Bianca1465 21/04/2023
A Segunda Vida de Missy
Mais um livro do Clube Intrínsecos terminado! ??
A Segunda Vida de Missy conta a história de Millicent, ou Missy como é mais conhecida. Ela é uma senhora de 79 anos que vive muito solitária após a perda do marido e com seus filhos crescidos e cuidando das próprias vidas. Missy cada vez mais se afunda em melancolia e solidão quando o destino decide lhe dar uma mãozinha e uma razão para viver e olhar a vida sob uma nova luz e perspectiva. Após a insistência de uma nova conhecida, Missy fica incumbida de cuidar de uma cachorra por um tempo, afim de ajudar a dona que está passando por um período difícil e não tem mais a quem recorrer. Missy não tem certeza se quer realmente essa tarefa para si, pois acha que já está muito velha para dar conta da responsabilidade que é ter um cachorro. Mas ela acaba cedendo e Bobby, uma cachorra boba e alegre, se torna parte fundamental da vida de Missy. Através de Bobby, Missy faz novas amizades e descobre que sua idade não é um impeditivo para que ela possa ser feliz e ter uma boa vida.
Esse foi um mês arrastado pras leituras, levei quase 1 mês para terminar esse livro. A história é boa, tocante e foca muito no quão solitária pode ser a terceira idade. Aborda muito também sobre o espírito da comunidade e que um pouco de empatia pode mudar completamente a vida de uma pessoa. Porém, ele tem muitas partes um pouco arrastadas que falam sobre o passado da Missy afim de explicar os motivos dela ser como é e para entendermos melhor suas motivações. O fato dela ser muitas vezes amarga e até grosseira com quem apenas quer lhe ajudar me frustrou muitas vezes, mas me dei conta de que há muitas formas e ângulos pelo qual se olhar e julgar as atitudes de Missy. Com um olhar mais empático, é compreensível algumas atitudes dela e não a julgo, pois muitas vezes o cansaço na alma nos toma mesmo sendo jovens, que dirá numa senhora de quase 80 anos que passou por tanta coisa na vida.
Enfim, apesar de ser um livro curto, ele é um tanto denso e cheio de drama familiar. Muito bonito e melancólico em algumas passagens, e nos faz refletir sobre muitas coisas, entre elas sobre quem nós somos e quem queremos ser. Sobre as escolhas que fazemos quando se vive inteiramente por alguém e como conviver com as consequências dessas escolhas depois que esse alguém parte para sempre.