Resenhas - O vento sabe meu nome

Ana 08/06/2024

Às vezes não nos damos conta de como as tragédias se repetem de diferentes maneiras, mas que de algum jeito contam uma história que a gente já conhece. Este livro fala sobre diferentes personagens que de alguma forma passaram por tragédias pessoais e coletivas e suas vivências se esbarram. Me apaixonei pela Anita. Isabel sabe misturar o mágico e o realismo excruciante de forma magistral.

ealveselis 01/06/2024

O sopro de Nadine
Allende e sua avidez em relatar fatos históricos em narrativas repletas de detalhes e sentimentos.
No começo fui pega de surpresa não imaginava ler tanta tristeza, meu coração ficou apertado.

Conforme a trama vai desenrolando somos apresentados a personagens bondosos e um tanto ativistas e isso vai trazendo a sensação de esperança em meio a tanta desgraça.

As histórias se conectam como um sopro de um vento, o sopro que sabe quem é quem,
unindo destinos que se pertecem.?

Brulibooks 31/05/2024

Migração forçada, feridas profundas
"Empatia é uma coisa misteriosa, não obedece a nenhuma regra conhecida, ou ocorre espontaneamente ou não ocorre em absoluto, é impossível forçar."

Esse é o segundo livro que leio da Allende. Uma das características que gosto de sua escrita é a abordagem e contextualização histórica dos romances. Para aqueles interessados em compreender melhor o momento e fatos marcantes, realmente sua narrativa colabora para pesquisar sobre.

O livro conta a história de Samuel e Anita em épocas diferentes. No entanto, o motivo de tornarem-se imigrantes/refugiados é similar. Embora tenha somente 224 páginas, o vento sabe meu nome foi um livro que demorei para terminar. Um dos motivos foi esse que citei anteriormente, de buscar informações sobre os lugares e fatos históricos descritos. O outro foi pela sensação frequente de estar "perdida" com muitos personagens sendo apresentados a cada capítulo. Por um lado isso pode ser bom, porque te prende à leitura. Em alguns momentos isso funcionou, em outros nem tanto.

Cada capítulo recebe o nome de um personagem, alternando, algumas vezes entre passado e futuro. Você começa o livro sabendo que em algum momento as histórias dos personagens se entrelaçam, mas já adianto que demora um pouco.
Os temas explorados são muito pertinentes e atuais, principalmente em relação à imigração e como a guerra e outros conflitos armados levaram à destruição de lugares, famílias e pessoas.

Gostei muito da escrita da Allende e de todos os dados históricos descritos. Deixo aqui alguns deles:
- Noite dos cristais
- Holocausto
- Massacre de El Mozote

Em o vento sabe meu nome, podemos perceber como a guerra modifica e destroi não só o que é aparente, no sentido de destruição física, mas principalmente o interior de pessoas forçadas a buscar refúgio e um novo lar. Ou como descrito na sinopse: "uma história sobre as feridas profundas que a migração forçada produz e as pessoas que lutam para curá-las."
Gatilhos: guerra, violência física, abuso, violência de gênero

zztao 31/05/2024

,-,
Primeiro contato que tive com a Isabel Allende e foi mágico! Ela costurou muito bem as histórias dos personagens desde antes da Segunda Guerra Mundial até os dias atuais.

Uma criança frágil que seu pai está sumido e sua mãe amedrontada parte em direção a Inglaterra apenas com um violino ao passar os anos ele não perde a sua essência caridosa.

Fico pensando sobre a família do Adler, o neto virou uma pessoa com princípios fascistas e isso foi de partir o coração. Esse neto teve os bisavós mortos pelo holocausto, o avô brutalmente separado da sociedade austríaca judaica, mas o neto prefere entrar num lado obscuro da política.

Um mistério criado sobre a vida de uma criança latina e muito bem resolvido.

A senhora teve a família exterminada em uma comunidade rural que nenhum acontecimento ficou para contar história e os que restaram porque não estavam no dia tiveram que sair do país, dialoga com muitas realidades do nosso continente. Assim como anos depois a família da criança latina que teve também a família exterminada.

Mari :) 21/05/2024

Esse pega na ferida... :,)
Este livro eu comecei a ler um pouco a contragosto, minha amiga queria ler um livro junto comigo e ela acabou escolhendo este. No começo eu achei que não gostaria por conta do tema ser um pouco pesado e tal, mas no fim eu adorei.
Realmente o tema é bem pesado, fala sobre imigração, abandono, guerra e muitos outros temas delicados. Eu fiquei tão triste com a história do Samuel e da Marisol. Ambos estavam em situação de pressão em seus países Samuel por conta da 2ª guerra mundial e Marissol Por conta de um homem que no final era um "feminicída". E quando Marissol foi pedir por socorro e asilo em outro país, foi extraditada.
Um enredo regado a tragédias, mas você sempre quer saber mais e mais mesmo que já esteja no fundo do poço.
Um livro que eu não esperava nada, e entregou tudo. Gostei muito. Já quero ler outros da escritora.

Solange.Pereira 20/05/2024

Um pouco corrido
É um livro curto, que conta a história de várias pessoas, oque deixa a leitura um pouco corrida e não dá pra aprofundar tantos nos personagens.

tati_viannaa 20/05/2024

"Empatia é uma coisa misteriosa, não obedece a nenhuma regra conhecida, ou ocorre espontaneamente ou não ocorre em absoluto, é impossível forçar."

Robson68 19/05/2024

Forte temática
Notei que Isabel Allende, nesse livro, muda muito sua forma de escrever e sua forma de narrar. Entretanto, ela continua sendo muito cuidadosa nas abordagens que faz e na forma como entrega a história para o leitor. Eu acho que esse livro faz a gente refletir sobre inúmeras situações como feminicídio, violência de gênero e a questão das pessoas ilegais nos Estados Unidos. Embora triste, é um livro bastante envolvente e que nos faz devorá-lo na ânsia de que saber como as histórias se entrelaçam e terminam.

Maíra 19/05/2024

Isabel Allende é uma das minhas escritoras favoritas. Ela marca suas histórias em acontecimentos históricos. Um paralelo entre duas crianças em contextos históricos distintos que foram separadas dos pais.

Josy Lops 18/05/2024

Muito bom, super recomendo a leitura e confesso q queria mais páginas pra ver mais sobre a vida desses personagens! Amo como a Isabel vai contando a história e vc vai se prendendo e todos os pontos vão se conectando! Quero ler tudo q essa mulher já escreveu kkkk

Carla 16/05/2024

Emocionante
Eu adoro a autora e sempre acho incrível o modo como ela consegue unir as histórias. Partindo da ascensão do nazismo até a pandemia de covid 19, passando pela luta pelos direitos civis nos EUA e ditaduras da América Latina e novas políticas para a imigração nos Estados Unidos, o livro conta as histórias de mulheres fortes e resilientes, que precisaram abandonar suas famílias e tomar decisões difíceis em busca de uma vida um pouco melhor para seus filhos.
O livro alterna entre a história de Samuel, que inicia na chamada 'Noite dos Cristais', que aconteceu em Viena em 1938, um menino de 6 anos que parte sozinho num trem para crianças refugiadas da Alemanha nazista e a história de Anita, uma menina, salvadorenha, separada da mãe por cruzarem a fronteira dos EUA o ilegalmente.
As histórias vão se alternando e no final se encontram, pois Samuel acabou vindo morar nos Estados Unidos, onde conheceu sua esposa Nadine, e viveu até o final dos seus dias. Nadine, por sua vez, foi uma das fundadoras do projeto Magnolia, que buscava ajudar os imigrantes ilegais, no qual Selena trabalha e consegue a ajuda do Frank , juntos eles tentam encontrar a família da Anita e descobrem que a Letícia, que trabalha como governanta do Samuel, é prima do pai da menina .
Uma leitura emocionante e necessária.

Ana 11/05/2024

Um livro sobre migração forçada, perdas e traumas
Mais um bom livro de Isabel Allende. Como tantos escritos da autora chilena, flui com a maior facilidade e rapidez, embora lidando com temas duríssimos, como nazismo, órgãos, migrações e refúgios.

O livro aborda as vidas de Samuel, Letícia, Selena e Anita. Vidas tão distintas, mas que têm em comum o sofrimento, perdas, atos de bravura e a migração forçada.

Não é o melhor livro de Allende, mas é muito bom. Recomendo

Thaís Furlan 10/05/2024

O vento não sabe o nome de ninguém rs
O livro alterna entre a história de Samuel, um menino de 6 anos que parte sozinho num trem para crianças refugiadas da Alemanha nazista e a história de Anita, separada da mãe por cruzarem a fronteira dos EUA o ilegalmente.

Os capítulos de Anita são bem chatos, com narrativas infantilizadas e foram muito cansativos pra ler.
Passei o livro todo esperando que houvesse uma conexão entre as duas histórias, que elas fossem se cruzar em algum momento, mas a única conexão entre elas foi que os 2 usaram um trem como meio de transporte (rs) e uma tia distante.

Sinceramente, não consegui enxergar toda essa maravilha no livro. Foi uma leitura bem sofrida e que nem surpreende no final, só acaba.

nay.gba 06/05/2024

Sei onde você está e você sabe onde eu estou
Criei um desafio em 2024 para ler mais Allende, mas só agora consegui parar e escolher algum da lista.
Resolvi começar pelo último lançamento e foi maravilhoso, O vento sabe o meu nome é profundamente necessário.

Não lembro se vi resenha quando lançou, mas eu não sabia muito o que esperar e fui surpreendida positivamente.
Gostei do toque de realismo mágico que é essa pegada espírita e ocultista. Em Violeta não teve tanto, mas pelo que eu já ouvi falar imagino que seja característica da autora.

De início, achei a temática dos refugiados inesperada, mas fluida e por isso segui lendo.
Dos capítulos, achei os da Anita os mais interessantes justamente pela a licença poética que uma criança tem ao narrar. Além disso, achei perfeita a forma como os personagens se conectam.

De forma geral, o enfoque ficou na opressão das mulheres e das mazelas sociais. Essas pessoas, são as primeiras a serem abandonadas e dificilmente salvas.

Geralmente, evito ler diários e narrativas de guerra e nazismo. Acho pesado ler tanta desgraça porque sou uma pessoa altamente sensível, mas aqui, o viés da migração sobressaiu e valeu a experiência da leitura.

Por fim, adoro como a escrita de mulheres latina toca nas problemáticas sociais tão realistas, atuais e oportunas.
Leitura Recomendada.

Karol.Vasco 06/05/2024

E preciso paciência pra atravessar a dor
Achei esse livro incrível, rápido, MUITO BEM ESCRITO, Allende é maravilhosa em tudo que escreve, esse livro é muito doloroso, trás muito o que se pensar , histórias lindas e com um sofrimento profundo.??