spoiler visualizarjosi. 18/05/2024
Merecemos o amor mesmo doentes
Faz um tempinho que não tenho o ânimo real de escrever uma resenha e nem sei fazer isso. Geralmente escrevo o que vem na cabeça, sobre que acabei de ler, eventualmente quando leio minhas resenhas, acabo me arrependendo de algumas coisas e provavelmente pode ser o que pode acontecer futuramente com esse livro, mas não importa, acho que descobri que o vale é o agora, isso é como quero levar o tempo, vivendo só o presente. Escrevo o que sinto agora e agora sinto que esse livro é explicável e inexplicável.
Eu tenho a certeza que a arte feita por pessoas doentes mentais são as melhores, saber que autora é bipolar fez com que eu amasse mais o livro do que já amei quando li a primeira página até a última frase. Sou uma pessoa diagnosticada com depressão e em várias vezes que ela tem uma crise depressiva e seu desespero por algo novo, me fez até mesmo lembrar de mim.
Quando estamos quebrados e conhecemos alguém, isso faz com quem em desespero tentarmos consertar, Regan queria ser uma versão melhor para Aldo, mas ainda assim estava quebrada, como ele também estava, só que não se importava em esconder isso.
Eles tinham vícios e obsessões diferentes, doenças diferentes, almas diferentes e mesmo assim mereciam o amor. Foi lindo acompanhar o desenvolvimento, acompanhar a loucura, a paixão, o amor, o desentendimento. Só fluiu e eu gostei como aconteceu.
Fiquei feliz pelo final, as coisas vão continuar as mesmas, mas sempre um pouco diferentes, porque não somos sempre hexágonos perfeitos, somos na maioria das vezes círculos feitos por uma pessoa destra com a mão esquerda.
Seria clichê dizer que o amor resolve tudo ou que o amor resolveu aqui, não creio que teve uma resolução, isso não fez Regan se curar ou o Aldo, mas o amor fez com que ambos suportassem a dor juntos.
Belo, tocante e complexo.
Blake me surpreendeu.