Eu que nunca conheci os homens

Eu que nunca conheci os homens Jacqueline Harpman




Resenhas - Eu que nunca conheci os homens


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Marcia 22/10/2022

Minhas impressões sobre o livro
Que tal sair do comum, do nosso dia a dia e mergulhar num cenário, numa situação, totalmente diferente!?
Vejam essa história, essa distopia, narrada no livro "Eu que nunca conheci os homens " da escritora belga Jacqueline Harpman .
Duvidamos até se a história se passa na Terra... Será?
"Quarenta mulheres estão presas em uma jaula coletiva em um porão, sob a vigilância de guardas que permanecem sempre em silêncio. Um dia, misteriosamente, uma sirene soa, os guardas fogem e as grades se abrem. Entre as prisioneiras, está uma menina sem nome que só conhece a vida lá fora através de lembranças que as outras mulheres aceitam compartilhar. É ela que conduz as demais prisioneiras em fuga, apenas para encontrarem um lugar inóspito e desconhecido. Agora, contando apenas umas com as outras, elas terão que reaprender a viver e enfrentar outro desafio: a liberdade absoluta"( sinopse da editora)
É um livro com uma escrita que nos prende, mas é difícil, intenso, tenso, cheio de mistérios e dificuldades. A gente chega a se questionar no que é importante, no que realmente precisamos e até quando somos capazes de lutar. E como fica pessoa que cresce presa, sem contato nenhum com o meio externo, que só tem em sua mente o que lhe contaram? Como fica os sentimentos dessa pessoa? E como será sua relação com o mundo externo?
Esse livro também me fez pensar sobre eutanásia. Em alguma situação ela é viável? Um livro muito bom e alerto que tem pontas soltas. O final é.... Ahhhh não vou me manifestar sobre ele, cada leitor terá sua opinião.
Para quem gosta de distopia, fica a sugestão.
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Giovanna 03/01/2023

a menor das conversas dá origem ao tempo
diferente de todas as distopias que já li, a escrita é intrigante e gera uma conexão muito forte com a sucessão de acontecimentos e profundidade psicológica!

me identifiquei com o modo com o qual a narradora-personagem reflete sobre aquele lugar, suas companheiras de cela, a liberdade, e uma civilização da qual ela não teve a oportunidade de pertencer, tendo conhecido apenas pelo olhar de outras mulheres!

vou precisar de um tempo para digerir todas as reflexões sobre o existir, a solidão, o que nos torna humanos e faz com que uma vida tenha sentido? ainda assim amei cada página!

Obs: não esperem respostas para as perguntas feitas no decorrer do livro, se a personagem não as teve, com que direito as teríamos?



?Deve ser por isso que sou tão diferente das outras. Devem ter me faltado algumas das experiências que tornam alguém realmente um ser humano?

?Enquanto todas as outras mulheres constantemente rememoram esse passado tão cheio de vida, ela é apenas uma ouvinte vazia dessas conversas, pois nada daquilo parece se encaixar em sua realidade. Sua infância é feita de ouvir essas conversas e tentar construir em sua mente algo que se encaixe na imagem dessas coisas, sentimentos e ações.?
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Beatriz 15/04/2023minha estante
da onde vc tirou o nome da narradora??


Carlinha 17/04/2023minha estante
Menina!!! Tô confundindo com outro livro!!! O nome da narradora é "Pequena". Vou ajustar! Obrigada!




Thai lendo 18/10/2023

"Eu me lembraria, e quem mais eu teria para avisar?"
Sabe aquele livro que não basta só ler, você tem que refletir palavra por palavra? Eu me senti assim lendo esse. Cada cena, cada ação e cada acontecimento, que eram tão raros que uma simples coisa já mudava a percepção do livro todo, me fazia refletir.

Foi uma experiência supreendente, eu já esperava que fosse a ser um livro assim, mas ele superou as minhas expectativas, não por ser tão bom, mas por ser tão tocante e emocionante.

A escrita é espetacular, do nível boa mesmo, que você não consegue achar facilmente. Me vi em vários momentos só apreciando a forma como a autora colocava as palavras, como comparava, como organizava os pensamentos da personagem principal, essa coisa de narradador personagem e só descobrir os fatos quando a protagonista sabia, ela que nem mesmo tinha um nome, foi sensacional.

Falar da história em si poderia ser subestimado, já que não é o foco principal, parece que é só um pano de fundo para entendermos sobre a protagonista, então sim, a história é pouca, os acontecimentos são raros, mas é isso que a autora queria fazer mesmo.

Enfim, gostei muito, entendo agora o porquê é tão famoso, poderia facilmente ser um clássico, tem um quê de seriedade muito bem planejado e feito e, mesmo o final, foi exatamente do jeito que deveria ser, do jeito que eu esperava, afinal é a protagonista que narra.

Ainda sim, não consigo não parar de pensar em quais seriam as respostas de tantas das perguntas que não puderam ser respondidas. Ótimo livro, recomendo muito! É bem tocante e emocionante, cuidado com os temas porque pode ser uma leitura difícil e agoniante, mas compensa ler a sutileza e a habilidade com que a escritora escreve.

"entre eles e eu, tudo se quebrou, não há continuidade, e o mundo do qual eu descendo é totalmente estranho para mim. Não escutei sua música, não vi sua pintura, não li seus livros, (....) eu só conheço a planície pedregosa, a errância e a lenta perda da esperança, eu sou o rebento estéril de uma raça da qual nada sei, nem mesmo se ela já desapareceu. Pode ser que, em algum lugar, a humanidade esteja brilhando sob as estrelas, sem saber que uma filha do seu sangue termina seus dias no silêncio. Não há nada que possamos fazer."

"Será que existe, no trabalho da memória, uma satisfação que se alimenta de si mesma, e aquilo que lembramos conta menos do que o ato de lembrar? Essa é mais uma questão que vai ficar sem resposta: parece que eu sou feita só disso."

"Fui invadida por uma onda de tristeza, eu, que nunca conheci os homens, diante daquele que quisera vencer o medo e o desespero para entrar firme e furioso na eternidade."
JurúMontalvao 24/10/2023minha estante
??
parece triste, mas lindo




carolwindlin 29/07/2023

Meu Deus, que tristeza. Eu imaginei que o livro seria angustiante, mas eu não esperava essa tristeza ABSOLUTA! Que dor. Fiz muitas reflexões e despertou vários gatilhos que eu ignoro e evito pensar, me tirou total da zona de conforto.

Não posso dizer que foi uma leitura fluida e fácil, imaginei que nem 200 páginas me tomariam menos tempo, mas a carga emocional é grande demais, mesmo.

O final é "previsível", até pela forma que a narrativa vai sendo feita e pela escolha de palavras. E eu imaginei que me decepcionaria com o final, mas não aconteceu. Adoraria mais respostas? Sim, com certeza. Mas essa é a vida como ela é, muitas coisas não tem explicação e a gente só aceita. É isso. Preciso me recuperar agora! Kkkkkk
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Jamile157 12/03/2023minha estante
As duas coisas, me incomodaram demais. Tanto que dei uma nota baixa também, sensação de que não entendi absolutamente nada.




Tati 11/03/2023

Gostei muito desse livro, trás reflexões em cada página, sobre a vida, a morte, a amizade, achei muito profundo, cheio de camadas. Indico muito.
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Carol 12/11/2022

estou saindo desse livro catatônica
é um livro muito bom, nos primeiros 10% eu ainda tava me adaptando ao livro, mas depois a leitura fluiu de uma forma MUITO BOA

a escrita é muita boa, eu MUITO imersa na história .

porém, não é um livro de respostas, ele n vai te explicar tintin por tintin do que tá acontecendo. Como eu já li em outras resenhas ?é sobre jornada e n respostas?

enquanto eu estava escrevendo esse resenha, eu classifiquei o livro com 4,5 estilhas e ia justificar pq n dei 5, mas percebi que n achei motivos pra eu n dar 5.
Não é tipo de livro que eu to acostumada, mas ele me prendeu, me fez querer devorar o livro, ele é bem escrito e enfim é realmente MUITO bom.
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InfinitaTBR- Jana 26/02/2023

Sensacional
Passei dias pensando nesse livro. ?Eu que nunca conheci os homens?, de Jacqueline Harpman foi uma leitura desconcertante. Acho que o que permeou toda a minha leitura foram os sentimentos de curiosidade e expectativa. O desenrolar da trama me lembrou muito ?Ensaio sobre a cegueira?, de José Saramago. Os dois livros não têm absolutamente nada a ver um com o outro, mas o que as duas leituras tiveram em comum para mim, foi uma tensão constante e a curiosidade pelo que viria depois.

E me peguei refletindo sobre tantos aspectos do livro, entre eles a ?domesticação? através do medo. A proibição do contato físico entre as mulheres, foi muito forte também. Me lembrei do dia em que pude abraçar minhas amigas, quando a quarentena foi suavizada pela primeira vez.

Juro que eu gostaria de dizer mais sobre ?Eu que nunca conheci os homens?, mas não posso. Só sei sentir.
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Jackie! 17/08/2023

Imaginário!
É muito interessante como a autora trabalha com o imaginário, seja com a protagonista sendo levada a usar da criatividade para sobreviver ou da "grande questão" no final, que nos obriga a tentar preencher as lacunas da história por conta própria.

É inegável o sentimento de revolta e a curiosidade instigante de querer entender o que está acontecendo e por que está acontecendo. Tal curiosidade que foi o que me carregou durante a história, afinal ela é um pouco arrastada e por muito tempo, sejamos honestos, nada muito "importante" acontece.
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sandroquina 07/09/2023

Vou dormir muda e acho que acordarei calada.
Que livro incrível. Li em um desespero que só Deus sabe, queria saber, queria entender, queria chegar a algum lugar. E assim como A Pequena ninguém chegou.

"Eu que nunca conheci os homens" foi uma leitura brutal pra mim, estou ainda meio desnorteada com o que li. É tão violento, tão triste, mas ao mesmo tempo tão bonito, e cheio de ensinamentos. Acho que a autora fez de propósito e queria fazer uma alegoria de como é a vida.

Nota 7 pra essa leitura maravilhosa que me pegou de surpresa e me surpreendeu da melhor forma possível.
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eveesss 05/01/2024

A melhor parte é, sem dúvidas, o desenvolvimento da personagem.

Não ter um final explicativo, apesar de frustrante, tornou o livro muito mais instigante, daqueles que te faz pensar mesmo depois do fim.
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DaianaGM 20/02/2023

Uma leitura meio difícil, nos incomoda, nos faz pensar, nos força a sentir algo. Seja solidão, desespero, indignação. Acredito que o que mais nos impulsiona a continuar a leitura até o fim é descobrir a razão de tudo aquilo.
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Yulee Zin 08/07/2023

Eu que nunca vou superar esse livro
Lendo apenas a sinopse, não esperava encontrar algo tão profundo e tocante quanto o que foi passado nesse livro. Na base, trata-se de mais uma distopia em que o leitor precisa se habituar àquela realidade para compreender o que está acontecendo. Amo ficções assim, mas acho que é a primeira vez em que me deparo com uma obra do gênero que induz ao leitor reflexões não somente sobre o mundo que os rodeia, fazendo um paralelo com a hipocrisia de certos grupos ou até da própria humanidade, mas sobre a vida! Então já aviso: não leia esperando terreno comum, aqui o foco não é a história por si só, e sim a experiência.

Abandonando questões intrinsecamente políticas, há um viés mais filosófico a ser explorado pela autora durante a jornada da protagonista. Pela primeira vez, a grande inimiga não é a desigualdade, mas a falta de propósito. Na perspectiva da jovem sem nome, que nunca entendeu muito sobre as coisas, que nunca conheceu os homens, somos obrigados a questionar a natureza dos seres humanos, o conceito de dignidade e até onde vai a liberdade. O desfecho? Cruel. Uma ironia tão pura quanto sua causa, nos torna, não apenas leitores, mas cúmplices de uma história que merecia ser contada.

No fim, "Eu que nunca conheci os homens" é sobre isso: o que é viver? E, diante da incerteza da vida, podemos nos deixar levar pelos pequenos prazeres e encontrar beleza, mesmo sem motivo, mesmo num dos momentos mais obscuros como a morte? Eu que não sei a resposta.

(!!!ATENÇÃO: POSSÍVEIS SPOILERS!!!)

Conversei com meu namorado sobre o livro e ele me apontou algo interessante para explicar o que está acontecendo, que é a semelhança da história com a série de jogos Fallout. Será que estavam sob ameaça de uma bomba atômica e algo deu errado? O câncer, a geografia, o bunker, os guardas no ônibus... Se forçar um pouco, até que é possível. E o fato de prenderem homens e mulheres era para uma tentativa de repovoar a Terra? Muitas perguntas, mas isso me fez gostar ainda mais! Primeiro favorito do ano sz

Nota: 5
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