A Batalha do Apocalipse

A Batalha do Apocalipse Eduardo Spohr




Resenhas - A Batalha do Apocalipse


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Marconi 07/01/2013

Muito bom livro. História bem escrita, envolvente, com altas doses de aventura, mistério, ação, um pouco de romance e pitadas de história.
Fosse o autor um americano ou inglês, já teria sido alçado à categoria de escritores-fenômenos, já teria vendido os direitos ao cinema (a história daria um excelente filme) ou uma série no HBO.
Recomendo aos que gostam do gênero ação/mistério/fantasia.
isabelly 06/01/2013minha estante
tam bem acho esse livro daria um excelente filme
o ruin é cortaria muitas partes né mas seria OTIMO




juliano G.C 15/09/2012

Recomendo aos leitores de fantasia
O livro, primeiramente, é muito bom, um dos melhores que li, recomendo aos leitores de fantasia que procuram algo para ler. A história, no início não envolve tanto, porque ao ler não se sabe bem até onde ela vai dar, não se sabe a motivação dos personagens, inclusive o principal, Ablon. Mas do meio pro final isso muda e a história se torna muito envolvente, místérios são resolvidos à medida que muitos outros surgem. Gostei bastante das 80 páginas do final, que li praticamente sem parar. Uma coisa que não gostei foi a falta de carisma em certos personagens, principalmente no Ablon, falta um alívio cômico (o própio Senhor dos Anéis tem o Merry e o Pippin, o Gimli e até o Gandalf) falta carisma. A história é narrada nos anos atuais, e em flashbacks que relatam histórias de diferentes anos da terra (e até contos como a torre de Babel, Sodoma e Gomorra) que são legais, apesar de longos e meio cansativos, quebram a narrativa principal dos anos atuais no livro, mas são muito interessantes. Apesar de poucos personagens carísmaticos, alguns marcam, como os duques Amael e o Orion. É uma viagem pelo mundo dos anjos e demônios, arcanjos, realidades alternativas, tecido da realidade, anjos caídos e outras coisas fantásticas. È ler tudo isso de forma bem escrita e atual.
pedrinho 13/11/2012minha estante
meus parabens




Janaine 31/05/2012

Muito criativo
Adorei o livro muito criativo, o final é surpreendente, no começo cansa um pouco mais depois...ufa... é o tipo de livro que não dá vontade de parar de ler...
As hipótese apresentadas pelo autor sobre o Apocalipse, uma conspiração gigante e a existência de Deus são tão bem elaboradas que quase faz sentido de verdade rsrsrs
Gostei muito >.<
Rodrigo Moreira 01/06/2012minha estante
Achei massa demais também. Chega a dar a sensação de ser realidade, de tão bem escrito. Só discordo quando é dito que no começo é meio cansativo. Logo no início fiquei encantado e viciado no livro hehe. Grande abraço.




Deise Meri 29/05/2013

Não Aguentei
Sem comentários, é começar a ler e cair em um sono profundo!!!
Deise Meri 09/06/2013minha estante
Conhece aquele ditado: " Gosto não se discute?"
Uma das melhores coisas da vida, é a liberdade, liberdade de expressão, mas esta liberdade deve vir com respeito e educação. Eu não te conheço, mas pelo seu comentário ou melhor a maneira com que você se dirigiu a mim, demonstra que a leitura não esta encontrando eco dentro de você.Já que obtuso foi a palavra obtusa que foi "lançada" no início do seu comentário. Não concordar com a minha opinião é até legal, saudável, e me parece que é para isso que se coloca a oportunidade de cada um escrever a sua impressão do livro. A forma com que cada leitor entende e gosta da estória é pessoal, individual... e comentários de ponto de vistas diferentes às vezes te faz rever e reler um livro. Pense sobre isso!!!
O seu comentário teria sido válido, se tivesse sido feito de maneira educada. Participar de uma rede social, vem acompanhada de regras de educação. Repito liberdade de expressão é com educação e bom senso.





Juci 12/01/2013

Porque comprei:
Indicação...

O que achei:
Com certeza Spohr tem um talento nato, na minha opinião, escreve muito bem. Construiu a história com uma riqueza de detalhes que me impressionou. Gostei também da forma que explorou o tema, que é tão polemico e intrigante, com personagens envolventes e ricos.

Contudo, achei que em alguns momentos a leitura ficou cansativa e de certa forma pesada, e o final me deixou frustrada.

Não sou do tipo que gosta de ler somente coisas fofas... e essa é apenas a minha percepção, e não quero desmerecer o escritor... afinal, gosto não se discute... é isso...

Ps. acho que daria, sim, um ótimo filme...!!!



Karine 07/01/2013minha estante
Bem, já eu comprei esse livro porque a capa me interessou bastante. Amo uma história medieval e sinistra. Confesso que é um livro longo, mas que a cada pagina que viramos encontramos cenas jamais vista nesse mundo misterioso que vivemos.
é um excelente livro e poderia sim se tornar um ótimo filme!!




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Fabio 11/01/2013minha estante
Tive a mesma sensação quanto aos Cavaleiros do Zoadiaco. Então não foi atoa.

O tempo todo que lia, eu visualizava a historia da Batalha do Apocalipse em forma de desenho animado. Mas não um desenho infantil, mas voltado para um publico mais maduro.

Daria uma ótima serie, com Ablon vivendo suas aventuras no decorrer dos tempos, infrentando, deuses pagãos, super humanos, até culminar na grande batalha.




Tato 17/06/2012

Fantástico!
Muito bom o livro...

Realmente no começo foi ifícil ler, pelos detalhes, e pela maneira da escrita!!

Mas depois de uns dos primeiros 15%... foi muito rápido e muito bom!!

Um romance, um livro de ação e guerra, intrigas e estratégias!

Tudo que eu gosto num livro estava presente!

Recomendo!
tami 04/01/2013minha estante
eu concordo nunca li tanta estrategia e ação perfeitas Eduardo conseguiu separar perfeita mente as hostarias do passado com o presente e ainda sim fazer uma guerra de traição e estrategia perfeita ate o amor foi perfeito as mortes as lembranças livro ótimo sem palavras mas e claro todo livro tem suas imperfeiçoes mas nada de mais




Raphael 17/05/2015

Ótimo livro
Eduardo Spohr, conseguiu unir Mitologias Hebraico-Cristãs com diversas referências de filmes e animes dos anos 90. A Batalha do Apocalipse é livro para se divertir. Acompanhar a "Jornada épica do herói" Ablon, por grande parte da história humana, é fascinante. Sendo seu primeiro livro publicado o autor surpreende com sua escrita simples e agradável, mas com uma trama bem estruturada. O livro causa a ótima sensação de estar assistindo um filme de ação/aventura. Indicado para o público juvenil e adulto.


DRE 03/09/2012

Força de vontade.....
A idéia central do livro é interessante... fala sobre o apocalipse.. anjos caídos...feiticeiras e salvação do mundo.... uma coisa bem diferente mesmo... mas é um livro cansativo.... meio enrolado... as coisas demoram pra acontecer..... terminei de ler com muito força de vontade mesmo... porque depois que largava, não dava muita vontade de pegar de novo pra continuar lendo... :(
Sha 14/09/2012minha estante
Tô sentindo a mesma coisa....




victordnt 14/07/2016

Muito boa a leitura, apesar do final.
O livro é excelente, você se vê preso muito facilmente aos personagens. Os links históricos são muito interessantes e bem dispostos no livro para entender o passado dos personagens. Alguns problemas os quais eu posso indicar é que eu achei as batalhas pouco exploradas, parecendo ser fácil demais para o personagem principal derrotar seus inimigos, onde por muitas vezes me vi esperando o início de uma batalha epica, e ela acabar de um jeito fraco e rapido. Também não gostei muito do final, me pareceu que o autor tinha muito mais historia pra contar, mas simplesmente tinha que entregar o livro, me deixando bastante decepcionado.
Isa @afrofuturas 27/09/2016minha estante
Tbm me senti desse jeito em relação ao final. ?




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Hudson.Matheus 26/05/2015minha estante
Só um arcanjo pode derrotar outro e anjos nenhum tem liberdade como mostrada no livro. Mesmo que sejam levados pela natureza, assim como é bem representado no Ablon e seu intuito de completar as missões, no livro, eles tem bastante escolha, todos eles, e o autor teve sua liberdade pra escrever, senão nada sairia da história.




Valquíria 11/01/2017

As verdadeiras pelejas de A Batalha do Apocalipse
E no Sétimo Dia, o Altíssimo descansou. O Criador deixou sua obra aos cuidados dos sete arcanjos, mas seu ciúme foi despertado por dois tesouros da humanidade que nenhum ser angelical possuia: alma imortal e livre arbítrio. Uma guerra civil teve início no céu, e os poucos anjos que se atreveram a lutar pela humanidade foram renegados, exilados na Terra e condenados a viver em avatares de carne — ao menos, enquanto conseguissem se esconder de seus inimigos. Pouco depois, um segundo cisma expulsou Lúcifer e seu séquito para o inferno, pelo crime de ter afrontado Miguel. E para a frustração do tirano, apesar de todos os seus esforços, o homem sobreviveu. Mas não por muito tempo. O Armagedon se aproxima. O tecido da realidade cairá e dará espaço a uma batalha entre anjos e demônios para decidir o futuro da humanidade, antes do momento derradeiro do despertar do Altíssimo e do Juízo Final de homens e celestes.

Agora cabe a Ablon, o último anjo Renegado, erguer-se mais uma vez pela defesa da sua causa perdida.

Senhoras e senhores, saibam que escrito em terreno tupiniquim e em bom português temos uma obra fantástica como eu nunca vi além das nossas fronteiras. Em aspectos positivos e negativos, mas sobretudo pela dimensão da história e da originalidade do autor. Sphor conseguiu englobar todas as mitologias que conhecemos e amamos, mais todas as religiões já praticadas pelo homem em um único universo de maneira incrivelmente simples, mas brilhante, respeitosa e, na maioria das vezes, muito coerente. E temperou tudo com um enredo, bom, apocalíptico.

Uma história fantástica. Narrativa, nem tanto
O enredo de A Batalha do Apocalipse é interessante e original, ambientado em um universo que comporta simultaneamente a fantasia e nossa realidade mundana — e sou da opinião que é muito mais difícil integrar a "magia" ao mundo real que separá-las ou criar um universo totalmente alternativo. Mas alguns pontos do estilo do autor me dificultaram a leitura. Um dos mais evidentes, e que já foi apontado em outras resenhas, são os diálogos. Eles soam um pouco forçados e pomposos. Há uma formalidade, compreensível em até certo ponto, mas que se torna cansativa com o tempo. Ouvi o Sphor dizer em um nerdcast que essa crítica o levou a estudar mais diálogos, então bola pra frente.

A ordem indireta de muitas sentenças também me incomodou. Você demora a chegar ao cerne da ação. Eu sei que parece besteira, mas acontece de maneira tão recorrente que cria um efeito perceptível e, para mim, negativo. Também tive problemas com o foco narrativo no Ablon, o protagonista. Porque embora o foco fosse nele, muitas vezes não víamos através da perspectiva do anjo renegado. Sabemos que ele é assim ou assado porque o autor o diz, e não porque o vemos de fato. Inclusive, tenho vários problemas com o Ablon. Ele representa um ideal, mas quando você presta atenção, ele está sempre vacilante nas suas convicções. Ele exerce um grande fascínio e inspiração enquanto símbolo, mas na verdade é indiferente em boa parte da história humana, cuidando dos seus.

E verdade seja dita, o Ablon é um tanto lerdo.

Para um ser de milhares de anos, ele tem uma capacidade ridiculamente baixa de fazer conjecturas e ligar os pontos. E eu não posso com personagens lerdos, especialmente se são os protagonistas. Dá vontade de sacudir o sujeito pelos ombros e mandá-los pensar. As personagens, em geral, não são muito profundas e têm motivações simplórias que dificilmente se sustentariam por séculos. Mas há um equilíbrio interessante: a princípio são preto e branco, mas depois você vê as escalas de cinza. Pena que são pouco exploradas.
Mas até o momento foram questões mais pessoais. Agora vamos a considerações gerais sobre o livro.

Os capítulos são divididos em subtítulos, que são meio independentes entre si: quase sempre há algum resumo de uma ação anterior de um para outro. Algo como "Eis que aparece fulano de tal, que tinha feito abobrinha em xis circunstância", sendo que você acabou de ler fulano fazendo abobrinha duas páginas atrás. Verdade seja dita, por vezes isso se dava em momentos mais distantes. Mas sério, a memória do leitor não é tão curta assim. A gente vai lembrar como quem morreu e pela mão de qual personagem, juro. A impressão é que o autor escreveu as aventuras do seu herói em vários contos ao longo dos anos e resolveu juntar tudo num livro só. Some isso à enunciação repetititva de títulos como "Beltrano, o Fenomenal" e o resultado é um ritmo de leitura travado e tanto exaustivo.

Outra coisa que altera o ritmo, mas de forma proposital, são os vários flashbacks que permeiam o livro em diferentes ambientações, demonstrando uma vasta gama de conhecimentos e de suada pesquisa do autor, sem parecer forçada. O livro te possibilita viajar para diversos momentos e locais da civilização humana, fora os eventos da história angélica. Você realmente sente a atmosfera de maneira muito natural, e Sphor aproveita bem esses momentos para explicar sua mitologia, que merece um tópico à parte. Pontinho para ele.

Mas antes disso, vamos nos aprofundar um pouco nesses flashbacks, que têm tanto peso na história.

A volta constante (e desnecessária) ao passado
O flahsback é uma ferramenta interessante para mudar um pouco o foco narrativo, atiçar a curiosidade do leitor e ao mesmo tempo o premiar com novas informações ou curiosidades sobre as personagens e sua trajetória. Certamente enriquece a obra, mas na minha opinião foi um pouco mal utilizada. Durante a leitura, minha impressão é que a maior parte do livro consistia nesses momentos anteriores à trama principal. Graças a Deus, para não ser injusta, eu fui fazer a contabilidade e descobri que na verdade o livro está bem dividido nesse aspecto. Cheguei a conclusão que meu desconforto com os esses momentos passados se divide em três pontos.

O primeiro é que as cenas do presente dividem o foco do leitor entre diferentes personagens e atmosferas do universo criado por Sphor. Você sente a história se encaminhando para um desfecho ainda difícil de vislumbrar e fica maquinando para tentar entender o que cada lado está tramando, você vê os vários lados de anjos e demônios. Já os flahsbacks se focam marjoritariamente no ponto de vista do Ablon, que por sua própria natureza, é uma figura um tanto previsível. Por contraste, as cenas do presente são mais dinâmicas, empurram a narrativa para frente, enquanto os flahsbacks são narrativas de grandes feitos do anjo renegado - que não deixam de ser interessantes por si mesmas. Mas sendo sincera, quase não tem relevância para a trama principal.

Repare no quase, por favor. Claro que existem elementos presentes no desenrolar da história (alguns tristemente subutilizados, como uma figura que antagoniza o herói), mas o papel dessas informações nem de longe justifica o peso e o detalhamento dos flashbacks dentro do livro. A segunda parte é basicamente um bloco de 135 páginas de um episódio da vida do protagonista, que serve principalmente para fechar um ciclo aberto no primeiro grande flahsback (mais de 70 páginas) e para justificar a ausência do herói em determinado momento histórico. Não vou subir em um pedestal e dizer como Sphor deveria ter lidado com a situação, mas de uma coisa eu sei por certo: não havia a menor necessidade de se desviar da trajetória principal por durante períodos tão extensos, por tão pouca coisa. E nem de mudar o narrador de terceira para primeira pessoa nesse único momento do livro.

E chegamos ao segundo ponto: como os flashbacks são mais longos do que exige o bom andamento da trama, beirando o desnecessário, em um foco narrativo mais estático que a narrativa principal... eles se tornam absurdamente frustrantes. O nome do livro é a Batalha do Apocalipse. Você tá esperando para ver anjos se degladiando no alto dos céus e demônios ao redor. Quando parece que a coisa tá engatando, que vai haver um grande momento de ação ou uma revelação importante sobre o fim do mundo, YÉ YÉ! O Ablon lembra de uma das suas aventuras e começa uma (aparentemente) longa narrativa que não acrescenta em (essencialmente) nada ao que você estava lendo antes. Sufoquei um grito algumas vezes, incapaz de acometer a atrocidade de pular meia dúzia de páginas ou mais.

Por fim, o terceiro ponto, consequência dos outros dois: a má distribuição desses momentos. Como já disse, os capítulos são longos, divididos em vários subtítulos, e geralmente marcam a passagem de um momento atual para um passado e vice-versa. Se o Sphor tivesse juntado alguns desses subtítulos para fazer capítulos menores e alternado com mais frequência entre presente e passado, a leitura teria ficado mais leve e sutil. Mas de novo, não há uma relação clara e forte entre momentos históricos tão distantes que sustentasse uma estrutura assim. Os eventos não se costuram, não há uma causalidade evidente. O resultado são grandes blocos de presente/passado, geralmente de tamanho desiguais, que causam estranhamento pela diferença de dinâmica entre eles e deixam a leitura truncada.

Outra vez, parece que o Sphor juntou vários pequenos contos do Ablon, acrescentou capítulos referentes ao juízo final e fez um livro. E que fique claro: as aventuras do anjo renegado são sim interessantes. Mas não tinham necessidade de estar ali, ao menos não nessa extensão. Acho que eu preferiria muito mais ler um Batalha do Apocalipse com menos passado do Ablon, e depois ler uma coletânea da sua trajetória épica e trágica. E falando em épico, tocamos em um ponto fundamental do livro.

Uma óde às Grandes Coisas
Pela sinopse do livro, dá para perceber que a história tem grandes pretensões — o que é bom. Não é uma saga para cumprir um objetivo pessoal ou salvar um reino: é o destino do mundo que está na mesa, e os jogadores são seres praticamente imortais de poder tão grande quanto o conhecimento que carregam. Deu pra sentir o drama, não é? Pois é. Desnecessário dizer que teremos batalhas épicas entre entidades divinas, celestiais e demoníacas. Mas ainda assim, Sphor faz questão de sublinhar o óbvio.

O excesso de adjetivos para engrandecer as ações, exclamações abundantes, títulos pomposos para quase todas as personagens (repetidos com constância) e suas armas (idem), algumas palavras rebuscadas em demasia que destoam do texto, frases de efeito; enfim. Tudo isso contribui para dar um aura de grandeza à história que, na verdade, seria atingido de maneira muito mais eficaz se as ações fossem narradas com mais naturalidade. Quase tudo no livro parece que é um evento, há essa aura de drama em cada ação, como se todo ato fosse definitivo e irreversível. Pessoalmente, isso gerou em mim um pouco de desdém. Em especial porque esses mesmo seres ultrapoderosos que mencionei acima parecem se admirar com tudo. Era de se esperar que, após uma existência milenar presenciando grandes forças, essas criaturas não ficariam impressionadas à toa, e nem umas com as outras.

E precisamos falar das cenas de batalha, que são várias. Algumas são notadamente exageradas, do tipo que após dois golpes já se tornam o combate do século e os oponentes estão quase morrendo. Mas as cenas de lutas coletivas são sen-sa-cio-nais. Quero muito uma série, um desenho, um filme, qualquer coisa, para ver isso na tela um dia. Haja orçamento para efeitos especiais. Sphor realmente entrega aquele peso do Armagedon prometido, embora algumas estratégias de luta não tenham me convencido muito bem. Mas a pancadaria rola solta e vai muito bem, obrigada.

Um outro ponto mais sutil e, para mim, mais interessante da grandiosidade da Batalha do Apocalipse são os questionamentos e reflexões morais que ele propõe. Sim, através da linguagem pomposa que já discutimos, mas igualmente válidos. Destruição, guerras, prejuízos ao meio ambiente, egoísmo, corrupção, responsabilidade. Está tudo aí. Um dos pontos fortes do Sphor foi colocar, ainda que de maneira superficial, a dúvida de Ablon se a humanidade realmente vale a pena. É uma pergunta que todos nós nos fazemos ao menos uma vez na vida, e se debruçar sobre ela pode ser uma dura jornada.

Mas o brilhante mesmo nesse livro, foi o universo que Sphor criou.

Mitologia para todos, e algumas pequenas incoerências
De longe, disparado, a melhor coisa sobre A Batalha do Apocalipse. Sphor teve uma sacada muito simples que conseguiu unir todas as criaturas fantásticas que existem e ainda estão para ser inventadas, mais as religiões extintas e viventes. Os diferentes planos de existência, o tecido da realidade produzido pelo senso coletivo, tudo. Uma salva de palmas bem sonora para o menino Sphor, por favor. Como amante de mitologias (tenho duas no meu nome, prazer), fiquei fascinada. As possibilidades são tantas que não à toa existe um sistema de RPG para quem quiser jogar dentro dele.

Inclusive, quem quiser me chama, porque quero muito.

Contudo, há alguns probleminhas. A começar pela natureza angélica. O autor adaptou o sistema de castas da doutrina cristã e explica que, por não possuírem livre-arbítrio, os anjos estão aprisionados a sua natureza, a sua essência — a sua casta. Um anjo guerreiro como Ablon, um querubim, luta. Ponto. Suas divindades (aka poderes), seus instintos e valores se baseiam nisso. Mas ao longo do livro você percebe alguns furos nesse raciocínio e o autor se contradiz algumas vezes.

Exemplo. Em determinado momento, o mundo pode acabar em barranco que Ablon não vai interromper uma luta. Em um outro, ele tá quase derrotando um inimigo muito importante, mas escolhe interromper a luta para deixar uma pessoa em segurança. Ou quando um determinado demônio que é descrito o tempo inteiro como impulso destrutivo e pura crueldade (porque o amoroso Criador faria tal anjo, aliás?) desata a fazer um discurso extremamente meticuloso para alguém tão tempestuoso. Só um exemplo, mas dúvidas quanto às escolhas dos anjos são perceptíveis ao longo de toda história. Também há alguns furos narrativos um tanto crassos, como um determinado momento em que Ablon é ludibriado quando suas habilidades angélicas poderiam facilmente ter impedido isso.

E por fim, não vamos esquecer que Sphor se baseou numa das maiores religiões vigentes do nosso mundo para fazer o grosso do seu universo. Alguns fatos ele não pode ignorar, como Jesus Cristo, ou o que acontece com as almas dos mortos. E ele não o faz. Mas achei algumas saídas muito evasivas, vagas e até injustificadas. Mas dado o tamanho da dimensão do que ele criou, tá desculpado, vai.

Concluindo
Você luta para vencer a narrativa um pouco repetitiva, truncada e desnecessariamente dramática (no meu caso por várias semanas), mas é recompensado com uma história bem construída, que discute grandes questões morais como o livre-arbítrio num ambiente fantástico muito original, estruturado e flexível. É um livro autêntico, rico e que certamente tem um grande peso na literatura fantástica brasileira, apesar de algumas falhas no texto que não tiram nem de longe o mérito do autor, ainda mais considerando o volume da obra e que foi seu livro de estreia. O final faz valer a pena a leitura, do tipo que você não sabe se fica satisfeito ou indignado.

site: ascintilla.wordpress.com
Didi Zamunel 21/02/2017minha estante
Gostei bastante da resenha.
A temática da história é muito boa e a intensão também, mas no meu ponto de vista achei desnecessário muita coisa.
E sim essa pompa toda e a repetição dos nomes com os títulos me incomodaram bastante, achei massivo demais.




Lih 19/09/2016

A BATALHA DO APOCALIPSE: DA QUEDA DOS ANJOS AO CREPÚSCULO DO MUNDO
A trama gira entorno do personagem Ablon, um anjo renegado condenado a vagar no mundo dos homens por ter se revoltado contra Miguel. E Shamira a Feiticeira de En-Dor, que o ajuda na jornada histórica até o apocalipse.

Demorei dois meses para ler , não sei se foi muito ou não, mas sinceramente eu queria ler sempre mais, porem não queria que acabasse o livro…

Tentei por palavras trazer o que curti neste livro, porem, ainda estou com ressaca pós leitura, realmente não queria que ele acabasse.

Só tenho algo a dizer, leiam….

site: https://desvaneiosliterarios.com.br/2013/12/
JosA.Chilas 11/10/2016minha estante
Por favor me ajudem como fazer para poder ler

Sou angolano só instalei hoje e não consigo ler




Michele Lebre 02/03/2014

Uma viagem pela história da humanidade
"A batalha do apocalipse" é minha primeira leitura de ficção fantástica de um autor brasileiro e minha impressão foi muito boa. O enredo segue o estilo épico e é narrado alternando flashbacks e o tempo real, trazendo elementos da mitologia e da história humana ao longo dos séculos. Eduardo Spohr cria um universo repleto de anjos, demônios, deuses e bruxas para narrar a caminhada da humanidade rumo ao apocalipse, e a batalha entre o bem e o mal é o pano de fundo. A leitura do livro pode ser um pouco lenta, devido a complexidade dos personagens e suas relações com fatos históricos, mas consegue ser interessante a ponto de prender o leitor. O final, em minha opinião, nos traz uma reflexão sobre o resultado das nossas escolhas individuais e coletivas, mas deixando a mensagem que sempre haverá uma esperança. Por fim, daria um bom filme !
Stefano_F 03/03/2014minha estante
Resumiu tudo o que eu acho do livro.




JPHoppe 06/10/2011

Pioneiro da fantasia nacional
A aura de épico para uma obra não é de graça. Enquanto autores como Tolkien e Asimov conseguem o efeito sem forçar a barra, outros (como Christopher Paolini e seu Ciclo da Herança) falham de forma miserável. Peca-se principalmente pelo uso desnecessário de palavras longas e incomuns numa conversa normal, além de excessivos adjetivos. Como se sai Eduardo Spohr em seu primeiro livro? É, até que se sai bem.

A história é interessante, com todas as pontas apresentadas sendo amarradas, algumas inclusive na derradeira última página. Porém, algumas coisas acabam sendo um obstáculo para o bom aproveitamento da narrativa. A primeira, já citada, é a forçada para o épico, que muitas vezes falha. Em segundo lugar, os flashbacks loooongos e que entram bem no meio de um ponto alto da história. Sim, muito legal ver o passado de Ablon e suas interações com os demais personagens e o andar do mundo. Mas não no meio do negócio! A ideia era passar uma aura de "Lost", mas acaba sendo enfadonha. Por último, os nomes. Por mais interessante que seja um personagem, as vezes a falta de um nome decente faz com que ele perca o "respeito". Ablon e Shamira são personagens muito bem construídos, mas... sei lá, não fui com a cara dos nomes.

Ah, e claro. Os clichês. Daqui, não há como fugir e, em boa parte do tempo, não é um problema. Apenas torna certas partes previsíveis. Mas não é assim com toda obra de fantasia? Não há a Jornada do Herói, a Dama em Perigo, a Queda e Ascensão, o Guerreiro Pragmático, o Grande Vilão e afins em um sem número de obras? Então.

Adaptando uma frase proferida pelo próprio Spohr, em um nerdcast sobre Senhor dos Anéis, "'A Batalha do Apocalipse' é um livro que fica muito melhor após o término de sua leitura".

Leia, mas não vá com muita sede ao pote.
Maya 04/02/2012minha estante
Concordo




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