interessante, foi uma experiência de escrita que a autora resolveu usar neste livro, porém não é meu favorito dela.
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Iza 19/07/2021

Protagonistas fortes
Gostei muito de ter lido Shirley, apesar de sentir um pouco de dificuldade devido a lentidão de algumas partes. Mas, tirando isso, foi uma leitura muito prazerosa! Shirley e Caroline (acho que deveria ser assim o nome do livro) são protagonistas muito boas e interessantes e fortes. Recomendo a leitura!
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Bia 08/08/2021

Arrastado deeemaaais!!!
Sabe aquele livro que só enche linguiça?? Então é esse mesmo, uma história que poderia ser contada em bem menos páginas mas que se arrasta em muitas e não acrescenta em nada, que história arrastada, termino a leitura decepcionada pois eu achei que ia ser 5 estrelas!!!
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Malu 30/08/2021

Shirley
Apesar do começo meio enrolado e lento, Charlotte Brontë nos apresenta uma bela história de amizade e nos traz um contexto do período de revolução industrial...
Muito perspicaz ao trazer um narrador para a história, para não pender para lado nenhum, Charlotte criou personagens fortes e corajosos... Shirley é a personificação de beleza, inteligência, audácia... um vendaval... já Caroline, a delicadeza em pessoa... e que amizade linda nasce entre elas...
Adorei... recomendo...
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Carol 04/05/2024

"Lento e majestoso o Dia se retirou, se acabando em fogo puerpúreo, se despedindo ao som de um coro baixo e selvagem vindo dos bosques. Então a noite chegou, silenciosa como a morte. O vento soprou, os pássaros deixaram de cantar. Então, cada ninho abrigava casais felizes, e cervos e corças dormiam tranquilos em seus covis."
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Lê Golz 17/06/2016

Apaixonante!
O que esperar de um romance histórico escrito por Charlotte Brontë? Depois de ler Jane Eyre, uma das principais obras da autora, minha ansiedade para ler todos os seus livros era grande. Shirley, essa publicação linda da Pedrazul Editora veio em boa hora e mesmo tendo muitas diferenças com a primeira obra que li da autora, ainda assim conseguiu me surpreender.

Apesar do título, a obra conta as histórias de Miss Shirley Keeldar e Miss Caroline Helstone, duas mulheres completamente distintas no comportamento e personalidade. Shirley é uma jovem herdeira de uma grande fortuna, sendo cortejada por vários homens que lhe propuseram casamento. Shirley além de muita bela, é ousada, vibrante, orgulhosa e guarda um segredo. Caroline, por sua vez, é o oposto, órfã, não tem fortuna, vive opressivamente em uma casa paroquial com seu tio, e além de muita bela também, é mais doce, recatada e vive um amor platônico por seu primo Mr. Robert Moore. Essas diferenças, portanto, não poderia impedir que elas fossem amigas.

Narrado em terceira pessoa, o livro é ambientado na Inglaterra industrializada do século XIX, no período da guerra Napoleônica, onde inúmeros operários estavam desempregados, as colheitas não iam bem e as primeiras fábricas do século, cujas mãos de obra estavam sendo substituídas pelas máquinas, estavam sendo implantadas. Nesse cenário, os primeiros capítulos se iniciam com a luta de Mr. Moore para manter sua fábrica e seus negócios estabilizados, portanto, nesses trechos a leitura pode ser mais lenta, até que enfim nossas protagonistas apareçam.

Brontë tem uma escrita extremamente rica e muito clara apesar da época que escreveu esse romance. É fácil envolver-se com suas histórias e sermos totalmente cativados por seus personagens. São tantos os detalhes, que é como se estivéssemos próximos observando as cenas e não apenas lendo. Devo ressaltar que esses detalhes não tornam a leitura maçante, apesar de ser certo dizer que alguns trechos são realmente mais lentos, mas a forma que a autora narra só enriquece ainda mais a obra. Quem gosta de clássicos sabe o que estou falando.

"Esse olhar não quis ele conceder-me. É estranho que a dor quase me sufoque pelo olhar de um ser humano não ter encontrado o meu." (123)

O que diferencia essa obra de Jane Eyre, por exemplo, é o drama e melancolia quase inexistentes em Shirley. Uma característica dos livros da autora que se mantém aqui é a crítica social nas entrelinhas. A personagem Shirley possui muito dos predicados de um homem, e além disso, é muito rica e por esse motivo poderia dar sua opinião quando bem entendesse e tomar suas próprias decisões. Afinal, em uma sociedade hipócrita do século XIX (infelizmente até hoje), que homem contestaria uma jovem bela, solteira e rica? Por outro lado, Caroline representa toda a opressão que as mulheres viviam naquele século, e sua vida resumia-se na casa sacerdotal em que morava.

Somado a impecável escrita, ótima construção dos personagens e as construtivas críticas sociais, Brontë surpreende ainda mais com o suspense ao longo do enredo. Há um mistério no desaparecimento da mãe de Caroline, que será revelado em determinado trecho do livro. Shirley também guarda um segredo que apesar de já se tornar visível perto do final, ainda surpreendeu quando li os últimos capítulos. Durante quase todo o livro não pude deixar de ficar aflita com o destino de Caroline e seu amor proibido. A autora conduziu esse sentimento dela de uma forma dolorosa e que irá levantar várias dúvidas ao leitor sobre seu final feliz. Os mistérios por trás dos verdadeiros sentimentos dos personagens foi o ponto forte do livro, e que o tornou todo especial.

Como não poderia deixar de destacar, a Editora está de parabéns pois a obra é lindíssima. Primeiramente pela capa e contracapa perfeita. A obra é recheada de ilustrações dos personagens e consegui visualizá-los exatamente daquela forma - esses desenhos enriqueceram muito a obra. As folhas amareladas, fonte em tamanho ideal e revisão impecável também contribuíram para um boa leitura.

"Provavelmente já disse isso: o amor pode desculpar qualquer coisa, exceto a maldade, pois a maldade mata o amor." (p. 95)

Simplesmente amei o livro e recomendo de olhos fechados, ainda mais se você é um leitor ávido por romances históricos como esse. Não espere contudo, momentos de puro romance, drama e melancolia. Teremos sim, momentos de romances para suspirar, mas esses serão muito poucos. O livro vale a pena por sua carga histórica, crítica social e um toque de romance. Sem contar que Charlotte Brontë é uma autora admirável. Estou mais uma vez apaixonada por um de seus romances. Então, se você ama clássicos, não se arrependerá de ler Shirley.

site: http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2016/05/resenha-shirley.html
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