Resenhas - Forbidden

Caroline Gurgel 03/04/2014

Pode um amor verdadeiro ser algo proibido?


Debruçada em lágrimas eu afirmo: essa foi, de longe, a história mais triste e devastadora que já li. Ponto. É tocante e extremamente bem desenvolvida, entrou na minha lista de favoritos, mas ainda assim digo: não leiam! Como alguém escreve um livro assim? Como alguém para e escreve sobre dois irmãos que se apaixonam?

Forbidden conta a história de Lochen e Maya, os mais velhos de uma família de cinco irmãos, cujo pai os abandonara para viver com outra mulher do outro lado do mundo - e os esquecera, e cuja mãe é uma alcoólatra que mal dorme em casa e tampouco se preocupa com os filhos. A falta de estrutura familiar é sentida em cada um dos cinco personagens principais e foi muito bem desenvolvida. (Eu me recuso a tratar a mãe como algo que não um lixo, então, não, ela não é um personagem principal.)

Lochen. Dezessete anos, o homem da casa e nenhum amigo. Entra em pânico só de pensar em falar com alguém na escola ou durante a aula. Emudece, empalidece, falta-lhe ar e, principalmente, faltam-lhe as palavras. Sua melhor amiga, confidente e a única pessoa com quem se sente bem: Maya.

Maya. Dezesseis anos, tão nova mas tristemente banida de uma etapa tão importante da vida, de uma adolescência que não pôde desfrutar, que para ela nunca existiu. Ao invés de festas e namoros, dividia as responsabilidades da casa com Lochan, seu melhor amigo.

Kit. Eu odeio esse garoto, não deveria, mas o odeio. Um adolescente irritante de treze anos que nunca aceitou as ordens de seu irmão - nem o sumiço e a indiferença do pai - e fez de tudo para chamar a atenção de todos. Argh! Ele me tirou do sério!

Tiffin, um menino de 8 anos, cheio de energia. E Willa, uma garotinha de cinco aninhos e, talvez, a única coisa fofa em todo o livro.

Uma bagunça. O retrato das consequências de pais desastrosos e de um divórcio mal feito. Das consequências de tornar-se adulto antes do tempo, forçado pela vida. Maya e Lochen. Um fazia o jantar, o outro colocava a irmãzinha para dormir. Um ensinava a tarefa, o outro dava banho e contava estórias. Dois jovens cuja alegria fora tirada por uma mãe estúpida, doente e negligente, que se vestia como uma vadia e estava sempre de ressaca, vomitando pelos cantos, e pelo desprezo de um pai.

Dois irmãos que se veem com um sentimento que transcende o amor fraternal, que extrapola os limites da legalidade, que dói e perfura a alma. Um sentimento puro, mas proibido. Forbidden!

Tão delicado, tão frágil, tão quebrantável, e ainda assim tão forte, expressivo, intenso... Vi-me lendo com os olhos bem abertos e a garganta seca; a respiração curta, partida; um silêncio ensurdecedor que só me fazia ouvir as batidas altas do meu próprio coração. tum-tum, tum-tum, tum-tum. Um nó na gargata, uma dor no peito... Piedade. Angústia. Pena.

Como achar que eles não poderiam se amar se parecia que eles tinham sido feitos um para o outro? Como achar que aquilo era errado? E, ao mesmo tempo, como achar que seria certo? Era aquele sentimento um amor carnal ou um forte amor fraternal perdido e enganado pelas circunstâncias da vida? Em outras circunstâncias, teriam se apaixonado? Se não tivessem sido sugados pela solidão que os destruía, teriam se apaixonado?

A autora soube escrever uma história única, que me prendeu e me deixou curiosa, com o coração apertado, a cada página. Será que um dia se declarariam? Assumiriam tal sentimento? Não digo o rumo que a história toma, mas reforço o quão avassaladora ela é. Começa triste, seu desenrolar é triste e termina devastadoramente triste. Nada, absolutamente nada me fez sorrir. Nada tirou a dor que se implantou em meu coração logo nas primeiras páginas. Não há alívio, só há sufoco. Por que ler um livro assim? Não sei. Definitivamente, não sei. Talvez nos faça pensar, refletir... Talvez nos abra a cabeça, nos deixe menos preconceituosos, menos intolerantes... Não sei...ou talvez tenhamos um lado masoquista, simplesmente.

Devo ainda comentar sobre o público para o qual este livro é destinado. A Amazon o classifica como young adult - ou jovem adulto - que corresponderia a jovens de 12 a 18 anos e, digo com veemência, esses leitores não tem estrutura emocional suficiente para ler essa estória. Não é moralismo, um adolescente lê o que quer, mas o conteúdo é pesado, não só pela tensão sexual mas principalmente pela perturbação e descontrole emocional. Se foi desconfortável lê-la aos 29 - e sem irmão para colocar no lugar do Lochan - aos 18 teria sido demasiadamente atordoante.

Nos primeiros vinte por cento da leitura eu supus o que me aguardaria ao final da história, e acertei, infelizmente. Mas nada, nem o fato de eu ler já imaginando o que viria, nada poderia ter me preparado para tal e, portanto, não adiantaria que eu aqui gritasse para alertá-los, pois seja como for, essa história vai lhes consumir e lhes fazer chorar. Muito. Preparados não estarão, mas estejam avisados.

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Leonardo Drozino 06/01/2013



Forbidden é o grande romance que li em 2012 e reli em 2013. É provavelmente a melhor história de amor já contada em um livro.

Como algo que parecia tão certo é algo tão errado? É com essa frase que nos deparamos nas divagações mais tristes e de cortar o coração da nossa protagonista, Maya.

Maya, é uma garota comum. Linda, inteligente, com muitos amigos e com problemas familiares. E justamente por isso, vivendo em uma família completamente sem estruturas, destruída pelas ambições de seus progenitores, ela se apaixona pelo seu irmão, Lochan.


Sim. O tal romance proibido é de Lochan e Maya, irmãos de sangue, vivendo sob o mesmo teto. É doentio de pensar nisso como sendo algo real, mas como é um livro de ficção (como a autora deixa bem claro), curti cada linha da escrita fantástica da autora.

Não é a toa que Forbidden é o melhor livro que li em 2012, e provavelmente um dos melhores que li na vida.

A sensação de ler esse livro é a mesma coisa que levar um tiro e ser abandonado em uma viela escura. E quando uma mulher, sua possível salvadora, aparece, você acha que tem esperanças de continuar vivo. Mas não. Ela te pisa na ferida, esmaga o seu coração com o salto do sapato e você morre, sentindo a mais profunda e proibida agonia que você nunca deveria ter sentido.

Forbidden é isso. A dor silenciosa de ver um casal proibido e impossível sofrer. E de torcermos tanto para o relacionamento deles dar certo, que é como se estivessemos por dentro das páginas.


Não leia esse livro se você não tiver coração forte. Mas se quiser, leia. É uma leitura destruidora e única, para ser lembrada pelo resto da vida.

Amandha 13/03/2011

Eu ouvi um monte de críticas positivas para esse livro, como a da Cassandra Clare, que escreveu Os Instrumentos Mortais, minha série favorita. Todo mundo dizia como esse livro era emocionante, diferente e que fazia qualquer um chorar. Sim, sim, parece meio estranho. Eu fico imaginando eu com meu irmão e… eca! Tremo só de pensar. Mas eu queria algo diferente, e resolvi dar uma chance.
Então, eu não tenho muito a dizer sobre esse livro. Eu realmente adorei. Tu consegue sentir as palavras, a atmosfera da casa e a frustração dos personagens principais. E eles não são os típicos personagens principais, não. O garoto é muito lindo, muito inteligente, mas ele não consegue falar uma palavra com outras pessoas. Sério mesmo, ele é anti social. Não porque ele se sente superior ou é depressivo, mas é uma fobia mesmo. Ele começa a guaguejar, tremer, suar… O único lugar que ele consegue ser ele mesmo é em casa, mais precisamente, com a Maya.
O romance dos dois não é o estilo bonitinho e fofo, mas é inocente e verdadeiro. Não inocente exatamente (risos), porque eles tão querendo “descobrir” o outro, se é que vocês me entendem. Até na parte de trás do livro diz que não é recomendado para jovens leitores, já que tem umas cenas… hm, apaixonadas.
Eu realmente recomendo Forbidden, to até obrigando a Ju a ler. Quem não quiser comprar, só mandar um e-mail pra mim (mandynha_cea@hotmail.com) que eu mando o ebook.

Mais resenhas em shelfjunkies.tumblr.com :D

Anna 12/04/2014

Resenha do livro Forbidden - Tabitha Suzama
PODE CONTER SPOILER

Quando comecei a ler Forbidden, apesar de ser contra relacinamentos sexuais entre pais e filhos, irmãos e membros da família, joguei meus preconceitos, minha moral e minhas crenças fora e fui ler o livro.

Racionalmente falando, esse livro é chocante, reflexivo e muito bem escrito.

Racionalmente falando, esse livro merece 5 estrelas...

Maaaaas...

Emocionalmente falando, esse livro é totalmente conturbado.
Eu sinceramente não sei qual foi o objetivo da autora ao escrever o livro:
1) Mostrar aos leitores que o incesto tem que ser liberado na sociedade?

Ou

2) Mostrar aos leitores que por serem pessoas desequilibradas emocionalmente, os personagens comenteram o incesto?

Minha opinião MUUUITO pessoal?
A opção 2, NESSE CASO.
Lochan é o menino mais desequilibrado emocionamente que eu tive o prazer ou desprazer de ler. Ele não me trouxe sentimentos de asco ou nojo, não.
Apesar desse assunto delicado, meu maior sentimento foi pena, dó.
Mas em nenhum momento eu torci para que Maya e ele ficassem juntos. Por que? Porque NA MINHA OPINIÃO eles são emocinalmente carentes, emocionalmente doentes, essa é a verdade.

Lochan tem ataques de pânico desde novinho e é totalmente antisocial. Essa timidez excessiva dele parece mais uma síndrome e não uma simples timidez. Ele não se sente a vontade com ninguém a nao ser com sua família, nao tem amigos a nao ser Maya. Isso não é normal. Não é saudável.

Várias vezes no decorrer do livro Maya cita que ela e Lochie são almas gêmeas.

Eles não são almas gêmeas.
Ponto.
Minha opinião PESSOAL.

O amor deles não me convenceu. É um amor doente, fruto de uma MUITO infeliz circunstância. O pai os abandonou. A mãe é uma bêbada que mais parece uma adolescente e que não para em casa. Eles tem mais 3 irmãos pra criar.
Maya vê em Lochan o pai, o amigo, o irmão, o seu salva vidas, alguém essencial na sua vida.
E então, sem um adulto para monitorá-los, sem um adulto com quem eles possam contar, sem ninguém pra dizer o que é certo e errado, eles são os donos do seu mundo. Eles consolam um ao outro nesse universo tão injusto, onde essas crianças tem que fazer o papel de pai e mãe.
Lochan tem apenas 17 anos. Uma criança infeliz, deprimida, psicologicamente doente. Nao existe outra saída pra ele a não ser o final trágico.

O que mais me incomodou na leitura é nao saber o objetivo da autora. Ela acha que a culpa é da sociedade por não aceitar o incesto ou ela acha que a culpa é da sociedade por conta dessa família disfuncional que faz Lochan e Maya pagarem um preço tão alto por isso?

Mas o que me marcou nesse livro não foi o incesto. Foi a injustiça. De uma familía emocionalmente inconstante.
Se Maya e Lochan vivesem com pais amorosos e firmes, tivessem uma relação estável como familía e mesmo assim se apaixonassem, aí sim teríamos um caso legitímo de incesto. Esse não foi o caso. Incesto aqui nao é a grande questão do livro NA MINHA VISÃO. O problema é o abuso.

Citação:
"Muitas pessoas afirmam que o abusado muitas vezes vai para abuso, assim, para a maioria dos psicólogos, a negligência da nossa mãe - que é considerado uma forma de abuso - estaria ligado diretamente ao nosso comportamento ‘anormal’, que seria interpretado como abuso também."
"Abuso?" Exclamo com espanto.
"Mas quem estaria abusando quem? No abuso, há um agressor e uma vítima. Como poderíamos ser visto como ambos, o abusador e abusado?"
"Maya, vamos lá, pense nisso. Eu seria automaticamente visto como o agressor e você a vítima."

Mas o abuso aqui não parte de Lochan, como ele mesmo acha em determinado momento. Lochan assim como Maya são os abusados, negligenciados e vítimas da situação. Os pais, os grandes vilões e monstros, são os verdadeiros culpados.

Muitas pessoas viram beleza em Forbidden.
Eu só vi tristeza.
Muitas pessoas se emocionaram em Forbidden, eu só consegui sentir compaixão. Dor por uma história que eu não sei se é real ou não, mas eu espero, eu torço e então choro, para que não seja. Nenhuma criança nesse mundo merece ser tratada dessa forma. Uma criança merece e espera ser amada e cuidada incondicionalmente por seus pais.

No caso de Lochie e Maya, acabam procurando isso neles mesmo, se confundindo, se confortando da única forma que eles encontram.
Porque ninguém os ensinou a forma correta. Isso não é moralismo, isso não é preconceito.
É real.
É doído.

Esse livro foi cru e real, porque mais do que incesto, muitas crianças passam pela mesma situação carente que os personagens.

Eu termino aqui, concluindo que esse livro não me fez achar o incesto um pouco mais normal ou aceitável, não me fez torcer para que esse casal de irmãos tão sofrido ficassem juntos.

Me fez torcer sim, para que eles encontrassem pessoas que os ajudassem a ultrapassar seus problemas internos, torcer para que a mãe deles se arrependesse e desse todo o amor, carinho e assistencia que eles mereciam desde o princípio.

Camila.Amaral 22/01/2021

Tristeza
O que dizer de um livro que trata de um assunto tão controverso?! Só de pensar na palavra incesto a gente já acha um absurdo, horrível e inaceitável.
A autora fala de um assunto tabu, que ainda assim fiquei curiosa de ler de tanto que ouvi falar do livro. Não sabia de ia conseguir ler ou não, se ia terminar ou desistir. Porém ainda sim, resolvi ler.
Uma palavra única para descrever: tristeza. Pela situação, pela vida de Lochan, Maya e seus irmãos e pelos sentimentos que tem um pelo outro. A autora não justifica o incesto, ela apenas descreve no ponto de vista dos dois os sentimentos que vão ocorrendo.
O leitor não sabe se implora para não acontecer, ou se torce para os dois de alguma maneira ter um final feliz, apesar de considerar o incesto errado.
É um livro que te faz avaliar tudo! Não pretendo ler de novo, apesar de ser uma escrita brilhante! O final te deixa simplesmente impressionada e chocada. É um livro que vale a pena ler pelo menos uma vez para ver tudo o que ocorre pelo ponto de vista deles...

Bruna 10/08/2012

Terminei de ler o livro agora e a única coisa que passa pela minha cabeça é o trecho de uma música do Ed Sheeran: "It's too cold outside for angels to fly..."

Etiene 07/01/2013

Um livro muito audacioso,onde a autora aborda um romance entre irmãos.Isso mesmo,irmãos!A história é uma graça onde Lochan e Maya são obrigados a ajudar em casa com os 3 irmãos menores(pois a mãe esté preocupada com sua vida particular)e acabam se apaixonando.Com um final imprevisível(não gostei,por isso 4 estrelas),a historia que não é mais uma entre milhares nos faz pensar....na ficção é tudo muito lindo,a gente fica torcendo pelos dois,mas e se fosse real,será que pensariamos da mesma maneira?Será que apoiaríamos?A autoraa não foi audaciosa no final,medo das críticas ou um tabu em sua vida?E se fosse com alguém conhecido,como você se posicionaria?Uma história para nos fazer refletir e muito.

Shêll 28/05/2021

Não estou sabendo lidar com o final desse livro...
Cara, que tabu pesado. Muito pesado. Mas, que foi tratado com uma delicadeza que nos faz pensar, se questionar e pesar nossos valores sociais, morais e críticos.

Impossível não nos sensibilizarnos com os personagens. Nem a pessoa tentando ser totalmente crua, analítica e crítica; não dá. É uma estória muito tocante.

Além do próprio tabu, tem a questão do abandono infantil e as consequências porvir... Que ódio senti algumas vezes...

O aperto que deixa no peito ao encerrar essa leitura não tem descrição certa;
Angústia, tristeza, incredulidade, revolta, raiva... Não sei bem o que estou sentindo agora. :/

Primeiro livro que li da aurora, e embora tenha amado a escrita e fluidez, fiquei com receio de ler algum outro e tomar mais uma surra emocional feito essa.

Enfim, 5 estrelas né? Não consigo avaliar com menos.

Mônica 26/03/2014

O mais lindo livro de amor desta década,para mim!
Nada, nenhuma resenha,nenhum comentário,poderá te preparar para a estória maravilhosamente bem contada de Tabhita Suzuma.Nada.

Vc já fica apaixonada desde o primeiro paragrafo e,caso seja uma pessoa cansada de diálogos mal construídos e desfechos sem surpresa,como eu estou,vai enlouquecer com a soberba qualidade estrutural do livro,com o imenso carisma dos personagens e com o amor...e que amor...dos personagens centrais,Lochan e Maya!

Sim,no começo vc pisa em terreno estranho,afinal o livro trata de um amor entre irmãos.Incesto? CHOQUE!NOJO!HORROR!
Não,queridos...Não.
O amor dos dois é o mais puro,com mais sentimento,mais emoção que já foi escrito desde muito tempo... Tabhita,a escritora,faz vc estremecer entrando na mente destes dois amáveis e super reais,personagens.Poderia ser,facilmente,alguém que vc conhece de tão verdadeiros que são os sentimentos experimentados por eles.

A escritora te tem no bolso o tempo todo,desde a primeira página... de tal modo que,quando começa a perceber - junto com os personagens - que estes estão apaixonados,vc já nãos os enxerga como irmãos ; Por isso entende,muito bem , todo aquele amor.
Mágica? Não.Puro talento,Senhores.

Toda a trama criada,o desfecho da história...AH! Que desfecho...Repito,nada te prepara para essa grande estória de amor!
Não é nada fácil acompanhar esta estória...é pesado,denso,te marca muito ,eles sofrem,têm uma vida muito,muito dificil,em todos os aspectos.Assim como não é fácil acompanhar Tristão e Isolda,Romeu e Julieta..!Sim,para mim,a história de Lochan e Maya está neste nível,neste patamar.
Se vc ler,há de concordar...
É muito dificil eu chorar com algum livro,quase impossível,mas com Forbidden,na parte final,derramei uma enxurrada de lágrimas!

Obrigada tabhita Suzuma,por compartilhar conosco esta belíssima estória,maestralmente contada.

"Podes fechar os olhos a coisas que não quer ver,porém,não pode fechar o coração a coisas que não quer sentir."

Nana 31/08/2020

Sem palavras
Essa resenha vai ser bem breve, apenas para contar no Desafio, pois não sei quando eu vou estar preparada pra falar sobre esse livro.

Nao pensei que ficaria tão mexida. Chorei, estou chorando, nó na garganta, coração apertado. Eu, chorona como sou, não é difícil me fazer debulhar em lágrimas, mas nunca um livro me fez sentir o q Forbidden (Proibido) me fez.

Nao tenho palavras.

Edit: resenha completa no meu blog https://epiphanybynana.blogspot.com/2020/09/resenha-forbidden-proibido-tabitha.html?m=1

Lizzy 05/02/2014

Controverso e emotivo ao extremo
Mais de uma vez eu reli alguns capítulos de Forbidden e as sensações foram as mesmas: choque e encantamento. Ao escrever sobre um tema tão forte, como o incesto entre irmãos, a autora não pretendeu fazer nenhuma exaltação às transgressões, no intuito deliberado de chocar, principalmente sobre um assunto que para alguns é um tabu inquebrável, muitas vezes visto como algo patológico, absolutamente sujo, antinatural. Ao contrário, penso que foi imensamente difícil escrever essa história linda e triste. Tanto é verdade que a autora menciona em seus agradecimentos as dificuldades encontradas e certamente ela deve ter sido desencorajada a seguir em frente.

Os irmãos Lochan e Maya, os heroicos protagonistas dessa trama de amor e tragédia, foram obrigados a amadurecer precocemente. Filhos de uma mãe negligente e alcoólica, foi na convivência diária com os cuidados dos irmãos menores Kit, Willa e Tiffin, que eles aprenderam a assumir responsabilidades que não lhes cabiam. As dificuldades eram imensas, mas eles tinham um ao outro. Lochan é um jovem talentoso, doce, porém sua timidez extrema era capaz de causar crises de pânico em público. Esses momentos mostram a vulnerabilidade e a grandeza dessa alma. Maya, mais jovem e centrada, cuidava de seus irmãos como uma mãe cuida de seus filhos, mas Lochan era o seu rochedo, o seu escudo, ela não imaginava uma vida sem ele. O sentimento entre os irmãos modifica de forma gradativa, sem eles perceberem, cruzando os caminhos da proteção, da posse e do desejo. Lochan resiste, porém Maya não concebe o amor entre os dois como pecado. A autora conduz a trama de uma forma bela, intensa, poética, delirante, mostrando um amor capaz de extremos. Recomendando para quem não tem receio de verter lágrimas torrenciais. Lindíssimo.

Steph.Mostav 27/09/2015

Mais previsível que polêmico
Uma das funções da literatura é fazer com que o leitor questione o próprio ponto de vista, e bem, foi o que eu fiz. Me recomendaram esse livro (Proibido) e, depois que li tantos elogios, aproveitei a chance para ver o que eu realmente achava do tema, porque sempre detestei incesto.

E depois de ler, compreendi que eu não detestava o incesto em si, mas sim os romancezinhos incestuosos. Não tive nada contra o casal em específico (apesar de achar os dois um porre), e sim contra o desperdício de potencial. Você pode criar uma complexa relação entre irmãos, explorando ao máximo o que eles podem sentir um pelo outro, como carinho, inveja, apatia, ódio; o que a existência de um influencia na vida do outro; como é semelhante ou distinto o tratamento que cada um recebe dos pais e da sociedade. OU você faz um romance insosso e melodramático naquela receita básica para chorar porque OH, é um amor proibido!

A autora até tentou dar alguma profundidade à trama com os problemas familiares, mas ficou só na tentativa mesmo, porque o resultado ficou bobo, fraco, raso, e prejudicado ainda com estereótipos mal desenvolvidos.

Como a maior parte dos YAs, a escrita é simples ao extremo. Até aí ok. Mas são dois narradores, duas vozes distintas, e não existe nenhuma diferença significativa entre os capítulos narrados pelo Lochan e pela Maya. Não dá pra identificar nenhum traço deles na narrativa, e isso é mais um ponto negativo.

Nem me estendo nos comentários sobre os trechos em que acontecem os previsíveis diálogos do tipo:é errado mas eu te amo, quero transar com você mas não posso, ninguém pode impedir nosso amor, de algum jeito nós vamos ficar juntos... E o maior de todos eles: você é o amor da minha vida, sem você eu não sou nada. ZzZz Monótono, repetitivo.

(E além de tudo, o livro faz com que o leitor veja um romance no qual as duas partes dependem de forma doentia uma da outra sob a ótica de um romance lindo. Não. Colocar uma pessoa como pedestal na sua vida não é saudável).

O pouco que existe de bom no livro são os problemas que eles enfrentam pela escolha que fizeram, mas foi tudo tratado de maneira TÃO, TÃO exageradamente patética (e previsível), que não merece nem duas estrelas (regular), mas só uma e meia. Até o Lochan, que se mostrou no início minimamente interessante foi ficando cada vez mais tedioso. Nem decepcionada com o final fiquei, porque já era possível antecipá-lo logo no início.

Nem as citações a Freud, Shakespeare ou ao complexo de Édipo tornaram o livro um pouco mais interessante, porque foram exatamente isso: citações, sem qualquer reflexão sobre como o tema foi abordado por esses caras mais célebres. Continuou vazio.

Depois de mais de trezentas páginas, ainda estou enjoada com tanto melzinho com açúcar misturado com as supostas lágrimas que eu deveria ter derramado.

Camila Alves 04/06/2014

Pobre Lochan! Pobre Maya!
O livro triste!!!!!!!!!!!!
Eu me reconheci na fobia social de Lochan quando tinha a idade dele. Foi uma luta, então cada coisa que ele passou na escola e o seu desespero me é muito familiar.
Tinha horas que eu queria entra no livro e abraçar ele. Consolar a sua tristeza e tira o peso de seu ombro. Isso só me mostra o quanto humano esse livro foi...
A questão do incesto foi trata com delicadeza, mesmo nas cenas mais intimas, não era ofensivo ou doentio. Era compreensível. Os dois se completavam e se ajudavam, foi nascendo um sentimento bonito, quando almas iguais se unem, mas infelizmente havia questões morais perpetuas. Eu nem posso me imagina numa situação igual a de Maya e Lochan, é de enlouquecer. Ainda mais quando ocorre do modo tratado no livro sem ser realmente uma coisa doentia fantasia sexual, mostra sim que é um assunto que deve ser discutido não do ponto de vista moral e religioso, mas sim sem hipocrisia e racionalmente.
Eu fiquei com asco do irmão do meio e da mãe omissa e infantil. Eu adorei Lochan com o seu jeito responsável e como ele se sacrificou em nome da família e pela vida da Maya. Vai passa um bom tempo para que esse livro saia da minha cabeça... É um livro dramático e angustiante, não é algo que irei reler na vida, mas não deixa de ser um livre bem escrito e elaborado.

Eu me recusei a dá 5* por esse livro por alguns pontos. Sim, Lochan tinha uma doença e não uma timidez,eu mesma fui atacada por essa fobia social na adolescência e eu só sai com ajuda. E a direção da escola tratava como excesso de timidez.

Outro ponto é que a mãe era uma omissa, criminosa e bêbada. E no final do livro ela continua com mesma vida e nada muda, apenas Maia é responsável pelos os irmãos.

E acho que o relacionamento deles ficara tão intenso também devido a situação. Eles "brincavam" de casinha, era o suporte de uma família e era um casal. Isso confunde os sentimentos.

RHSwire 07/08/2014

Confesso que nunca tive paciência de escrever resenhas, mas não poderia deixar de comentar a sensação arrasadora que eu tive ao terminar a leitura deste livro, isso nunca havia me acontecido antes.
Em todos os momentos eu senti a agonia dos irmãos/casal, principalmente o Lochan, esse garoto atormentado, tímido e com sérios bloqueios sociais, mas extremamente responsável e preocupado em relação ao bem estar dos irmãos mais novos e da própria irmã Maya. Vou ser bem honesta, tiro o meu chapéu para esse rapaz! Não vou entrar em maiores detalhes.
Mantenham a mente aberta ao ler o livro e se deixem envolver pelos personagens, ou não, daí não terminarão tão devastados que nem eu, rs! Boa leitura!

Obs: tem um filme brasileiro muito bom chamado "Do começo ao fim", que também aborda o tema do amor entre 2 irmãos, recomendo!