Babel (eBook)

Babel (eBook) R.F. Kuang
R.F. Kuang




Resenhas - Babel


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1000ton 31/03/2024

Tenho nem palavras, mas tenho muito a dizer!
[Esqueci de postar antes rs]
Acompanhar a história deles todos foi incrível, ver que o desfecho trágico porém bem realista doeu muito, são sentimentos conflitantes mas definitivamente uma obra-prima.
Gostei que o livro realmente confirmou: A Etnia/Raça SEMPRE vem antes do gênero, e os personagens confirmaram isso, para o bem e para o mal.
Kuang foi brilhante nesse aqui, mal posso esperar para ler tudo dela!!!!!
Ele teve seus problemas sim, em uma questão narrativa para meu gosto pessoal, mas não foi suficiente para tirar nenhuma estrela da minha experiência da leitura, eu devorei bastante o livro, personagens e o universo.

[Spoiler]
Infelizmente não teve espaço no livro para isso, mas com toda certeza Ramy e Robin deveriam ter se pegado gostoso! Um absurdo eles não terem aproveitado a oportunidade nos primeiros anos!!! E fiquei muito triste com o declínio do Robin, ele coringou gostoso no terço final do livro. Victorie você SEMPRE será famosa!!! Diva que sempre apoiarei! Agora, Lettie sua 🤬 #$%!& (perdão por não ser muito feminista) tomara que morraaaaa(tomara mesmo).
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GG 30/03/2024

Robin Swift, um órgão chinês do Cantão, foi salvo da pobreza e da morte por um professor misterioso que parecia saber muito sobre ele. A ele foi dada uma oportunidade irrecusável e única de estudar no renomado centro de tradução de Oxford. O mesmo aconteceu com seus amigos Ramy, Victorie e Letty. Esse era o sonho.

Os livros de dark academia, muitas vezes, têm um ritmo próprio. Aqui não temos muita ação por Bonaparte do livro, mas embates éticos, noções do que é certo e errado, exploração de temas como o imperialismo inglês, a relação colonizador x colonizado, a visão do homem branco sobre os que dele diferem e o poder que o conhecimento tem na luta pela liberdade.

Kuang teceu uma fantasia que usa a guerra do ópio e a revolução industrial como panos de fundo para apresentar como o colonizador percebe o colonizado (como uma coisa, um animal, uma propriedade) ao mesmo tempo que traça um paralelo da importância do conhecimento, da linguagem para manutenção da estrutura colonial.

Partindo da ideia de que aqueles que detêm o conhecimento da linguagem, consequentemente do saber, têm poder para ditar o que é verdade, a autora deixou bem claro como a dominação de um povo "mais culto" se dá sobre um "mais primitivo". Vai além do uso de armas e tecnologia, o poder simbólico (e aí, Bourdieu, te desenterrei) de dominar a linguagem que selou o destino de povos. Devo admitir que lembrei muito de 1984, de George Orwell, e a Novilíngua do Partido do Grande Irmão.

Quando estrangeiros como Rob, Victorie e Remy são tirados de suas nações e são inseridos num país que vê neles ferramentas de dominação e, embora reconheçam sua utilidade, não os aceita como parte do seu próprio povo, no caso, como ingleses, as consequências podem ser inimagináveis. A dúvida foi lançada: é possível acabar com um sistema opressor pacificamente ou devemos combater violência com uma violência maior ainda?

Eles mostraram pra gente que a liberdade não é uma escolha meramente individual, mas uma conjunção de fatores que os levam a lutar pelo que é certo, em prol daqueles que eles não conhecem, mas precisam da sua ajuda mesmo assim.

Leitura muito boa, extremamente rica e cheia de informações e discussões de ideiasinteligentes, Kuang garantiu que eu vá atrás de mais coisas dela.
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Maisa 30/03/2024

Interessante
Eu amei toda a parte de etimologia que o livro traz, amei as frases marcantes e como é o uso da magia (inclusive, amei o fato de ter sido explicado tão bem como funciona e, ao mesmo tempo, como é algo difícil de ser usado).
Achei que o livro traz muitas informações, o que deixava ele um pouco cansativo as vezes, por essa razão não foi 5 estrelas.
A parte política, que eu achei que não iria gostar, eu acabei gostando! E a parte histórica que eu achei que eu gostaria, eu não gostei muito kkkkkkk
Mas é muito legal um livro trazer idioma como forma de magia e domínio? ideia incrível e bem executada!
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solandbooks 28/03/2024

Mais um acerto de RF Kuang
?A violência é a única linguagem que eles entendem porque seu sistema de extração é inerentemente violento. A violência choca o sistema. E o sistema não consegue sobreviver ao choque. Você não tem ideia do que é capaz?

R.F Kuang sempre encontra uma maneira muito criativa de descrever os horrores do colonialismo e da exploração que a boa parte dos países das Américas, África e Ásia sofreram. Acompanhar Ramy, Robin, Victoria e Letty é um misto de emoções e de reflexões sobre identidade, poder e exploração.

?E talvez tudo isso tivesse de fato mortalmente comprometido? mas era tão errado assim querer sobreviver??

Além disso ela traz a importância da língua e da tradução em todo esse processo - algo que eu pessoalmente nunca tinha parado para pensar.

O livro não é cheio de ação, ele é um livro lento e cheio de notas de rodapé que são extremamente importantes pra a construção da história. É um livro que vale muito a pena ler se debruçando sobre tudo que a autora quis passar.
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Titi 28/03/2024

Abandonei em 70%, tava chato, nao me conectei c os personagens, tudo parecia fútil, motivações e plots sem força alguma. Infelizmente n colou p mim ??
Hildo Frota 29/03/2024minha estante
Tive as mesmas impressões ???




Vi | @dulcevibooks 27/03/2024

Impactada
Primeiramente, esse não é a vibe de livro que eu normalmente leio, mas gostei muito.

Esse livro é mais uma ficção histórica do que fantasia. Nós temos uma história em que línguas e a tradução são a base de tudo, mas vemos muitos pontos que a autora critica como colonialismo, racismo, machismo, economia, política e alguns outros.


Acompanhar esses personagens por essa aventura foi muito legal, amei a escrita da Kuang e o universo que ela desenvolveu!

Algumas escolhas dos personagens me irritaram (mas quando não né KKKKKKKK), mesmo assim aproveitei a leitura.
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Nandsland 25/03/2024

Eu me envolvi muito com a escrita da R. F. Kuang com a trilogia da Guerra da Papoula, ela, ao meu ver, se mostrou uma autora que consegue trazer reflexões de problemas reais e atuais em fantasias com uma bagagem teórica muito grande. Vejo sempre um tom crítico em tudo que ela escreve então eu nem pensei duas vezes em ler seu novo livro. Não sabia muito sobre o que era e nem procurei saber, a única coisa sabia é que seria algo meio dark academia.
De maneira meio contraditória, acho que todo mundo deveria ler este livro, mas não acho que esse livro é para todo mundo. Não existe aqui um apelo romântico, por exemplo. Na verdade, acho que para além de nos fazer refletir sobre xenofobia e eurocentrismo, nos faz pensar muito sobre a normalização da violência implícita que existe em algumas relações humanas. E o implícito nem é necessariamente ligado ao oculto, mas que acontece com tanta frequência, de maneira tão rotineira, que é muito comum relegar ao nada. Então, em minha opinião, é um livro que toca onde dói. É difícil não pensar em relações parentais, em que pessoas fazem tanto por nós, assim como em relações de amizade, com aquela pessoa com quem vivemos tanto, mas que mesmo que até certo ponha reconheça seu privilégio, se mostra incapaz de enxergar a ausência dos privilégios das pessoas ao seu redor, e consequentemente, o nosso.
Aqui acompanhamos vários anos de vida de um jovem que vai adotar o nome de Robin Swifit. O livro começa em Cantão, na China, com o futuro jovem Robin enquanto criança acompanhado do corpo da sua mãe morta, em decorrência de alguma doença epidêmica do momento, da qual, o futuro Robin já começa a apresentar sintomas. É assim que ele é resgatado por um homem branco que o cura da doença e oferece a se tornar tutor dele, nesse cenário Robin teria casa, comida e a oportunidade de estudar, sendo este último o único preço que o homem cobra para levá-lo consigo.
Robin que entende inglês é levado para Inglaterra tutelado por esse homem onde é criado e educado até ter idade para se candidatar a uma bolsa em Oxford, uma oportunidade de muito prestígio, a qual ele consegue. Então ele se muda para a universidade onde conhece outros dois estudantes imigrantes e seu grupo de amigos por todo o livro, uma mulher negra, uma outra jovem mulher branca e um rapaz marrom. Todos os quatro então começam a ter experiências bem diferentes dentro da universidade e Robin principalmente é confrontado com a ideia de que mesmo que saiba inglês fluente, more no país desde criança, consiga se passar por um jovem branco e se sinta inglês de maneira geral, não é assim que os próprios ingleses o veem.
E é assim que acompanhamos Robin ir crescendo, estudando e se dando conta de um outro lado da sua vida que ele sempre sentiu, mas que ele nunca conseguiu elaborar e questionar algumas das suas relações com algumas pessoas e a sua realidade. E descobrir até que ponto ele consegue relevar algumas situações que lhe acontecem e que acontecem com as pessoas ao seu redor. Qual o limite de desconforto que é necessário aguentar até que se torne tão insuportável que não temos escolha a não ser fazer algo sobre isso?
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Jojo 25/03/2024

"Tradução; Translate"
Pensei por muitos dias oque dizer sobre Babel. É um livro devagar, muito grande, meio parado, obviamente. Mas como explicar que esse livro me tocou de uma maneira que eu não esperava? Que evocasse tantas emoções?

Babel é uma ode de amor à literatura, à tradição e à tradução. Mas também é uma carta de ódio para os exploradores, para aqueles que nos julgam todos os dias apenas por querermos nos incluir em uma sociedade que nos forçaram a viver, para aqueles que nos olham com desprezo quando passamos nas ruas apenas porque não enxergam aquilo que há por dentro. Para essas pessoas a cor da pele é a única coisa que importa, e, dependendo de qual é ela, vai moldar quem é você (sendo isso bom ou ruim).

Abordou tantos gatilhos meus pensar e ler esse livro. Ele tem um significado muito mais profundo para pessoas que passaram situações parecidas com as das personagens. É um livro melancólico, mágico, bonito, odioso e que me deixou vazio. Os personagens são tão complexos e temo que nunca vou conseguir entender as razões de todos eles. Não quero me aprofundar na questão dos personagens porque não cabe a mim dizer oque eles fizeram ou oque deixaram de fazer. Só quero dizer que é um livro maravilhoso e que a R.F Kuang está sempre certa quando pega um papel e caneta.

Minhas memórias a Ramy, Robin, Griffin e Victoire.
why.sad.give.up 03/04/2024minha estante
Você disse tudo e um pouco mais. Terminei ele há alguns dias e só consegui resenhar hoje. É forte.




Nathiê 24/03/2024

Vem apanhar também!
Que livro maduro, abrangente, rico e poderoso!

Se você está lendo essa resenha sem precisar de tradutor e se sentiu ofendido pela autora? Leia de novo. E de novo. Ahhh colonizado, como você não percebe?

Kuang atinge seu ápice (até então) com um tapa na cara a cada pagina. Meu livro terminou grifado, rabiscado, e comentado.

A ambientação também é maravilhosa. Pra quem gosta de palavras, de estudo das linguas, o mundo desse livro é um presente.

5 estrelas, favoritado.

?Mesmo depois de explicar a ela nosso sofrimento, quem ainda precisou ser consolada, foi ela?
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oiamandah 22/03/2024

...a revolução é, na verdade, sempre inimaginável.
Se você decidiu ler esse livro em busca de uma fantasia fantasiada, sinto mt, não vai rolar.
Em Babel desbravaremos os caminhos com Robin e seus amigos no Instituto de Tradução de Oxford e descobriremos de quantas e quais camadas todo esse conhecimento é construído.

Nessa história R F Kuang não quis nos entreter, somente. Ela calmamente (ou não kkk) deixou nitida  a crítica ao colonialismo, guerra do ópio, exploração e todo o elitismo europeu. Acompanharemos tbm o amadurecimento dos personagens e pouco a pouco, o luto em reconhecer seu proprio esvaziamento e objetificacao que o sistema causou.

Aqui vemos como nem sempre a negociação e acordos intelectuais resolvem... por vezes é necessário a violência como meio de traduzir o cansaço, a opressão e a revolta das minorias. É através da violência que o sistema pode ser chocado e quem sabe, modificado.

É um livro foda foda e foda. Tem um ritmo lento, muitas descrições e traduções durante as aulas de Robin, apesar disso, pra mim foi tudo muito maravilhoso.

Amei acompanhá-los nas descobertas e mudanças de ponto de vista. De vê-los amadurecer e reconhecer seu papel social enquanto possíveis agentes de mudança. Não dá pra te fazer entender a grandiosidade desse livro, é necessario ler e sentir.

A magia está entre o que se perde nas palavras traduzidas...mas tbm acredito que está inclusive no que não se permite perder.

Leiam, apreciem com calma, sintam o poder dessa autora hehehe eu tô apaixonadissima!
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leaoliterario 22/03/2024

?O poder não estava na ponta de uma pena. O poder não trabalhava contra os próprios interesses. O poder só podia ser subjugado por meio de atos de desobediência impossíveis de serem ignorados. Com força bruta e implacável. Com violência.?
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Tati.Frogel 19/03/2024

Um épico! Simplesmente monumental! Apesar de se passar entre 1820 - 1840 mais ou menos a atualidade dele chega a chocar! Sensacional
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Anna 19/03/2024

Devastador
O inicio é bem lento, na vdd até mais da metade é mais um dark academia do que fantasia em si. Não digo isso como algo ruim, foi uma delicia acompanhar a vida dos quatros protagonistas nesses primeiros anos dourados. Só quando a primeira peça é quebrada, meu deus a ação é descontrolada. É angustiante ver tudo desmoronando, o caos, as mortes, o sofrimento. E tudo cumina no final que mais apertou meu coração de todos os livros que li da R.F.Kuang.
É compreensivel tudo que acontece, o que vemos nas ultimas paginas já estava la na nossa frente a muito tempo. Mas nada disso nos prepara pras lembranças, as ultimas lembranças... E o epilogo é para dar as ultimas marteladas no caixão da historia, um adeus tão doloroso aos personagens q é impossivel n ficar o desejo de saber mais sobre as consequencias e os proximos passos de quem ficou.
N sei se vai ter sequencia, mas não existe nenhum genero que n me faça ter vontade de ler o que essa mulher escreve.
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