Babel

Babel R.F. Kuang
R.F. Kuang




Resenhas - Babel


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Beatriz177 07/04/2024

Poucas coisas no mundo podem provocar em mim uma onda tão forte de interesse quanto a linguística, que foi o tópico que primeiro me atraiu para a narrativa de Babel, e o envolvimento que me gerou a forma dos personagens nele descobrirem, conectarem-se, reconhecerem e se envolverem uns com os outros primeiramente através da língua, dos conflitos originários e da etimologia me fez sonhar todas as noites desde que comecei a ler. adorei tudo nas discussões de tradução, de radicais e uso objetivo da distorção de linguagem. Babel foi o epíteto da ficção pra mim; adorei a construção da história, acompanhar a realidade dos personagens e ler de novo como a política e a sobrevivência existem na variação mais básica ou na apropriação mais simples das palavras. simplesmente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! indescritível, inesquecível e, até por pontos específicos, avassalador pra mim.

não foram surpresas avassaladoras, mas foi um incurso de sentimentos gigantesco pra mim, gradações de emoção que só podem existir quando se associa palavra e pessoa e chega perto de quando o Cachorrinho, em Sobre a Terra Somos Belos Por Um Instante, disse "não tanto um sentimento quanto uma palavra encostada em você". de fato, as coisas teriam sido tão outras se o discurso não fosse sempre uma tradução trêmula e incerta de uma realidade explosiva e efêmera demais dentro de nós para que possamos agarrar no momento exato e transmitir fielmente.
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Aline Araujo 07/04/2024

Inteligentíssimo
O livro é de extrema inteligência, muito bem embasado e explicado. Fico imaginando a quantidade de pesquisa necessária até a publicação.

Eu fiquei encantada com as partes mais densas do livro, que explicavam exaustivamente a etimologia e equivalências. Gostei muito de como o conflito político e a magia foi explorada. AMEI a construção do instituto de traduções e sua importância.

O final foi um tanto cansativo, mas faz sentido acabar do jeito que acabou - dando-se a entender que Babel se perdeu e por isso não existe nos dias atuais.
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Andréa Marcela 06/04/2024

Uma história diferente e muito legal, todavia a leitura fica um pouco cansativa devido a tantos detalhes que são explicados o tempo todo... mas na minha opinião o final deixou a desejar
FremenJeff 10/04/2024minha estante
O final é muito entusiasta e sem noção kkkk a autora passa centenas e mais centenas de páginas desenvolvendo uma ameaça de nível internacional esmagadora e opressora para no final resumir com um: Ah vamos derrubar X coisas e assim acaba o domínio do mercado da Grã-Bretanha


Andréa Marcela 11/04/2024minha estante
exato...




milenavifer 06/04/2024

Sensacional
Esse livro é muito bem escrito! Ele não é difícil mas é bem denso de se ler. Dica: Não pule as notas de rodapé!
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Luan 05/04/2024

Sempre bom dar uma segunda chance
No geral, gostei bastante. Me surpreendeu positivamente. Eu vinha da leitura de A guerra da papoula, que não tinha gostado, e tentei dar mais uma chance. Aqui, a experiência foi bem diferente. No entanto, ainda me deparei com alguns problemas, muito pequenos perto da qualidade do livro. Achei que a autora usou muitos clichês e artimanhas já batidas em alguns momentos. Também teve algumas conveniências de roteiro um pouco óbvias. Por último, apesar de haver muitos elementos que identifiquem ser uma história de época e uma obra de fantasia, acho que na hora de ambientar sem ser nas descrições, não deu uma sensação de ser um livro que se passou em 1840. Se não soubesse disso, poderia ter sido em qualquer época. Mas no geral, gostei bastante e já é um dos melhores deste ano sem duvida. Muita gente fala que ele é lento e tem poucos acontecimentos. Posso concordar em partes, mas não achei uma leitura arrastada. Eu li rapidinho pois não é um livro difícil e tem uma leitura fluida. Os primeiros 50% são de construção e acontece quase nada, mas não me incomodou pois fiquei entretido na história. Depois disso, é tiro, porrada e bomba. Tem muita coisa acontecendo em pouco tempo. Talvez ela poderia ter separado um pouco diferente as partes. Mas, de toda forma, super recomendo, e acreditem, tem mais qualidade do que defeitos.
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Gisllany 05/04/2024

Demorei um pouco pra ler porque tava com receio de ser chato e a sinopse não tinha me interessado muito
Mas é com muita alegria que falo que estava completamente errada
A r.f Kuang é tão boa escritora que faz algo que não te interessa ficar bastante interessante, ao decorrer do livro da pra perceber como ela pôs suas dores e a vida nele
Terminei esse livro completamente apaixonada pela forma dela escrever, de agora em diante lerei qualquer coisa que ela publicar
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Bia 05/04/2024

Babel
Livro muito lento que só melhora depois dos 60%. Li com uma expectativa altíssima de tão bem falado que é o livro e achei que teria mais fantasia, porém não tem nada demais. Decepcionada.
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Fernanda.Ogura 04/04/2024

Vale cada segundo
Que livro riquíssimo!
Imagine uma fonte de poder que depende da língua. Não a língua falada,comum e rotineira.mas sim, a sua origem. A magia só acontece quando se é levado em conta o real significado das palavras. Não existe tradução ao pé da letra.
Que incrivel foi pra mim essa questão da fonte da magia ser os idiomas e suas origens. Sim, algumas vezes tive que voltar e ler novamente,pois não havia entendido alguma coisa ou queria ter certeza. Mas achei maravilhoso!
Achei de uma genealidade surpreendente. Entrei dentro da vida do protagonista e fiquei em dúvidas se ele deveria lutar pelo que é certo e justo ou aceitar e viver em paz. Só leiam, vale cada página virada, cada segundo...
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Junior 04/04/2024

Isso é um 10 estrelas, apoteótico
O livro é lento em sua maior parte, sim, mas te pega pela prosa, pelos personagens, e vai num crescente, construindo um clímax tão absurdo que quando a gente termina está sem fôlego. Incrivelmente original e arrebatador.
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why.sad.give.up 03/04/2024

Eles não vão entender.
E você sabe de quem eu estou falando, né? Se você leu o que eu li, você sabe.

Eles não vão entender o que é se sentir fora de órbita quando alguém te reduz a um sotaque.

Eles não vão entender quando alguém fala com você como se fosse criança só porque não veio do mesmo lugar que eles.

Eles não vão entender quando a sua personalidade e inteligência já são definidas a partir do momento que você fala oxente, por exemplo.

Brasileiro, pobre, nordestino, negro...

" ? É sua filha? Ela nasceu tão escurinha, não foi? Bem diferente de tu. "

" ? Você é a babá dela?
? Sou a mãe. "

O que autora aqui foi muito mais que traduzir palavras. Aqui, ela traduziu vivências e sentimentos. Marcadas não apenas numa barra de prata mas na memória e na pele de quem um dia já sustentou o berço da "civilização" e "modernidade" nas costas.

Tudo que fomos roubados de ter e ser. Tudo que era nosso e foi nos tirado a ferro, fogo e madeira...

Eu não sou de revisar livros com base em estatística, eu sou muito mais de emoção. E a emoção de empatia que a autora colocou aqui é muito mais forte que a estilística - que venhamos e convenhamos, é intocável - é empatia de quem sabe, de quem entende.

E eles não. Eles nunca vão entender.
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Jordana Borges 02/04/2024

Foi meu primeiro contato com a R F Kuang e já quero ler mais coisas dela.

Que leitura impecável, imersiva, contagiante. O livro é lento, descritivo, as reviravoltas vão acontecendo mais pro final mas isso não tira o fato do livro nos prender logo no início. Os temas sociais abordados com tanta clareza, críticas ao racismo, colonialismo, imperialismo, xenofobia, além de tudo é um livro com muito peso e críticas sociais importantíssimas.
Me apeguei aos personagens, senti empatia por quase todos. Ela nos faz entender o porque de cada um. O desenrolar do livro inteiro me agradou, tanto quanto o final, estou extasiada com a leitura, foi incrível. Aquela sensação boa de quando acabamos um livro perfeito?

?A violência é a única linguagem que eles entendem, porque seu sistema de extração é inerentemente violento. A violência choca o sistema. E o sistema não consegue sobreviver ao choque. Você não tem ideia do que é capaz.?
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Carolina1220 01/04/2024

"Seja egoísta. Seja corajosa." ?????
Simplesmente um dos livros mais incríveis que eu já tive o prazer de ler. É impressionante como a R.F. Kuang conseguiu transformar uma história tecnicamente longa e meio parada em algo tão absurdamente viciante de ler.

A narrativa de Babel é incrível, ela te cativa não só pela história do nosso personagem principal, Robin Swift, mas também por cada tema importante inserido dela. Ela te cativa pelo enredo mas também te cativa pelo conteúdo de história e linguagem tão bem construídos e encaixados em cada nuance do desenvolvimento do livro. Conforme você lê você vai ficando obcecado para descobrir o próximo acontecimento, mas também fica obcecado para descobrir mais sobre a linguagem. A cada palavra que é esmiuçada desde suas origens você quer descobrir mais e mais sobre elas, sobre os significados e o que elas podem fazer.

É um livro com um tipo de sistema de magia curioso e misterioso, mas que se encaixa perfeitamente bem com tudo que é proposto. A prata nesse livro e seu potencial mágico, representa muito mais do que um tipo de magia na tradução, ela tem o peso de representar várias nuances, criar várias ramificações para assuntos diversos e super importantes como colonialismo, racismo, economia e indústria.

É um dark academia, onde encontramos a vida de universitários, sendo 3 dos 4 principais estrangeiros trazidos ali para estudar e usar o poder de seus dialetos originais para expandir os estudos da prata, e com isso, a partir de seu trabalho na universidade de Oxford, aumentar o poder da Grã-Bretanha sobre outros países.

Tudo nessa história se encaixa perfeitamente. Ela é uma história que segue seu próprio ritmo que as vezes pode ser um tanto lento mas é o ritmo que as coisas tem que ser pra serem perfeitas, essa autora realmente não dá ponto sem nó, porque tudo foi muito bem costurado para criar essa leitura INCRÍVEL que eu acredito fielmente que todo mundo dentro da idade indicativa deve dar pelo menos uma chance a Babel.

É uma história cheia de tapas na cara, te deixa meio paranóico quando você consegue perceber algumas coisas, principalmente quando você nota que tiveram que esfregar aquilo na sua cara pra você entender o quanto aquilo acontece na vida real, um baque.

Como a maior parte da narrativa é no ponto de vista do Robin mesmo narrado em terceira pessoa a gente conhece muito mais a história dele do que dos outros, a gente conhece mais da mente dele do que dos outros e é meio sinistro as vezes quando a gente chega a perceber o quanto a gente entende completamente as decisões dele. E o final que a autora deu a esse personagem, apesar de tudo, é o final ideal pra ele, é o final que ele vem buscando desde as primeiras palavras do livro e mesmo que algumas pessoas tenham dificuldade de entender, de aceitar e de lidar com isso, era o final perfeito para Robin Swift, tudo o que ele precisava pra encontrar o que ele mais queria desde o começo. Ele é um personagem incrível, com uma história incrível e um final justo para consigo mesmo (te amo Robin).

A gente eescobre muito sobre outros personagens incríveis também, é muito fácil tomar os sentimentos do Robin em relação a vários deles, você cria um apego ou um despreso surreal por alguns deles, você começa a sentir desde o conforto até a dor, de um ponto a outro e isso são características de personagens muito bem construídos, o que eles realmente são. A narrativa de uma amizade forte criada pela necessidade e pela compreensão e todas as coisas que acontecem para transformala cada vez mais a cada passo da história. A narrativa sobre uma família que não era uma família, sobre um pai que não era pai, sobre irmãos que não sabiam ser irmãos. A história toda é muito bem feita, ela causa o impacto, o apego, o conforto e o desconforto, tudo! Conseguiu até mesmo me arrancar uma bela crise de choro, o que não é tão difícil mas também não é tão fácil assim kkkkk

Acho que é impossível realmente conseguir construir uma resenha verdadeiramente satisfatória sobre Babel, porque nunca vai ser o suficiente pra tudo o que essa história representa, mas dei o meu máximo aqui pra trazer pelo menos um pouco do impacto que essa leitura simplesmente perfeita trouxe pra mim. É ÓBVIO que eu recomendo ela com todas as minhas forças, Babel está oficialmente em um pedestal pra mim. Impossível (pra mim) não dar 5 estrelas e favoritar essa obra prima.

"O poder não estava na ponta de uma pena. O poder não trabalhava contra seus próprios interesses. O poder só podia ser subjugados por meio de atos de desobediência impossíveis de serem ignorados. Com força bruta e implacável. Com violência."
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1000ton 31/03/2024

Tenho nem palavras, mas tenho muito a dizer!
[Esqueci de postar antes rs]
Acompanhar a história deles todos foi incrível, ver que o desfecho trágico porém bem realista doeu muito, são sentimentos conflitantes mas definitivamente uma obra-prima.
Gostei que o livro realmente confirmou: A Etnia/Raça SEMPRE vem antes do gênero, e os personagens confirmaram isso, para o bem e para o mal.
Kuang foi brilhante nesse aqui, mal posso esperar para ler tudo dela!!!!!
Ele teve seus problemas sim, em uma questão narrativa para meu gosto pessoal, mas não foi suficiente para tirar nenhuma estrela da minha experiência da leitura, eu devorei bastante o livro, personagens e o universo.

[Spoiler]
Infelizmente não teve espaço no livro para isso, mas com toda certeza Ramy e Robin deveriam ter se pegado gostoso! Um absurdo eles não terem aproveitado a oportunidade nos primeiros anos!!! E fiquei muito triste com o declínio do Robin, ele coringou gostoso no terço final do livro. Victorie você SEMPRE será famosa!!! Diva que sempre apoiarei! Agora, Lettie sua 🤬 #$%!& (perdão por não ser muito feminista) tomara que morraaaaa(tomara mesmo).
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GG 30/03/2024

Robin Swift, um órgão chinês do Cantão, foi salvo da pobreza e da morte por um professor misterioso que parecia saber muito sobre ele. A ele foi dada uma oportunidade irrecusável e única de estudar no renomado centro de tradução de Oxford. O mesmo aconteceu com seus amigos Ramy, Victorie e Letty. Esse era o sonho.

Os livros de dark academia, muitas vezes, têm um ritmo próprio. Aqui não temos muita ação por Bonaparte do livro, mas embates éticos, noções do que é certo e errado, exploração de temas como o imperialismo inglês, a relação colonizador x colonizado, a visão do homem branco sobre os que dele diferem e o poder que o conhecimento tem na luta pela liberdade.

Kuang teceu uma fantasia que usa a guerra do ópio e a revolução industrial como panos de fundo para apresentar como o colonizador percebe o colonizado (como uma coisa, um animal, uma propriedade) ao mesmo tempo que traça um paralelo da importância do conhecimento, da linguagem para manutenção da estrutura colonial.

Partindo da ideia de que aqueles que detêm o conhecimento da linguagem, consequentemente do saber, têm poder para ditar o que é verdade, a autora deixou bem claro como a dominação de um povo "mais culto" se dá sobre um "mais primitivo". Vai além do uso de armas e tecnologia, o poder simbólico (e aí, Bourdieu, te desenterrei) de dominar a linguagem que selou o destino de povos. Devo admitir que lembrei muito de 1984, de George Orwell, e a Novilíngua do Partido do Grande Irmão.

Quando estrangeiros como Rob, Victorie e Remy são tirados de suas nações e são inseridos num país que vê neles ferramentas de dominação e, embora reconheçam sua utilidade, não os aceita como parte do seu próprio povo, no caso, como ingleses, as consequências podem ser inimagináveis. A dúvida foi lançada: é possível acabar com um sistema opressor pacificamente ou devemos combater violência com uma violência maior ainda?

Eles mostraram pra gente que a liberdade não é uma escolha meramente individual, mas uma conjunção de fatores que os levam a lutar pelo que é certo, em prol daqueles que eles não conhecem, mas precisam da sua ajuda mesmo assim.

Leitura muito boa, extremamente rica e cheia de informações e discussões de ideiasinteligentes, Kuang garantiu que eu vá atrás de mais coisas dela.
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