Resenhas - O Silêncio das Mulheres

Carol 04/08/2022

Briseida é quem narra e apresenta a história com elementos que por muitas vezes foram e são deixados de lado, a violência vivida por diversas mulheres nas mãos de homens considerados Guerreiros. Mulheres essas que em suas diversas obrigações exerciam um papel muito mais importante do que os desses homens ? e apesar de tudo serem silenciadas como no próprio livro cita "O silêncio é apropriado à mulher"

As palavras de Briseida já no final da história:

"O que pensarão de nós, o povo daqueles tempos inimaginavelmente distantes? De uma coisa eu sei: não vão querer a realidade brutal da conquista e da escravidão. Não vão querer ser informados sobre os massacres de homens e meninos, a escravidão de mulheres e garotas. Não vão querer saber que vivíamos em um campo de estupro. Não, vão preferir algo muito mais suave. Uma história de amor, talvez? Só espero que consigam entender quem eram os amantes."

andrealog 27/01/2023

Nunca foi fácil ser mulher
Todo mundo conhece a história da guerra de Tróia e a luta pela bela Helena. Mas e as outras mulheres? A partir da perspectiva de uma rainha, cujo reino foi conquistado pelo célebre Aquiles e transformada em prêmio de guerra, portanto escrava, a gente percebe o quanto das dores, da violência, das angústias de ser mulher pode atravessar os séculos. Uma perspectiva única e uma visão de um herói não tão heroico!

Sarah 06/01/2024

Trágico
É um livro curto, porém lento, e muito introspectivo, porque a Briseida (narradora principal em 60 porcento do livro) é uma mulher reduzida a ser calada, a servir vinho e ser um objeto de conquista. Gostei muito da ambientação, porém achei muito arrastado e não gostei do foco dos capítulos do Aquiles. Vale a pena tentar, mas é um livro bruto.

Carla 14/06/2022

Triste e lindo
"O silêncio cai bem às mulheres" - criadas sob o jugo desse ditado, as mulheres da guerra entre gregos e troianos descobrem nesse livro uma nova voz.

Em especial Briseida, antes rainha e depois escrava de Aquiles. Uma entre tantas mulheres que sofreram e amaram nas cabanas da guerra choraram seus familiares e tiveram que amargar a escravidão de ser um "prêmio de guerra".

Tantas tristezas e coragem na história dessas mulheres e um triste eco do passado, mas no final uma história de sororidade, afeto e força.

Triste e lindo livro.

Katherine.Rayane 28/01/2024

Demorei mais tempo do que pretendia para ler e não é porque achei a história ruim não. Acredito que dê certa forma, como eu já li "A canção de Aquiles", além de já saber do núcleo da história, foi muito difícil desligar a personalidade de um livro para o outro.

Enfim, esse livro é bom para mostrar, de maneira totalmente desromantizada, que em uma guerra as mulheres sempre vão sofrer mais, a forma como a autora retrata a objetificação delas é bem cruel - e real.

Patricia.Granado 13/10/2023

Tenho que ler Ilíada
Depois de ler esse livro, chego a conclusão que não sei muito de mitologia grega... Portanto preciso ler a Ilíada... Me perdi em muitas nomes e citações que desconheço, e muitas vezes eu pulava partes de descrição de pessoal totalmente dispensáveis no contexto da história. Mas no geral gostei do livro, não foi dos meus preferidos do ano e não consigo recomendar.

Dhiego Morais 08/06/2022

Ficção Mitológica de respeito
Em "O silêncio das mulheres", o leitor é convidado a mergulhar muitos séculos no passado, a fim de observar a reconstrução de um dos maiores conflitos da história: a emblemática guerra de Tróia!

Embora pensemos em Aquiles & Patroclo, Paris, Heitor & Helena quando o assunto é Tróia, Pat Barker, a autora redesenha o conflito de modo a levar atenção às muitas e muitas mulheres ? mães, filhas, esposas, irmãs e amigas ? que sofreram com a brutalidade da guerra.

A Guerra de Tróia é conhecida como uma guerra entre homens, onde uma mulher, levada pelo mar por amor, se torna o estopim para o conflito. O que Pat faz é levantar a dúvida: mas e as outras mulheres que foram silenciadas? O que houve com elas?

Briseida assume esse papel em "O silêncio das mulheres". Tendo seu lar destruído e pilhado pelos gregos, ela acaba sendo entregue pelos soldados a Aquiles, como um troféu ? e escrava. De rainha a escrava, Briseida passa a conviver com Aquiles, herói e semideus, enquanto também conhece Patroclo.

Pat Barker nos guia por uma jornada intensa, entre batalhas e dramas pessoais tensos. Briseida vê, cidade após cidade, mais morte, destruição e mais mulheres tomadas pelos gregos. Pelos seus olhos nos afligimos e sentimos a dor da perda, da vergonha, do medo...

Ainda que o ponto da história de Pat Barker seja dar voz às mulheres no, talvez, mais famoso conflito da Antiguidade, o que marca é a presença quase divina de Aquiles, bem como sua forte conexão com Patroclo.

Como romance mitológico, este livro certamente fará o gosto dos leitores de "A Canção de Aquiles", "Circe" e "No coração da Bruxa".

Fica a forte recomendação! Leitura fluída, intensa e reflexiva.

Larissa1313 06/03/2024

Um mergulho nos mitos gregos
Para quem gosta de história e mitologia, é um excelente livro. Aborda sobre a guerra de Tróia com uma linguagem super atual, colocando o ponto de vista das mulheres como o mais importante. Mostra sobre o temperamento difícil de Aquiles, herói e mito grego, e sobre como ele era venerado. Aborda sobre a crueldade e violência presentes em uma época sem lei, onde a força prevalecia e onde não eram poupadas nem as crianças. Vale a pena a leitura para quem se interessa por essa temática.

Valéria 30/04/2023

Ela narra mas a história é dele
A premissa do livro ser narrado pelas mulheres que me fez ter vontade de ler o livro, mas apesar de ser narrado por ela ainda é a história dos homens sendo contada.
No começo eu gostei do livro mas depois dos 50% achei que ele virou mais do mesmo, todo dia era servir, ser estuprada e contar as glórias dos guerreiros, e é isso, as quebras da narrativa onde ela conversa com o ouvinte da história e diz ?você não sabe o que eu passei eu era apenas uma escrava? torna a narrativa maçante.
O livro não chega a ser ruim ou mal escrito, ele flui rápido mas não é um livro SOBRE as mulheres e sim um livro de uma mulher contado a história de um homem. Me decepcionou porque no final foi só mais um livro de ?é isso que acontece com mulheres na guerra? um dos personagens chega a dizer que isso é triste mas não tem o que fazer.
Acho que o conteúdo combina com o título apesar de narrar a história ela ainda sim permanece sem dizer absolutamente nada.

Renata 20/05/2022

Razoável
Vou ser sincera. Esperava muito mais desse livro. Realmente uma história muito triste da visão das mulheres sobre a guerra. Mas não teve nada que me prendesse muito. Sempre muito repetitivo. Ao quando vc pensa que não pode piorar...
O Patroclo morre... aí desanda mesmo.
Foi razoável p mim. Uma leitura arrastada

Berenice.Thais 27/05/2023

Sabemos b pouco
É uma história de uma mulher que fala sobre a sua versão da guerra de Tróia que durou dez anos por conta de uma mulher. Não sabemos o número exato de homens mortos mais grande parte dos livros só lembram deles.e as mulheres que foram mortas .Se mataram foram estupradas ou dadas como espólio de guerra essas não são nem citadas ...

arlete.augusto.1 09/06/2024

Muito interessante
A Guerra de Tróia, retratada por Homero, mas contada pelo ponto de vista das mulheres, apartadas de seu mundo, de seus maridos, filhos e irmãos, relegadas a serem escravas comuns ou prêmios aos heróis gregos, quando antes eram princesas e nobres.
Achei a abordagem muito relevante, pois essas mulheres sempre foram as esquecidas em todas as guerras e são as que sofrem as consequências dos desvarios de grandeza dos homens que fazem as guerras.

júlia 06/06/2022

Sinceramente, que decepção foi esse livro. A mitologia e a minha paixão pela história do Aquiles e do Patroclo (obrigada Madeline Miller) salvaram essa história pra mim, porque de resto não achei nada muito bom.

A história é narrada pela Briseida, uma mulher que teve sua cidade saqueada durante a guerra e tornou-se escrava do Aquiles. No entanto, o livro que tem a premissa inteiramente focada na emancipação feminina, em quebrar o silêncio (como ta inclusive no título), não tem nada disso. A Briseida se mostra totalmente dependente do Aquiles, inclusive os pensamentos dela mostram isso, não apenas as ações.

Em todo o momento ela estava narrando mulheres sendo silenciadas, e ao invés de pelo menos internamente ela mostrar que não acreditava naquilo, não. Eu entenderia isso se fosse apenas um dos recontos sobre mitologia, mas o que o enredo prometeu foi totalmente diferente.

A narração em muitos momentos tornou-se arrastada, dava pra ter cortado boas páginas dela simplesmente descrevendo o que havia ao seu redor. A parte da Guerra com Tróia foi a melhor, não tive o que reclamar daí. Mas, realmente de resto, foi uma decepção.

Nath.Alya 20/09/2023

Eu nunca senti tanta agonia quanto senti neste livro
A história é contada de forma crua, cruel e dolorosa. Representa a insignificância das mulheres perante uma sociedade machista, representa a violência absurda que é extremamente normalizada e o quanto o ser humano é simplesmente egoista ao ponto de se importar somente com sua única dor.

O livro me deixou enjoada, triste, com raiva? mas ao mesmo tempo me fez criar compaixão por aqueles que são seres vazios e insignificantes uns pros outros, nada além de sua própria dor ambulante.

Para todos que conhecem a história da odisseia, de Aquiles, recomendo que leiam a visão de uma mulher sobre toda a dor e abuso que sofreram.


Eu sofri com elas, sofri com Aquiles por patroclo, sofri por cada uma das 3 partes em que o livro é separado.
Leitura indispensável.

Larissa3929 29/08/2022

Não é um felizes para sempre
O silêncio das mulheres não é uma leitura feliz.

E nunca iria ser mesmo, ele mostra em primeira pessoa o sofrimento das mulheres durante a guerra entre gregos e troianos. Você sofre muito com Briseida e sente na pele o sofrimento dela.

Não leia esperando um final de "felizes para sempre", pois não é. Isso nunca existiu para as mulheres daquela época.

Eu gostei muito da leitura e recomendo muito. (Porém contém gatilhos, é importante estar preparada para ler)