elle 27/12/2022
real, humano e doloroso
no começo eu achei muito drama da protagonista só por causa da separação dos pais, mas como posso julgar o sentimento de alguém (mesmo fictício) sendo q não passei por isso?
é interessante ler um livro que fala sobre virgindade como algo natural e ainda sim importante na sociedade, que pra muitos não vai ser especial como retratam nos livros e filmes de romance água com açúcar mas que também vai mudar sua perspectiva sobre o ato (sendo bom ou ruim, não importa, vai te mudar de alguma maneira)
gosto de como os personagens são reais: fazem besteira, sentem muito (até demais), acertam e todos os defeitos e qualidades de um ser humano normal.
fiquei incomodada como a claude só queria beijar e fazer sexo nos momentos mais simples e vulneráveis com o miah (mas depois isso foi passando), senti pena da mãe dela e de tudo o que ela passou e ainda sim se mostrou forte, fiquei decepcionada com a amiga por ter sido meio indiferente com certas situações e no final de tudo, continuei odiando o pai dela... é um fato de que não devemos estar com alguém que não gostamos por sentir necessidade de não decepcionar o outro mas a forma como ele lidou com tudo foi escroto.
as caixas cheias de coisas da claude era um lembrete constante de que não seriam úteis na antiga casa, que não haveria o porquê de estar ali se não fossem ficar por muito tempo...
mas isso que torna o livro como ele é, existe histórias que precisam ter persinagrns quebrados, que os defeitos sejam mais visíveis que as qualidades e isso que torna o livro tão bom
esse tipo de história me faz ficar na dúvida se eu realmente gostei ou não e na verdade, eu acho que seja essa a intenção
o final aberto me mata, mas seria pior se realmente tivesse um ponto final onde as coisas não seriam boas
então apesar de sabermos que eles não ficam juntos, dá para imaginar eles adultos se reencontrando na ilha e finalmente percebendo que não há chances de estarem longe um do outro por tanto tempo quanto na adolescência, com eles maduros, resolvidos na vida e acima de tudo, se amando como são e que suas histórias foram importantes para quem eles são hoje.