A visita cruel do tempo

A visita cruel do tempo Jennifer Egan




Resenhas - A visita cruel do tempo


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Blog MVL - Nina 10/02/2012

Minha Vida por um Livro | www.minhavidaporumlivro.com.br | Marina Moura

"Os dois recomeçaram a andar. Alex sentia uma dor nos olhos e na garganta.
- Não sei o que aconteceu comigo. – falou,balançando a cabeça. – Não sei mesmo.
Bennie virou os olhos na sua direção: um homem de meia-idade, cabelos grisalhos caóticos,olhar bondoso.
- Você cresceu, Alex. – disse ele. – Igual a todo mundo." -

A principio não há nada de inovador no enredo do livro. Jennifer Egan nos conta a história de pessoas comuns, que vivenciam distúrbios, conflitos, dramas comuns à vida real e cotidiana. Ledo engano pensar que esse detalhe transforma a narrativa em algo maçante e previsível. É justamente por seu apelo realista – o que pode ser mais real do que envelhecer? – que a autora conquista seu espaço logo nas primeiras páginas de seu romance.

Há um elemento extremamente decadente nas personagens e enredo de Jennifer Egan. Os variados cenários por onde a estória se desenrola adicionam uma grande dinâmica à narrativa e há uma ampla riqueza de detalhes nas discrições, tanto em relação aos eventos, quanto em relação às emoções vivenciadas pela gama de personagens apresentadas na trama. Suas vidas se interligam de formas variadas, orquestrando uma rede de acontecimentos e relações que espelham o universo e a verdade inexorável para a condição humana. Amadurecer. Envelhecer. Aprender ou caminhar para os mesmos erros. Durante a leitura, a autora constantemente cria uma ponte entre presente e passado, explorando de forma ácida as marcas que só a idade e o tempo podem trazer à vivencia da um indivíduo.

A narrativa de Egan possui garras invisíveis que agarram a atenção do leitor, manipula seus receios e toca no cerne de temas que possuem grande impacto nas pessoas. “A Visita Cruel do Tempo” é como uma lâmina afiada, cortando profundamente entre nossos pontos vulneráveis. É desconcertante, trágico, cômico, uma trama paradoxal que pode não agradar a massa popular justamente por exigir uma pouco mais de reflexão para o aproveitamento total da leitura. Não nego que o livro me deixou um gosto amargo na boca, pois como jovem, eu observo o universo com um olhar ganancioso, cheio de expectativa. E o livro não aborda as esperanças da juventude, e sim o que sobra após parte dos objetivos já terem sido conquistados ou perdidos.

Impactante. Uma obra realista, que cativa o leitor e permanece em sua mente muito tempo após a última página.
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Mah 23/03/2012

Livro bom!
Esperava mais sobre esta obra,enfim há muitos personagens e quando a gente acha que determinado personagem é o protagonista a autora muda tudo e sem pestanejar aborda a vida de todos,a cada capítulo!
Achei alguns capítulos chatos e entendiantes,principalmente aqueles que remetem ao jornalista Jules e suas atitudes!
Um livro bom apenas, e de um final morno mas,inesperado!
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akio 18/09/2012

Muito louco... e, por isso mesmo, ótimo.
Parte da crítica tem dito que esse livro tem mais experimentação de técnica narrativa do que conteúdo. Tenho que discordar. O fato de tratar do cotidiano, sem contar grandes histórias, é escolha temática, e não falta de conteúdo.

Se tem experimentação técnica? Bem, a julgar pelos malabarismos que os romances "pós-modernos" tem apresentado, não acho que o uso pontual de um PowerPoint ou a alternância entre primeira, segunda e terceira pessoas seja lá muito "experimental" hoje em dia, né mesmo? E ainda torna a leitura divertida!

A "loucura" contida no livro não está na narração, nem no conteúdo, mas sim na própria abordagem da passagem do tempo! Nós é que nos pegamos pensando, durante a leitura: "putz, o tempo é muito louco mesmo, olha quem eu era algumas décadas atrás...". E os saltos no tempo, com variações abruptas na forma de contar a história, só ajudam a intensificar esse efeito! Nisso, a autora foi genial: na forma de nos "cutucar" com esse assunto.

Agora, se é uma coletânea de contos relacionados, ou se é um romance, deixo essa discussão para os eruditos, pois não tenho tempo nem cacife para tal... =)
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Altamente Ácido 18/01/2013

Nunca concordei tanto com uma critica de capa de livro
Posso dizer que nunca concordei tanto com uma critica de capa de livro quanto a usada do Los Angeles Times que diz o seguinte: A visita cruel do tempo é “O melhor livro que você terá nas mãos” E verdade seja dita: o tempo pode até ser cruel as vezes, mas pode nos fazer muito bem também.


Resenha completa:
http://www.altamenteacido.com.br/livros_hq/livro-a-visita-cruel-do-tempo
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Karina599 29/06/2021

Forma e conteúdo
Toda a forma do livro traz o conceito que o título traz " A visita cruel do tempo".
No início, há a presença do brilho e decadência dos personagens por volta dos anos 80. Euforia, sexo, rock'n roll, juventude e tudo de vistoso que a acompanha.
Ao longo da história, somos apresentados a novos personagens que vão se conectando através de um pano de fundo musical, gravadoras, bandas, assessores.
Vamos percebendo a cada capítulo a visita desse infame que é o Tempo e como a vida dos personagens vão se degradando aos poucos.
O capítulo do diário dos slides e o último com seu vocabulário de "consoles", "banco de dados", "informação na velocidade da luz" são exemplos de como o livro toma a forma de futuro e os personagens que antes eram jovens, estão agora decrépitos vendo os jovens como eles eram antes: vistosos, dispostos, energéticos e com um brilho que os mais velhos já não tem mais.
O enredo finaliza com o contraponto da velhice e da juventude, terminando onde outrora tinha começado, iniciando novamente o ciclo do tempo: cruel e impiedoso.
Foi uma leitura muito envolvente, com grande profundidade emocional dos personagens. Narrativas diferentes para cada personagem traz uma empatia maior ou menor. Foi possível sentir o tempo passando e como as trajetórias se conectam e completam.
Recomendo bastante.
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Pandora 26/01/2013

Em alguns momentos "Short Cuts", de Robert Altman, noutros "Um Dia", de David Nicholls, uma colcha de retalhos humana: cada pedaço uma história, cada história se ramificando em outras. Quando jovem, você já se perguntou como seria sua vida no futuro? O que foi feito dos seus planos? Em quem você se transformou? "A visita cruel do tempo" é um livro melancólico e esperançoso ao mesmo tempo, uma leitura de reflexão, talvez melhor compreendida pelos mais velhos, mas essencial a todos.
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Francine.Rostin 31/05/2021

Um livro onde o protagonista é o tempo
Eu gostei bastante do livro, o fato de não estar em ordem cronológica deixou a leitura mais interessante.
Adorei que os capítulos vão ?puxando? personagens apresentados rapidamente no capítulo anterior, e explorando suas personalidades....sua humanidade.
Um livro bom, sem surpresas, mas muito bem escrito.
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Emmmel 12/03/2013

Tempo
Na verdade não é resenha, é resumo, mas enfim.
http://www.youtube.com/watch?v=mzqEAdzZSBM
Fiz esse vídeo porque meu professor comentou que a palavra é ambígua e a imagem, na maioria das vezes, carrega um significado bem desenvolvido e único - discordo um pouco desse ponto, mas achei interessantes traduzir da minha imaginação o que entendi do livro.
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Emi 03/12/2020

O tempo é nosso amigo?
Então, sobre o livro... Eu tenho de falar algo porque não sei se foi um livro que li em um momento errado da minha vida. Eu comecei a leitura assim que a pandemia começou e, no início, tava tudo muito bom, mas com o tempo a leitura ficou muito pesada. Talvez pelo próprio momento.
De qualquer forma, é uma leitura que te faz refletir sobre como o tempo passa, e passa rápido, e como pode ser traiçoeiro. Ou, seu amigo. Isso depende só de você? Só do tempo? Bem, acho que não.
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Ana Paula 13/07/2020

Confuso
Muitos personagens, muitas estórias, muitos capítulos longos... tudo bem que são ligados por um elo em comum, mas muuuuuito, muuuuuito confuso e cansativo pra mim.
Achei que ia ser um negócio filosófico falando sobre o tempo e a nossa vida que é um sopro, e pode até ter sido, mas eu não captei.
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luke - among the living. 26/06/2020

De A a Z (não necessariamente nessa ordem).
Ler esse livro foi uma experiência incrível, digo isso pelo caráter experimental da coisa toda.

Capítulos que trafegam entre as eras. De A a T, seguido por C ou P. Recortes aleatórios de vidas aleatórias ligadas por um elo de familiaridade.

Daria uma minissérie interessante feita pela HBO.

???
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Aione 12/02/2016

Inteligente. Essa seria uma boa palavra para se aplicar ao, no mínimo, singular A visita cruel do tempo, um livro tão difícil de se resumir quanto de se explicar – embora essa dificuldade não esteja presente em sua capacidade de conquistar e de causar admiração.

Na obra de Jennifer Egan vencedora do Pulitzer, não há um enredo propriamente dito, sequer linearidade de acontecimentos ou uma mesma perspectiva dos fatos. Ao contrário, é como se diversos contos fossem narrados, sob diversas óticas e sobre diferentes personagens, pouco a pouco interligadas entre si através de saltos anacrônicos não especificados, mas identificados por meio das pistas dadas em cada um dos capítulos. E, acima de tudo, há o tempo, grande protagonista da obra, conectando e unificando as temáticas abordadas.

Em determinado capítulo, uma personagem aparece em destaque, e várias outras são mencionadas em maior ou menor grau de importância; no capítulo seguinte, aquela figura antes surgida em uma breve citação reaparece, agora ganhando a cena. Dessa maneira, pouco a pouco é formada a teia que interliga personagens, fatos e datas, algo que tanto pode ser considerado um ponto baixo do livro, na opinião de alguns, quanto seu grande trunfo, na visão de seus apreciadores.

Em minha experiência, tive sim certa dificuldade, em alguns momentos, de acompanhar a leitura; contudo, ao mesmo tempo eu me via fascinada pela habilidade da autora em trazer tanto de cada personagem em meio a acontecimentos muitas vezes simples e quotidianos. A cada novo capítulo, há uma nova surpresa: que personagem será melhor apresentada; qual o momento na linha do tempo em que tal narrativa se dá; qual a conexão estabelecida na gama de eventos. Ainda, cada capítulo traz também uma diferente compreensão e uma diferente visão das personagens mencionadas, seja por estarem em papel de destaque, seja por serem vistas por uma diferente perspectiva, de acordo com a opinião das demais personalidades criadas por Egan.

É justamente pela multiplicidade de vozes, cenários e enredos que A visita cruel do tempo se faz tão admirável e engenhoso, considerando-se que seria exigido da autora um grande domínio e habilidade para construir a obra de maneira tão espetacular – algo alcançado por ela com maestria. Beira uma sensação atemporal na narrativa e, acima de tudo, há um toque de melancolia e nostalgia, crueldade e franqueza, simplicidade e realidade em cada uma das páginas que compõe a obra; pouco a pouco, acompanhamos as mudanças provocadas pela passagem do tempo, como a concretização e destruição de sonhos, ou tragédias inevitáveis e sucessos inesperados, além de simples detalhes e escolhas capazes de alterarem toda uma cadeia de eventos e rumos das personagens. O tempo, grande persona do enredo, é vilão e herói, agente e expectador, e acompanhar sua ação é tanto triste quanto interessante, algo dotado de uma estranha e mordaz curiosidade.

Certamente indico a leitura, mas deixo também algumas ressalvas. Esse não é um livro comum, sendo capaz de desagradar na mesma medida em que pode arrebatar, e leitores acostumados a narrativas usuais e mais comumente estruturadas podem encontrar certa resistência ao desbravar A visita cruel do tempo. Mais do que um livro para entreter, essa é uma obra para se apreciar.

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2016/02/12/resenha-a-visita-cruel-do-tempo-jennifer-egan/
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marcelgianni 12/07/2016

Não se trata de um resumo ou sinopse do livro (para minha resenha completa, veja o link mais abaixo), mas sim de um relato do que me chamou a atenção no livro, e que pode influenciar outras pessoas na sua decisão de lê-lo ou não. Sem o uso de spoilers, faço uma análise sucinta da obra, justificando minha nota atribuída.

A leitura começou bem empolgante, depois vão acontecendo as mudanças nos capítulos, que acarretam em mudanças de personagens centrais e de épocas e lugares, o que embaralha a cabeça do leitor. Dificilmente iremos ver datas no livro, e em muitos capítulos demoramos um pouco para nos situarmos no tempo e ambiente. Encontrei alguns bons capítulos, mas, de uma forma geral, superestimei a obra.

Vi um leitor comentando que quem classifica o livro como apenas “bom” justifica-se por uma falta de carga literária de quem o leu e não o venerou. Talvez esse seja o meu caso. Talvez eu não tenha uma “carga literária” suficiente para entender e gostar do livro em questão. Mas talvez eu não dê tanta importância a essa conclusão, e passe a acreditar que não gostei da leitura justamente devido a minha (assumidamente escassa) carga de leitura, que já me fez conhecer dezenas de obras bem mais interessantes e marcantes, que me fizeram refletir bem mais que este livro.

Mas acredito que este livro seja como “A Música do Silêncio”, de Patrick Rothfuss, e que se encaixa perfeitamente na descrição que o autor faz aos incautos: “Talvez você não queira comprar este livro. Eu sei, não se espera que um autor diga esse tipo de coisa. Mas prefiro ser honesto com você logo de saída. Acho justo avisar que esta é uma história um pouquinho estranha. Não gosto muito de dar spoilers, mas basta dizer que esta aqui é… diferente. Não tem um monte de coisas que se espera de uma história clássica.”

O fato de eu não ter visto nada de extraordinário no livro não quer dizer que você não irá ver. Muitas pessoas disseram-se extasiadas após a leitura, enquanto outras não gostaram. Por isso tento ser imparcial – na medida do possível – nesta resenha.

site: https://idaselidas.wordpress.com/2016/07/11/a-visita-cruel-do-tempo-jennifer-egan/
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Luise.Lima 01/04/2021

Tempo
O livro me fez refletir sobre como o tempo age sobre as nossas vidas. Eu, como uma jovem sonhadora, vi-me em alguns personagens os quais sempre estavam com várias expectativas sobre a vida e como o destino nem sempre é tão bom com todos, apesar de que muitas vezes ele nós da outros caminhos bons também. A visita cruel do tempo nos diz como nós somos efêmeros e como nós temos um impacto na vida do outro, por vezes algo grandioso, outros, não. Gostei, porém, com vários adendos, algumas historias poderiam ter sido enxutas pois, na minha opinião, não levaram a algum lugar.
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