A Batalha do Apocalipse

A Batalha do Apocalipse Eduardo Spohr




Resenhas - A Batalha do Apocalipse


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Lídia @relatosdaLih 18/02/2019

Resenha - A Batalha do Apocalipse | depoisdalleitura.com.br
No ano de 2019 eu revolvi mudar totalmente o meu gênero literário, com a ajuda do meu amigo Micael vou me aventurar em outras histórias. Então, além do meu projeto lendo Distopia vou ler outros livros (indicações diversas). E, hoje é com muito prazer hoje estou postando a resenha do livro A Batalha do Apocalipse, escrito pelo autor Eduardo Spohr, autor nacional que teve a oportunidade da sua obra ser traduzida e publicada em outros países, então vamos valorizar os autores nacionais.

Vai ser muito complicado falar sobre esse livro, porque ele é muito grande então rola muitas coisas que são difíceis de citar sem dar spoiler, então vou tentar ser breve.

O cenário do livro é bem complexo. Miguel é primogênito dos arcanjos, para quem não tem ideia, os arcanjos são os “fodões” dos anjos. Então temos Miguel, Gabriel, Rafael, Uziel e Lúcifer. Temos também os anjos, e, existem castas que categoriza o estilo de vida de cada anjo. Até o momento Lúcifer ainda é um anjo. Os Anjos e Arcanjos não possuem livre arbítrio e não podem negar um duelo. Abaixo dos arcanjos existem os Querubins, que seria o Ablon nosso personagem principal, ele é um anjo guerreiro e no céu é o general. Também existem castas no céu (tipo cada um no seu quadrado). Exemplo: o terceiro céu é onde ficam os humanos, quinto céu Palácio Celestial e quarto céu Celestial.

No início conta como o Criador iniciou o mundo até o sétimo dia, e enfim adormeceu e deixou a roda do tempo (relógio que indica o despertar de Deus) e o livro da vida para Miguel, que a partir de agora está no comando. Porém, o tempo foi passando, e Miguel mudou totalmente de comportamento, principalmente quando o assunto é sobre os humanos, e se tornou um personagem muito malvado. Ninguém tem permissão para tentar ver se Deus realmente está dormindo, e Miguel matará todos que contrariar seus comandos. Até que, o general Ablon, percebeu que Deus não estava por trás das ordens do Arcanjo Miguel e junta alguns anjos para iniciar a sua rebelião, entretanto, as coisas não saíram da forma que ele imaginou, porque ele foi traído for Lucifer, que contou todo o seu plano para Miguel (para ter a confiança dele), e assim, agora o Querubim Ablon virou o anjo renegado, juntamente com todos que estavam apoiando ele. E, Lucifer se ferrou também, porque a pretensão dele era roubar o cargo de Miguel, mas, deu ruim para ele também, pois foi expulso do Céu e foi parar na profunda escuridão. Ok, esse foi só o começo.


Os renegados foram expulsos para o terceiro céu onde vivem os humanos, entretanto, uma vez anjo sempre anjo, eles podem até estarem em corpos de humanos, mas a força ainda está dentro deles. Ablon é um personagem muito fechado, mas isso não me incomodou, não. Depois de muitos anos vagando pelas terras humanas ele conseguiu obter várias habilidades que no céu não eram desenvolvidas. Seu intuito é encontrar os anjos renegados novamente.

Na primeira parte A Torre de Babel, conseguimos nos empolgar com o enredo. Ao longo da história, ele salvou a vida de uma feiticeira que se chama Shamira. Vários casos ocorrem com os dois personagens, e, isso dificulta totalmente o romance da história, então se você quer ler esse livro só por causa do romance, sugiro que não faça isso.

Tudo que escrevi anteriormente é sobre o passado de Ablon antes de cristo. A história é intercalada entre o passado e o presente.

No presente:

Ablon recebeu uma visitinha no Rio de Janeiro (cidade que mora por ser um país neutro, pois os humanos estão no auge da Guerra Civil) do Orion (um carinha que também é um anjo caído) e do Lúcifer, convidando-o a se aliar a ele na batalha do Armagedon (O Apocalipse – Despertar de Deus). Só que Ablon não é muito amigo da Estrela do Amanhã (Lucifer), mas e é convidado a fazer uma visitinha lá no inferno. Só que para isso acontecer, ele irá precisar da sua feiticeira antes de descer ao inferno.

Falando um pouco da Shamira, ela é muito autentica e muito esperta, sabe se defender de vez em quando e seu coração se apaixonou por um querubim que ela faz questão de esperar até sua morte. Ao chegar no Rio de Janeiro ela fez o que Ablon a pediu, mas, foi capturada pelo Anjo Negro. E isso forçou o renegado a participar do Armagedon. E, entramos na parte segunda A Ira de Deus.

Só para esclarecer, o apocalipse irá acontecer porque o homem está corrompido. E, o tempo está sendo marcado na roda do tempo. Quando a sétima trombeta soar, a guerra irá começar e Ablon tem que chegar para Granfinale.


- Miguel nunca entendeu que a humanidade é parte da criação divina – argumentou Ablon. – Feri-la significa ferir também uma parte de Deus.

A parte A Ira de Deus tem conteúdo sobre a vida passada do Ablon. E gente ele passa muita coisa viu. Missões que ele tem que concluir, humanos se envolvendo na história, pessoas do passado voltando também... Então é muita coisa. Mas tudo que se passa nesta terceira parte é muito importante, cada detalhe importa. Às vezes eu me perguntei se algumas passagens eram realmente necessárias, mas quando eu cheguei ao final do livro eu vi que realmente tudo faz sentido nada é por a caso.

Na terceira parte Flagelo de Fogo é quando o pau quebra, novos personagens aparecem se aliando ao Ablon e várias surpresas também, toda a trajetória que o guerreiro percorreu até o final do livro é importante. Então quer saber o final dessa história maravilhosa e entender melhor todo esse cenário que o autor criou? Só lendo o livro.


Muito difícil falar sobre esse livro, mas eu queria passar para vocês essa história maravilhosa. Gente o autor conseguiu juntar um contexto história (A guerra Civil), com religião (mas sutilmente) com fantasia. QUE ORIGINAL.

Realmente o Ablon é bem focado na missão dele, por isso, a gente não consegue se afeiçoar a ele. E, ele tem alguns inimigos por aí, principalmente o quando o Apollyon - o anjo destruidor entra na história. Mas a Shamira é um amor. Fiquei com vontade jogar esse livro pesado na cabeça do Miguel. Gabriel é o meu personagem favorito. A história é longa, mas é perfeita eu gostei bastante. Agora quero ler os outros universos que o autor criou, como o livro Filhos do Éden. Como eu disse eu perdi a paciência em algumas partes, mas esse mal passou depois que eu vi que essas partes são importantes. Essa resenha não é nem 10% do livro então tem muita coisa que rola e não posso contar para vocês. O final do livro estou tentando processar até agora, tentado criar a minha versão da história, porque o final é totalmente aberto para reflexão. Então se você leu e não gostou do final é porque você não refletiu. Então pare e pense na história.

Então gente, é isso espero que tenham gostado da resenha e logo, logo vai sair vídeo sobre esse livro com a minha participação no canal Alegria Literária e o que faltou aqui na resenha do blog eu vou falar lá, ok? Conte-me aqui nos comentários o que vocês acharam até mais!

site: https://www.depoisdaleitura.com.br/
Débora 27/03/2019minha estante
Estou pensando seriamente em pular a parte dos acontecimentos do Ablon no passado. Vc acha que isso prejudicaria meu entendimento da história?


Débora 27/03/2019minha estante
(A parte a Ira de Deus). Pq não estou gostando da leitura, porém não queria abandonar o livro uma vez que já li quase a metade.




Azev 17/03/2021

Livro com potencial ... mas falhou
Eu comecei por ler este livro com grandes expectativas, primeiro porque o resumo era muito bom, e porque algumas críticas que li eram bastante positivas. Contava com uma estória de ação e fantasia de ler e chorar por mais, mas me enganei. As personagens me pareceram vazias e insípidas, não consegui me afeiçoar a nenhuma delas, não sei porquê, talvez o autor não tenha investido o suficiente na sua caraterização. Senti que houve fraco envolvimento nesse aspecto ao longo da narrativa, Ablon e Shamira, ambos personagens principais, despertaram em mim o mesmo sentimento de desinteresse que as personagens menores, e isso é muito mau sinal numa narrativa: quando mais que um protagonista não interessa minimamente ao leitor.

Tirando isso, achei a narrativa muito arrastada e com capítulos entediantes e desnecessários, destaco os capítulos flashback da jornada de Shamira e Ablon ao longo da história, esses capítulos poderiam ter sido interessantes mas o autor se focou em pormenores aborrecidos e em enredos enfadonhos e demasiado longos, o final foi uma batalha épica com um plot twist que não me surpreendeu.

A parte que mais gostei foi sem dúvida o Inferno, aliás acho que o autor deveria ter-se focado mais nas personagens infernais e nos reinos místicos, e não tanto em viagens aborrecidas no passado e no presente (sim porque a viagem dele e de Aziel até Jerusalém foi também longa e cheia de detalhes enfadonhos). Enfim, a parte infernal e a última batalha meio que me deram as forças para terminar a leitura, caso contrário eu teria abandonado.

Só acho que os ingredientes para uma grande obra estão todos lá, as personagens místicas de todas as culturas e religiões, viagens por vários locais ao redor do globo, portais, a forma como os elementos místicos são explicados é simples e não deixa dúvidas. No entanto sinto que o autor se perdeu, e ao longo da narrativa simplesmente foi por um caminho que em nada beneficiou a estória ou os personagens, pode ter sentido um bloqueio criativo e ter decidido escrever páginas e páginas para encher chouriço, porque é à única conclusão que cheguei para justificar o rumo que as coisas tomaram, afinal se tirásse-mos as viagens chatas e os excessivos pormenores desnecessários duvido que o livro tivesse metade das páginas. Não sei se darei uma segunda chance a esta saga, fiquei desiludida e temo que o livro seguinte seja igual ou pior.
Arya4 18/03/2021minha estante
Você entendeu o final? Se sim por favor me explica.


Azev 18/03/2021minha estante
Basicamente, Ablon e os outros dois sobreviventes conseguiram alterar a roda do tempo e fazer a cronologia temporal regredir para uma época em que o apocalipse ainda não tinha acontecido, agora o último capítulo também não entendi porque pareceu ter sido uma regressão muito curta, mas acredito que as respostas serão encontradas no livro seguinte.




Teo 22/02/2022

QUEM NÃO GOSTA É MALUCO!
Sério, arcanjo caindo na porrada, espadas flamejantes, apocalipse (tá até no título), quem não gosta, pô? ABSURDO.

Muito maneiro as cenas que falam do passado, aprendi mais sobre história nesse livro do que com a minha professora (sim, Ruth, essa indireta foi para você!).
CONRADO0 14/03/2022minha estante
Concordo


CONRADO0 14/03/2022minha estante
Li há uns sete anos atrás e ainda sim continuo com a mesma opinião, obra singular




Rosângela Luz 02/02/2017

Enfim um brasileiro!
A batalha do Apocalipse
A queda dos anjos ao crepúsculo do mundo, de Eduardo Spohr.
Editora Verus.
Número de páginas: 586.
Arte da capa: Harald Stricker.
Revisão: Guilherme Simões Reis.
A obra traz a grata surpresa de ser do gênero literatura fantástica e de autoria de um brasileiro, Eduardo Spohr, (Rio de Janeiro, 5 de junho de 1976) é um jornalista, escritor, professor, blogueiro e podcaster brasileiro.
Informação retirada de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Spohr

O livro é dividido em três partes: A vingadora Sagrada; Ira de Deus e Flagelo de fogo.
O livro inicia-se pela revolta dos Querubins leais a Jeová contra o Arcanjo Miguel e os anjos que o seguiam, Deus está no descanso do Sétimo Dia e os conflitos ocorrem pelo ciúme do amor de Deus aos seres humanos. A descrição deste ambiente de desconfianças e batalhas exigiu muitas pesquisas para que o autor descrevesse um ambiente crível para a sua trama, um universo tão rico de simbolismos, acontecimentos históricos e de religiões, quase perfeitamente alinhados.
Os arcanjos , anjos e demônios apresentam sentimentos humanos como raiva, inveja, amor, capazes de tramóias enquanto acreditam na hipótese de que o Pai esteja descansando ou morto e isso pode perturbar os religiosos, contudo, gostaria que pensassem com a mente aberta, primeiro na obra artística que foi construída e que nossa literatura ainda é pobre neste gênero e, segundo, que a fé que, por acaso possuam, não será abalada por uma história de ficção, e isto faz desta obra, para mim como leitora, pioneira em nossa literatura, capaz de ser comparada com qualquer outro universo fantástico criado por autores internacionais.
O personagem principal, Ablon, o anjo renegado, encontra-se no Rio de Janeiro, no século XXI, oito anos depois das olimpíadas sediada aqui, então 2024, quando é procurado por um amigo, Orion, príncipe de Atlântida, por perceber os sinais de que o Apocalipse se aproxima. Temos, então, vários flashbacks que explicam as batalhas angelicais, a trajetória do protagonista e suas viagens. Voltamos ao Rio de Janeiro onde Ablon reflete sobre os sinais : a crise econômica mundial, a invasão do Afeganistão, criando ?um palco para um conflito mundial?.
A história acontece na Mesopotâmia, em Roma, Sodoma e Gomorra, China, Jerusalém e no Brasil. Com esses elementos chegamos a terceira guerra mundial entre os humanos, culminando no Apocalipse. As cenas de batalhas são gloriosas, o discurso do primeiro General me arrebatou e queria estar na história e ser soldado participando daquele momento crítico, envolvendo todos os seres imagináveis no universo Spohr.
A história engloba elementos da mitologia grega, criaturas fantásticas (fadas, duendes, elfos, dragões), feitiçaria, cristianismo, religiões antigas ou extintas, temos a ligação do protagonista com a feiticeira Shamira em um viés romântico, enfim, em uma salada que dá certo. Temos também, a narrativa em primeira e terceira pessoa, o que pode causar alguma confusão, mas nada que impeça a compreensão da história.
A obra não é perfeita, falha na revisão (alguns erros ortográficos), os diálogos poderiam ser mais dinâmicos, todavia, temos uma história que seria fantástica nas telas ou como série e que pode encantar pessoas de qualquer idade.
Ao final da obra temos um Glossário e uma linha do tempo.
O autor possui outras obras como a Trilogia Filhos do Éden e o spin-off de A batalha do Apocalipse, um conto chamado A torre das almas.
E você, o que acha do livro? Curta, comentem e compartilhem, vamos espalhar o prazer de ler!
Blog do autor:
http://filosofianerd.blogspot.com.br/2009/10/tutorial-como-ler-batalha-do-apocalipse.html
Entrevista do autor no Programa do Jô, parte 1 e parte 2:
https://www.youtube.com/watch?v=4H1HfPTK_Ng
https://www.youtube.com/watch?v=XG4_SwM0zzU
Leko 02/02/2017minha estante
Como que você leu se sua edição tá comigo?
HUASUHAUHSUHAUHSUA


Rosângela Luz 02/02/2017minha estante
PDF e eu já tinha lido!




thais.moore 29/01/2016

Fraco...
Comprei para ler pensando que era um ótimo livro , depois de ter visto algumas pessoas elogiando, porem me decepcionei muito... Leitura arrastada, sem muitas surpresas, o autor parece as vezes se perder , nao gostei muito e abandonei na metade. Uma pena pq tinha grandes expectativas....
Alexandre Lima 30/01/2016minha estante
O que você esperava do livro?


thais.moore 07/03/2016minha estante
Esperava ser mais didático e ter mais ação... achei uma historia sem pe nem cabeça :-(




sagonTHX 21/04/2011

OS ANJOS NUNCA MAIS SERÃO OS MESMOS DEPOIS DE LER ESSE LIVRO
Eduardo Sporh esbanja talento nesse livro. Construindo de forma notável, criativa e apaixonante, uma trama de proporções épicas. Um belo trabalho que não fica nada a dever aos grandes nomes da “literatura de fantasia”, como: Terry Brooks, Emily Rodda, Licia Troisi, Christopher Paolini, entre outros.

Em A Batalha do Apocalipse, o autor une o Livro do Gênesis e o Livro do Apocalípse bíblicos com singular ousadia. Sem ser pedante ou tendencioso, Eduardo Spohr não se apega ao canone místico, ou mitológico, da fé cristã para recriar as suas legiões de anjos, serafins e arcanjos. Despojado de qualquer dogma, vai além dos conceitos sobre a criação do universo, do nascimento do homem, do surgimento das civilizações, da missão do Messias, da angeologia, da demologia e da própria existência de Deus, descritos na Bíblia. Sua obra transcende o mito, a superstição, as lendas e até mesmo a fé, e desnuda um universo onde o gênero humano não passa de fantoche nas mãos dos ganaciosos arcanjos.

Eduardo Spohr prova que a literatura brasileira atingiu um novo nível autoral e uma qualidade narrativa impressionante. É, sem dúvida alguma, um modelo a ser seguido.

A começar pela capa, com a excelente ilustração de Stephan Sölting, o livro possui um cuidadoso trabalho gráfico. A narrativa, em suas quase 600 páginas, é clara e concisa, com um estilo próprio, sem exageros ou excessos. Os personagens são condizentes com a trama, e nenhum deles, por mais simples que seja sua participação, fica sem uma apresentação adequada e esclarecedora dentro do contexto geral. Adorei o glosário no final do livro, com os nomes em ordem alfabética dos personagens e das localidades, com explicativo. A cronologia das datas apresentadas na história também ficou ótima.

Os arcanjos e anjos da mitologia criada por Sporh possuem interesses que vão além dos desejos humanos. Os homens, aliás, são tidos como seres abjetos que merecem e precisam ser exterminados. Os Arcanjos, invejosos, desalmados, bem que tentam: na expulsão do Paraíso, no dilúvio, na destruição da torre de Babel, no extermínio das cidades de Sodoma e Gomorra, além de outras catástrofes devastadoras, como a destruição da Atlântida e da fabulosa cidade de Enoque. No meio desse embate apocalíptico, surgem heróis de proporções divinas que fariam Gilgamesh ficar de cabelo em pé e roer as unhas.

Os cenários onde se passam a trama do livro são variados. Temos os Planos Celestes, as profundezas do Inferno, Babilônia, Roma, China, Europa Medieval, Rio de Janeiro, Israel, abarcando uma linha de tempo que remontam aos primórdios da formação do nosso planeta terra.

Além de Ablon e Shamira, Eduardo Spohr criou personagens que transbordam vida, ferocidade, paixão, obstinação, inveja, ódio, humildade, amor e tenacidade. São tantos, que é impossível ficar indiferente ao conflito por eles perpetrado no Céu, na terra, ou mesmo nas masmorras do Inferno. A descrição que ele faz do Inferno é apavorante. Uma das melhores que já tive a oportunidade de ler. Dante Alighieri, certamente, está se contorcendo em sua tumba, consumido pela inveja. Vai ver é outro arcanjo pretencioso…

A Batalha do Apocalipse é uma grande sacada da Verus Editora que acertou em cheio com esse lançamento. O livro é espetácular, e espero que Eduardo Spohr nos brinde em 2011 com um outro título de dimensões divinas.


A resenha completa e muitas outras novidades do mundo literário, você poderá conferir no blog da minha filha, Livia Mayara, neste endereço:

http://nomundodoslivros.blogspot.com/2011/01/batalha-do-apocalipse-de-eduardo-spohr.html
Maya 04/02/2012minha estante
Puxa vida, acabei de ler uma resenha deste livro e a opinão é bem contraria, eu fico entre as duas
:p


Daniel 11/07/2015minha estante
Eu achei esse livro uma porcaria sem tamanho.




Luis 15/01/2016

Muito Além... da Batalha Entre o Bem e o Mal [A Batalha do Apocalipse - Eduardo Sporh]
A Batalha entre o Bem e o Mal está para começar e você não pode deixar de ler esse ótimo livro da nossa literatura nacional. Das ruínas da Babilônia, o esplendor do Império Romano, passando pela China e sua cultura ímpar, o Muito Além das Aspas tem o prazer de falar sobre A Batalha do Apocalipse, obra de Eduardo Spohr. Confira:

...

E pra mim, como foi ler "A Batalha do Apocalipse"?


Antes de começar, gostaria de compartilhar alguns sentimentos que ficaram em mim ao terminar de ler este livro.

Primeiramente: Eduardo Spohr conseguiu enterrar de vez meu preconceito com a literatura nacional, provando que há sim livros maravilhosos de origem canarinha.

Segundo: deixa também um sentimento de frustração, pois em meio a tantas histórias fascinantes, nosso cinema ainda prefere expor a fragilidade de nosso país a se aventurar em novos caminhos, como o da fantasia, aventura etc.

Terceiro: Diferente de muitos, que acham que o começo foi bom, e que depois foi esfriando, eu tive que ter forças para passar das primeiras paginas. Mas não me...

Mais no post do link



site: http://muitoalemdasaspas.blogspot.com.br/2015/12/muito-alem-da-batalha-entre-o-bem-e-o.html
Tom 18/01/2016minha estante
Concordo contigo, cara! Nos três pontos que você levanta: Eduardo Spohr é ótimo! Podiam, e devem, aproveitar essa história no cinema. Mas, por favor, não estraguem! rsrsrs. E acho o início parado, até que....

=]


Luis 25/01/2016minha estante
Valeu Tom... Agora estou na trilogia do Filhos do Eden... ansioso!




Evy 31/07/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - Tema: Novos Autores / Mês: Julho (Livro 4)
"A Batalha do Apocalipse" me surpreendeu. No entanto, não consigo dizer se gostei ou não do livro. Tem partes muito positivas e algumas que realmente não me encantaram. A idéia é ótima e criativa. O livro é um épico, e por ser de um autor novo brasileiro me deixou orgulhosa. O detalhamento das cenas e cenários é bastante rico e embora (como já mencionado em outras resenhas) eu não seja fã de autores muito descritivos, entendo perfeitamente quando os detalhes são necessários para o desenvolvimento da história. Em alguns casos no entanto, eles foram muito cansativos. Principalmente nas descrições das diversas lutas heróicas que permeiam a história.

Basicamente, a obra trata do Armagedon, embate final entre o céu e a terra que decidirá o futuro da humanidade. Tudo começa no paraíso, onde um grupo de guerreiros que amam a liberdade e a justiça desafia a tirania dos poderosos Arcanjos. Por possuírem habilidades inferiores, o grupo é forçado ao exílio e condenado a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final. Ablon, o líder dos renegados, é convidado por Lúcifer a se juntar a suas legiões na batalha final, mas se nega, embrenhando-se em uma jornada de conhecimento e batalhas.

A narrativa é muito boa, e com certeza Spohr teve um trabalho árduo de pesquisa para escrever, o que eu valorizo muito em um autor e um livro. Alguns de seus personagens são realmente cativantes, como é o caso de Shamira, a feiticeira de En-Dor. Ela com certeza foi a personagem que me fez ir até o final da leitura, pois ficava esperando o momento de vê-la aparecer. Talvez o livro tivesse sido mais empolgante se ela fosse a protagonista e aparecesse mais vezes!

Ablon também é interessante, mas achei que ficou faltando alguma coisa nele. E isso foi um pouco ruim, pois ele é o que mais aparece na narrativa e na maioria das vezes foi bem desinteressante. Sem contar que o romance entre Ablon e Shamira ficou muito apagado na história, o que não trouxe emoção no desfecho da grande batalha onde viveram um certo drama.

Outro personagem que me decepcionou um pouco foi Lúcifer, Estrela da Manhã. A maldade, crueldade e frieza foram realmente bem trabalhadas na personagem, mas achei que ficou faltando aquele encanto e charme que todo perigo tem. Já Miguel, o Arcanjo tirano chamou minha atenção, assim como Gabriel. Ambos foram bem desenvolvidos e destaco uma passagem que achei lindíssima de um diálogo entre Ablon e Gabriel:

"Assim, dispersou seu espírito, e dessa energia divina nasceu a alma humana, abençoada com o livre-arbítrio e agraciada pela seiva do amor. Com isso, a energia do Criador prosperou, sobreviveu e se multiplicou sobre a superfície da terra. Pois saiba, ó valoroso guerreiro, que em cada coração mortal bate a potência do Pai, e essa graça é infinita, indestrutível e imortal"

Enfim, não sou profunda conhecedora de mitologia e das passagens bíblicas para criticar a obra nesse sentido, mas recomendo a leitura pela narrativa do autor, o trabalho árduo de pesquisa que deve ter feito e as descrições impressionantes dos locais narrados na história.

Vale a pena conhecer!
Li 27/07/2011minha estante
Vc escolheu a mesma citação que eu, rs, só que coloquei ela inteira!
Menina, eu gostei do livro, só achei meio longo, demorei horrores para terminar...
Achei que Spohr mandou bem, o livro é muito bem escrito!!

Bjoos


Gabi Pescarolo 07/08/2011minha estante
Concordo com várias partes de sua resenha. Com certeza faltou algo. E eu também amei a Shamira!!!

Parabéns pela ótima resenha, tia!

Beijos




Leandro Radrak 14/03/2011

Alguns livros abrem portas...
Outros as derrubam completamente, deixando uma passagem aberta para aqueles que seguem a mesma trilha...

Percebe-se um épico no momento em que você o segura, atraído por sua capa e passa os olhos em sua sinopse.
Com a Batalha do Apocalipse foi assim. Antes mesmo de todo esse sucesso, ao ler em sua capa a frase “Da queda dos anjos ao crepúsculo dos Homens”, já dava para sentir o peso de tal obra. (E que peso! Nunca senti tanta vontade de ter um kindle)

Mas falemos sobre a obra em si ao invés da aura que ela possui e que atrai tantos leitores.

Durante a leitura da Batalha do apocalipse, por vários momentos eu comparava o ritmo da história com clássicos como Império do Sol ou E o Vento Levou.
Digo isto por conta da jornada em si, que nos leva aos quatro cantos do mundo de um modo complexo, fazendo-nos sentir aromas e temperaturas, nos dando tamanha imersão e realismo que parece que estamos realmente ali, junto dos protagonistas.
E por falar neles, também nos personagens identifiquei características que me remeteram àqueles clássicos. A Batalha nos premia com seres cativantes, cada um ao seu modo, tornando sua passagem por aquele mundo única e inesquecível. Percebe-se isto facilmente, após fechar as mais de seiscentas páginas do livro e se lembrar de detalhes sobre dezenas deles, humanos, anjos ou demônios.
Muito bem, temos um cenário profundo e personagens cativantes. Isto bastava para tornar o livro bom. Porém, estamos falando de um épico.
E épicos marcam principalmente por sua história.
Neste ponto, a obra se arrisca ao trazer neste volume único várias sub-tramas que poderiam ser convertidas em livros menores. Estas histórias são contadas através de flashbacks que remetem ao passado conturbado de Ablon, personagem central da obra.
Digo que é arriscado, pois pode-se perder o foco da história principal e distrair ou entediar o leitor. Porém, mais uma vez o autor acerta na dose e deixa as sub-tramas tão naturais e ligadas à história principal que você aproveita cada uma delas, sem tédio ou cansaço.
Nestes três pontos encontra-se a riqueza de tal obra. Eles resumem o carinho e esforço despendido em cada página escrita e cada hora gasta com pesquisa pelo Eduardo Spohr. Estes pontos, juntos com uma estratégia bem elaborada do jovem Nerd e continuada pela editora Verus, mostram claramente o porquê desta obra estar há meses entre os mais vendidos.

Aos que torciam o nariz para literatura nacional, ou simplesmente temiam a sua qualidade, esta é a prova absoluta de que em nada perdemos para a galera lá fora. Nós podemos sim, produzir épicos ricos em detalhes e dignos de serem levados às telonas.
Portanto, meu amigo, se você ainda não começou a ler os trabalhos
desta nova geração, trate de se apressar.

A Batalha do Apocalipse é um excelente começo.
Ruiz 19/03/2011minha estante
Excelente resenha! ^_^ Lerei o livro pelos mesmos motivos que você (a capa, a sinopse, etc..) e também pelas maravilhosas recomendações que tenho recebido!! Quando soube que o autor era brasileiro fiquei: O_o ... Estou ansiosa agora ^_^


Cleber Trida 23/08/2011minha estante
Ultimamente tenho lido excelentes livros Nacionais, como "O Caçador de Gigantes" e o "O Lobo de Gaia" do Daniel R. Salgado que infelizmente ele ainda não terminou a série e estou aguardando pois ele escreve muito bem, o primeiro da Trilogia "Dragões do Éter", "A Batalha do Apocalipse" fez com que eu não desgrudasse do livro, vamos torcer pra que essa safra rendam muitos mais frutos




Milena12 14/07/2021

A batalha contra o sono
É um livro bem chatinho, a tentativa do autor de fazer uma história fantasiosa é boa, porém não tem enredo (apesar de retratar o apocalipse). Não gostei.
dearchaol 14/07/2021minha estante
Moça tem romance ?


Tiago 03/10/2021minha estante
Kkkkkkkkk. A batalha contra o sono. Kkkkkkkkk




Marci 04/12/2017

Nada sobre o livro, só não é meu tipo preferido de leitura.
Abandonei.
Lay 07/12/2017minha estante
Eu já li quase todos. Gostei bastante


Marci 07/12/2017minha estante
Talvez eu deva insistir na leitura.
Ouço falar tão bem deles. rs'




Dan 29/03/2011

A Batalha do Apocalipse
“Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o paraíso celeste foi palco de um terrível levante. Armados com espadas místicas e coragem divina, querubins leais a Yahweh travaram uma sangrenta batalha contra o arcanjo Miguel e os anjos que o seguiam.”

Depois da criação o criador caiu num estado profundo de sono e os arcanjos começaram a dominar o poder, sendo Miguel o maior de todos.

Miguel travou batalhas injustas usando o nome do criador para justificar sua causa nefasta.
Tomado pela tirania, ele tentou devastar a raça humana, começando pelo dilúvio, até o ataque a Sodoma e Gomorra.

Munido de ódio contra os humanos, Miguel não conseguia aceitar o imenso amor que Deus tinha pela humanidade, pois como prova Deus presenteou as pessoas ele mesmo através da alma.

Depois do dilúvio que quase devastou a Terra, o ataque a Sodoma e Gomorra só eram uma pequena parte de seu maquiavélico plano.

Cansados de ver as injustiças cometidas pelo arcanjo, querubins munidos pela fé rebelaram-se criando uma conjuração. Mas eles precisavam de alguém mais forte que pudesse desafiar o poderoso Miguel, os querubins confiaram sua causa a Estrela da Manhã, Lúcifer, que apoiava seus ideais. Mas ele revela os planos dos rebeldes a Miguel para ganhar prestígio e arquitetar sua própria revolução.

Assim os anjos revolucionários foram banidos do céu por Miguel, e sentenciados a viver na Haled (Terra) aprisionados a seus avatares. Essa era uma das piores punições que um anjo poderia ter, pois para os querubins ser aprisionado no mundo físico era uma maldição terrível. Contudo, os valorosos guerreiros não se deixaram abater, pois o mais importante eles detinham, a fé em Yahwen (Deus), e o amor pela humanidade.

Salto na história...

A comitiva babilônica ganhou estrada pelo deserto. Cinquenta soldados escoltavam uma única mulher, mas ela não era qualquer mulher, ela é a feiticeira de Em-Dor. Raptada a mando do rei tirano e imortal, Nimrod.

Leia mais no Falando de livros: http://danfalandodelivros.blogspot.com/2011/03/resenha-batalha-do-apocalipse-eduardo.html
Juninho 20/04/2011minha estante
O que vc achou do livro????
em uma resenha, escrevemos o que o livro nos proporcionou,(entusiasmo, gosto, desanimo)
O que vc escreve são resumos...


Dan 21/04/2011minha estante
Oi, se vc olhasse no blog ia ver.
Adorei o livro, muito bom.




Dani 10/12/2010

Apesar das quase 600 páginas que quase quebraram meus já frágeis pulsos na hora de segurar o livro, a leitura foi bem rápida. Eu não sabia direito o que esperar da história, e minha reação ao ler o primeiro capítulo, em que um anjo renegado em cima da estátua do Cristo Redentor recebe a visita de um demônio já foi suficiente para me deixar "...UAU". E o legal: mesmo que a história não seja ambientada o tempo inteiro no Brasil, há um motivo para que ela o seja nesses determinados momentos (que você vai descobrir lendo). Ou você nunca estranhou porque os aliens sempre invadem primeiro os Estados Unidos nos filmes? (E depois sempre são esses mesmos Estados Unidos que chutam os verdinhos da Terra porque, afinal, "a América é um país livre e todos os cidadãos irão lutar por sua pátria!")

Mas voltando ao assunto: A Batalha do Apocalipse é um livro muito bom. Dentre os personagens, temos Ablon, o protagonista e típico herói, e Shamira, a Feiticeira de En-Dor, uma necromante humana. O que mais me agradou foi a originalidade que o Eduardo Spohr usou, por exemplo, ao dizer que os seis dias que Deus precisou para criar o mundo e descansar não foram necessariamente dias, e sim eras. Segundo essa visão, Deus estaria adormecido até agora e só despertaria no Dia do Juízo Final, para punir os injustos. Vai dizer que isso é ou não é genial?

E temos também os arcanjos, os mother f*ckers da história. Adorei o Lúcifer, principalmente, porque ele é todo dissimulado e irônico. Já o Miguel, comecei tendo raiva dele, mas ao final do livro dá para entender porque ele fez o que fez. Chega até a dar vontade de abraçá-lo e dar uma de Entei: "Tá tudo bem agora."

Porém eu não pude deixar de achar alguns pontos negativos. Juro que não queria, mas foram coisas que me incomodaram durante a leitura. Primeiro, o capítulo "De Roma a Jerusalém". A narrativa perdeu um pouco do ritmo quando começou a ser contada em primeira pessoa. Poderia ser mantida na terceira sem alterar em nada a história. Segundo, o uso excessivo de sinônimos para o nome de Ablon. Em vez de "Ablon falou", por exemplo, era sempre "o Anjo Renegado falou", "o general falou", "o querubim", "o guerreiro", "o lutador". A variação de termos é boa, mas não a toda hora. E, terceiro, algo mais de teor pessoal: achei legal a abordagem sobre o amor e o livre-arbítrio dos homens e coisa e tal, mas apenas me pareceu que o amor foi visto mais como paixão do que como o sentimento sublime mesmo, como se o amor apenas fosse o nosso desejo por uma outra pessoa, e não algo mais nobre.

Mas é claro que são coisas pequenas se comparadas à grandeza do que o Eduardo fez. Quero ler a continuação (se é que vai ter), e mais: ver A Batalha do Apocalipse sendo traduzido para outras línguas e, quem sabe, virando filme.

Resenha completa: http://danificavel.blogspot.com/2010/12/batalha-do-apocalipse-de-eduardo-spohr.html
Matheus Caixeta 10/12/2010minha estante
Vc escreve muito bem, parabéns :)
Deu mais vontade ainda de ler o livro dps de ter lido sua opinião.


Goth0 13/12/2010minha estante
Mto boa a resenha...eu to quase terminando o livro aqui...e acho dificil eu sentir pena do Miguel no final kkkkkkkk

PS: Não consigo deixar de relacionar esse livro com os Cavaleiros do Zoodiaco... Gabriel = Shaka, Ablon = Aiolia, o Ofanin = Hyoga e por ae vai kkkkkkk




eduardoin 27/12/2012

Um dos maiores épicos da história
Simplesmente ótimo. Com uma narrativa de romance histórico, Spohr apresenta a obra mais épica que eu conheço, de qualquer mídia. A leitura feita em cima do universo cristão é absurdamente rico e bem resolvido, bem como a leitura para os fatos religiosos e históricos, explicados de forma magistral. Mesmo com ação presente durante todo o livro, a crescente tensão rumo ao fim é simplesmente espetacular. As últimas 50 páginas são a coisa mais épica que consigo lembrar. Aplaudo de pé.
isabelly 06/01/2013minha estante
concordo com absolutamente tudo vc tirou as palavra da minha boca é um livro exlente
podia ter o filme nééé


eduardoin 06/01/2013minha estante
Concordo, Isabelly. A história tem um potencial absurdo de uma versão visual. Também acho que seria um desafio incrível. Teria que ser no mínimo uma trilogia, e com boas alterações para fazer os flashbacks funcionarem no cinema sem comprometer o ritmo da história.




Cris Lasaitis 31/01/2011

A Batalha do Apocalipse como São João nunca viu!
http://cristinalasaitis.wordpress.com/2011/01/31/a-batalha-do-apocalipse/

Eu costumava dizer por aí que meu lamento sobre a literatura fantástica brasileira era que eu ainda não tinha encontrado um livro que me despertasse o mesmo sense of wonder que senti com grandes autores como Arthur Clarke, Ursula Le Guin, Marion Zimmer Bradley… Ou seja, ainda não tinha lido uma obra brasileira arrebatadora.

Posso dizer que essa queixa, sim, ficou no passado! O livro A Batalha do Apocalipse, do Eduardo Spohr, é merecedor do ISO9001 de excelência literária, e mais: virou um incontestável best seller digno de calar a boca de quem desacreditou do potencial da fantasia brasileira!

Um pouco por preconceito, um tanto por pós-conceito, nunca achei clara a associação entre best seller e qualidade literária, até porque acredito que para se tornar best seller o autor, por mais hábil que seja, precisa fazer certas concessões para agradar a um público numeroso. Nesse pensamento, alguns clichês são previsíveis (quiçá inevitáveis?). Não vou dizer que A Batalha do Apocalipse é um livro isento de clichês, mas é com certeza um best seller de uma qualidade literária surpreendente.

O livro conta a saga do anjo Ablon e seu séquito de anjos guerreiros, todos renegados, vivendo na terra entre os mortais e atravessando os milênios desde a expulsão do paraíso até os tempos do Juízo Final. A diferença fundamental entre anjos e homens é que os anjos não têm alma, nem paixões humanas: são movidos por objetivos maiores, têm uma personalidade estoica e uma inexplicável atração pelo combate. Nesse perfil, Ablon é o típico guerreiro solitário: lutador incansável, puro, movido por um ideal e até mesmo celibatário – exatamente como eram os heróis das novelas de cavalaria. Acontece que Lúcifer, o príncipe do inferno, quer erradicar os anjos renegados, razão pela qual o exército de anjos caídos de Ablon está sendo caçado. Na sua jornada milenar pelo mundo, Ablon tem como sua única companheira a feiticeira Shamira, que conquistou a imortalidade com o domínio das artes da necromancia. Ablon e Shamira levam vidas solitárias, marcadas por encontros e desencontros através dos séculos e em grandes momentos da história humana. É fascinante a habilidade com que o autor desenha a trajetória dos protagonistas tomando confortavelmente como pano de fundo todo o planeta e a história da humanidade! A trama se passa em momentos e regiões tão diferentes quanto a Babilônia, a China, Roma, Alexandria, a Bretanha medieval, o Império Romano do Oriente, o Rio de Janeiro e a Jerusalém contemporânea – e mesmo as cidades bíblicas de Enoque e Sodoma – amarrando todos esses lugares e períodos dentro de uma única aventura, que se saiu muito variada e instigante.

É bastante interessante a forma com que foi tratada a coexistência dos universos: o mundo dos anjos que se liga ao dos mortais pelo “tecido da realidade”, que por sua vez pode se relacionar a outras teogonias, como os contos de fadas celtas e a mitologia chinesa.

Há um cuidado especial com as ambientações históricas, geográficas, técnicas e até mesmo bíblicas! É muito bom ler um livro tão rico e que passe as informações corretas, nota-se um profundo respeito para com a história e, principalmente, para com o leitor! Dentro da proposta do épico, o livro é praticamente perfeito. É uma história ambiciosa, variada, e constituída por uma pesquisa riquíssima. O texto é bem redigido e tem o ritmo certo. Apesar de ser um livro longo, não enrola o leitor. O universo tem consistência interna, é coerente e verossímil. E é bonito! Repleto de cenas grandiosas, é cinematográfico!

Eu comentei que o livro não é isento de clichês. Como no épico, tudo é idealizado: os personagens, as lutas, as situações. Em algumas circunstâncias, a idealização torna certos detalhes da trama bastante previsíveis, o que não prejudica a beleza e a força do resultado final.

Por uma questão de gosto pessoal, eu sou uma leitora que cochila em cenas de ação e de luta – curto mais a viagem, os questionamentos – então os últimos trechos, que contam a Batalha do Apocalipse propriamente dita, me pareceram um pouco cansativos. Em contrapartida, pude me deleitar em maravilhosas viagens com Ablon, Shamira e Flor do Leste (uma personagem de carisma irresistível) através da antiguidade.

Provavelmente a razão (e o merecimento) de tamanho sucesso d’A Batalha do Apocalipse é esta: é uma saga variada, com potencial de agradar a gregos e troianos e encantar todo mundo!
Renata CCS 27/06/2013minha estante
Em minha opinião, é um sucesso merecido e alcançado após a passagem de uma barreira que muitos julgavam intransponível para um escritor brasileiro.
Gostei muito de sua resenha! Compartilho da mesma opinião.


Lethycia Sponda Vrech 04/11/2016minha estante
Achei belíssima sua resenha! Escreve muuuuitímo bem! Sou encantada pelo mundo fantástico e a maioria dos livros que leio são deste gênero! O título me chamou a atenção, porém ver algumas resenhas destrutivas a respeito me desmotivou! Mas pelo que percebi muita gente amou e muita gente detestou, então o que realmente dirá se o livro é bom ou não seria eu ler e ter minhas próprias conclusões! Mas pode se dizer que a sua resenha me motivou bastante! Espero que quando o dia chegar de eu ler, goste bastante como você! Abraços parabéns!




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