viny reader 31/05/2024
A Biblioteca Da Meia Noite
A Biblioteca Da Meia-NoiteTodos nós temos nossa própria biblioteca, sala de cinema, locadora de vídeo ou qualquer lugar onde sentimos conforto e temos memórias afetivas. O que esse livro mostra é que temos que viver a vida muitas vezes sem pensar nos arrependimentos, sem pensar no que faríamos diferente ou no que mudaríamos e como isso afetaria nossas vidas. Este livro nos mostra que não devemos viver em prol da felicidade dos outros e que nem sempre teremos momentos felizes. Ele nos diz que, por mais que queiramos muitas vezes desistir, sempre há uma alternativa, às vezes ruim, às vezes boa. Para quem começou a ler
e não gostou, recomendo lê-lo no momento em que achar que tudo está desmoronando, que sua biblioteca está caindo sobre você, que tudo perdeu o sentido, pois esse livro vem com essa proposta: mostrar que a vida vai além de escolhas ruins e boas.
Deixa um trecho do que ela diz no livro
Uma coisa que aprendi
(Escrito por uma ninguém que já foi todo mundo.)
É fácil lamentar as vidas que não estamos vivendo. Fácil desejar que tivéssemos desenvolvido outros talentos, dito ?sim? para diferentes convites e ofertas. Fácil desejar ter trabalhado mais, amado mais, cuidado melhor das finanças, ter sido mais popular, feito parte de uma banda, ido à Austrália, dito sim para o café ou frequentado mais aquelas malditas aulas de ioga.Não exige esforço sentir falta dos amigos que não fizemos, do trabalho que não realizamos, das pessoas com quem não nos casamos e dos filhos que não tivemos. Não é difícil se ver através da lente de outras pessoas e desejar ser todas as diferentes versões caleidoscópicas de você que elas queriam que você fosse. É fácil se arrepender e continuar a se arrepender ad infinitum até nosso tempo acabar.Mas não são as vidas que nos arrependemos de não termos vivido que são o problema de verdade. É o arrependimento em si. É o arrependimento que nos faz encolher, murchar e nos sentir como nosso pior inimigo, além de ser o pior inimigo das outras pessoas.Não dá para dizer se qualquer uma dessas outras versões teria sido melhor ou pior. Essas vidas estão acontecendo, é verdade, mas você está acontecendo também, e é nesse acontecimento que temos de nos concentrar.Obviamente, não podemos visitar todos os lugares, conhecer todas as pessoas, nem fazer todos os trabalhos, mas muito do que sentiríamos em qualquer vida está disponível para nós. Não precisamos jogar todos os jogos para saber qual é a sensação de vencer. Não precisamos ouvir cada canção já composta no mundo para entender música. Não precisamos ter experimentado todas as variedades de uvas de todos os vinhedos para sentir prazer com o vinho. Amor, riso, medo e dor são moedas universais.Nós precisamos apenas fechar os olhos e saborear o gosto da bebida diante de nós e ouvir a música enquanto toca. Estamos tão completa e totalmente vivos como em qualquer outra vida, e temos acesso ao mesmo espectro emocional.Precisamos ser somente uma pessoa. Precisamos sentir apenas uma existência. Não precisamos fazer tudo a fim de ser tudo, porque já somos infinitos. Enquanto estamos vivos, carregamos em nós um futuro de possibilidades multifacetadas.Então, sejamos gentis com as pessoas em nossa própria existência. Olhemos para cima, de vez em quando, do ponto em que estamos, porque, onde quer que estejamos, o céu acima de nós se estende infinitamente.Ontem, eu sabia que não tinha futuro, e que era impossível para mim aceitar minha vida como é agora. E, no entanto, hoje, essa mesma vida confusa parece cheia de esperança. De potencial.O impossível, acho, acontece com o viver.Minha vida será miraculosamente livre de dor, desespero, mágoa, coração partido, dificuldades, solidão, depressão? Não.Mas eu quero viver?Sim. Sim. Mil vezes, sim.