Resenhas - O Dia do Curinga

eurenato 19/01/2024

A cabeça só o baralho
?A capacidade humana de atribuir sentido às coisas é incomparável. Seja nas estrelas, seja nas cartas do baralho, seja no acaso. Somos capazes de desvelar os mais profundos segredos dentro das mais irrelevantes situações. Basta um olhar cuidadoso, uma criatividade aguçada. É um dom fascinante.
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A maioria das respostas para coisas que não se tem resposta são oferecidas por essas reflexões. A paixão pelo sentido maior das coisas nos fez desenvolver religiões, elaborar leituras místicas dos planos sensíveis, fundar estruturadas filosofias.
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Toda uma combinação de crença, convicção. São formas de ver o mundo que permitem que sejamos quem somos. Crer e ser são complementares. Verdades.
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Eu me encanto com coincidências. Dos nomes, dos momentos, das circunstâncias. Pessoas incidem num mesmo espaço e tempo por diversos motivos e com efeitos inesperados. Mas as aproximações levam consigo sentidos que só um olhar profundo pode interpretar.
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O curinga é aquele que não pertence a nenhum naipe, não está acomodado em canto algum do baralho e aparece pra questionar o sentido das coisas. Quando ele aparece é hora de mudar.
Quem quer entender o destino, tem de sobreviver a ele.

Pedro 19/01/2024

Livro foda
O livro tem personagens bons, complexos, traz muitas reflexões da vida e até que bem positivas. O livro tem sim um final, explica bastante coisa , e te gera curiosidade.

lena 06/01/2024

A vida é uma loteria gigante, da qual só se vêem ganhadores
Que livro excepcional!! Não conseguia deixar de lado por nem um minuto, uma história envolvente e super criativa que dá vontade de sair vivendo aventuras pelo mundo! O livro traz diversos questionamentos importantes de maneira sútil mas também muito precisa.
Que sorte a minha ter oportunidade de ler essa obra, espero que um dia eu consiga de fato me tornar um Curinga.

Isadora 04/01/2024

É melhor ler a filo do livro didático. Prepotente e pedante
A fantasia é interessante, e a dinâmica familiar do pai fumante e alcoólatra, porém nada agressivo, e o filho, é muito bonita e saudável. Só não achei nada realista a parte em que o pai perde o vício, porque foi muito rápido e súbito. A questão da mãe não foi explicada, o que ficou a desejar, afinal o livro todo é basicamente a busca por essa mulher, mas os motivos de ela ter ido embora e nunca voltado não foram esclarecidos ao leitor.
Eu me irritei um pouco quando o livro falava sobre o sentido da vida, sobre como é incrível estarmos vivos e tudo o mais, e que era uma tristeza se acostumar com esse absurdo. E eu realmente me acostumei com esse absurdo, até porque se não ficasse deslumbrada com isso constantemente eu não estaria num curso de biológicas na faculdade. Mas foi também irritante que o autor insiste que o fato de achar a vida um milagre é algo muito raro na humanidade, e que as pessoas que pensam nisso são loucas, raras e solitárias. Acho que não é verdade, pelo menos hoje, por causa que todo mundo já teve 13 anos e foi com mais ou menos essa idade que acredito ter visto mais pessoas pensando sobre o assunto.
Além disso, tem uma questão machista sutil, que é a ideia da feminilidade como algo que revela uma personalidade superficial e banal, como quando o autor é pedante e prepotente sobre a capacidade intelectual de uma mulher bem vestida ou que está passando batom. Aconteceu mais de uma vez de o autor escrever explicitamente que pessoas com hábitos totalmente comuns e quotidianos, apenas por terem esses hábitos, são pessoas rasas e alienadas. Ex.: Conversar alto, se bronzear, comer salsicha, ser gordo (?), ser vaidoso, etc. e isso me irritou por ser uma mentira e um absurdo.
Acho que existem mais pessoas do que o autor imagina que pensem sobre o fato de existir nosso planeta, universo e estarmos vivos. Sem contar a visão meio deturpada dele em não levar em conta que muitas pessoas precisam trabalhar muitíssimo e não têm condições de ficar deslumbrando a natureza, ou as condições de vida dificultam muito ter esse olhar bonito e deslumbrante sobre a existência, quando a existência do observador é dificílima.
De resto, é um livro ok. Acho esses pontos repreensíveis danosos a quem lê e está ainda formando sua personalidade e identidade.
A fantasia é legal, mas acho que não recomendaria esse livro, e sim ler a apostila de filosofia do ensino médio.

FeFa 31/12/2023

Ao passo que o livro O Mundo de Sofia é mais didático contandona história da filosofia e diferentes linhas filosoficas, O Dia do Coringa é um papo filósofo ser acadêmico.
Uma brisa muito grande, uma história que me prendeu e dentro do mundo criado tudo fez sentido.
É preciso atenção para não se perder quem está contando o que.

na carstairs 12/12/2023

O dia do curinga
Foi uma leitura bem obrigatória. tive que ler para aula de filosofia e odeie sinceramente. achei tudo muito ????

LuDosLivros12 10/12/2023

Nunca mais vou ver um baralho do mesmo jeito!
Confesso que, apesar do começo chatinho e meio parado, foi uma boa surpresa. Assim como os outros livros do autor, ele traz várias reflexões sobre o tempo, o destino, a História e sobre o que é ser humano, deixando o enredo mais instigante. Acho que de agora em diante eu vou lembrar desse livro toda vez que tiver um baralho por perto kkkkk

Lilian 08/12/2023

Leve, divertido e inteligente
Uma história com um ponto de partida tão simples e que vai ganhando complexidade com o passar do livro.
O dia do coringa te faz refletir acerca da existência humana e de como nos acostumamos com a viajar mais incrível que existe: a vida.
É um livro extremamente inteligente, com frases ótimas e com uma mensagem que precisamos ouvir às vezes.

MonstrosAlados 04/12/2023

O grande mistério
Esta deve ser a quarta ou quinta vez que leio O Dia do Curinga.
A história de Hans-Thomas e seu pai tem um lugar definido no meu coração: está bem aconchegada entre as leituras da adolescência e as leituras da vida.
O mundo do livrinho que Hans-Thomas lê é fantástico. Mas, mais fantástico que ele é o mundo de verdade. E é isso que O Dia do Curinga me lembra.
Estou vivo. Eu existo. E essa é a maior aventura que eu poderia viver.

Giovana.Brugnara 19/11/2023

O dia do Curinga
?Quem quer entender o destino tem de sobreviver a ele?

Mais um acerto de Jostein Gaarder, achei a premissa da história muito interessante e ela é muito envolvente, você começa a ler e não consegue parar mais.

Me senti muito conectada com os personagens, as reflexões são muito válidas, a jornada dos personagens é muito boa de acompanhar e a história do marinheiro Hans é a melhor coisa do livro.

Acho que é um livro que todos deveriam ler pelo menos uma vez na vida.

Bárbara 18/11/2023

Esse livro é meu Império Romano
Eu comecei a ler esse livro com as espectativas baixas por uma pessoa que eu conheço ter abandonado mas cada vez mais eu penso em oque ela tinha na cabeça pra para de ler essa obra prima literária. O autor por si só é genial e o livro não é diferente. Ele conta a história de um menino ,que foi abandonado pela mãe, e seu pai indo apara Atenas em busca de sua mãe, mas no caminho ele encontra um anão que lhe dá uma pequena lupa e diz que será útil em determinado momento, ele encontra um livro e assim a história segue (para não dar spoilers).
É um livro que com cert3za eu daria muito mais de 5 estrelas e é um dos livros que eu pegaria se minha casa tivesse pegando fogo ou se eu tivesse que escolher livros pra levar para uma ilha deserta. Acho que todos deveriam ler esse livro pelo menos uma vez e eu já estou ansiosa para ler de novo.

dudastopa 08/11/2023

Conhecendo o autor é de se esperar uma viagem filosófica. Jostein não decepciona, os diálogos são maravilhosos e os questionamentos sobre Deus e existência são intrigantes. Além da filosofia, o mistério que cerca o personagem principal torna tudo mais interessante. Não teria como ser diferente, um ótimo autor que mais uma vez fez um ótimo livro.
4 / 5 ??

Alvaro Junior 16/10/2023

O Dia do Curinga (Kabalmysteriet)
Alguns meses atras estava conversando com uma profissional da área de historia, sobre inúmeros assuntos das ciências humanas, e no meio da conversa começamos a indicar livros um para o outro, de um autor que percebemos gostar muito.
O livro que ela me indicou foi O Dia do Curinga, de autoria de Jostien Gaarder, famoso escritor norueguês de livros infanto juvenis, onde aborda muitos temas sobre filosofia.
A historia deste livro se centra em um relato de um garoto chamado Hans-Thomas, quando o mesmo tinha 12 anos e empreendeu junto com seu pai uma viagem de carro da Noruega até a Grécia, para procurar sua mãe que a 8 anos havia deixados. Esta aparentemente simples viagem se transforma em uma aventura de descobertas sobre o passado, presente e futuro, de Hans-Thomas e sua família, quando alem das conversas filosóficas de seu pai sobre vários assuntos, nos é contado uma historia fantástica historia paralela.
Para quem pegou o livro pela primeira vez, deve ter notado que cada partes pertence a um naipe e os títulos dos capítulos são nomes das cartas de baralho com pequenas frases no subtitulo. Esta organização se deve a um dos mistérios do livro e vai se tornando clara na historia paralela, onde conhecemos Frode, sua bebida purpura cintilante e seu misterioso baralho.
É interessante notar que o autor, no meio das pausas filosóficas do pai de Hans, levanta questões sobre a vida e o destino, com pontuais citações a pensadores da Grécia clássica e aos mistérios de seu mundo mitológico. Em paralelo as duas historias do livro se cruzam em vários pontos como na temática sobre os efeitos nocivos do alcoolismo, maldições de família, o existencialismo e o poder da imaginação. Nestes dois últimos casos somos apresentados ao mistério baralho de um naufrago.
Este baralho serviu ao seu dono de varias maneirar em seu isolamento, em uma ilha maravilhosa, ajudando na contagem do tempo, onde um mês teria 28 dias, um ano treze meses, com cada dia e ano correspondente a uma carta, percorrendo um ciclo de 52 anos. As cartas também foram usada para que fosse realizado um jogo especial de paciência, onde cada carta ganhou vida e deveria dizer em um dia especial, o dia do curinga, uma frase que organizada contaria uma historia onde o passado o presente e o futuro se encontram.
Os mistérios destas cartas no livro chamam atenção, porque muitas delas parecem ter seus paralelos com as vida dos personagens, como por exemplo o Ás de Copas e a mãe de Hans-Thomas, que se sente perdida e precisa se encontrar, ou no pai do rapaz que tem um fascínio por cartas de curingas.
Uma coisa que notei é que a paciência, onde o curinga organiza as cartas e suas frases, lembra bastante o jogo de tarot, ou qualquer uso da cartomancia, que visa elucidar as questões como um oraculo.
Recomendo este livro por lidar com inúmeras questões filosóficas, bem como questões do cotidiano, ao excedermos no uso de coisas que podem despertar estados alterados de consciência, e na curiosidade sobre os oráculos, onde ate um simples jogo de cartas pode nos dizer muitas coisas.
É bom lembrar que existem alguns curingas por ai, cada um de um jogo, mas o que todos tem em comum é a busca pelo conhecimento do mundo e de si mesmos.

(Publicada Originalmente no Blog PorãoH em 2016)

site: http://poraoh.blogspot.com/2016/11/o-dia-do-curinga-kabalmysteriet.html

RafaP0 15/10/2023

Um dos meus livros favoritos da vida, vale muito a pena está leitura, traz reflexões incríveis e inquietantes. Amo esse livro.

Arthur.Interaminen 15/10/2023

Me surpreendi positivamente
Resenha sem spoilers deste livro que me surpreendeu de uma maneira inexplicável.


Conheci o livro por uma amiga e comecei a lê-lo logo no dia que me indicaram.
Lendo a sinopse, a história tem uma premissa incomum e que parecia vaga e tediosa para um livro de quase 400 páginas. Mas, o que o livro tem de menos é tédio, pois a narrativa te prende de um jeito que és forçado a parar de ler para aproveitar e absorver as sensações que ele passa.
A história contém, em dose certa, mistérios, questões filosóficas e, principalmente, a introspectiva dos personagens. Estes, inclusive, são muito bem pensados e desenvolvidos.
Não quero me extender tanto para não entrar no campo dos spoilers, mas, para finalizar, recomendo muito o livro. É uma leitura leve e que te deixa querendo mais cada vez que uma pausa é dada.