O Vale dos Anjos - O Torneio dos Céus - Parte 1

O Vale dos Anjos - O Torneio dos Céus - Parte 1 Leandro Schulai




Resenhas - O Torneio dos Ceus


81 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Nina 06/03/2011

Vale dos Anjos - Leandro Schulai

"A morte tem o poder de separar um amor?"


Dimitris é um jovem grego, bonito, bem sucedido e com um emprego invejável. Ele é casado com Mariah, por quem é loucamente apaixonado e que corresponde o amor recebido. Ou seja, Dimitris tem um vida perfeita. Até que um trágico acidente de carro tira a vida do grego cedo demais.
Porém, Dimitris descobre que a morte não é o fim. Ele vai para o Vale dos Anjos, onde descobre que a vida continua em outro plano. Nesse local se encontram as maravilhas do Paraíso, que é para onde vão as boas pessoas, mas também é onde ficam as assustadoras Oito Prisões, local destinado para aqueles que foram condenados no julgamento.


No Vale dos Anjos, Dimitris vai fazer novos amigos, Obelisco e Anne, que vão ajudar o grego a cumprir a louca que promessa que fez a Mariah - voltar a vida. Para isso, ele tenta descobrir tudo o que pode sobre a vida no Vale dos Anjos - as funções, o trabalho e as várias categorias de anjos que exitem lá e como fazer para se tornar um anjo também. Ele fica sabendo que para voltar a vida, ele precisa se tornar um anjo semideus e que a única maneira de conseguir é vencer o Torneio do Céus.
Em busca desse objetivo, o obstinado Dimitris começa a treinar com o misterioso Ramirez, desenvolve sua força de maneira espantosa e descobre que, talvez, ele não seja como os outros...


O livro tem um enredo fascinante e muito criativo. Tudo é muito detalhado e explicado com riqueza de detalhes. O Vale dos Anjos é um lugar totalmente novo, e se não fosse descrito assim seria difícil acompanhar a história. Sem contar que é uma visão completamente diferente do anjos. Dessa vez não temos um anjo caído apaixonado por uma humana, e sim um casal separado de maneira trágica que tenta se reencontar.
Mas o esse é o primeiro livro do autor e sua inexperiência transparece no livro. Os diálogos são estressantes, cheio de "Nossa, fulano", "Olha, cicrano". Muito repetitivos.
Dimitris é incrivelmente curioso, o que é importante para o desenrolar da história, mas as excessivas perguntas dele irritam. Parece uma criança na fase dos "porquês".
Os personagens são perfeitos demais, não rola uma inveja, um ciúme, um rancor, nada. Tudo bem que são anjos do paraíso, mas perfeição demais é chata.
A história também é muito previsível, morna. Não tem, em momento algum, um suspense, um fôlego preso ou aquela ânsia pelas próximas páginas.


Muita coisa fica em aberto na história, para ser explicado no próximo volume da série, que tem previsão para seis livros. Porém, a continuação ainda não foi lançada, só nos resta ficar na curiosidade!
Quer uma dica para piorar sua ansiedade? Assim que terminar de ler o epílogo do livro, volte ao começo e leia o prólogo novamente. Muitas coisas vão se encaixar...

Resenha postada no meu blog Pronto.Falei!
http://ninattavares.blogspot.com/2011/03/o-vale-dos-anjos-leandro-schulai.html
comentários(0)comente



Lidiane Andrade 04/03/2011

Perfeito!
A algum tempo me interessei bastante pela historia do livro "O vale dos Anjos" porém pelo gênero que eu não leio muito e pelo inicinho da historia achei que seria muito simples e infantil, mais não pensei em parar porque eu estava gostando, mesmo lendo meio parada a historia.. Até que eu cheguei nos capitulos adiante e não consegui parar, logo eu dei mais atenção para o livro, todos os dias eu lia cada vez mais e mais e agora estou aqui, eu fazendo resenha dele pelo skoob para mostrar o quanto eu gostei(só faço resenha aqui dos que eu realmente gosto). No início a historia não me prendeu muito a atenção, por tentar imaginar como seria adiante fui me concentrando e agora não consigo mais largar, e acredito que irei reler várias vezes até me cansar da historia de Dimitris me surpreendeu mesmo sendo simples e empolgante, os personagens parecem perfeitos e não existe nenhum mal até chegar no fim, quando acontece trágedias no torneio dos céus, o livro parou por ai, eu preciso urgente de uma continuação e espero que o Leandro publique o proximo o mais rapido possível.

Enfim eu gostei do livro e estou sorteando um exemplar no meu blog e se quiser participar fique avontade que a promoção vai até 26/O3
http://tinyurl.com/4829j6k
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Ju Neves 21/02/2011

Quando começo a ler um livro, a primeira coisa que observo é a criatividade do autor. Temos que criar um mundo em nossas cabeças, mas não só falo de aparências e cenários, falo também de personalidades e relacionamentos pessoais. Tudo isso somado com uma narrativa agradável e aquele mistério que nos faz grudar no livro.

O Vale dos Anjos traz tudo isso em moderação. O que mais me motivou a ler o livro foi a curiosidade. O que Dimitris tem que o faz tão especial, e por que todas as pessoas estão interessadas nele? Diante de todos os outros mistérios do livro, este foi o que me deixou mais intrigada.

A história é apresentada em terceira pessoa, mas acompanhando os passos de Dimitris, um rapaz recém-morto que, aos vinte e dois anos, deixou sua esposa na terra e inicia sua aventura, movido pela vontade de voltar para sua amada, que sofre sozinha. Acima de tudo este livro é extremamente inteligente, ele nos trás uma visão bem diferente do paraíso da qual nós vemos por aí, falando das oito prisões e dos anjos deuses, entre muitas outras coisas que nos deixa fascinados.

A narração é leve, sem nenhuma dificuldade de entendimento, apesar de ter achado algumas frases no meio dos diálogos desnecessários. Os personagens são completamente simpatizantes, eu mesma adorei a anjo-cupido Anne, a achei super fofa e suas tarefas como cupido foram muito interessantes. Por outro lado, não gostei muito do protagonista, Dimitris, apesar de inevitavelmente me sentir tocada nas cenas entre ele e sua esposa, mas ainda assim, achei o rapaz muito “bonzinho” e simpático, nós, humanos, vivemos uma constante batalha no nosso interior, todos nós temos o anjinho bom e o anjinho mau no pé dos nossos ouvidos dizendo o que fazer, e interpretei, ao avaliar alguns personagens como Brian, que apesar de irmos para o céu, não temos a paz definitiva. Dimitris, mesmo que sofra por sua esposa, parece estar sempre de bem com tudo e todos, no próximo volume, espero que ele tenha um pouco mais de garra, e seja um pouco mais feroz ao buscar o que quer, que nada venha facilmente para ele como vi nesse primeiro volume.

Bom, entre essas coisas, o autor Leandro Schulai está de parabéns, são poucos autores que conseguem criar um mundo, do jeito que ele fez ao criar O Vale dos Anjos. Encontrei pouquíssimos erros, como a falta de travessão ou parágrafos, mas nenhum de português – se houve algum, foi mínimo e passou despercebido.

Mais resenhas em:
http://www.booksjournal.org/
comentários(0)comente



Mi Cherubim 15/02/2011

O Vale dos Anjos – o Torneio dos Céus – Parte 1
Leandro Schulai apresenta a primeira parte de sua história: O Torneio dos Céus. Após a morte o que você encontrará? Para o grego Dimítris Saloustros que não acreditava em nada, foi um choque saber que aos 22 anos havia morrido e deixara Mariah, sua esposa, sozinha.


Um anjo-de-enterro, Obelisco, o ajudou na sua morte. Um julgamento ia decidir para onde Dimítris ia. Paraíso ou as Oito Prisões. Sempre com o seu anjo-de-enterro, Dimítris, estava sentado na presença do juiz e de anjos. Acusadores e Defensores, apresentavam suas imagens para Dimítris responder com toda a sinceridade sobre o ocorrido.


Dimítris era diferente. Ele era muito sincero e obstinado. Respondeu tudo para o Defensor e para o Acusador. Resultado? Paraíso. Mas Dimítris não se conformava, queria ver sua esposa, saber como ela estava. Obelisco o levou após o julgamento. Mariah não estava bem.


Dimítris ficou triste, pois só tinha duas pessoas no mundo. Seu pai, Parnasos e sua esposa, Mariah. Seu pai havia morrido há algum tempo. Ele e Mariah haviam se casado há dois anos e eles eram muito felizes.


Obelisco se tornou amigo de Dimítris, mas ele tinha que achar sua dimensão, seu país. Após o julgamento e o enterro, o grego foi para o hospital, na verdade, todos que chegavam iam direto para o hospital. Ele conheceu Janine, uma enfermeira e tornaram-se mais uma amiga que fez na morte.


Só que Dimítris não se conformava, queria voltar à vida! Saindo do hospital o grego foi para seu país. Um lugar dividido em épocas, pois para quem morreu antes de inventarem os computadores acharia estranho as tecnologias.


Voltando para o Olimpo se deparou com um castelo lindo da deusa Sarah, entrou e encontrou uma menina linda... seu nome Anne, uma cupido. Tornaram-se amigos. Até agora, Dimítris, ganhara mais amigos depois da morte do que em vida... Com a ajuda de Anne descobriu como achar seu pai. Chegando lá na dimensão dele, Dimítris, só que não o achou.


Ficou decepcionado, mas com a ajuda de seus novos amigos, sua estadia no Paraíso não era tão difícil. A saudade da esposa, da vida que tinha no trabalho, da corrida matinal... tudo isso o deixava triste e choroso.


Descobriu por Obelisco e Anne que no Paraíso não era preciso trabalhar, mas ele poderia ajudar os novatos (paraurbanos), ele poderia se tornar um voluntário, anjo ou ainda um anjo semideus.


Mas para isso ele precisaria passar no Torneio dos Céus. O torneio consistia em vencer o adversário, não pela força física, mas pelo poder que você possui. Todos possuem um dos oito poderes.


Obelisco e Anne falaram que sendo um anjo semideus ele poderia voltar para a Terra como humano novamente, a certeza de ver Mariah aumentou. Decidiu entrar, Obelisco também, pois queria ver sua esposa, explicar que ele não teve culpa no incidente de sua morte.


Surge um ser encapuzado que leva Dimítris para um mestre. Pois para participar desse torneio é preciso um mestre para o treinamento. E é forte esse treinamento. O grego foi parar na mansão de Ramirez. Ele o ensinou a liberar o seu poder. O poder da aura. Ramirez ensina, explica, ajuda, cria laços com Dimítris. Na mesma mansão havia outro lutador, Brian.


Com exatos 256 candidatos, Dimítris estava apreensivo. Há apenas três meses no Paraíso, iria tentar a façanha de ser o melhor. Ele iria lutar contra várias pessoas mais capazes e com mais tempo de treinamento que ele.


Mas isso não deixou que o grego desistisse, ele havia prometido que voltaria. Três lutas. Oponentes perigosos. Poderes inimagináveis. Dimítris conseguirá vencer o torneio e se tornar um anjo semideus? Será que morrerá na batalha?

Nota da Milena: UAU! Não tenho palavras para expressar o tamanho da minha alegrai. Um rapaz legal, uma narrativa boa, cenários loucos, uma história criativa. Quando acabei de ler era 2h da manhã do dia 02/01 minha reação foi literalmente essa “PQP, Schulai! Assim você me mata!”. Acabei de ler o livro e fiquei sem reação, pois queria a continuação. No livro tem suspense, raciocínio lógico e criatividade, amo!!!! Cara estou lendo só Best Sellers rsrsrssrr vou começar a fazer minha lista de melhores livros lidos em 2010, pode ter certeza que O Vale dos Anjos é um deles! Para conhecer mais do Schulai e de O Vale dos Anjos clique nos links.
comentários(0)comente



Nice Santos 12/02/2011

Resenha de O vale dos Anjos por Nice Santos em www.mixliterario.com
Sinopse: A morte tem o poder de separar o amor?
Para muitas pessoas, a frase "até que a morte os separe" é a afirmação de que morrer é o fim de tudo, inclusive para o amor. Mas se fizessemos essa pergunta para o grego Dimitris Saloustros a opinião será bem diferente. Com uma morte precoce e uma promessa feita à sua amada o rapaz parte em busca do desconhecido Vale dos Anjos, local onde se encontram as maravilhas do Paraíso e o medo e apreensão das oito prisões, em busca de cumprir o seu feito.
Auxiliado pelo anjo-guia-de-enterro, Obelisco, cujo humor o ajuda nos momentos difíceis, pela cupido Anne cuja beleza é incomparável e treinado pelo misterioso mestre Ramirez; Dimitris parte em uma jornada recheada de grandes belezas, pessoas marcantes e mistérios complexos que o farão perceber que nada é por acaso e que sua estadia nesse misterioso lugar já era aguardada a muito tempo...

Este é um daqueles livros em que a sinopse é completa, quer dizer, não há muito o que complementar, sem dar spoiler. Dimitris é uma pessoa muito determinada, de personalidade forte que não mede dizer o que pensa, acontece uma fatalidade realmente inexplicável e após o julgamento é determinado ao Paraíso. A ideia de Paraíso abordada pelo autor é pra mim inovadora, as batalhas são o ponto alto da narrativa, passei boa parte do livro visualizando os animes que assisti quando mais jovem (-ô saudade!), pois a estória tem exatamente essas características, sabe, aquela pitada de sobrenatural das lutas, o fato do protagonista não se entregar, enfim, revivi esse tempo, e gostei muito.

Infelizmente a estória é um pouco previsível, às vezes é exatamente o que você achava que ia ser... O romance de início não convence o leitor, mas o autor se supera, e mostra momentos comoventes. A amizade também é muito bem representada e é um ponto forte. Os personagens não seguem a própria personalidade e muitas vezes há uma confusão quanto aos termos e palavras (gírias) usados por eles, deixe-me ser mais clara, uma pessoa da década, sei lá, de 70 nunca terminaria uma frase com "tá legal!".

Há momentos em que a inexperiência escritor chega a ser evidente, por exemplo, o excesso do uso de conjunções em um mesmo parágrafo, uma delas é a "pois", que em determinados pontos chega a ser maçante.
Curiosidade: O livro é sobre anjos, ok, mas os anjos da estória não têm asas, eu me questiono quanto à capa, que por sinal é muito bonita.

Por fim, O vale dos Anjos é narrado em terceira pessoa é de leitura simples e direta, você sente como se o autor estivesse lhe contando a estória, já o final, nos deixa com muita vontade de “atacar” a continuação.
comentários(0)comente



@apilhadathay 01/02/2011

SURPREENDENTE
A morte tem o poder de separar dois corações que se amam?

O livro me proporcionou uma leitura bem mais divertida do que eu esperava, porque, pelas sinopses, acreditava que seria um drama. Durante a leitura, é possível levantar questionamentos importantes, como por exemplo: o quão longe se vai por amor?

O Vale dos Anjos reúne elementos de Cidade dos Anjos, com um toque do Torneio de Artes Marciais de DBZ. E isto deu um dinamismo enorme à obra. E pode ser uma obra de literatura fantástica, mas propõe algumas questões que eu, particularmente, considero polêmicas e vou citar durante a resenha.

O CASAL SALOUSTROS

Dimítris e Mariah Saloustros formavam um casal perfeito e apaixonado. Casados há dois anos, moravam na Grécia e viviam muito bem juntos, encontrando felicidade em coisas simples, como passar fins de semana procurando itens para a casa, comemorar o Natal numa data diferente da tradição grega, contar estrelas e o número de horas que o sol ficava no céu, nesse feriado. Sim, meninas... Romântico, Dimítris SE IMPORTAVA em fazer coisas assim com a esposa. Um anjo!

Mariah era uma bela jovem de família inglesa. E Dimítris nos cativa rapidamente, com um caráter bem singular. Grego, 22 anos, trabalhava numa loja de informática em Atenas e não conheceu os pais biológicos, apenas o homem que o criou, o Sr. Parnasos. O jovem adorava fazer caminhadas na Acrópole e fez tantas que o resultado foi mais que o esperado...

O nosso tempo terreno tem mistérios insondáveis e perguntas cujas respostas podemos jamais obter. Você já olhou para uma pessoa que amava e, de um modo muito estranho, sentiu que era a última vez que a estava vendo?

Dimítris, por exemplo, não imaginava a priori que, no ponto onde começamos a história, ele estava acordando para o que seria seu último dia na Terra. Sua vida foi abreviada em um acidente do tipo que classificamos como “estúpido”, “sem sentido” e cujas reais razões, apenas ele conhecia, literalmente, no seu coração.

O que o jovem também não sabia é que, depois da morte, sua vida estaria apenas começando.

OBELISCO E PARNASOS

O grego foi recebido (durante sua passagem) pelo anjo guia-de-enterro Obelisco – meu personagem favorito na trama: um cara de capuz branco que os humanos só viam uma vez na vida. Durante a passagem, Dimítris viu flashes de cenas importantes de sua infância e juventude, só que acrescentadas de alguns detalhes. Aí nos perguntamos: estariam aqueles detalhes ali desde sempre e ele só se deu conta no momento da morte?

Dentre aqueles momentos, vislumbramos a difícil relação que Dimítris tinha com seu pai Parnasos – que, mesmo não compartindo o mesmo sangue do rapaz, tinha os mesmos olhos azuis do filho adotivo, algo que eu achei, no mínimo, curioso.

Obelisco guiou Dimítris para seu julgamento – nesta audiência, seria decidido se o jovem descansaria no Paraíso ou seria encaminhado para as Oito Prisões. Conhecemos de perto Isaac e Overlord, que cuidavam, respectivamente, da defesa e da acusação dos julgados. Também, temos o prazer de ver Malaquias, que é um dos anjos-deuses e uma figura!

Durante o processo, algumas das melhores características de Dimítris são apresentadas. Ele não foi encarcerado e tampouco chegou perto de descansar em paz no Paraíso, mas teve um destino interessante.

Antes de mais nada, levado à Terra para presenciar seu funeral e ver seus entes queridos uma “última vez”, Dimítris recebeu a chance de falar com sua esposa graças ao poder de seu amigo guia-de-enterro, Obelisco. Por cinco minutos, o jovem poderia tomar a forma humana e passaria despercebido pelos agentes do Paraíso.

Ô, PROMESSA!

Na manhã em que morreu, antes de sair de casa, Dimítris fez Mariah prometer uma coisa absurda: a de que não se envolveria com nenhum outro homem, no caso de ele morrer. Pois bem, tendo a chance de falar com Mariah mais uma vez, ele chegou a fazer uma promessa mais absurda ainda: a de que voltaria à vida pra ficar com ela!!

Mesmo que eu não tenha concordado com seus motivos (porque acredito que nós precisamos aproveitar o hoje e o agora enquanto TEMOS o HOJE e o AGORA, e não quando isso nos for tirado), gostei muito de Dimítris, sua determinação e seu jeito único. É algo inspirador e algumas lições ficaram comigo.

DIMÍTRIS

Quando menino, ele detestava a solidão e o escuro.
Do tipo jeans e camiseta, Dimítris Saloustros é bondoso, cavalheiro e humilde. Tem grande amor pela natureza, é sensível e sabe respeitar o espaço dos outros. É aquela pessoa que sabe o momento certo de falar e o de ajudar alguém apenas com a presença e um abraço amigo. Ele também é ótimo em jogos psicológicos (em outras palavras, em declarar a verdade nua e crua).

É atrevido e diz o que pensa: posso dividir com ele o apelido de “novato (a) insolente”! Ele causa mudanças na vida de umas pessoas (e na morte de outras): Malaquias, Obelisco e Anne que o digam.

Dimítris tem reações naturais, é muito espontâneo e não se importa com o que vão pensar dele. Tem um toque de ingenuidade que é lindo de se ver; e ele é do tipo que não há quem conheça e não goste, como Lily Evans/Potter. Faz amizade onde chega, sente-se em casa em qualquer lugar e faz as pessoas se sentirem à vontade perto dele – embora seja muito curioso e faça perguntas até demais, detalhe que Obelisco notou de cara.

"Agora, sem mais perguntas, pois como lhe disse, há pouco, não tenho a morte toda para responder a todas elas"

Por outro lado, em certos momentos, eu esperei que o grego encarasse as situações com um pouco mais de maturidade. Afinal, casou cedo, trabalhava firme, construía uma vida quando foi interrompido... é de se esperar que tenha algo que muitos demoram bem mais para encontrar na vida: juízo e sabedoria. Cenas como a da catraca no Japão, por exemplo, ele poderia ter tirado de letra com um pouco de topete – e seria legal de ver sua atitude.

"Depois do metrô... quero evitar qualquer tipo de transporte diferente das minhas pernas"

O VALE DOS ANJOS

Após a morte e julgamento, Dimítris é levado ao Vale dos Anjos, lugar que abriga o Olimpo, o Paraíso e as Oito Prisões, e onde se leva uma vida quase igual à da Terra. Quase.

Existem muitas subdivisões, por data de morte das pessoas; para rever um ente querido, você precisa migrar. Há portais dimensionais no Olimpo, de onde você pode se deslocar para qualquer lugar do mundo em questão de segundos.

Lá, Dimítris descobriu que todos podem se tornar anjos; que quando há duas pessoas com o mesmo nome na equipe, uma passa a ser chamada por um apelido; que só poderia ir à Terra por um período de 10 anos, se não fosse anjo; e que as pessoas têm um corpo físico, antes da morte, e um espiritual pós-morte: ao passo que a pessoa evolui, o corpo espiritual funciona praticamente como o físico, até se habituar à nova vida. E mais, dependendo do que o atingir, o corpo espiritual pode morrer de vez e ser extinto.

_ Aqui, você não é obrigado a nada, já que você veio para descansar. Quer trabalhar? Ótimo! Se quiser sair do emprego, tudo bem, entendeu?
_ Nossa, aqui é o que realmente podemos chamar de 'O Paraíso'!

Dimítris percebeu que a sabedoria evolui junto com as funções desempenhadas e que há muitas castas e possibilidades de crescimento. No Vale, seus bons atos como voluntário vão render conhecimento e RECONHECIMENTO, para que possa evoluir e se tornar anjo, ou um anjo de casta mais elevada.

Enquanto lia a trajetória de Dimítris e Obelisco, vi Arthur sendo guiado por Ford Prefect por todo um espaço desconhecido. Creio que fãs de Douglas Adams e da temática dos anjos vão gostar muito da história.

Outro ponto a favor do grego é: mesmo que, no primeiro momento, tenha se chocado com a morte tão prematura, ele não foi rebelde. Aceitou a nova realidade muito melhor que outros que vieram antes dele. Tanto melhor, não é?

Eu gostaria que o diálogo entre ele e Aila tivesse sido mais natural. Até compreendo que, depois de certo tempo de evolução da alma, mesmo uma criança se portaria com alguma gravidade, especialmente exercendo a função dela. Mas gostaria de vê-la mais alegre, serelepe, passando a imagem de uma alma limpa e não porque era pura, aos 7 anos, mas porque era feliz ali.

VISÃO INOVADORA DO PARAÍSO

Num lugar com uma paisagem exuberante sendo descortinada a cada dia, foi muito diferente essa visão do Paraíso e alguns pontos me fizeram arregalar os olhos. Imagina continuar com alguns aspectos humanos e poder trabalhar, praticar esportes, participar de eventos, ler jornais do Além! Tudo em caráter facultativo visando seu crescimento.

Gostei muito dos limites impostos sobre as conversas entre pessoas de épocas diferentes – linhas que poderiam causar catástrofes, se ultrapassadas – como as pessoas que viveram no nosso século não poderem se comunicar com os da pré-história. Ali não importam as vestes de alguém, suas posses, funções, idiomas nativos ou seu passado. Todos são semelhantes e podem conviver em harmonia, desde que sigam as regras. Inclusive, eu ri muito com o primeiro encontro de Dimítris com Lepidus:

_ Ouvi falar muito de você nos livros e na internet...
_ Internet, o que é isso? Onde fica?

ANNE, A CUPIDO

No Paraíso, Dimítris faz outra amizade valiosa: Anne, uma cupido ruiva, de lindos olhos azuis, beleza estonteante e com uma história que guarda tanto mistério quanto sofrimento... e que só descobrimos mais para a frente. Ela orienta as pessoas nas questões de amor, e não apenas o passional. E, supostamente, não poderia namorar.

Obelisco é muito divertido e cheio de graças, especialmente ao lado dela. Meu capítulo favorito foi o 8, quando vimos mais de perto como era a relação entre eles. Ele sempre leva as coisas no bom humor – e saber da vida dele na Terra explica muitas atitudes.

"Existem amores que não acabam com a morte"

PONTOS A DISCUTIR

Primeiro.
Se duas pessoas realmente se amam, uma deixa a outra livre para que fique ou volte por vontade própria. É justo forçá-la a se apegar a uma promessa como a que Mariah fez? Considero, no mínimo, cruel que a pessoa se sinta impedida de dar um novo passo e seguir com sua vida porque se agarrou a uma obsessão, ou a uma tentativa que pode ser bem-sucedida ou não. A não ser pela ligação entre eles, que é tão forte, como Anne reparou...

_ Vocês dois têm uma conexão muito grande, eu nunca vi isso!
_ Nós dois somos um.

Segundo.
A continuidade das funções que se realizava na Terra. Vale a pena continuar apegado a uma realidade que já não é sua, às pessoas e coisas terrenas, agora que a sua alma tem a chance de evoluir espiritualmente? Isto não pode fazer bem a quem está aqui ou a quem está lá. Se fôssemos para permanecer juntos, não seríamos capazes de viver para sempre?

Vemos o estado em que Mariah se encontrava no Natal: crente de que ele voltaria, ela desafiou até a descrença dos pais e preferiu se isolar.

Terceiro.
Ciente de todas as consequências, Dimítris não pensou duas vezes antes de topar uma forma ilegal de incorporar a forma humana e voltar à Terra, mesmo abusando da condição de um anjo-semideus. Será válido arriscar a eternidade por uma fração do tempo que, comparada àquela, parecem segundos? E mais... num Torneio de que devem participar 2 BILHÕES de candidatos? (E isto não é uma hipérbole)

"Não desista do seu sonho, pois se todos pensassem somente nos números, ninguém participaria"

Quarto.
É possível uma pessoa morrer de tristeza? Definhar sentindo aquele tipo de agulhada incômoda no peito, aquela dor que não passa? Sim, já vi acontecer e não é algo bonito de se ver: é triste, doloroso e é algo que você certamente não vai querer presenciar nessa vida. Lembrei desse caso quando descobri a razão da morte prematura de Anne, aos 21 anos.

XAMÃS E SENSITIVOS

Engraçado, os xamãs (que incorporam) e sensitivos (que ouvem e psicografam) já estão de tal forma habituados ao contato com espíritos que nem se assustam mais. Achei interessante sua função na história. É muito bonito imaginar alguém que cede parte de sua vida a uma missão espiritual linda como esta.

O TORNEIO DOS CÉUS – Treino e Eliminatórias

Num estádio de proporções fenomenais, que faz o Coliseu de Roma parecer uma arrumação bonitinha de Legos, um evento permite a união de embates corporais e energia angelical e promove a chance de alguém ascender a anjo-semideus. Apenas uma vaga. Naturalmente, seria uma briga para vencer ou vencer.

"Desafios nunca faltarão"

Eu simplesmente amo alguns mistérios da vida (e, no caso de Dimítris, da morte): quando você acha que não há mais saída, que ninguém pode ajudar, que está tudo perdido... enquanto permanecer na fé e mantiver seu desejo firme e forte... Vai surgir um modo, uma saída.

E assim, surgiu o ser de capuz que encaminhou Dimítris para o velho Mestre Ramirez – o homem que ensinou o grego a voar, revelar e controlar seu poder, e que o preparou para ser um dos favoritos do Torneio. Entramos na ação, de fato, no capítulo 14, quando Dimítris começou a treinar e, com aquela determinação característica dele, em apenas um mês, já realizava proezas, como bater recordes de Brian, o outro pupilo de Ramirez.

O período de treinamento de Dimítris na mansão me lembrou muito o tempo que Goku passou treinando com Mestre Kame e Kuririn – quando o pequeno sayajin conheceu aquele que seria seu melhor amigo. Mas antes disso, houve competitividade, inimizade e certa dose de inveja porque Goku e Dimítris mostraram poderes superiores em pouco tempo.

Imaginando a relação entre o grego e Brian e lembrando a reação de Goku pela primeira morte de Kuririn, depois da amizade consolidada, penso: algumas pessoas perdem tanto tempo com ciúme, em vez de aproveitar cada minuto da amizade e da convivência para crescer e vencer falhas, mirando-se num bom exemplo.

O embate entre os pupilos do Mestre Ramirez terminou exatamente como imaginei: o resultado mais adequado, dado o poder de cada um e o desejo que ambos tinham de participar daquele evento!

A propósito, veja a diferença entre um mestre e um aprendiz: no treinamento de voo, Dimítris questionou o tempo que outros pupilos levaram para conseguir tirar o pé do chão. Ramirez, porém, resguardou esta informação até que o jovem conseguisse retornar voando a sua casa. Assim, ele não ficaria estressado, comparando-se a possíveis padrões superiores, nem soberbo e relaxado, no caso de ter ultrapassado alguém e resolver que poderia ter uma folga.

Eu já disse que sou fã de Obelisco?

Quando olho para a capa do livro, imagino a arena do Coliseu do Torneio, vista de cima: a esfera gigantesca, de onde os participantes eram observados em ação; na parte superior, a larga abertura representando todos os candidatos; e abaixo, a estreita faixa por onde só passariam os vitoriosos (muito embora Dimítris e seu caráter diferenciado façam questão de levar todos pelo caminho dos vencedores).

Dimítris teve de lidar com o assédio da imprensa no Paraíso pela grande demonstração de seu poder nas eliminatórias do Torneio. É, parece que uma vez repórter inconveniente, sempre repórter.

O TORNEIO DOS CÉUS – A Hora H

Na abertura oficial do Torneio, mais uma vez o amor é posto em destaque, desta vez como responsável pelo bom andamento das coisas. Quando da representação da construção daquele mundo, tudo foi erguido e funcionava corretamente, todos os elementos estavam ali... mas faltava aquele toque, aquela cor.

"Apesar de todo o mundo ter sido criado, faltava amor aos elementos, e apenas isso faria com que todos os outros pudessem viver em harmonia"

Fiquei feliz, mas não surpresa, ao descobrir o poder de Dimítris, porque já suspeitava dele. Surpresa mesmo eu fiquei quando outras habilidades se mostraram no evento: aquilo, eu não esperava. É natural que algumas pessoas tenham inveja dele.

Controlar a rota do poder é muito útil, mas o poder da espada do Tempo é incrível! Vemos aqui a importância do treino na vida de alguém que pensa ser eternamente incapaz de algo porque não consegue realizá-lo AGORA. Treinar é aperfeiçoar.

O bom de eventos assim é que nunca falta o que fazer, o que assistir, aonde ir. Sempre há alguma partida, uma luta e a chance de observar em ação seu próximo adversário.

No caso do embate de dois adversários que pertencem ao mesmo elemento, era de se esperar uma luta grandiosa. Eu adoraria ver no cinema a cena do F3 formado dentro da arena! Tornados, simplesmente, me apavoram mais que furacões, porque são verdadeiros monstros que a gente pode ver e não pode vencer.

Infelizmente, o Torneio terminou com más notícias e elas podem se estender por um bom tempo, mas espero que não!!

PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR

Onde está Parnasos?
E por que Cronos anda ausente há 20 anos?
Um dos dois será o homem misterioso que está tão interessado em Dimítris?
O Torneio verá Obelisco e Dimítris unirem suas forças - já que isso seria muito, mas muito legal de se ver?

ALGUNS PONTOS...

A revisão. Temos aqui uma história incrível, com alguns trechos cuja ordem eu alteraria, e alguns termos, que me deixaram confusa; preciso reler a história, para ter certeza de que li certo como as coisas se revelaram e se desenvolveram. Por exemplo, o funeral do Sr. Ishizuki.

Emoção de fim de capítulo. Sabe aquele gancho que te faz até perder o sono e não dormir direito, só pensando no que vai acontecer depois?

EM SUMA

Onde existe amor, todas as possibilidades de crescimento já vivem e têm plena condição de se desenvolver. É como andar de bicicleta: depois que você enxerga e entende, quando vivencia aquilo, não desaprende: só melhora. Se sumiu, não era amor desde o início.

Nada neste mundo se espalha de forma tão rápida ou cria raízes tão profundas quanto o amor: as pessoas só precisam perceber isto.

E, mesmo que de uma forma obstinada como a do nosso protagonista, creio que Dimítris propôs o mesmo: que não há mesmo limites para um coração apaixonado.


Adorei!
Léo 13/02/2011minha estante
Se eu quisesse saber tanto assim do livro eu tinha o lido logo(Estou-o lendo, obrigado pelos spoilers). Apesar de você escrever muito bem a resenha, não recomendo para quem ainda quer ler O Vale dos Anjos.
P.S: Que resenha grande!Meu deus!E esses últimos parágrafos foram um tanto desnecessários.
E comparar personagens do Vale dos Anjos com personagens como Goku é uma comparação um tanto equivocada e absurda, não acha?


@apilhadathay 13/02/2011minha estante
Oi, Léo,

Lamento que tenhamos tido um primeiro contato logo assim, mas fico feliz que tenha dedicado parte do seu tempo a comentar a minha resenha. Construo cada uma delas com muito carinho e cuidado com as revelações, até porque eu mesma não curto receber spoilers.

Quanto às comparações com Goku, afirmei e reafirmo, como fã do anime desde que estreou na TV (e dos mangás) que não foi equivocado nem absurdo: foi o meu ponto de vista, referências que encontrei.

O livro é realmente bom, criativo e divertido, tenha uma ótima leitura e boa semana, ok?




Ana Carolina 31/01/2011

Uou! Que mistérios hein? Afinal, onde está Cronos e que Deus é aquele que se esconde? rsrs

O Vale dos anjos tem uma narrativa bem diferente dos outros livros que costumo ler, porém gostei da história e agora é esperar o próximo para ver o que vai acontecer. =D
comentários(0)comente



LCaldieri ; 28/01/2011

http://pensandoelendo.blogspot.com/2011/01/resenha-o-vale-dos-anjos-de-leandro.html
comentários(0)comente



Marcinhow 05/01/2011

http://marcinhoweoslivros.blogspot.com/
Dimitris, um jovem grego, casado a pouco tempo, ainda vive no mar de rosas que o inicio do casamento proporciona, mesmo tendo perdido o pai recentemente.
Tudo é muito comum e pacato na vida de Dimitris, até que o pior acontece, e ele é pego de surpresa pela morte. Mas o que todos acreditam ser o fim, na verdade é o começo de uma incrível aventura.
Dimitris passa por um julgamento, e é aceito no Vale dos Anjos, lá, ele faz amizade com varias pessoas, mas sues melhores amigos são Anne e Obelisco, ambos apresentaram a Dimitris o novo mundo, onde agora ele reside.
Mas o lugar onde todos querem estar, um verdadeiro paraíso, não é o bastante para Dimitris, nada daquilo importa, pois ele está sem Mariah, sua esposa e o amor de sua vida e “morte”.
É quando surge a incrível oportunidade de voltar a vida, mas para isso, ele terá que participar e vencer o tão concorrido Torneio dos Céus.

Antes de qualquer coisa, O Vale dos Anjos foi um dos melhores livros que eu li em 2010, e o melhor de todos os livro nacionais de 2010.
Leandro Schulai soube misturar elementos como musica, animes e cinema com suas próprias ideias, o que fez de O Vale dos Anjos algo bem singular em meio a tantos livros sobre anjos que vem sendo lançados no mercado.
O Vale dos Anjos é tudo o que eu estava esperando e mais um pouco, Schulai está de parabéns. Agora o que me resta, é esperar o segundo livro.
Agora, só aqui entre nós, a capa da parte 1 é incrível, espero que a capa da parte 2 não decepcione.
A... Lembrando que o autor prometeu fazer um vídeo exclusivo para vocês, leitores do Marcinhow e os Livros, caso o livro dois seja aceito pela editora, então borá twitar muito para a @novoseculo lançar logo O Vale dos Anjos – O Torneio dos Céus – Parte 2
comentários(0)comente



Fabiano Baloo 03/01/2011

Expectativas...
Quando nos apresentam um livro, a primeira impressão é importante. Alguns dizem que não podemos nos levar por efeitos e sensações causados por um projeto gráfico belíssimo, ou mesmo pelo nome ou sinopse, mas que a história é que importa. Discordo um pouco, sou um apaixonado por capas de livros, e elas me encantam sim.
Quando vi a capa de O Vale dos Anjos - O Torneio dos Céus (parte I) pela primeira vez tive um #surto. Enloqueci. vibrei. Boas vibrações pareciam emanar daquela imagem. Procurei resenhas do livro, informações do autor, e bom. Só encontrei coisas boas. E assim criei expectativas... Grandes Expectativas!

Bom, O Leandro Schulai é um jovem escritor, nascido em 1986. Paulistano ( acho que é... hehehe). Esse é o seu primeiro livro e tem em sua mente mais 5 volumes para essa história, fechando um ciclo com 6 volumes.

O livro nos remete a história de Dimitris Saloustros, um jovem grego de 22 anos que morre e descobre que a vida após a morte é bem diferente do que podemos imaginar. Ele deixa na terra uma esposa apaixonada Mariah.
Sua vida pós-morte é embalada por duas amizades - o que dá uma bela estrutura e inteligência para a história- distintas que são: Obelisco, um anjo-guia-de-enterro com um humor leve - esse é um dos personagens que mais me cativou- e ainda temos a Cupido Anne, que se eu consegui imaginar ela como o autor a descreve... Uau! Ela é linda mesmo! Cativante e com ótimas sacadas.Ainda somos apresentados a outras personagens importantes na história como o Ramirez, um mestre para o Dimitris.
Dimitris que voltar a vida. Ele não aceita a sua morte, pois ama a sua esposa e não quer deixa-la só. Como amante de romances, adorei essa parte. Ele então descobre que haverá um grande disputa chamada Torneio do Céus em que o vencedor terá a chance de se tornar um Anjo-Semideus e assim ele poderá voltar a Terra e ter sua amada Mariah de volta aos seus braços.
No início falei sobre minha GRANDES expectativas sobre o livro e aqui quero fazer minha primeira confissão. As primeiras páginas não me cativaram de forma nenhuma, achei um pouco chato e até em algumas partes infantis. Deu vontade de não continuar lendo. Se Dimitris não morresse, eu o mataria. Ele era muito chato vivo. E o seu começo no Vale dos Anjos é simplesmente cansativo. Muitas perguntas, quase não se tem respostas. (Mais abaixo explico porque as respostas não veêm...hehehehehe).
Como sou uma pessoa insistente continuei minha leitura. Ainda bem que continuei. Quando o "encapuzado" aparece para o Dimitris, a história parece que se torna outra. Diálogos densos e bem construídos. Descrições ricas e objetivas. O livro parece se dividir em dois ali. O final do capítulo 12 é algo surpreendente. Me cativou ali. E vou confessar mais uma coisa. Dessa parte em diante só larguei quando terminei o livro. Li de uma vez só. O livro simplesmente acontece. E da melhor forma possível.
Bom, vou parar de falar por aqui se não empolgarei e darei todos os spoilers aqui...
Grandes Expectativas... Sim, tive grandes expectativas. E elas não foram sanadas. Mas não fiquei triste por isso. Lembram que disse que não foram dadas todas as respostas??? Ainda bem isso significa que tem muito mais dessa incrível história sendo escrita e "maquinada" pelo Schulai. Só me resta ter unhas suficientes para serem roídas até o fim dessa empolgante saga.
Hoje, acredito, que tenho mais expectativas do que antes... mas sei que agora a história será grandiosa.
Parabéns ao Schulai que criou algo impressionante, rico e diria até dramático. Não vejo a hora de estar com o meu O Vale dos Anjos - O Torneio dos Céus ( parte II) em minhas mãos.
Leitura mais que recomendada.
LEIAMOS!
comentários(0)comente



Rafael 03/01/2011

Ótimo! \o
O Vale Dos Anjos - Parte 1 me cativou logo pela maravilhosa arte de capa com tons de verde e azul, e seu escrito dourado. Publicado pelo selo Novos Talentos da Literatura Brasileira, da editora Novo Século, Leandro Schulai se mostrou um ótimo escritor e promete uma saga de arrancar os cabelos. Sim, foi essa a sensação que tive ao terminar a Parte 1 - O Torneio Dos Céus.

Dimítris Saloustros, grego, 22 anos, morre eventualmente em um acidente de carro e deixa sua esposa sem chão onde pisar. O amor entre eles era grande demais para terminar com a morte e é na expectativa de voltar à vida, que Dimítris faz o impossível.

Após sua morte, Dimítris, passa pelo julgamento que o leva ao Paraíso, que é como um mundo paralelo, em que cada pessoa pode ser um voluntário e trabalhar fazendo o que gosta, como na Terra, sendo atendente de telefone, jornalista, balconista, e todas as outras profissões que imaginar, ou tornar-se um anjo que desempenha alguma função específica.
Lá, encontra Anne, a cupido, e Obelisco, o anjo-guia-de-enterro, seus maiores amigos que explicam sobre como viver no Paraíso, que é dividido no Olimpo, lugar onde ficam os oito anjos-deuses, e que dá acesso às dimensões, divididas em períodos de cem em cem anos. E, paralelamente, sobre as Oito-Prisões, lugar terrível, com pessoas que cometeram pecados imperdoáveis.

A única chance de voltar para Mariah é participando do Torneio Dos Céus e, é dessa forma que Dimítris vai em busca de seu maior sonho: voltar à vida.

O livro conta com 416 páginas, mas que nem são percebidas pela forma simples com que foi escrito, proporcionando uma leitura rápida.
O personagem principal é muito expressivo e curioso. Quer saber tudo sobre tudo. Por um lado é bom, pois dá a chance de o leitor saber mais sobre a vida pós-morte no mundo criado por Schulai, mas em alguns pontos se torna cansativo. No entanto, vejo isso como a personalidade do personagem, o que deixa tal característica tolerante.

É visível a herança e características de animes, famosos desejos japoneses, de onde o autor tira inspirações.


# falei mais sobre o livro no meu blog. Continue lendo:
http://lembradaquelahistoria.blogspot.com/2011/01/resenha-o-vale-dos-anjos-o-torneio-dos.html

Espero que goste, pois eu adorei!
Rafael 03/01/2011minha estante
YeaH! E tem promoção deste livro lá no blog!
http://migre.me/3ovDm

Até dia 16/01
Sua chance de ler O Vale Dos Anjos autografado. ;D
Obrigado, Schulai!


Rafael 09/05/2011minha estante
NÃO É PERMITIDA A CÓPIA DESTE CONTEÚDO INTEGRAL OU PARCIALMENTE.
-PLÁGIO É CRIME




Ray 28/12/2010

O Vale dos Anjos
Leandro Schulai é um paulista gente fina, que aos 15 anos começou a escrever essa história se baseando em seus gostos juvenis como mangás e animes. Com o tempo e as críticas de pessoas próximas a história tomou corpo e esse ano foi publicada pelo Novo Século, sob o selo Novos Talentos.
Conheci o Schulai por culpa dos guris do Sobre Livros. Sempre ouvia falar do Leandro nas twitcams dos gêmeos e, num belo dia, assisti uma do próprio autor. Num concurso de rapidez, ganhei o livro dele. Depois de alguns dias comecei a ler e mergulhei de cabeça na história.
Dimítris, o personagem principal, é um jovem saudável, bonito, grego e bem casado. Num golpe de má sorte, o moçoilo morre e fica desesperado. Perder a vida, a esposa e a chance de viver tantas coisas o deixa muito mal.
Para quem tem o costume de ver animes e ler mangás, os sinais de influência são visíveis. As estruturas do Vale, das temidas Oito Prisões e até algumas cenas do livro são visivelmente baseadas no gosto do autor pela cultura oriental de leitura.
Como vocês leram antes, Schulai começou a montar essa história aos 15 anos, o que é marcante no livro. O vocabulário, a estruturação de frases e caracterização singela não escondem a imaturidade do rapaz à época que escreveu. Numa narrativa não é normal que 5 de cada 7 frases comecem com ‘’BOM,’’. Uma falha de revisão, até. Um toque que podia ter sido dado para evitar a fadiga de quem está lendo.
Falando das personagens: O amor de Dimítris por Mariah, sua esposa, é lindo. É o grande motivador do recém morto para tudo que faz. Eu entendo que o amor deles seja grande, mas isso torna algumas coisas irreais na história.
Logo depois de ser enterrado, Dimítris aparece na frente de Mariah e a esposa dele não morre de susto, ela chora, mas ainda assim beija o morto e conversa com ele como se não estivesse acontecendo. O_______________________O’
O tal ‘’Torneio dos Céus’’ é super aguardado e quase todos no Vale se preparam para participar dele. Tanta preparação e alvoroço são motivados pelo seu prêmio final. Com o rapaz não podia ser diferente. Ele se inscreve e começa a treinar.
Aí temos outro ponto: Dimítris não tem dificuldades extremas e não sofre tanto quanto os outros concorrentes do torneio. O que me deixa um pouco irritada com o livro. Enquanto outros levam meses para alcançar um resultado, Dimítris leva dias. Poxa. Isso porque ele acabou de morrer, ou seja, teoricamente, é o mais inexperiente no vale.
Fora o fato de todo mundo que ele conhece ser colocado como uma pessoa ‘’extremamente importante’’ e ‘’um amigo especial’’. Ele é tão amigável que só falta virar amigo dos inimigos. (Mentira. Não falta! huahuahua)
Minha opinião sobre o livro se resume em duas palavras: tem potencial.
Por Que digo isso? Apesar de todos os pontos que levante, não consegui largar o livro. A história emana algo muito interessante, um universo único, fruto da cabecinha doida do Schulai. Há potencial, há o talento que pode ter sido lapidado depois de tantas resenhas e críticas construtivas e por isso eu acredito no potencial do Leandro Schulai e sua história.
Acredito numa continuação mais madura e bem escrita. Não abro mão de saber o final de Dimítris e toda sua batalha.
comentários(0)comente



81 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR