Com sangue

Com sangue Stephen King
Stephen King




Resenhas - Com sangue


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Joyce 24/11/2023

Coletânea de contos
Aqui vamos acompanhar alguns contos do Stephen King, e eu particularmente amei 2 deles: o primeiro que fala sobre um garoto que faz uma amizade com um senhor e da um telefone de presente para ele, e depois começa a se comunicar com ele após sua morte. E o segundo conto foi Com Sangue, que é o conto da detetive Holly. Eu amei demais a detetive e a construção da história. Vale a pena a leitura e os outros contos são bacanas!
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May 15/12/2023

Eitaa
Li e esqueci de resenhar! Ai meu deus!!!

Meu conto favorito foi a Vida de Chuck. Extremamente bem escrito e sentimental.
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Nicolas 23/11/2022

ok?
Finalmente acabeiii essa merd. O livro é legalzin mas por ser 4 histórias em um só livro, me cansou. O conto começava e do meio pro final, quando a história me prendia, acabava e começava outro contoKKKKK
é mole
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Tawana 10/10/2021

Fantasia
Um livro de contos, repleto de fantasias e de suspense, escrito por Stephen King não era de se espantar. Eu tenho dificuldade de ler contos, de emendar uma leitura atrás da outra até terminar todos os contos, eu termino um conto e volto para o livro tempos depois rs.
Os contos em si são magníficos, pra quem gosta de enredos cheio de fantasias e suspense é um prato cheio, quem for fã da trilogia do Bill Hodges será presenteado com um conto com a Holly.
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Aninha568 12/01/2022

SIMPLESMENTE PERFEITO
Vamos aos fatos, King arrasa, sim, eu sei que muitas vezes as leituras dele se arrastam e tem muita descrição e blá blá blá, mas convenhamos, tem muita gente que gosta de leitura assim(eu e meu namorado estamos inclusos).
Antes de continuar essa resenha me sinto na obrigação de avisar que ela não será imparcial porque sou fã de carteirinha do Stephen King, mas que tudo que digo aqui é baseado somente em minhas hulmides opiniões e que não valem de nada se considerar que eu daria 5 estrelas pra lista de compras dele.
Prosseguindo, neste livro perfeito temos 4 contos e vou falar deles um por um:
O CELULAR DO SR. HARRIGAN
1° - Frase favorita: A juventude é uma coisa maravilhosa..., ... Pena que é desperdiçada com as crianças.
2°- Não dava nada pra esse conto, já começo dizendo que comecei a ler esse livro pelo conto que da nome ao livro, só pretendia passar pelos outros contos com meu ar de inferior e meu nariz empinado, mas a cada palavra lida eu ficava tipo "SENHOR CRISTO, MISERICÓRDIA QUE CONTO BOM DA [*****]", me apaixonei pelo Harrigan, mas ao mesmo tempo tinha um certo ranço dele, me apaixonei pelo garoto, achei que o final do conto podia ser melhor, mas confia, esse conto é maravilhoso, só leiam.

A VIDA DE CHUCK
1°- Frase favorita: " Isso é um mistério? Você é o fodão da filosofia e isso é o melhor que consegue me dizer?
É, porque a morte é a ruína da filosofia... "
2° Como já disse, não dava nada pra conto nenhum desse livro além de Com Sangue, então, sinceramente, me surpreendi com esse e com o plot do primeiro ato que é a última parte do conto, no começo dele, ou seja, no terceiro ato eu tava tipo "Não quero saber, que blá blá blá, explica logo esse fim de mundo", no fim eu tava tipo " Senhor Cristo, que [*****] que aconteceu aqui?" gostei? Sim, amei? Também, deveriam ler? CLARO, COM CERTEZA.

COM SANGUE
1° Frase favorita: Todas desde a primeira palavra kskskskskks brincadeira, mas com um fundo de verdade. A frase é ou melhor, as frases são:
- "Matar crianças em nome de Deus, de ideologia ou de ambos... Nenhum inferno é quente o bastante pra quem faz esse tipo de coisa"
- "... não faz mal ter certeza. Ter certeza ajuda a gente a dormir melhor a noite."
- "Me ajude a lembrar que consigo ficar de pé sozinha sem ser malvada, sem falar merda e sem entrar numa briga."
- "A maioria das pessoas gosta da dor, desde que não seja a delas"
- "O amor é um presente e também é uma corrente com uma algema em cada ponta."
- "Estou indo pra outro lugar agora. Sinto que estou indo. Um lugar triste, cheio de sombras. É o lugar onde você sabe que a morte está bem próxima."
- "As lojas ficam abertas até tarde no Natal, a época sagrada em que homenageamos o nascimento de Jesus estourando o cartão de crédito."
- "Não dá pra ter tudo..., ... Toda vida precisa de um pouco de cocô. Mas as vezes você tem o que precisa. E isso é tudo que uma pessoa sã pode pedir. E ela é. Sã."
Pode escolher ksksksksk colocaria mais, mas fiquem com meu top das top
2° Se não percebeu pelas frases, nesse livro a gente conhece um pouco mais da Holly, então, além de todo uma coisa acerca do novo é diferente forasteiro, temos um conhecimento maior sobre essa personagem perfeita que tem todo o meu coração e lendo os agradecimentos do King vemos que tem o coração dele. Gente, vamos ser sinceros, qualquer história que tenha a Holly é perfeita (assim como sou totalmente apaixonada no King, sou totalmente apaixonada na Holly, então se tem ela ou ele não da pra confiar nas minhas humildes opiniões, isso é fato). Amo a Holly, por mais livros é contos da Holly.

O RATO
1° Frase favorita: "Olha só que interessante, pensou ele. Quando o vi pela primeira vez, pensei no pronome 'ele'. Agora que decidi matar o maldito, virou 'o bicho'. "
2° Simplesmente amei, sério perfeito, maravilhoso, eu me pergunto muito o que eu faria no lugar dele e ele, o Drew, é um idiota de carteirinha, mas creio que ele pensou o tempo todo se tratar de um sonho, creio que se ele tivesse uma afirmação real de que aquilo estava acontecendo ele não teria aceitado, enfim, cuidado que ratos são traiçoeiros, não faça tratos com um.

Meu conto favorito com toda certeza foi COM SANGUE, mas todos são ótimos, quem gosta da escrita do King vai amar e, de acordo os agradecimentos, o conto A VIDA DE CHUCK foi quase um teste, só o leitor dirá se dará certo, então gente, eu gostei, quero mais desse estilo.
SEMPRE LEIAM OS AGRADECIMENTOS, SÃO MARAVILHOSOS.
Favoritei, e os agradecimentos desse livro são tão bons como o livro em si, só leiam tudo, king arrasa.
Boa noite galera legal. Boa leitura a vocês.
Lip 12/01/2022minha estante
Preciso comprar esse livro. Na black passada eu preferi dar lugar a O Instituto, Depois, Outsider e Billy Summers... Não me arrependi mas ja me disseram que esse é ótimo. Ótima resenha.


Aninha568 12/01/2022minha estante
Eu comprei na black, mas comprei outsider junto, só sabia que tinha spoiler de outsider, por isso comprei, não me arrependo de ter comprado nenhum dos dois, outsider maravilhoso, não sei se já leu, só sei que comprou e esse livro então, king arrasa nos contos, mas esses, tão perfeitos




Luiza 22/06/2021

Realmente não sei o que se passa na cabeça desse autor kkk. Os contos são interessantes com histórias bem originais, mas poderiam ser mais curtos
Narcíso Santos 22/06/2021minha estante
King é o rei!




Julia Manjko 04/11/2022

Rato
Segundo livro q leio do King e posso dizer q as experiências foram parecidas.

É inegável o talento do King e a tamanha qualidade de suas obras , mas por algum motivo que nem eu consigo explicar seus livros nunca geram muita química comigo.

O primeiro conto foi oq me fez decidir ler o livro, já q eu queria ver o filme. Foi um conto criativo e emocionante mas fiquei com um gostinho um pouco ruim, já que o plot em si não é grande coisa.

O da Holly foi bem esquecível assim como as outras obras q ela aparece. O forasteiro não me chamou a atenção.

Adeus Chuck foi uma ótima surpresa , umas das histórias mais criativas q li nos últimos tempos, auge da leitura.

E rato foi perfeito pra não ir embora do livro sem um suspense e um terrorzinho a mais , fez com o livro ganhasse uma estrela extra.

Sem mais, recomendo o livro pois tem histórias muito diferentes uma da outra q podem agradar vários tipos de leitor.
Fábio R. Candiá 17/11/2022minha estante
Da uma chance para Novembro de 63, dele.


Julia Manjko 18/11/2022minha estante
Dizem q é muito bom mesmo




alternagnes 08/11/2022

Com Sangue
Foi o primeiro livro de contos de terror que eu li, há um tempo ja, e sinceramente, não poderia ter começado melhor (Sou suspeita pra falar, uma vez que sou uma grande fã do King). Se você espera um grande terror estilo It ou O iluminado, não acho que esse livro seja pra você. Com sangue aborda em seus contos temas complexos como a vida e a morte, a complexidade entre relações humanas e a futilidade de nossas rotinas, mas claro que ainda possui um "Q" de terror, suspense e desespero. Gosto muito do King pela forma sensível e tão gritante que ele descreve e detalha a morte, e nesse livro ele não fez diferente. Destaco aqui o conto "A vida de Chuck" na parte sobre os universos que cada um carrega dentro de si, aquilo me deixou pensativa por tanto tempo.

Deixo ainda uma frase tão linda para encorajar futuros leitores desse livro.

"O universo é grande, pensou ele, Contém multidões. Também me contém, e nesse momento eu sou maravilhoso. Tenho direito de ser maravilhoso."
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Wilza.Alves 04/11/2022

Mais um livro de contos e mais uma experiência positiva, o único conto que não gostei muito foi o segundo, embora a premissa tenha sido muito interessante. De modo geral são contos muito bons, sendo os dois últimos meus favoritos.
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Paulo 19/01/2021

Gosto demais das narrativas curtas do King. Sempre famoso por seus livros grandes, acho que ele consegue ser mais conciso e eficiente quando se propõe a fazer uma narrativa mais curta. E ele prova isso mais uma vez em Com Sangue onde ele faz experimentalismos e brinca com temáticas bem atuais, fugindo até um pouco dos seus clichês costumeiros. Isso produz um livro surpreendente com várias histórias que poderíamos dizer estarem prontas para serem filmadas, dada a sua experiência como autor. Posso dizer com tranquilidade que essa é uma coletânea de histórias acima da média que, mesmo eu não curtindo um ou dois dos contos presentes, não tira em nada a qualidade do que ele apresenta aqui.

Começamos com O Telefone do Sr. Harrigan que, para os mais experientes com o autor, tem muitas similaridades com Aluno Inteligente, uma das histórias que compõem a coletânea Quatro Estações. Mas, tirando o aspecto sinistro do velho nazista dessa história, temos uma relação de amizade entre o protagonista e o velho senhor. Harrigan é um velho muquirana que, apesar de milionário, é daqueles que escondem dinheiro embaixo do colchão. Craig acaba se tornando uma espécie de leitor de histórias para o velho, que não enxerga mais. Um dia, Craig presenteia o velho com um iphone e mostra a ele as maravilhas de se ter notícias ao alcance das mãos. Isso muda para sempre a perspectiva do velho até sua morte. Quando ele é enterrado, Craig coloca o iphone no bolso dele como uma espécie de recordação da amizade formada entre eles. E, estranhamente, o iphone parece funcionar mesmo meses depois do velho ter sido enterrado. E acontecimentos bizarros se ligam a esse iphone.

A narrativa é bem simples e contada em primeira pessoa. O que é bem diferente para o King já que ele não emprega tanto esse modo de discurso. Mesmo assim a história funciona bem e é quase como se fosse um diário de vida. Por conta dessa simplicidade e essa intimidade que temos com o protagonista eu curti bastante o jeito descontraído como o autor conta a narrativa. O elemento sobrenatural é uma mera curiosidade da história. A narrativa é sobre Craig e o quanto a amizade com Harrigan mudou a sua perspectiva de vida. O velho muquirana e rabugento, mas com um interior doce e caloroso se torna o modelo de ética para a vida de Craig. Em vários momentos na história, diante de situações difíceis, Craig se questiona "o que o senhor Harrigan faria em uma situação dessas?". É uma boa história e uma maneira interessante de se iniciar essa coletânea. Quando ao sobrenatural da história, a gente fica com aquela ideia de se o morto realmente teve algo a ver com os acontecimentos trágicos da história. Pode ser só um fruto da imaginação do protagonista ou muita coincidência.

A segunda história me surpreendeu bastante. É de um experimentalismo narrativo que não costumo ver no autor. Chama-se A Vida de Chuck e é contada de trás para frente em três atos. Cada um deles é mais diferente do que o outro e, apesar de contarem narrativas diferentes, envolvem a figura comum de Chuck. No Ato III (que é o primeiro) temos dois pontos de vista: um deles se passa em um mundo que está sofrendo uma espécie de apocalipse em que acidentes naturais se sucedem um após o outro e as pessoas estão desesperançosas em relação a seu futuro; no outro ponto de vista, temos Chuck entubado em uma cama de hospital prestes a morrer com um câncer. No Ato II temos o recorte de um dia acontecendo para três pessoas diferentes: Chuck, um músico de rua e uma jovem garota que acabou de ser dispensada pelo namorado. A ação se passa em um momento mágico em que o músico está tocando suas músicas para ganhar o seu dinheiro do dia e Chuck está passando pela rua quando pára para vê-lo tocar. Isso gera um daqueles momentos que só acontecem uma vez na vida. No último ato (o Ato I) temos um Chuck criança vivendo com seus avós a quem ele ama e tem bastante amizade. Seu avô lhe conta a história do sótão da casa que parece ter alguma coisa a ver com fantasmas e faz as pessoas terem visões assustadoras.

Por mais que eu ame a Holly Gibney, essa é a melhor história da coletânea. Me recordo que ao final do segundo ato eu me emocionei bastante. King produz uma narrativa de uma beleza e uma poesia que eu vi poucas vezes na carreira dele. Gostaria demais de ver essa história curta transformada em um filme que certamente ganharia a aclamação do público. É quando o autor sai daquela alcunha de escritor de terror para escrever boa ficção. Tem lá sim os seus elementos de estranhamento, mas assim como na primeira história, eles não são aquilo que há de mais importante na narrativa. Tem algumas cenas mágicas que acontecem em vários momentos. Como não há risco de eu dar spoilers já que a história só fica clara com a visão do todo, vou me permitir contar as minhas favoritas. Tem um momento no primeiro ato em que um dos protagonistas chega no condomínio de sua ex-esposa a quem ele está indo se encontrar para estar com ela diante de uma perspectiva de tudo acabar para todos. Ele passa por uma menina andando de patins de forma inocente pelo grande espaço na frente. E é como se sua vida inteira fosse colocada em perspectiva. No segundo ato, o momento musical é, sem dúvida alguma, o ponto alto. Que momento! Só de comentar eu já me arrepio.

E, no último ato, temos uma longa conversa sobre a efemeridade da vida entre o avô e seu neto. E esse talvez seja o tema que ligue as três narrativas. O quanto viver a vida ao máximo seja importante porque talvez nunca tenhamos um amanhã. O segundo ato é de uma filosofia carpe diem que somente um homem como King que já escreveu sobre tantas pessoas horríveis ao longo de sua carreira poderia conceber. Ele tenta nos passar que mesmo nas situações mais difíceis, aquele momento mágico, aquele momento especial pode estar nos esperando no minuto seguinte. E, claro, o objetivo da nossa vida não é almejar este momento especial específico, mas criar o máximo de lembranças memoráveis para que nossa vida possa fazer sentido no final das contas. Mesmo que tenhamos a vida tirada muito cedo por algum motivo qualquer.

A terceira história é a que dá nome à coletânea e tem como protagonista Holly Gibney, personagem introduzida na série Bill Hodges e que faz uma participação também no livro Outsider. Fica o aviso de que vou precisar dar spoilers das duas séries para poder falar da premissa básica. Então se você não quiser, pule esse trecho.

Essa história se passa algum tempo depois do que Holly passou ao lado de Ralph para deter uma criatura que parece ter saído de algum filme de terror. Holly agora é uma detetive particular com algumas pessoas trabalhando junto dela e resolvendo casos de contravenção, investigação e traição. Nada igual àquilo que ela passou antes. Mas, um ataque terrorista a uma escola infantil vai chamar a atenção de Holly. Principalmente um estranho repórter chamado Chip Ondowski que sempre está no lugar certo das tragédias. Além disso, Holly vai precisar lidar com diversos problemas pessoais. Ao lidar com traumas do passado, nossa detetive vai precisar buscar forças interiores para seguir em frente e superar seus medos. E que, embora sua mãe seja um monstro, existem monstros ainda piores à espreita.

É curioso pensar em o quanto King gosta da Holly. Deu para sentir isso em Outsider e aqui. E provavelmente essa não vai ser a última vez em que a veremos. Ela é uma personagem bem complexa, repleta de medos e receios que dão caldo para múltiplas histórias. Antes de tocar nos principais temas deste conto, queria trazer esse subplot. Porque a personagem cresce e se desenvolve bastante aqui. O que eu senti é como se o autor a estivesse preparando para voos mais altos. Suas ações escondem ainda seus traumas, como a criação distorcida e obsessiva de sua mãe que gerou uma mulher insegura e com graves problemas de autoconfiança. Ela está namorando Jerome, um personagem que apareceu na trilogia Bill Hodges e que trabalha ao seu lado e uma parte de sua vida ela ainda esconde dele. Isso será colocado a teste neste história porque Holly vai descobrir da pior maneira que ela não está mais sozinha. E que precisa criar laços afetivos com outras pessoas.

Sobre o plot em si, achei até um pouco normal comparado a como King costuma trabalhar esse tipo de narrativa. Até me decepcionou um pouco. Porém, ele toca em temas bem atuais como a desinformação e a necessidade de criar notícias impactantes. Dá para sentir aquela pitada de crítica do autor na maneira como os noticiários exploram a tragédia humana. O sofrimento, a perda de alguém querido se torna munição nas mãos de um veículo de TV que deseja audiência a qualquer custo. É o cobrir todos os ângulos de uma notícia. Embora o autor deixe claro na narrativa a necessidade de obtermos informações verídicas sobre os assuntos, é preciso tomar cuidado ao não transformar a dor em espetáculo. O monstro que se alimenta da dor humana é bastante real. Basta ligarmos na TV à tarde e assistirmos o empenho dos repórteres em captar as lágrimas, os gestos... tudo para conquistar pontos de audiência através da nossa empatia. Depois de algum tempo ficamos tão anestesiados com isso que já não nos importamos tanto assim com o próximo. Mortes em série se tornam o padrão do noticiário.

A última história se chama Ratos. E trata de obsessão. Um autor quer escrever o seu novo romance longo e para isso ele quer deixar para trás as distrações mundanas. Para isso ele vai passar algum tempo em uma cabana que pertenceu a seu pai que fica em um lugar bem distante no norte dos EUA. Mas, sua esposa teme que ele tenha uma recaída. Há alguns anos atrás, ao escrever o seu último romance longo, Drew teve um colapso mental ao não conseguir concluir seu romance, e quase incendiou sua própria casa. Lucy teme que isso possa acontecer de novo e faz o possível para ele não ir. Só que seu desejo de escrever um romance longo é maior do que tudo e ele segue até lá. Depois de se estabelecer lá, Drew fica muito doente, o que preocupa sua esposa principalmente porque uma tempestade está a caminho e pode deixá-lo incomunicável por vários dias. A teimosia de Drew vence e ele permanece. E sua situação vai piorando. Será que ele conseguirá terminar sua história?

A obsessão de Drew pode ser familiar a vários de nós. Em algum momento de nossas vidas, alguma de nossas escolhas pode nos ter colocado em uma rota de colisão com a sanidade. Um trabalho da escola, um projeto pessoal, um objetivo quase inalcançável. O que fazer nesses momentos? King não te dá a resposta correta, mas certamente ele vai fazer os leitores pensarem um pouco a partir dessa história. Se vale a pena deixarmos nossa casa e nossa família para trás em troca de algo egoísta. Não digo que não faria o mesmo que Drew, mas chega um momento da vida, após uma certa idade em que colocamos as coisas em perspectivas. Não somos mais aqueles jovens pistoleiros tentando conquistar o velho oeste, sem trocadilhos com o romance Rio Amargo que Drew tenta escrever. É que algumas coisas se tornam mais importantes do que outras. Nossa bagagem vai crescendo e precisamos nos preocupar mais com o que e como vamos carregar.

Com Sangue é uma boa coletânea. Não é excepcional como algumas do começo da carreira do autor, mas suas histórias produzem impacto nos momentos certos. Esse formato com certeza é um dos melhores hoje para o autor. Impede que ele escreva com exageros como os famosos tijolos de mais de setecentas páginas que demoram a engrenar e conseguem manter a qualidade de sua pena em histórias de tirar o fôlego. A segunda história para mim foi a melhor. A última vez que o King me pegou desse jeito foi com o romance Ascensão que me lembro de estar em uma véspera de ano novo dentro de um coletivo, chorando que nem uma criança. Isso é o que vocês podem esperar aqui. A história com a Holly de protagonista é legal, mas achei um pouquinho alongada demais para ser só uma novella.


site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Dani Pontes 15/05/2021

Rei segue rei
4 contos que mostram tanto do ser humano...
Meu preferido foi o q trouxe de volta a Holly, personagem de Mr Mercedes. Não precisa já ter lido pra entender o conto mas da um quentinho no coração reencontrar a personagem, apesar de todo o horror em q ela se mete (de novo)!!
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Roberto.Vasconcelos 14/09/2023

O elixir mágico do Dr.king
Cara , adoro como o king consegue explorar bem a morte e o imaginário.
Aqui temos 4 histórias muito boas e cada um funciona muito bem.

Destaque maior pra " com sangue" , é nítido o carinho que o king tem pela personagem da Holly Gibney.

A última história do rato me surpreendeu porque nunca ia imaginar que ia acontecer aquilo, lembrou " andando na bala" , um pacto Faustiano.

A vida de Chuck foi confusa no início mas a história se abre conforme você vai lendo , e se torna recompensador. O final foi muito bom. 39 ótimos anos ! Obrigado Chuck!

E o telefone do Sr.harrigan , já teve até filme, foi muito boa também. Legal como o king nos leva a pensar no além túmulo e será que tem sinal de celular lá? Achei uma ideia assustadora.

Bom, é isso aí pessoal.
NayLyra 14/09/2023minha estante
Uma nota bem generosa, diria. ??


Roberto.Vasconcelos 14/09/2023minha estante
Pode ser , mas o coração se apegou.?


NayLyra 14/09/2023minha estante
Quando acontece isso, já era ! ??




Eduardo1304 21/10/2022

Com sangue
Nada de mais são quatro bons contos, com King referenciando temáticas políticas e sociais bem atuais, sem sacrificar seu estilo característico.Destaque para a volta de personagens da Trilogia Bill Hodges.
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