Resenhas - Registros Estelares...

bela_dama 10/06/2024

Oh, olhe todas essas pessoas solitárias
Todas essas pessoas solitárias em um universo tão grande, suas tradições, seus costumes, suas crenças, seus passados, seus tramas, seus conflitos. As reflexões, relações, trocas culturais.

Como interagimos com a morte e como em diferentes cenários outras espécies poderiam interagir com a morte.

’’Quando nosso planeta começou a morrer, nossa espécie estava tão ocupada com histórias. Tínhamos milhares de histórias sobre nós mesmos — isso ainda é verdade, não se esqueça —, mas não havia um número suficiente de nós encarando a realidade das coisas’’


(sei lá, só uma música referência k)
'Sawyer'
Died in the space and was cremated along with her name
Nobody came
(morreu no espaço e foi cremado junto com seu nome,
ninguém apareceu)

Eyas
Wiping the dirt from his hands as he walks from the grave
No one was saved
(limpando a sujeira de suas mãos enquanto se afasta do túmulo, ninguém foi salvo)

Oh, All the lonely people

alinneasilva 04/06/2024

Apesar desse livro ser o menos empolgante pra mim e o que menos me conectou com os personagens, ele ainda me deixou com um quentinho característico dos livros dessa série.
Eu amo muito a ideia de comunidade e diversidade que esses livros trazem, é uma das coisas que mais gosto em ficção cientifica, sejam livros ou séries/filmes.
Nesse aqui, temos uma situação bem utópica que é como os exodonianos tentam viver: num mundo onde todos tem onde morar e ninguém passa fome (como bem lembrado por Sawyer), onde ninguém é melhor do que ninguém e as pessoas contribuem para a comunidade e usufruem dela em igualdade. E é interessante ler como existem visões diferentes sobre essa forma de vida.
Gosto muito de ver humanos (e outras espécies) sendo "humanos": amando, falhando, mudando de ideia e se abrindo pra viver coisas diferentes. E os personagens desse livro tem bastante disso, o que proporciona a bela jornada de encontrar satisfação em coisas inesperadas.

JAssica165 21/05/2024

Gostei do livro, como todos os livros da Becky, mas ate agora esse foi o que menos me prendeu, nao consegui me conectar de fato com os personagens, achei um pouco parado demais.
Mas não é um livro ruim, e como sempre ela mostra como história de pessoas completamente diatintas e que nem se conhecem podem se conectar e influenciar de alguma maneira.

Larissa3354 05/05/2024

Bom
Um dos primeiros livros de sci-fi que leio, a experiência foi muito boa, mas sinto que a autora explica os termos com o decorrer do livro e não quando são introduzidos. Essa técnica não me agradou muito, mas a escrita é muito boa, os personagens são bem interessantes também. É uma boa história, mas não diria que foi incrível.

givmoon 27/03/2024

Nas estrelas, sonhamos.
Os Registros Estelares de uma Notável Odisseia Espacial, escrito por Becky Chambers, é o terceiro livro da série Wayfarers. Embora os eventos deste livro ocorram após os acontecimentos de Uma Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil, as histórias em si não estão diretamente conectadas. Neste terceiro volume, somos imersos na vida dos habitantes da Frota do Êxodo, um conjunto de naves espaciais que, no passado, serviram como refúgio para os humanos em uma Terra devastada e agora formam sua própria comunidade autônoma.

A narrativa alterna entre cinco personagens: Tessa, Sawyer, Kip, Isabel e Eyas. Cada um deles oferece uma perspectiva única sobre a vida na Frota. Tessa, mãe de duas crianças, lida com o trauma de sua filha após testemunhar um acidente terrível envolvendo uma das naves. Kip, um adolescente em busca de aventura, anseia por explorar além dos limites da Frota. Isabel, a arquivista responsável por preservar a história da comunidade, enfrenta o desafio de manter viva a memória coletiva. Sawyer, um forasteiro, busca uma nova vida na Frota. Eyas, uma cuidadora, desempenha um papel vital, apesar das dificuldades enfrentadas por sua profissão.

Becky Chambers aborda temas importantes com naturalidade e sensibilidade. Questões como luto, xenofobia, pertencimento, memória, sexualidade e herança são exploradas ao longo da narrativa. A autora também apresenta trechos de um estudo realizado por uma historiadora sobre a Frota do Êxodo, adicionando profundidade à trama.

Embora a história possa ser considerada mais ?parada? em comparação com os volumes anteriores, a leitura permanece envolvente e fluida. A familiaridade com os personagens e sua rotina cria um sentimento de saudade e nostalgia ao final do livro.

Os Registros Estelares de uma Notável Odisseia Espacial é uma obra reflexiva e emocionante, que nos faz refletir sobre nossa própria humanidade e nosso papel na sociedade.

É uma leitura cativante para os amantes de ficção científica por várias razões:

Exploração Espacial e Comunidade Autônoma: A trama se desenrola em uma frota de naves espaciais, a Frota do Êxodo, que abriga humanos que escaparam de uma Terra devastada. A exploração do espaço, a vida a bordo das naves e a formação de uma comunidade autônoma são temas centrais que certamente agradarão aos fãs do gênero.

Personagens Complexos e Diversos: Becky Chambers cria personagens autênticos e multifacetados. Cada um deles enfrenta dilemas pessoais, lida com traumas e busca seu lugar na sociedade. Essa profundidade torna a história envolvente e emocionalmente impactante.

Temas Relevantes: A autora aborda questões como pertencimento, memória coletiva, xenofobia e sexualidade. Esses temas ressoam com os fãs de ficção científica que apreciam histórias que vão além da aventura espacial e exploram a condição humana.

Escrita Sensível e Reflexiva: Becky Chambers tem uma prosa sensível e reflexiva. Ela nos faz refletir sobre nossa própria humanidade, nossas escolhas e nossa conexão com os outros.

Em resumo, Os Registros Estelares de uma Notável Odisseia Espacial é uma obra que combina elementos clássicos da ficção científica com uma abordagem contemporânea e inclusiva. Se você aprecia histórias que vão além das estrelas e mergulham fundo nas emoções e relações humanas, este livro é altamente recomendado! ?

Beatriz 11/03/2024

Gostei, mas poderia ser melhor?
É um livro interessante, mas não me prendeu como eu gostaria.
A quantidade de personagens me deixou um pouco confusa e senti falta de uma pronfundidade na história de cada um. Achei que demorou um pouco pra história engatar como um todo.
Acho que se fosse um livros com menos personagens e uma história que se conecta mais rápido eu teria gostado muito mais.
Valeu a experiência de sair um pouco da minha zona de conforto.

Zé Guilherme 08/03/2024

O pertencer e a raça humana.
Imagina a Becky Chambers usar esse universo incrível que ela criou, para colocar o foco sob ninguém menos do que a raça humana. É claro que viria pancada. E é claro que viria um dos livros mais LINDOS da série Wayfarers.

Dessa vez não passamos por planetas, mas sim acompanhamos a Frota do Êxodo. Os últimos humanos que saíram do planeta Terra e continuam eternamente vagando numa gigantesca instalação estelar. Os capítulos se dividem entre Sawyer, Kip, Isabel, Eyas e Tessa. Cinco humanos com funções diferentes na Frota, mas que vão aprender e reaprender o significado de pertencimento e resiliência.

Lindo, humano, simples e por isso mesmo único. Terminei chorando mais uma vez. Obrigado sempre, dona Chambers.

AnxietyMe0 04/03/2024

Então, acho que o livro não funcionou tão bem pra mim?

Demorei demais pra me apegar aos personagens e me senti totalmente presa (negativamente) dentro da Frota. Tipo, parecia que eu estava enclausurada, no tédio (parecido com o que o Kip sentia talvez), sem objetivo?
Achei interessante o conceito da Frota, como ela funciona e tudo o mais, principalmente que tudo la dentro segue um ciclo de reaproveitamento.
Creio que entendi também as mensagens que a autora queria passar de ecologia, sentido da vida e tals, mas não sei se me agradou igual?

Parece que viver na Frota, pelo menos pra mim, seria uma tortura de tédio eterno. Só me senti melhor no fim só livro, que parece que finalmente o ?ar estava circulando?. Na ultima parte que me senti menos enclausurada.

Fiquei bem chateada com a morte do Sawyer, mesmo sabendo que isso impulsionou a mudança nos outros personagens e no mundo em si. Sei la, me senti meio traída? Não me senti bacana?

Adoro a autora e sei que a escrita dela evoca muitas sensações, emoções e reflexões de vida, mas a maior parte do livro eu só me senti mal.

Pretendo ler o ultimo da saga, mas ate agora esse foi meu menos favorito, principalmente depois dos outros dois terem sido livros tão incríveis

Professor Eddie 01/03/2024

Que livro lindo
Esse livro fala sobre as frotas exodonianas. Foram essas naves que saíram da Terra para ganhar o espaço. É um livro que traz esperança, respeito entre espécies e uma perspectiva de um bom futuro.

Mateus.Caixeta 24/02/2024

"Os Registros Estelares..." é tranquilo e deslumbrante
Infelizmente não vai dar pra colocar o título enorme desse livro na resenha (e que baita título hein). Aqui não vai ser uma resenha super aprofundada da história e nem nada do tipo. Já deu pra perceber que eu me comprometo mais pra fazer resenha de livro que eu não gostei ou achei medíocre, do que livros que foram ótimos, isso porque eu não consigo expressar tudo que está dentro da minha cabeça em forma de palavras.

A Becky Chambers é uma baita autora, que consegue entregar um simples bem feito. Tanto em narrativa, personagens, ideias e desenvolvimento. E é nesse simples, que ela consegue entregar o ouro das histórias que ela escreve. São tramas mais cotidianas, que não precisam de grandes plots, só bons personagens já é o suficiente aqui. E foi nesses personagens que ela conseguiu entregar livros tão bons na minha opinião. Sério, me conectei facilmente com a maioria.

Dos 3 livros dessa série, esse foi o que eu estava com as expectativas baixas, um pouco por opiniões externas e também pelos últimos livros em si. Pra se ter uma breve noção, o primeiro livro está entre o meu top 3 de melhores livros da vida, além do segundo também ser um favoritado. Pouquíssimos autores conseguiram esse feito comigo, com isso, eu meio que não estava esperando que esse fosse se sair tão bem quanto os outros. E realmente, ele não foi o meu favorito, mas está ali bem próximo aos outros dois.

O primeiro livro é sobre uma longa jornada, que tem "found family", a autora também entrega muito sobre os outros alienígenas que existem nesse universo, sendo o meu maior ponto positivo a criatividade dela. O segundo vai por outro viés, onde mostra o passado das personagens, e como isso converge ao que elas são na trama atual do livro, o que autora faz esplendorosamente, é o desenvolvimento das personagens.

Já no terceiro livro, ao qual estou fazendo a resenha, acredito que seja sobre várias engrenagens, que fazem uma máquina funcionar. Os personagens não interagem tanto entre si como nos últimos livros, é uma coisa individual, quase como se fosse contos. Tem 6 pontos de vista de personagens que são totalmente diferentes entre si, mas que se complementam de uma forma muito bonita. Não teve nenhum pov que eu não tenha gostado, todos foram essenciais pra história. Só teve um que poderia ter um pouco a mais, porém é compreensivel que a autora tenha feito da forma que fez.

O meu maior ponto positivo do livro são os diálogos, principalmente no final que ficam primorosos, até me emocionei com alguns. Eu amo o cuidado e gentileza que a Becky tem com os seus livros, dá pra ver que ela escreve com prazer. Os diálogos conseguiram amarrar o final de todos os personagens. Adorei o final de todos eles, fez sentido com a história que ela queria contar.

O livro não é nenhum arrebatamento, porém ele é gostoso de ler, de se desprender da vida real e degustar uma ficção científica simples, entretanto bem feita.

Como já disse a lenda, Isabela Buscov "É muito bonito, é muito silencioso, é muito discreto, é muito contido. E eu AMEI!"

Damy 14/02/2024

No início eu não tava entendendo nada
No início achei confuso porque parecia que existia mais de uma linha temporal, mas quando consegui engatar na leitura foi bem gostoso. eu amo essa série e quero morar nela

Bruna2012 04/02/2024

"Do solo, nos erguemos. De nossas naves, nós vivemos. Nas estrelas, sonhamos."
Acredito que não tenha explicação melhor do que essa frase.
O livro todo emociona muito, traz reflexões sobre o ser, o pertencer a um lugar, uma família.

Nayra.Teles 29/01/2024

A Frota é ancestralidade
Me emocionai o livro todo. A Frota fala muito sobre pertecimento, família, tradição e ancestralidade. Sobre como um acontecimento pode mudar tudo e impactar diferentes pessoas. Sobre como o mundo muda, mas que essa vontade de não deixar o que veio antes sumir é forte.

Becky conseguiu mostrar como o que nós somos esta ligado a nossa origem mesmo quando ansiamos por algo novo. É lindo!

Kristal 20/01/2024

"Desde o início nós vagamos e vagamos até hoje, mas apesar da longa jornada, não estamos perdidos, voamos com bravura e determinação sem fim".


Se você nunca for embora, sempre vai ficar com essa dúvida. Vai se perguntar como sua vida poderia ter sido se tomou
a decisão certa. Aliás, não. Você sempre vai se perguntar se fez a coisa certa, independente da escolha que fizer, grande ou pequena. Há sempre um caminho não percorrido sobre o qual a gente fica se perguntando. Mas esse ficar se perguntando como teria sido é menos enlouquecedor se você pelo menos souber um pouco como o outro caminho seria. Então, vá. Vá aonde quiser. E talvez você descubra que a vida lá fora é boa, e para você. Talvez encontre essa coisa que está faltando. Talvez não. O que você vai encontrar, sem dúvida, é um pouco de perspectiva. O que esse novo ponto de vista vai trazer, não tenho ideia. Mas vocè vai encontrar. Senão, você vai passar o resto da vida pensando nas pessoas de maneira abstrata. É um veneno, pensar que só existe a sua maneira de viver. A única forma de apreciar o seu modo de vida é compara-lo ao de outras pessoas. Descubra o que você ama, especificamente, em detalhes. Descubra o que você deseja preservar. Descubra o que você quer mudar. Caso contrário, não é amor. É só um apego ao familiar - ao confortável - e isso é uma coisa perigosa para nós que pensamos a curto prazo.

Mari 06/01/2024

Acho que essa coleção dos Wayfarers sempre vai ter um espaço muito gostoso e especial no meu coração. Tenho acompanhado a saga desde o primeiro livro lançado no Brasil em 2017. Desde então, tem sido aquele livro especial (por ser um pouco caro, mas muito muito lindo) que peço de presente de amigo secreto e já pego para ler logo em seguida do natal. Com esse terceiro livro não foi diferente. Eu amo esse universo que ela criou, amo imaginar as possibilidades para as gerações futuras de construirem uma vida fora da terra, já que logo vamos nos extinguir. Os livros dela dão esperança, fazem refletir sobre a vida extraterrestre e a possibilidade de coexistência com espécies que, com toda certeza, estão muito mais avançadas que nós.

Esse terceiro livro foca mais nos alienígenas mais familiares que poderíamos conhecer, os humanos que migraram para o espaço e construíram sua vida na Frota. Foi muito interessante ler sobre os seus rituais e modos de organização para sobreviver no espaço de uma forma que não os levasse a destruição, resgatando princípios ancestrais de comunidade pura. Que incrível imaginar a raça humana vivendo no espaço em forma de comuna, pessoas trabalhando de acordo com suas vocações, moradia, comida, ar e água para todos sem exceções e uma vida sem dinheiro, só trocas. A trama toda no livro é muito simples, mas no fim te leva a refletir sobre o sentido de tudo, de comunidade, de onde vamos e porque no fim, sempre carregaremos conosco o lugar de onde viemos. Leitura ótima e já estou muito animada, mas ao mesmo tempo triste, para ler o último livro dessa coleção.