Resenhas - A Cama da Paixão

Tícia 20/10/2020

Não se deixe enganar pelo título cafona
Pensa numa história em que o mocinho trai a mocinha durante nove anos.
Hum?
Agora, me diz se mediante tal patifaria você não acalentou a imagem do cara sendo atormentado por satã no inferno escaldante para todo sempre?

Pois é, mas eis o improvável: amei o cara.
A-M-E-I.
Contudo, antes que uma turba emputecida chegue até mim com tochas e brados de “queime a bruxa”, dexeu explicar.

Tempão que este livro compunha minha vasta lista. Anos, pra ser mais precisa.
Só que eu não lia porque não tinha o bixim na estante e também porque ficava cabreira, afinal, uma penca propalava o quão bosta era o mocinho.
Fora o tema infidelidade que, por definição, escangalha a boa vontade.

Mas um dia, o livro caiu na minha frente e decidi encarar.
Sabe uma história muito, muito boa mesmo? Que te envolve tanto a ponto de você se esquecer da vida lendo e, por isso, passa o dia seguinte descompensada pela farta letargia?

Na cama da paixão é o terceiro livro de uma série e conta a história de John e Viola.
Os dois são casados há quase nove anos, mas se odeiam, segundo as más línguas. Vivem vidas separadas – por uma situação do passado – e geral sabe disso: se um deles é convidado para festas, o outro tá a quilômetros.
John, nesse ínterim, passa rodo na mulherada, visto que seu faustoso pinto não pode ficar ocioso.

Até que um dia acontece um troço e ele precisa de um herdeiro. Com a esposa. Que não quer ver ele nem besuntado de brigadeiro.

Bem, mas o fato é que a história começa nesse ponto e basicamente gira em torno dessa reconquista. Ele precisando recuperar Viola extremamente ferida depois de tanta merda por ele defecada no período em que estiveram separados.
E tudo vai sendo desenvolvido de uma maneira leve, embora o tema seja tenso.

Aí é que falo: tem traição que a gente até entende os porquês. Olha o que eu falei, chiliquento: entende, mas NÃO concorda. No caso dos mocinhos, John realmente foi um filho de chocadeira, mas ele conseguiu se redimir, pra mim. Não vou falar o motivo e nem como ele conseguiu tal façanha, se não conto o livro inteiro e muito da história é sobre a redenção do cara.

Sei que muita gente não se convenceu e continua torcendo pra ele morrer seco e arreganhado, contudo eu perdoei. Porque sou fácil assim. :/
Mas sabe por que John me ganhou? Porque ele não tentou ser quem não era, não tentou dar desculpas esfarrapadas, nem mentia pra mocinha. Ele era sincero na sua patifaria.
E incrivelmente apaixonado por ela.
Senti isso em cada linha da história.

Aí você pensa: se fosse apaixonado, não traía. Bem, levemos em conta a mentalidade da época, o contexto, os valores. Era normal pra alta sociedade sair pegando geral, desde que discretamente, já que a maioria dos casamentos era negociado e não baseado em amor.
E John seguiu esse fluxo, mesmo estando apaixonado.

E olha que nem entrei no mérito de que ele era incrivelmente atrevido, hilário e espirituoso.
A mocinha? Osso duro de roer. Viola não facilitou, pelo contrário, e ele teve que ralar MUITO pra conseguir o perdão.

E não espere longos e melequentos discursos de John pedindo desculpas pelo vacilo. Sim, o meliante não profere as palavras, mas se você prestar bem atenção, suas ações vão fazendo isso por ele.

Amei, amei totalmente e, claro, favoritei.

E se você, caro leitor, agradou e se interessou pelo livro, tenho que te dar uma notícia de merda.
A cama da paixão foi publicado aqui no Brasil pela Nova Cultural com o nome de Nosso amor de ontem. Mas a desgraça está no fato de que a história foi impiedosamente estropiada para caber nas parcas páginas dos livros de banca. Ou seja, metade da história foi cortada. Sim, uma desgraça.

Ebooks com o título A cama da paixão rolando por aí? Essa mesma versão estropiada da NC.
Como ler? Comprando pela Wook de Portugal.
Dinheiro? Aí, colega, se você souber como arrumar, conta pra nozes que nozes agradece.

Recomendo demais da conta.
;)

CarlaC 30/09/2011

Desde que li Um Amor Quase Perfeito da Sherry Thomas me tornei subitamente mais tolerante com relação ao assunto “infidelidade” e eu descobri que, dependendo da forma como a autora nos apresenta a questão, é possível eu apreciar bastante um romance, apesar de abordar um assunto desses.

Mas acho que Sherry Thomas foi mais feliz com “Um Amor Quase Perfeito” do que Laura Lee Guhrke com “A Cama da Paixão”. Infelizmente, nesse livro o mocinho não me convenceu totalmente. Provavelmente porque eu achei que ele não se redimiu convenientemente (ou pelo menos como eu gostaria). Acho que esse mocinho precisava ter passado pelas mãos da Judith McNaught para aprender algumas lições. rs

Fiquei várias vezes com a sensação que Viola estava vivendo na época errada e que era uma incompreendida, pois quase ninguém entendia que ela, como garota apaixonada que fora um dia, tivesse esperado certas coisas do noivo. Como honestidade, integridade… e amor. Me lembrei da poetisa Florbela Espanca que costumava dizer que vivia na época errada porque ninguém a entendia. Eu sei que manter amantes era uma coisa comum na época, assim como os casamentos de conveniência, mas Viola se casou por amor e John a fez acreditar que era correspondida. Quando descobriu que havia sido enganada ela ficou de coração partido e não conseguiu mais partilhar a cama com um homem que dizia amá-la mas havia se casado com ela por dinheiro.

John apesar de encantador não me fez perder a cabeça por ele. Ele não me deu motivos para querer defendê-lo e abraçar a sua causa. Durante grande parte do livro eu não o vi arrependido ou com vontade de se desculpar. Eu o vi, sim, volvidos 9 anos, tentar desculpar o seu comportamento infiel atribuindo culpas a Viola. E isso não abonou em nada a favor dele moralmente. Por mais compreensiva que eu seja com relação ao papel que o passado dele teve na pessoa em quem ele se tornou, acho que após o mergulho dentro de si mesmo e de ter reconhecido uma série de coisas, ficou faltando uma verdadeira cena de redenção perante Viola. Cheguei mesmo a achar que esse livro iria terminar sem uma declaração de amor da parte do mocinho. Quando ela finalmente aconteceu… eu esperava mais.

Acho que esse livro também perde para o primeiro da série na parte sensual. Não tenho memória de algo ter me desagradado no primeiro livro com relação às cenas de sexo mas neste achei que ficaram um pouco vulgares e demasiado gráficas. Se isso é algo que não me incomoda em alguns livros, neste achei desnecessário.

No geral eu gostei bastante do livro. Acho que a autora teve uma atitude ousada ao escrever essa história e ao criar um mocinho tão “imperfeito” mas quanto a mim é uma história que tinha mais potencial. O meu preferido até agora foi o primeiro livro da série.

Dgl 17/03/2021

Amor e ódio
Como já dá pra ver na sinopse o livro aborda o tema adultério , então durante minha leitura fiquei naquela oscilação de gostar e odiar o mocinho . Fui nessa até o final e mesmo gostando da historia nao consegui aceitar ele. Ele foi sincero sempre, mas algumas.vezez eu preferia um pouco menos de siinceridade. ?

Kelli 19/04/2020

Que tema difícil, complicado. Acredito que não seja um livro que todos vão gostar. Mas eu gostei. Me despertou várias emoções e me levou a várias reflexões também. Costumo dizer que boas histórias fazem isso. Personagens humanos, reais. Mais próximo da realidade. Aqui não tem conto de fadas, aquele mocinho perfeito ou até mesmo aquele libertino regenerado, idealizado que tanto gostamos. Foi difícil, angustiante, visceral e bonito. Sim, muito bonito. Visceral e bonito.
Me roubou lágrimas no final.

Carla.Lorenzi 27/08/2010

Maravilhoso! Diferente! Especial! O casal já está casado há 9 anos, mas não se falam ou se olham! Ele, por necessitar de um herdeiro, quer reconquistar a esposa e, é claro, ela não aceita! Mas ele dá um jeitinho de convencê-la (e vcs imaginam o jeitinho dele! hahahaha).
É um livro diferente mesmo! Para vcs terem uma idéia, no final, a ex-amante dele (é isso mesmo!) aparece com um bebê na sua porta e o casal, agora reconciliado, assume totalmente a criança.
Esse livro tem uma história meio paralela e posterior ao Prazeres Proibidos da mesma autora.

Ianem 11/07/2020

Pensa numa bicha arretada no livro do irmão e no livro dela a bichinha é toda torturada pelo marido patético! Não aceito Dafne defender não! Todo errado sim!

Lizzy 23/10/2010

Um marido infiel merece uma segunda chance?
Nesse livro, vamos conhecer a estória do conturbado casamento de Viola, irmã de Anthony, protagonista de Prazeres Proibidos.
Viola e John estão casados há nove anos, mas vivem separados há oito anos e meio.
A união do casal ocorreu de forma arrebatadora em virtude do intenso amor de Viola e pela necessidade de dinheiro de John, o qual buscou um casamento de conveniência. Mas a ruptura logo acontece quando a vida lasciva e despreocupada do marido é revelada à Viola, cuja decepção afasta-o do convívio conjugal por vários anos.
John, entretanto, quando se vê motivado a possuir um herdeiro, tenta de todas as formas a reconciliação, mas terá que vencer os ressentimentos e mágoas de Viola, nutridos há anos pelos vários casos amorosos do seu marido.
Ao longo da estória, percebemos que o foco é a redenção de John, pois apesar dos erros do passado, ele busca verdadeiramente vivenciar o amor com sua esposa. Viola, por sua vez, teve a sua contribuição na separação, na medida em que se mostrou resignada e não lutou pelo reestabelecimento do casamento. Mas, confesso, que não me vislumbro com o tamanho do autruismo de bondade dessa protagonista para com suas rivais (é ler e conferir o porquê).
A estória oportuniza que o leitor vivencie com os diálogos e a narrativa do contidiano e intimidade do casal, o quanto é difícil reestruturar um casamento quando não há fidelidade. Ainda bem que o final é cor-de-rosa. Adorei.

Silvanna 21/12/2011

Amor que ultrapassa tudo
Gostei bastante desta história. Não é uma história fácil, e não é nada fácil perdoar um ser tão imperfeito como o mocinho é!
Mas do meu ponto de vista a autora explora bem a história e o mocinho vai-se transformando. Confesso que não seria capaz de o perdoar mas a história é bem linda e vale a leitura.
Gosto muito desta autora!

Boas leituras :)

Miss V 09/07/2020

Quando eu li o primeiro livro da série, fiquei ansiosa para ler a história de Viola, pois parecia ter potencial. Como eu estava enganada!
Depois de oito anos de libertinagem com as amantes, John descobre que precisa de um herdeiro. Então ele procura a esposa, exige seus "direitos de marido" e ainda tem a pachorra de dizer que ela terá de lidar com tudo que ele fez. Não há arrependimento, não há redenção. O pior é que toda a culpa é jogada na mocinha, por não ter relevado sua traição e por tê-lo afastado, o que teria jogado aos braços de outras mulheres. Como se não pudesse piorar, o desfecho é revoltante e repugnante. Nada me deixa mais puta com um livro do que uma autora machista.

Strecht 03/07/2013

O livro é algo intenso e nota-se alguma influência da prosa de Austen, com um Hammond orgulhoso e sarcástcio, melhorado com pequenas pinceladas de humor e sensualidade. Viola por seu lado é alguem para quem os dogmas da época não se enquadram, ela não se contenta com um casamento de conveniência e sem amor, como seria de esperar aos da sua classe. O Livro é bem escrito, os diálogos são ponderados, mas o que não me convenceu não foi o caminho trilhado por Hammond com as suas inúmeras infidelidades...até pq era algo usual para a época e de facto não mantinha qq relação c a mulher e tb não me chocou q ele tivesse abandonado a Viola...no fundo ele sabia que ela não o ia perdoar...não naquele momento. A mim o que não me convenceu foi a Viola, é certo que o amor transforma, mas não ao ponto de trocarmos os nossos valores, q no caso da protagonista eram extremamente vincados. Viola era orgulhosa, foi ferida e humilhada, tendo que suportar todas as amantes do marido....a reviravolta na sua maneira de ser não me convenceu....a autora tentou suavizar esta questão mostrando q apesar do perdão eles não iriam ter uma vida isenta de dificuldades...mas mesmo assim não deixamos de ver um neon cor de rosa a piscar em fundo.

Lerrânia 30/12/2017

Mocinho Imperfeito
Esse romance me tirou da minha zona de conforto literária. É diferente do estilo água com açúcar, ou romance de mulherzinha, ao qual estou acostumada: com seus mocinhos perfeitos, fáceis de se apaixonar, e mocinhas idealizadas, que se tornam exemplos.

O John é o mocinho menos idealizado que já encontrei em um romance, um homem egoísta (e outros adjetivos que eu gostaria de dizer, mas minha educação não me permite) e, por isso, cruel. Fere sem ter consciência e age sem ter noção das consequências que suas ações acarretam (principalmente nos outros). Senti muita raiva dele ao longo da história.

Já a Viola, que à primeira vista é apenas uma vítima, acabamos por perceber que também tem suas falhas, ao ser radical em seus julgamentos, ao idealizar o marido e depois não saber como lidar ao perceber que ele não corresponde a esse ideal, que é imperfeito e que erra.

São os protagonistas mais humanizados que já li, principalmente o mocinho, o que despertou em mim emoções contraditórias - me fez rir, chorar em vários momentos, sentir compaixão, compreensão, raiva, mágoa..

SPOILER: Apesar de ter lido o livro em uma tarde (eu não conseguia largar, a história me envolveu completamente), não sei como avaliá-lo. Gostei do final, do amadurecimento do John, e de ele ter realmente se apaixonado pela Viola - mesmo sem precisar mais dela para lhe dar um herdeiro, ainda assim escolheu viver com ela, apenas porque a amava. Mas em nenhum momento ele chega a pedir perdão com palavras, e eu não soube bem como lidar com isso. Acho que simplesmente não sei lidar com o livro, com os sentimentos que ele despertou em mim. Não sei se o perdoaria ou não, e mesmo que o perdoasse, não sei se conseguiria seguir convivendo com ele.

Mas algumas lições de vida, isso certamente esse livro me ensinou.

biancap. 03/01/2023

a cama da paixão
o cara trai a moça por muito tempo e depois quer reconquistar ela. quando vi que era isso pensei "ah pelo amor de deus", nem queria mais ler mas quando vi já tava presa na leitura torcendo pela reconciliação ou não, muitas vezes eu sentia ódio, mas sempre torcendo por um final feliz. essa leitura me prendeu muito, foca no romance e sentimento deles do começo ao fim, muito boa e envolvente.

sasami 02/02/2019

Segunda chance pra canalhas
Viola casou novinha e apaixonada por John. John teria que ser casar pois a propriedade dele estava em ruínas e cheio de dívidas (nada muito diferente do habitual).A mocinha descobre depois de 6 meses de casados que ele nunca a amou e mantinha uma amante até o dia do casamento. Triste e revoltada ela se afasta dele e ele o que faz? Procura uma outra amantee assim por diante.
Nove anos de passam e seu primo, que era seu herdeiro, morre e ele não quer deixar o título e as propriedades pra seu outro primo. Então depois de todos esses anos John resolve procurar a esposa pra que ela cumpra as obrigações de esposa e gere o herdeiro.
A história não me convenceu achei jonh um cretino. E nesses casos eu sempre torço pra haver uma reviravolta e a mocinha encontrar alguém que preste. Há livros em que a gente até consegue perdoar o canalha, mas não foi o caso desse. Não me convenceu a história deles e mesmo com viola amando o John eu não vi na história o esforço verdadeiro de redenção. E o final pra mim, complicado... Não vou me estender pra não tirar a graça de quem vai ler.
A história foi muito rasa em relação a todos os sentimentos envolvidos nesse caso. Não torci pelo casal e o final não me convenceu.

neli 08/05/2011

Ótima continuação
Esse livro é maravilhoso e imperdível para quem gosta de romances históricos.

Ele é o terceiro(achei que era o segungo) dessa série, que começou com o Prazeres proibidos.
Conta a estória de Viola, que se casou, apaixonada, com John e depois descobriu que ele tinha se casado com ela por dinheiro.
Eles se afastam e vivem vidas separadas por vários anos, até que o primo de John, que era seu herdeiro, morre. Ele, então, tem que convencer Viola a voltar a viver com ele e "produzir" um rebento.
Então começa a missão de seduzir a esposa.

Poxa, esse livro é demais, super sensual e bem escrito.
Foi lançado ela Nova cultural, com metade das páginas e com a personagem com o nome de Victoria. Ecca.
Recomendado.