Amada

Amada Toni Morrison




Resenhas - Amada


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Lud 31/07/2023

Não é uma leitura fácil, precisa de certa paciência e às vezes reler mais de uma vez o mesmo trecho do livro, porém no final a história me cativou demais. É uma reflexão muito bonita, muito interessante. Não sei se foi o melhor livro pra ter contato com a autora, pois ouvi falar depois que este livro é bem diferente do restante da obra da autora. Mas apesar do esforço que a leitura demandou, gostei muito de ter feito a leitura. Foi uma maneira bem interessante de mostrar a realidade das pessoas negras que viveram no período da escravidão, suas dores, escolhas e dificuldades.
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Carlos.Vergueiro 04/05/2020

Uma facada nem nossa cumplicidade
Perturbador, desafiador, questionador. Tudo que tiver sufixo "dor" traduz a sensação ao ler o livro. Somos obrigados a ler traumas, contados e recontados diversas vezes pela narradora e as testemunhas (os personagens). A cada memória, uma forma. São narrativas do passado que encontram na casa 124 um lugar para se reconstruirem. Uma casa que muda a cada passagem, pois é um gatilho para aqueles que nela moraram e que dela fugiram. O entre-lugar das vivências na escravidão, pois podia ser a clareira para cantarem, dançarem e chorarem enquanto havia uma senhora a prezar pelo lugar, mas eram vivências frágeis, pois a violência tomava conta dos seus corpos desfigurados pela gentebranca. A insegurança e a segurança habitavam o mesmo espaço e conviviam com o trabalho forçado dentro e fora dela. As tentativas de fuga, os resultados trágicos, os laços afetivos despedaçados. Tudo contribuí para formar as identidades fragmentadas das personagens principais (Sethe, Denver, Baby Soggs, Paul De e Amada). Cada um convive com seus traumas e agem por impulso. Além disso, são obrigados a viver com seus fantasmas se querem a segurança/insegurança do Doce lar. Ou podem tentar a fuga, mas o passado sempre estará lá, mesmo que tente ser esquecido. Amada sempre estará de alguma forma lá.

Recomendo demais. Mas tem que ter fôlego, tem que voltar às vezes a leitura. Mas vale a pena.
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Leiturasdanna 06/05/2022

Conheci esse livro por conta de uma aula da faculdade e só então descobri que se tratava de um livro de autora premiada. Mais uma vez, tive a consciência de que há muitos livros/ autores ótimos que talvez eu nem venha a conhecer? para você que está lendo este post: Amada é um livro difícil, tanto pelo conteúdo quanto pela construção narrativa, mas que vale ser conhecido!
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Fabiene.Barbosa 29/12/2022

Leitura envolvente que retrata a vida recolhida de uma mãe e filha negras, logo após a abolição da escravidão nos Estados Unidos. A trama vai se desenrolando de modo que traumas do passado voltem à tona a fim de torturar ainda mais a vida de ambas.
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Meline 06/07/2020

Tocante.
É um livro que me tocou profundamente. A autora faz uma análise muito delicada sobre a escravidão e os eternos resquícios dela em um povo. A leitura não é fácil, porque são intercalados momentos do presente e do passado, o que pode gerar uma certa confusão, bem como mistura o real com o sobrenatural. Fora isso, traz pontos de vista riquíssimos e necessários.
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Mari Pereira 02/08/2020

Livro maravilhoso! A narrativa tão real mistura elementos fantásticos e pode causar uma estranheza. Mas o incômodo faz parte da experiência de leitura, especialmente com um tema tão pesado.
Alê | @alexandrejjr 08/05/2021minha estante
Pelo visto, Mari, causar desconforto foi uma das missões da Toni. E ouso dizer que ninguém fez isso como ela. Incrível como em todo livro dela aparece esse sentimento...


Mari Pereira 08/05/2021minha estante
Exatamente Alê. Morrison tá aí pra bagunçar a gente!




Luiza.Khayat 14/09/2020

Temática bem diferente, os sentimentos dos personagens são retratados de maneira surreal.

Algumas partes de difícil leitura, em outros momentos
entra na cabeça dos personagens, de forma que deve ter sido feita para ser particular de cada um, não para ter sentido.

Me deu vontade de ler todos os livros da autora!
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Vanessa.Benko 10/06/2023

Entendera que podia acordar um dia e se descobrir aos pedaços
Com um estilo narrativo carregado de franqueza, a autora nos transporta para um contexto em que o fantástico é tido como normal, mergulhando-nos em memórias fragmentadas e nos desafiando a desvendar as complexas histórias de seus personagens ao longo das páginas. Uma narrativa não linear e repleta de simbologias.
O objetivo da autora não é apenas descrever a escravidão nos Estados Unidos, mas fazer com que a sintamos profundamente. Ela nos oferece um relato brutal dessa época sombria, despertando uma compreensão visceral da dor, sofrimento e desumanização enfrentados pelos escravos. Ao invés de se ater a uma abordagem histórica tradicional, a autora nos coloca diante de personagens com passados pesados, que passaram por um processo de constatação e aceitação passiva de sua própria impotência.
Uma das características marcantes do livro é a peculiar caracterização dos personagens. Eles possuem uma necessidade incessante de nomear seus sentimentos e acontecimentos, o que nos permite mergulhar ainda mais na profundidade de suas experiências.
Além disso, o livro apresenta pequenas histórias paralelas que enriquecem a trama principal, acrescentando camadas de significado e complexidade. Cada personagem possui uma visão diferente do futuro e uma relação distinta com o tempo, absorvendo suas passagens de formas variadas. Através dessas nuances, a autora explora como a individualidade pode ser roubada de uma pessoa e como o tempo e as experiências moldam e mudam nossos desejos.
Ao longo da narrativa, somos confrontados com acontecimentos que afetam os sentimentos dos personagens. Após tantos traumas, a indiferença começa a ocupar o lugar da tristeza, demonstrando a dura realidade de viver sob a opressão. A protagonista, Seth, carrega consigo um sentimento de culpa avassalador, que a leva a fazer um tremendo esforço para esquecer o que aconteceu – principalmente o que fez.
Seu arco narrativo representa a luta contra a opressão e a busca pela liberdade, tanto física quanto emocional, revelando gradualmente as camadas de sofrimento e dor que a personagem carrega consigo. Sua determinação em esquecer o passado é um esforço desesperado para encontrar alguma forma de alívio, mas também uma maneira de sobreviver em um mundo que tenta negar sua humanidade.
No entanto, quando Amada, sua filha perdida, retorna inesperadamente, a vida de Seth é transformada. A presença de Amada desencadeia uma jornada de redescoberta e reconciliação, em que Seth é forçada a confrontar e ressignificar os traumas e a encontrar uma forma de cura – tudo isso somado a uma sensação de liberdade por não ter mais que esquecer.
Denver é uma figura emblemática que nos conduz por uma jornada de descoberta e resistência em meio a um passado doloroso e uma realidade desafiadora. Sua trajetória é marcada por uma busca por identidade, conexão e pertencimento. Vivendo à sombra dos traumas e segredos de sua mãe - ela desconhece o mundo exterior e se apega a cada migalha de informação sobre o passado de sua mãe, buscando entender sua própria história e encontrar um senso de pertencimento em um mundo que a rejeita.
Ao longo da narrativa, Denver passa por uma jornada de autodescoberta, desafiando as limitações impostas a ela. Ela desenvolve uma curiosidade e coragem crescentes, buscando explorar o mundo além das paredes de sua casa e confrontar as verdades ocultas sobre sua própria família. Sua capacidade de se libertar da prisão emocional em que vive é um lembrete poderoso do poder do conhecimento e da conexão com as raízes.
Amada, no contexto fantástico do livro, é privada de amadurecer. A presença sobrenatural de Amada pode representar a persistência dos eventos passados e a influência duradoura que têm sobre as gerações subsequentes. Também é um convite para que nós reflitamos sobre a relação entre a vida e a morte, a perda e a memória. Sua presença atua como um lembrete constante das consequências dos atos passados e das histórias não resolvidas.
Baby Suggs representa uma figura materna e espiritual que encarna tanto a resiliência quanto a fragilidade da comunidade negra. É retratada como uma mulher sábia e poderosa, capaz de reunir as pessoas em torno dela. Ela exerce uma influência espiritual e emocional significativa na comunidade, transmitindo mensagens de autoaceitação e resgate da dignidade. No entanto, a personagem de Baby Suggs também representa a vulnerabilidade das pessoas negras diante da opressão. Apesar de sua sabedoria e liderança espiritual, ela não pode reconstruir completamente o que foi perdido. Sua história pessoal é marcada por lutas e perdas, evidenciando as limitações impostas pelo sistema racista e opressivo. Sua presença nos lembra a importância do afeto e do apoio emocional na busca pela cura e pelo empoderamento.
Essas personagens femininas são poderosas, representando as muitas mulheres negras que lutaram contra a opressão e a injustiça durante a escravidão. Elas personificam a força interior e a resiliência necessárias para sobreviver em um mundo que busca silenciar e apagar sua história.
Além disso, Morrison dá destaque aos personagens negros homens e aos seus sofrimentos – que são em alguns aspectos diferentes dos das mulheres, mas todos vividos de forma brutal. O livro nos confronta com a constatação de quantas histórias passadas nesse contexto ainda são indizíveis e inexprimidas, lançando luz sobre a profundidade das feridas históricas e a urgência de enfrentá-las.
Ao abordar o tema da maternidade, "Amada" nos leva a questionar até que ponto uma pessoa pode chegar onde é aceitável matar? Quais os motivos e justificativas para chegar a uma encruzilhada de desespero? Como o medo e o julgamento após um acontecimento traumático afeta a comunidade?
É um livro profundamente dolorido. Mas que seja encarado principalmente como um símbolo da resiliência e da capacidade de sobreviver e florescer em meio à adversidade. Que ele represente as vozes silenciadas e as experiências ocultas daqueles que enfrentaram opressão e marginalização. Sua busca por conexão, identidade e liberdade nos lembra da importância de ouvir e valorizar as histórias daqueles que foram marginalizados pela sociedade e lutarmos pela construção de um futuro mais justo e igualitário.
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Sandra Silva 20/07/2021

Todo livro sobre o período de escravidão é doloroso..
?esse não é diferente.
Nesse livro, que foi baseado em uma história real, Morrison traz a história de Sethe, que era escrava na fazenda Doce Lar, mas que resolve fugir com seu marido e filhos depois que o novo dono da fazenda lhes mostra as verdadeiras atrocidades que um dono de escravos é capaz de cometer. Ela consegue mandar seus filhos mais velhos primeiro, para viverem com a sogra, que teve a liberdade comprada pelo seu filho mais novo, Hale, marido de Sethe. Um desencontro entre os dois faz com que ela siga depois, sozinha e grávida, ferida pelos maus tratos. No meio do caminho ela dá a luz a sua filha Denver, com a ajuda de uma ?moça-branca?. Quando ela chega a casa da sogra, ela recebe muito cuidado, e ali ela pode amar seus filhos sem reserva nenhuma, e sem medo. São 28 dias de felicidade, até o momento em que o dono da fazenda, o ?professor?, chega para levá-la novamente para Doce Lar. Sabendo o que espera seus filhos naquele lugar, Sethe comete o mais duro ato de amor que uma mãe nessas condições é capaz de cometer.

O livro não é narrado de forma linear, e o leitor precisa ir juntando as partes, que são dadas aos pouquinhos. Confesso que eu tive dificuldades para entender a história, e quando já estava na metade do livro, resolvi voltar e ler tudo de novo. Em cada memória narrada, a dor dos personagens fica mais evidente, e percebe-se que tudo lhes foi tirado, até o direito de amar, porque amar para um escravo pode ser doloroso demais, arriscado demais.
Sem dúvidas é um dos melhores livros que eu já li! Se tornou um dos meus favoritos!
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Carol 07/08/2021

Que livro
Depois de ler Compaixão e O olho mais azul, que mexeram demais comigo, fui encarar Amada!

Toni Morrison sabe te pegar pela alma!
Nem sei o que falar, é um livro angustiante, intrigante, e maravilhoso!
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Anienne 11/09/2021

AMADA
Este é um livro muito impactante, doloroso mesmo...

Tem uma linguagem peculiar, metafórica, poética até... e que, a princípio, dificulta um mergulho no livro. No início é preciso ir pisando devagar, sem pressa, para ir pegando o jeito.

Acredito que para falar todas as coisas que foram ditas só com uma linguagem poética mesmo, que falasse aos sentimentos, às emoções.

Aqui a dor gigantesca do(a) negro(a) e a escravidão e os maus tratos e a humilhação e nenhuma dignidade e tanto... e mais...

Eu ainda estou muito mexida...

Traz um conteúdo muito forte!
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Joyce 22/09/2021

.
queria mesmo era ter lido ele depois, quando estivesse com o costume mais rebuscado. sinto que a escrita dela não é para leitores iniciantes como eu
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Jan 11/12/2021

"Amada" foi um dos melhores livros que li em minha vida: é tocante sem ser piegas, retrata a história real de uma escrava fugitiva nos EUA no final do século XIX, mas Toni Morrison coloca uma bela pitada de ficção para criar a obra. Obra que reverbera dentro da gente por muito tempo. Vale a pena.
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RoSousaAlenc 17/01/2022

Nenhuma leitura que tenha como temática a escravidão será leve. Mas nesse livro, o sentimento de cansaço demonstrado por vários dos personagens, o sentimento de atingir o ponto em que sua alma foi tão quebrada que não há volta, é algo presente e constante. A história em si é inquietante e, embora seja brutal, é totalmente compreensível a "loucura" no ato de Sethe, bem como é compreensível sua tentativa de redenção com Amada.
O livro me deixou querendo saber mais sobre alguns personagens, como Halle. Mas eu acredito que não dar informações sobre ele seja, talvez, proposital. Pois naqueles tempos, vivenda como escravos sendo vendidos de mão a mão, ou fugindo e vivendo escondidos, a falta de informações era a regra, não a exceção. E não ter informações te faz sentir como a protagonista se sente.
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