O conde de Monte Cristo

O conde de Monte Cristo Alexandre Dumas




Resenhas - O Conde de Monte Cristo


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iamdudis 02/06/2022

"Esperar e ter esperança."
O Conde de Monte Cristo é um dos maiores clássicos da literatura francesa há mais de 150 anos. Alexandre Dumas também é o escritor do clássico "Os Três Mosqueteiros" que igualmente foi um grande sucesso mundial.

Meu primeiro contato com o Conde de Monte Cristo foi através do filme do ano de 2002, simplesmente amei o filme, os personagens e a trama central sobre. Preciso informar para quem for ler o livro após assistir ao filme, que existem bastante diferenças, principalmente o final.

O livro gira em torno de Edmond Dantès, preso por um crime que não cometeu, Edmond é inspiração do romancista em uma história real, Pierre Picaud, um sapateiro preso injustamente num esquema político na época do Primeiro Império.

Edmond após anos preso sai em busca de vingança contra seus inimigos. Nessa aventura incrível escrita de forma meticulosa e detalhista, passamos a sentir todo o sofrimento do Edmond e gritamos assim como o personagem por JUSTIÇA.

O livro é um calhamaço, mas não é de forma alguma enfadonho ou maçante. A trama é sobre traições, inveja, denúncias anônimas, aprendizagem, mistérios, romances, novos recomeços, justiça, assassinatos, liberdades, redenções, envenenamentos e especialmente vingança, e apresenta também diversos personagens fascinantes que são bem desenvolvidos e entrelaçados na história de forma genial e satisfatória.

A leitura requer paciência, sensibilidade e dedicação, a fórmula desse livro é mais para diálogos exclamativos e afetados do que apenas pensamentos e sentimentos, não significa que não temos emoções sendo destacadas, até porque o autor do livro é também dramaturgo. Os países, as paisagens e os dramas da sociedade burguesa são bastante detalhados e também ricos de informações sobre a Europa. Temos em abundância referências literárias, poéticas, mitológicas, religiosas e linguísticas.

A história se inicia em Marselha (uma cidade portuária conhecida pelo comércio e imigração), e depois o foco central passa a ser em Paris (grande aristocracia). Edmond ao longo dos anos trama sua vingança de forma complexa e bem estruturada. Ele toma-lhe o lugar do Anjo Vingador e Recompensador, e assume diversos nomes e personalidades ao longo do livro para manipular pessoas e situações.

"Tomei o lugar da Providência para recompensar os bons... que o Deus vingador me ceda o seu para punir os maus!" (Edmond Dantès)

Eu comecei lendo o livro com um grupo de amigos, e não me arrependo de ter dedicado tempo para essa obra que de forma única engrandeceu as minhas leituras, me sensibilizou desde o primeiro capítulo e fez eu refletir sobre a vida. Edmond Dantès se tornou um dos meus personagens literários favoritos.

Obs: Edição que eu li o livro é ótima a tradução.
son of athen 02/06/2022minha estante
?????????


Michela Wakami 02/06/2022minha estante
????????


Karla.Cassol 02/06/2022minha estante
Li esse livro duas vezes, e achei sensacional em cada uma delas? está na hora de me planejar pra reler novamente ?


Ray of Light 02/06/2022minha estante
Mds como assim ja terminou


ariadne90210 02/06/2022minha estante
Vc leu em formato físico ou digital?


Cleber 02/06/2022minha estante
Ainda chego lá :)


iamdudis 02/06/2022minha estante
@Ariadne tem no formato físico, mas optei por ler em mobi no kindle m.


DANILÃO1505 02/06/2022minha estante
????????????????? Parabéns, ótimo livro.


Wil 03/06/2022minha estante
Amei sua resenha amg parabéns muito perfeita. E auto explicativa


Wil 03/06/2022minha estante
Qual edição cê comprou foi o mesmo dessa capa?


iamdudis 03/06/2022minha estante
@Will obrigada ?
Esse vermelhos eu peguei na biblioteca, a tradução é boa, mas é uma edição pocket e eu sou mto cegueta para letras pequenas. Eu li no kindle a versão do Conde de Monte Cristo da Zahar de 2020.


alex_fsi 03/06/2022minha estante
Nossa, a sua resenha me deu muuuuita vontade de ler ele. :)


Fabricy 05/06/2022minha estante
Adorei a resenha!!! Deu vontade de ler também!!!


Val 27/07/2022minha estante
Eu PRECISO desse livro. Que resenha linda.


20/11/2022minha estante
Só não gostei do final. Depois que terminei o livro fui assistir o filme, não cheguei a ver o final do filme , como sempre totalmente diferente




-Koraline 10/09/2021

Esperava mais
Toda a parte em que Dantes passa na prisão foi sensacional, e me deixou com as expectativas muito altas para o restante do livro, mas acabei me decepcionando um pouco. Mesmo levando em consideração todo o teor político e social do livro, achei muitas partes bastante monótonas e um pouco desnecessárias, especialmente entre 30 e 60%, mas o que realmente me fez tirar uma estrela foi o final, e o Conde se casar com a pessoa que ele chamou de criança em todas as cenas e dizia que cuidava como filha me incomodou bastante. Entendo que era comum na época, mas não deixa de me trazer uma sensação ruim.
Daniel.Souza 24/10/2021minha estante
Ele amava Haydee, mas acreditava que ela o amava como uma filha.

Na adaptação cinematográfica soviética do romance "O Prisioneiro do Castelo de If" de 1988, vemos a encantadora atriz Nadira Mirzaeva no papel de Haydee.

É exatamente assim que imaginei Haydee quando li o romance. E ela realmente parece uma concubina em seus trajes reveladores e translúcidos. Sabe-se que o diretor do filme, Georgy Yungvald-Khilkevich, não resistiu a Nadira.Ele até deixou sua família e se casou com ela.

E imediatamente você pode entender facilmente o Conde: é possível recusar uma mulher assim se ela pedir seu amor?




Clio0 16/07/2023

Uma das mais famosas obras sobre vingança, mas ao lê-lo fica-se a noção de que nada teria acontecido se Edmond tivesse tido conhecimento. Sobre o caráter de seus amigos, sobre a experiência feminina, sobre o funcionamento do mundo.

Edmond é o típico jovem e não importa se de que século se fala, é ingênuo e arrogante como tal. Sua estada na prisão não é apenas uma exposição de como alguém destroi para reconstruir - uma máxima de Adriano que permanece em voga -, mas também a forma que o autor encontrou para reconstruir o personagem e levá-lo da meninice ao amadurecimento.

Esse desenvolvimento não diferente daquele que muitas pessoas passam na faculdade, representada no livro pelo Abade Faria, onde todos os pressupostos que formavam o conhecimento da pessoa são sistematicamente destruídos para então serem ressignificados. Qual o processo acaba, o profissional está pronto... e Edmond está pronto para exercer seu ofício, a vingança.

Os atos sequentes são um rocambole de acontecimentos onde Edmond vê na prática aquilo que antes sabia apenas em teoria. Suas ações têm consequências e quase nenhuma delas lhe traz a satisfação que prometia. Porém, como faz parte do Romantismo francês, há um final feliz para toda a empreitada.

A leitura não é exatamente leve justamente por sua escola literária. Espere páginas de descrição e muita discussão política bonapartista. Ainda assim, o vocabulário não é tão atravancado que possa preocupar alguém acostumado a literatura histórica.

Recomendo.
okin 16/07/2023minha estante
amo de paixão essa obra




Bookster Pedro Pacifico 18/12/2022

O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas
A obra é, sem dúvidas, um dos principais marcos da literatura mundial. Um clássico que com suas quase 2 mil páginas pode assustar alguns leitores. Mas desde já eu te garanto: pode colocar esse livro na lista das próximas leituras. O enredo é muito bem construído e, apesar de ter sido escrito em 1844, a escrita é bem tranquila. Daqueles livros que você vai passando as páginas sem nem perceber.

E por trás de tantas páginas temos intrigas, mortes, prisões, amores, traições…. De tudo um pouco! Mas o tema principal de O Conde de Monte Cristo é a vingança. É, inclusive, umas das principais referências sobre o tema. E de onde surge tamanha vingança?

O personagem principal é Emdond Dantés, um jovem simples, sem muitos recursos, que se apaixona por uma bela jovem, com quem pretende casar. Sua vida, no entanto, é completamente abalada por uma traição. Dantés é vítima de um complô, que o leva para trás das grades de uma prisão isolada. O personagem perde tudo o que tinha, sem ter feito nada que justificasse sua queda.

E é a partir desse cenário tão cruel que Dantés, com a ajuda de um prisioneiro pouco convencional - e com ideias bem criativas -, começa a planejar sua fuga e todo o seu plano de vingança contra os responsáveis por sua situação.

Não quero me alongar no enredo, porque são muitos detalhes, personagens e reviravoltas. E tudo isso acontece em um contexto histórico bem interessante: a narrativa inicia em 1815, quando Napoleão Bonaparte está no poder, e atravessar muitos anos. Assim, além de mergulhar em uma trama completa, o leitor ainda se depara com parte importante da História francesa e da estrutura social daquela época.

Em resumo, é um livro sensacional! Foram três meses de leitura, junto com outras obras, que acabaram fazendo falta depois de terminar as últimas páginas. Indico muito essa edição da @editorazahar, com um excelente tradução, comentários e lindas ilustrações. Ah, e tem uma live salva aqui no meu perfil com um dos tradutores dessa edição.

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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Andre.28 20/09/2020

Uma história de vingança e redenção
Um clássico da literatura mundial que envolve emoções e demonstra como a alma humana pode ser corrompida pela inveja. Uma série de traições, suspeitas, crimes forjados, tesouros fabulosos escondidos em lugares remotos, envenenamentos, e magnânima história de vingança e redenção. O Conde de Monte Cristo, livro publicado em 1884 pelo fabuloso e erudito escritor francês do século XIX Alexandre Dumas, nos traz uma emoções diferentes a cada momento descrito. Temos uma história em que Dumas, de forma estupenda, demonstra toda a sua inteligência e erudição, uma sagacidade em manejar emoções com repertório de conhecimentos maravilhoso.

A trama mexe com a imaginação do leitor, nos convidando a tomar partido pelo sofrimento do protagonista. O livro conta a história do marinheiro Edmond Dantès, que é preso injustamente no dia da sua festa de noivado. Dantès foi vítima de um complô de um grupo de “amigos” que na verdade eram rivais dele. Muitos anos depois, Dantès consegue escapar da prisão, num plano inesperado que posteriormente o levou a encontrar um tesouro. Rico, ele agora planeja um estratagema que envolve vingança contra aqueles que colocaram injustamente na cadeia.

O repertório de personagens criado por Dumas é impressionante. Vários arquétipos que montam um retrato da França do século XIX, um mundo cosmopolita que exercita frivolidades em meio a contradições sociais profunda. A História da França pulsa neste livro. É soberba a forma como Dumas desenvolve e articula ficção com realidade, História com Literatura. Eu fiquei impressionado com a quantidade de personagens falsos que tem nesse livro. Dantes teve que lutar muito para chegar a ponto crucial de sua vida, entre a razão e emoção a sede de vingança se mistura ao final redentor. Uma trama mais que marcante: fundamental.
Pereira 22/11/2020minha estante
Moça eu tenho curiosidade em ler o livro,mas tenho medo que a linguagem seja complicada como a de antigamente(estilo o livro senhora,que eu não entendia basicamente nada).


Thais 09/08/2021minha estante
Pode ler sem medo! A linguagem em si não é erudita, mas o ritmo de leitura fica um pouco mais lento devido o estilo da escrita, mas eu vou te contar que vale a pena! A história é tão fantástica que nossa imaginação voa alto e além de apreciarmos uma trama mãe de todas as vinganças, podemos também aprender palavras pouco utilizadas hoje. Vale a pena!


Cacauzinha1 01/09/2021minha estante
A vontade de ler e grande mas de começar. .. kkkk




m.cIara 10/04/2024

Nem tudo é pintado com o mesmo pincel.
Este é um livro que sempre quis ler e, felizmente, atendeu e superou todas as expectativas. Eu esperava uma aventura de fanfarrão, mas o livro acabou sendo muito mais psicológico do que isso. Este é um daqueles livros que já foram recontados e copiados tantas vezes que você se pergunta se o original vai parecer ?cansado? ? mas isso não acontece. Monte Cristo conta a história de Edmond Dantes ? ele é jovem e bonito, prestes a se casar com a garota que ama e acaba de ser nomeado capitão de seu próprio navio. Infelizmente para Dantes, na sua última viagem foi-lhe pedido que fizesse uma escala na ilha de Elba para receber e entregar uma carta. Estamos em 1815 e a França ainda está dividida entre os bonapartistas e os monarquistas, e o próprio Napoleão está sentado numa ilha a planear retomar a França. Assim, aproveitando a instabilidade da França, Dantes é acusado de traição por ?amigos? ciumentos (um quer o seu emprego e o outro quer a sua mulher). Ele é jogado em uma masmorra e esquecido pelo resto do mundo. Aqui está o que você provavelmente já sabe (mas pare de ler se não souber): Dantes consegue escapar da prisão anos depois, mais esperto e durão e determinado a se vingar de seus traidores. A surpresa deste livro é quão complicados e sutis são seus esquemas. Ele passa anos montando suas tramas, integra-se na vida de seus inimigos e até faz amizade com seus filhos. Sabemos desde o início que a vingança pode ser um mau negócio ? ela toma conta da sua vida e não deixa você sem mais nada. (Fiquei pensando em Inigo Montoya em A Princesa Noiva enquanto lia este livro.) Portanto, uma pergunta que você tem como leitor é se Dantes em algum momento perceberá que é melhor aproveitar a vida do que punir aqueles que o rodeiam. A outra questão é até que ponto Dantes perceberá que não pode punir os ímpios sem punir as pessoas inocentes ao seu redor. Primeiro, algumas informações básicas sobre o livro, porque a França da era Napoleão é muito interessante. Monte Cristo é considerado um ?romance de aventura?. Foi publicado em 1844 em série e era extremamente popular na época da publicação. Também é considerado um romance ?histórico?, embora me pareça estranho que um romance escrito em 1844, por volta de 1815-1835, seja considerado histórico. Ainda assim, Dumas escreve sobre alguns dos pontos mais cruciais da história francesa. O romance também faz parte do Período Romântico, que durou na Europa entre 1800 e 1840. Eu poderia tentar explicar o período Romântico, mas não há necessidade ? romance e emoção são as características definidoras deste livro. Dantes ama Mercedes para o resto da vida, embora se sinta terrivelmente traído por ela. Ele é governado pela emoção, mas ao mesmo tempo domina quase completamente suas emoções para poder enganar todos ao seu redor. Não é muito saudável. Há uma possibilidade de amor na vida de Dantes, mas ele está tão envolvido na vingança que não percebe. Alexandre Dumas nasceu na França em 1802. Seu pai era general do exército de Napoleão, mas estava empobrecido na época do nascimento de Dumas. Dumas é neto de um nobre francês e de um escravo haitiano, o que levou alguns a especular que a prisão no livro está relacionada ao cativeiro de escravos. Dumas viveu os acontecimentos históricos descritos em Monte Cristo, por isso sabe sobre o que está escrevendo. Aparentemente, ele até conhece a família Napoleão. O que mais gostei foi a complexidade dos esquemas de Dantes e a forma como Dumas demora a desdobrá-los. É claro que, como escritor de séries, ele tinha interesse em desenhar as coisas e torná-las cheias de suspense, o que ele faz. Mas se você quer que um romance realmente se aprofunde, este é ótimo. Você sabe exatamente para onde está indo, mas ainda não consegue se afastar. As verdadeiras estrelas deste livro são os filhos dos três ?inimigos?. Embora os pais possam ser podres (em sua maioria), os filhos são inocentes (em sua maioria). Dumas realmente dá vida a cada um deles e a maneira como eles se cruzam na vida um do outro torna o livro uma leitura divertida. Mesmo sendo um supergênio e tendo muito dinheiro, Dantes descobre que não pode controlar vidas tanto quanto pensa que pode. Ele se considera quase uma figura paterna para esses jovens que está tentando destruir e, no final das contas, eles realmente lhe ensinam algo. Observar esses relacionamentos gradualmente se transformarem em amizades é uma das coisas mais intrigantes do livro. Eu me vi apenas esperando para ver até que ponto Dantes perceberia o quanto seus planos iriam prejudicar seus novos amigos. E então a questão é: ele é um monstro ou um homem? Dumas retrata Dantes como um ?anjo vingador?, punindo o mal pela mão de Deus. Mas tomar ações que resultem na destruição de pessoas, mesmo que elas mereçam, isso é realmente obra de Deus? Admito que não fui claro sobre as intenções de Dumas aqui. Dantes é retratado como um deus, mas eu senti muita pena dele. Ele pode ser frio e impiedoso e você só quer que ele aproveite a vida, em vez de desmontar as pessoas. Mas o importante é que ele faça o bem quando o bem é exigido, mesmo quando isso vai contra os seus planos de vingança. Também gostei que o livro te fez pensar se o mal é absoluto ou se os vilões têm características redentoras. Nem todos são pintados com o mesmo pincel; mas você também não sente exatamente pena do que eles recebem. Villefort, o advogado do rei, é provavelmente o mais interessante porque tem muito orgulho do seu trabalho, mas viola esse compromisso ao atirar Dantes para a prisão. Dantes sabe que o maior golpe contra Villefort será a destruição de sua reputação profissional (o que ele faz, de forma brutal). Mercedes também foi interessante, porque Dantes está genuinamente dividido entre ficar ressentido por ela ter desistido dele tão rapidamente, mas também sabe que ela foi manipulada para se casar com seu traidor. E afinal, ela não poderia ter esperado para sempre. Há muito mais que eu poderia dizer sobre este livro. É uma leitura longa e lenta em algumas partes, e acho que talvez não tenha lido a melhor tradução porque havia frases que simplesmente não faziam sentido. Mas, honestamente, este é um clássico raro e difícil de largar. Se estiver na sua lista de ?algum dia?, eu definitivamente tentaria.
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psraissafreire 15/07/2021

Meu livro favorito da vida! "Esperar e ter esperança!"
Com certeza essa vai ser uma das (se não for A) resenhas mais importantes e difíceis que irei escrever. Acho que só quem passa por uma sensação tão forte e marcante sabe do que estou falando, porque gente... Até agora me emociono ao pensar no momento em que li a última frase da obra e fechá-la foi como se eu tivesse que despedir-me de um parente querido, e assim nunca mais iria vê-lo. Então peço encarecidamente a compreensão de cada um que lerá o que aqui escreverei, porque serão emoções à flor da pele!

Alexandre Dumas traz para os leitores a história de Edmond Dantès, um jovem marinheiro. Em 1815, nosso protagonista estava vivendo uma fase maravilhosa: seu chefe queria promovê-lo a capitão do barco em que trabalhava e o casamento com o amor da sua vida também iria tornar-se real... Porém, como há pessoas que não conseguem ficar satisfeitas ao ver o próximo gozando de extrema felicidade, Dantès verá ele mesmo sendo arrancado de seu sonho por meio de uma acusação falsa que o fará ficar preso por anos. Até que um dia ele consegue sair desse pesadelo e passa a ser o Conde de Monte-Cristo, buscando cada um que lhe fez mal e tomado pelo sentimento de vingança.

Primeiro eu queria contar a vocês como esta história começou a circular nas mãos de leitores. Na época que foi escrito, existia algo chamado folhetim: cada capítulo era lançado em jornais aos poucos, e assim as pessoas ansiavam pela próxima edição para saber cada vez mais sobre o decorrer das aventuras. Dumas pai trabalhava justamente para esse tipo de jornal e assim ele ia vivendo. O escritor recebia POR LINHA, o que podemos teorizar a resposta da pergunta ?por que esse livro é tão grande?? rsrs. É, galera, pensa em um rapaz espertinho!

Por isso eu costumo dizer que esse livro ?é como uma novela mexicana?: vários capítulos e temos que esperar o próximo dia para acompanhar tantas desventuras em uma única trama. Confesso que tinha muito medo do número de páginas (meu maior livro até aquele momento era o quinto de Harry Potter, que tem 703 páginas na edição que possuo), mas eu posso afirmar: essas 1304 páginas é o número perfeito para o que Alexandre quis construir aqui. As pessoas não tinham televisão, gente, era assim que elas se entretinham!

Os cenários construídos pelo autor me fizeram sentir cada clima de ambiente descrito. Um exemplo é a brisa marítima quando eu sentia um ventilador ligado no meu rosto, o pôr-do-sol que trazia a sombra dos objetos visto na janela de minha casa, as risadas espalhadas pelo local e os sons da natureza. Ler esse livro foi um transporte, uma viagem a locais que eu nunca senti e não me esquecerei.

?Ouvia-se o canto dos pássaros em um viveiro próximo; os ramos dos falsos ébanos e das acácias rosa vinham a bordar com seus cachos as cortinas de veludo azul. Naquele encantador pequeno retiro, tudo respirava calma - desde o canto dos pássaros até o riso dos anfitriões."

?O mar estava calmo; com o vento fresco a vir do sudeste, navegavam sob um céu onde Deus também acendia sucessivamente os seus faróis, onde cada um é um mundo.?

Que galeria de personagens mais que bem feita! Cada um tem sua importância e faz seu papel. Teve aqueles que me cativaram completamente, outros que dá vontade de socar, mas suas participações não deixam a história empacar e a cada capítulo uma surpresa, tanto na relação de um indivíduo consigo mesmo ou com os outros. As intrigas, os amores, empatias... Tudo para mim está na medida certa e nos momentos perfeitos. Um momento você pode pensar ?oxe, por que estão falando disso agora? Não prevejo importância para o momento.? Mas é justamente por isso que é genial: você não pode prever, e isso te trará um sentimento de ?É O QUÊ? NÃO ACREDITO, ESTOU SURTANTO!? Nenhuma das 5 partes do livro me entediou, cada uma superando a sua antecessora. Um exemplo de como começar bem, decorrer em um meio maravilhoso e finalizar de modo perfeito.

Edmond Dantès foi o personagem mais marcante que pude conhecer. Sua transformação em o Conde de Monte-Cristo foi mais que surpreendente devido à comparação de suas personalidades; ele no começo era um rapaz ingênuo, que via a felicidade como algo mais que real e não pensava tanto na maldade dos humanos que o cercavam. O que ele se tornou foi alguém frio, vingativo, que calculava cada passo como se realmente fosse um jogo de xadrez, movendo uma peça e deixando outras se moverem sozinhas. Quando colocamos essas fases lado a lado, parecem ser dois personagens diferentes, mas o autor mostra que dentro de Monte-Cristo ainda há um Edmond, aquele cativante personagem do começo que queremos proteger de todo o mal.

A inteligência do protagonista é evidente, e ela foi construída por meio de relações, principalmente com um abade que ele irá conhecer dentro da prisão. Os anos que passaram dividindo informações e conhecimento fez Edmond saber sobre cada passo que deveria dar para seu plano de vingança ser executado na extrema perfeição; o leitor percebe isso a cada fato construído desde o momento inicial de sua saída. Dumas não mostra para nós explicitamente o que o personagem fará, mas as coisas vão se encaixando e isso traz uma euforia muito maior do que saber ao pé da letra desde o começo as suas jogadas.

Em um jogo de xadrez, peças são sacrificadas, jogadas planejadas e o objetivo é deixar o rei sem fuga; Dantès é a mão que sacrifica as peças, planeja cada jogada e busca trazer tudo aquilo que sentiu para os autores de seu sofrimento. Todavia, será que isso é certo? Só lendo para descobrir as conclusões.

Palavras orquestradas para trazerem lições sobre vingança, perdão, inteligência, luto e a razão de viver. Palavras que emocionam, enraivecem e tranquilizam o coração. Palavras que montaram o livro da minha vida. São elas que eu convido vocês conhecerem.

?É preciso ter querido morrer, Maximilliem, para saber como é bom viver.? ?
júlia l. 15/07/2021minha estante
resenha incrível demais!!!!!!


psraissafreire 15/07/2021minha estante
Aii, obrigada, amiga! Eu te amo, significa muito!


CarolDamaso 15/07/2021minha estante
Que resenha incrível, sério, parabéns, eu tô chocada, vc usa as palavras tão bem! Palmas pra vc


psraissafreire 15/07/2021minha estante
Amiga, MUITO obrigada, de verdade ?????? adoro você, espero ter cativado ainda mais sua vontade para ler o livro ?


mmonyeiro 15/07/2021minha estante
Amei a resenha!!!


psraissafreire 15/07/2021minha estante
AAAAAA fico super feliz por ter gostado! Espero que um dia leia ??


Neto.Santana 16/07/2021minha estante
Passando para dizer que tenho muito orgulho de você, parabéns por concluir mais uma grande leitura meu amor, mesmo com todas as ocupações do cotidiano você terminou esse livro sensacional. Que continue sempre assim, essa menina que busca incansavelmente explorar novos mundos.

"Livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores."
-Charles Eliot

-atenciosamente, Yellow.


psraissafreire 16/07/2021minha estante
Ownt, que fofo... TE AMO, MEU BEM ??


mariana458 16/07/2021minha estante
eu assisti o filme e com certeza é meu filme preferido da vida... não posso nem imaginar quão mais rico é o livro, sempre tive vontade de ler mas o receio da quantidade de páginas era muito grande, mas sua resenha me motivou muito a ler, Raíssa, ficou maravilhosa!


psraissafreire 16/07/2021minha estante
AAAAAAAA vou chorar, sério... Fico mais que feliz ao saber disso! Espero que você leia logo porque estou louca para acompanhar sua experiência! Adoro você, obrigada! ??


Hélen 16/07/2021minha estante
Mulher que resenha é essa ??????? EU QUERO CHORAR, O QUE TU FEZ COMIGOOO. Esse livro é incrível e eu amo muito, o favorito da minha vida, e é tão bom ler isso, saber que você amou, saber que mais alguém sentiu emoções parecidas com as minhas, aí amei.


psraissafreire 16/07/2021minha estante
AMIGAAAA, SOCORRO! Não tenho palavras pra agradecer cada comentário... Você é fantástica! Adoro-te e fico muito feliz pela resenha ter agradado alguém que também leu essa obra mais que perfeita. ??


theauroradunne 16/07/2021minha estante
Adorei a resenha, parabéns!! Fiquei com muita vontade de ler esse livro acompanhando seu histórico de leitura e agr ainda mais após essa conclusão ?


psraissafreire 16/07/2021minha estante
Aiii, que notícia perfeita!! Fico MUITO, MUITO, MUITO feliz! Espero te ver lendo logo AAAAAA ??


Fernando.Dumas 23/07/2021minha estante
O livro é ótimo, o filme americano de 2002 é horrivel. Ele é alvo de zombarias na europa.
A versão russa de 1988 que tem legendado no youtube é excelente.


Helena.Merces 21/03/2023minha estante
que resenha maravilhosa ?


psraissafreire 22/03/2023minha estante
OBRIGADA, HELENA, VOCÊ QUE É MARAVILHOSA ?




Roger Oliver 06/04/2021

Tão prestigiosa, Tão descomunal
Utilizando-me da estilística parafraseada do autor, posso dizer que estamos diante de uma obra magnífica, tão prestigiosa, tão descomunal que, a menos que eu fosse injusto, não diria que essa leitura valeu cada segundo da minha vida. Gostei muito da maneira como o autor desenvolveu a narrativa (um pouco prolixa, mas tudo bem, pois em momento algum o autor despejou as palavras no papel — com essa desenvoltura dialética, penso eu, quanto mais palavras, melhor); ele não fugiu dos diálogos desafiadores — ele os descreveu em sua completude, numa eloquência que dificilmente vemos. Com certeza, antes de eu morrer, lerei novamente essa belíssima obra. Agora vamos ao Robin Hood, aos Três Mosqueteiro, ao Homem da Máscara de Ferro, às histórias de terror, as quais, confesso, não fazia ideia que o autor também escrevia. Fui atraído pelas belas capas dos Clássicos Zahar.
Li Bueno 28/01/2023minha estante
Nossa meu caro amigo leitor, amei a maneira como tu expressou a sua admiração pela obra, parabéns pelas belas palavras S2




Michela Wakami 17/03/2021

Que história envolvente, cheia de reviravoltas e surpresas.
Apesar de ser um calhamaço, não é cansativo e nem enfadonho.
Muito pelo contrário, a história te deixa animado e com mais vontade de lê-la.
Com um final de tirar o fôlego.
Vale muito a pena a leitura, sem sombras de dúvidas.
E viva Alexandre Dumas, pela sua mente brilhante.
Ana 18/03/2021minha estante
É um livro muito envolvente mesmo e os personagens são incríveis!


Michela Wakami 18/03/2021minha estante
Verdade, uma delícia de leitura. ?


Adriel.Macedo 20/03/2021minha estante
Que bom que gostou. É um livro enorme mas com uma história que prende do começo ao fim.


Michela Wakami 20/03/2021minha estante
Sim. Uma grande aventura!?


CPF1964 12/05/2021minha estante
Impossível não dar 5 estrelas.


Michela Wakami 12/05/2021minha estante
Verdade, uma obra prima.??




Keell 31/07/2023

Esse foi sem dúvida nenhuma o maior desafio literário da minha vida. Que experiência boa!!!

? Romance
? Drama
? Suspense
? Mulheres Independentes
? Mulheres assassinas
? Traição
? Homens fofoqueiros
? Inveja
? Amigo fura olho
? Vingança

Que história, que história magnífica e atual. Não tenho palavras para descrever o quão bom foi ler esse livro, como foi prazeroso ler um clássico tão renomado e achar a leitura fácil, fluida e boa.

Falando da história em si, achei incrível como tem aspectos tão atuais em um livro escrito séculos atrás. Quando a filha de Danglars decide que não quer ter marido e sim ser uma artista livre, fiquei de cara. Que bom ver um clássico retratando mulheres que não são taxadas de loucas e inúteis, aqui elas possuem valor, elas traem, matam, enganam, mas também são românticas, vaidosas, apaixonadas e defensoras da família.

Que livro inteligente, meu Deus.

Só tenho duas ressalvas a fazer. 1°, queria muito que Dante ficasse com Mercedes, triste que isso não aconteceu. 2°, sei que Villefort ficou louco, mas não mostrou o que aconteceu com a Sra Danglars após descobrir que o filho tava vivo e o que aconteceu com ele. Ou falou e eu não vi?
Bellesbooks 31/07/2023minha estante
Uma*




JoAo366 30/12/2023

Eu não sou muito bom em fazer resenha...Acho que nem sei rs
Falar de "O Conde de Monte Cristo"(Dumas), é algo desafiador,dado o peso(não só literal kkk,mas também metafórico) dessa grande obra de Dumas,acho que todo leitor que aprecia a boa literatura deve ler, é lindo! Apesar de termos "Edmond Dantès" como protagonista, temos histórias dentro de histórias,que se entrelaçam... É uma aventura de tirar o fôlego,o ritmo da história nos faz querer virar página por página, passar horas a fio lendo e lendo e lendo... Não vou dar spoilers...Pois quando se trata desse livro,acho injusto fazê-lo...Mas espero de verdade,que quem leia pela primeira vez,sinta o que eu senti,chore,se emocione enfim... Já li essa obra três vezes,e é meu xodó...Tanto que tenho duas versões maravilhosas...Pois bem,o livro fala sobre superação, resiliência, vingança,e uma das coisas que mais me chamaram atenção:o poder do conhecimento...Mas a vingança retratada no livro, não é como algo tirano,mas a justiça que vem à frente,que tudo volta para aqueles que fazem tanto o bem quanto o mal...Leiam!Leiam e leiam!(:
Wesley - @quemleganhamais 30/12/2023minha estante
Ficou muito boa a resenha e tenho vontade de ler essa obra.


JoAo366 30/12/2023minha estante
Obrigado!!Leia,vale a pena... Preciso ler mais de Dumas, estou com "Os Três Mosqueteiros" e faz anos que estou adiando, minha meta pra ano que vem será iniciar está outra obra tão conhecida.


Léo 07/01/2024minha estante
Vi esse livro na biblioteca, é pesado mesmo, dois tijolos. ?
Gostei da resenha. ?


JoAo366 07/01/2024minha estante
Obrigado... Você precisa lê-lo...???




Paulo 08/02/2020

"Para todos os males há dois remédios: o tempo e o silêncio"
Do começo ao fim eu gostei demais desta obra de Alexandre Dumas.

Admiro o autor por ter construído uma história tão bem encaixada. A linha do tempo é grande: quase trinta anos de história em 1600 páginas. E durante todos esses anos, e todas essas páginas, ficamos ansiosos por saber qual será o desfecho de tudo aquilo, qual é o maravilhoso plano de vingança. Mas enquanto tudo é arquitetado pelo Conde, nós vamos passeando pela "Capital do Mundo", assim chamada a Paris da era vitoriana, e conhecendo os personagens que sofrem da influência do Conde como se fossem meros peões de um tabuleiro de xadrez, sem ao menos suspeitar que eles fazem parte de um plano maior. Uma punição de algo que eles mal se lembram ter feito.

O livro O Conde de Monte Cristo me parece ser um compêndio da literatura oitocentista que tanto me admira: a traição, a inveja, os conflitos morais, os planos e tramóias, o suspense, a revolução interior da personagem, a vida boêmia da alta classe, a descrição assertiva da época, e até temas mais fantasiosos como a busca ao tesouro. Fantasioso a ponto de eu me sentir relendo os contos árabes do Livro das Mil e Uma Noites, frequentemente citado nesta obra. Outro livro, também citado aqui, com menos frequência, é A Divina Comédia. E não sei se seria um devaneio meu ligar a história de Edmond Dantès à de Dante - a similaridade dos nomes seria apenas uma coincidência? -, ambos chegando ao paraíso depois de sair do mais fundo recanto do inferno, guiado por um Virgílio - ou o abade Faria neste caso.

A mudança sofrida pelo personagem principal é gigantesca. De um jovem sem malícia a um adulto como senso de alguém guiado por Deus para trazer um pouco mais de justiça ao mundo. De um condenado sem perspectiva a um poderoso e inquebrável conde. Acontece que não apenas ele sofre as mudanças do tempo, mas também todos aqueles que o traíram. Agora, a vida de seus carrascos está mudada a ponto de eles nem se darem ao trabalho de olharem para trás e observar o mal que fizeram. Por isso, na visão do Conde, a vingança não deveria ser apenas a morte mas o tormento em vida. Usar a arma mais impiedosa e destruidora que existe, o tempo.
Natty 13/05/2022minha estante
Também sou completamente apaixonada .É a obra que fez amadurecer pra vida??




Lala 14/04/2021

De tirar o fôlego!
Nunca surtei tanto na minha vida kkkk. Ah, eu amei!É tipo uma novela mexicana (só que bem feita) e cheia de reviravoltas na forma de um clássico da literatura. Que combinação podia ser melhor?
Me apaixonei pela escrita do Alexandre Dumas, ele conduz o leitor e o envolve de uma forma magnética, manipulando com maestria essa trama tão complexa, cheia de teias e plot twists. Em alguns momentos tem que ter paciência, já adianto, tem bastante enrolação, então respira fundo e segue em frente, porque no final vale a pena.
Foi uma aventura de tirar o fôlego, com tudo o que um bom romance de capa e espada tem direito:disfarces, traições, envenenamentos, mistérios, amores impossíveis, vingança e redenção. É fascinante e viciante. Eu não conseguia passar um dia sem fazer teorias sobre os acontecimentos e esperar ansiosamente pra continuar a leitura no próximo. É muito diferente do filme, tipo completamente, então embarcar nessa aventura foi basicamente uma experiência inédita pra mim.
Outra coisa que eu achei muito interessante é que além de ser um livro que entretém o leitor, Dumas ainda traz em sua obra várias críticas á sociedade do século 19 através dos acontecimentos e personagens e tudo fica muito natural, tratando diversos temas de forma pontual e inteligente, como o casamento arranjado nas histórias de Eugénie e do casal Valentine e Morrel.
Eu simplesmente amei a trama do veneno (pareceu até um romance da Agatha Christie!Tudo pra mim!), as reviravoltas com o Andrea e com o Villefort, a treta do Caderousse e tudo mais foram super bem feitas e bem amarradas. Eu surtei horrores!
Ah, e o que dizer sobre o conde?Gente, que personagem icônico e excêntrico!Curti demais o desenvolvimento do Dantés e dos outros personagens, eles são muito humanos e cheios de nuances. O Dantés intriga o leitor desde a sua épica fuga da prisão (um dos melhores capítulos que eu já li na vida!) e nos prende até o final da história, que aliás a encerrou com maestria.
Eu amei o final, ele foi mais calmo do que eu esperava e foi feliz, achei super justo aquele sofrido casal ficar junto finalmente e achei poético e bonito o desfecho do conde deixando para trás suas ideias de vingança e seus traumas passados para seguir em frente, navegando em direção ao nascer do sol. Um desfecho simples e poético para uma história agitada e trágica. Nada mais justo do que isso.
Vou lembrar bem daquela frase final (que no momento em que vivemos adquiriu ainda mais importância). Esperar e ter esperança. Simplesmente isso. Esperar e ter esperança...
Amanda 14/04/2021minha estante
Tentei ler esse livro (vi o filme e amei) mas a escrita é mto difícil de entender! Skshsjsj


Wagner 14/04/2021minha estante
Otimo, estou querendo muito ler. Esta edição de bolso e boa? Nao e mto pequena?


Nani 14/04/2021minha estante
Nossa eu tenho esse livro e só precisava de uma resenha dessa pra me motivar mais ainda


Lala 14/04/2021minha estante
Wagner, assim, eu gostei da edição, a letra não é grandona, mas tbm não é muito pequena. O livro é bem bonito e tal, pra mim o único problema foi o papel (que é tipo papel de Bíblia), bem fininho, mas no geral eu gostei bastante de ler nela. Q eu saiba a Zahar tem uma edição grandona desse livro com a mesma tradução (que é muito boa), ent aí vc vê qual vc acha mais prática/melhor de ler :)


Lala 14/04/2021minha estante
Nani, haha lê simm!É mto bom!


Victoria.Marin 11/08/2022minha estante
Aaaaaaaaahhh que muito comprar o box para ler ???




Nina 31/07/2021

Incrível!
Que livro maravilhoso gente! Uma história que mostra a face da vingança e as consequências das ações. Os personagens são extremamente bem construídos, a leitura é fluída e fiquei impressionada de como cada história é interligada com a outra. Enfim, favoritado! Só leiam!
comentários(0)comente



Anderson494 11/06/2023

Não irá se arrepender.
Rio de Janeiro, junho de 2023.


Primeiramente, iniciar essa resenha sobre o Livro O Conde de Monte Cristo é uma satisfação enorme para mim, preciso dizer. Era de minha vontade ler essa obra de Alexandre Dumas há bastante tempo.
Eu conheci primeiro a obra adaptada para o cinema, cuja em minha infância gostava bastante de assistir. É um filme bastante simples com enredo conexo e se você o assistir com liberdade de descrença chega a ser divertido. E como, quando jovens, nossa liberdade de descrença é quase infinita eu tinha essa obra cinematográfica em grande conta (admito que ainda tenho, mas compreenderá a que ponto quero chegar com essa explanação ao decorrer do meu texto. Peço paciência comigo.)
Tenho por questão de honra atribuir a essa adaptação cinematográfica a minha curiosidade em acessar a obra literária. O livro causador de um dos filmes que eu mais gostava.
Fã de Harry Potter como sou, cogitei que talvez poderia me deparar com o mesmo caso que percebi nas obras de J.K. Rolling. Os filmes são muito bons, mas os livros são incrivelmente melhores. Eles nos inserem em um universo que infelizmente, pelo menos não na atualidade, conseguirá ser abordado em uma obra cinematográfica. Somente a trilogia “O Senhor dos Anéis” conseguiu tal feito. Logo cogitei comigo mesmo:

“E se de alguma forma, a obra literária do Conde de Monte Cristo seja melhor do que o filme¿”

Agora me aproximo ao que desejo com este texto. Minha primeira impressão para com o livro foi o susto e logo em seguida a admiração. Me assustei com seu tamanho, logo que comecei a ler compreendi a necessidade de tamanha extensão. Mas tenho que admitir que seu comprimento assusta.
Entenda meu caro leitor, que vale a pena se jogar nessa história mágica. Como Edmond Dante é um personagem apaixonante, assim como Simbad “o marujo”, e o próprio Conde de Monte Cristo.
Maximilien e Luigi Vampa foram personagens que me conquistaram. Personagens estes, que não foram adaptados para o cinema, eu compreendo, pois o livro os dá um contexto muito complexo e concordo com a opção do roteirista de não lança-los desnecessariamente na obra. Acredito que se fizessem uma adaptação para série de televisão, talvez poderia ser uma boa ideia aborda-los.
Ainda falando sobre personagens não abordados no filme, mas que tem grande papel no livro, posso destacar também Haydeé que é uma acompanhante grega do Conde. Mais do que isso a jovem possui sentimentos românticos para com o conde e suas aparições nos capítulos a ela dedicados são sempre envolvidos de mistério e muita beleza. É impossível não se apaixonar por ela.
Outra que acredito que, por que tenham tentado adaptar para o cinema, mas falharam miseravelmente (e não estou criticando a atriz que a interpretou, pois fez o melhor que pode diante de um roteiro tão simplório) é a bela catalã Mercedes, o grande amor de Edmond. Ela talvez seja para mim, a personagem mais complexa, flertando a todo momento com o vitimismo, a coragem, a covardia e a vilania. A única que cometeu um erro crasso, mas por temer ter perdido tudo e ainda por cima sendo vitima de uma articulação meticulosa e ardilosa. E também por amar demais.
Outra coisa que posso destacar é a questão do livro que envolve seus desdobramentos. Se não me engano, a obra é dividida em quatro partes. Admito que me entediou um pouco sua primeira parte, mas essa afirmação é apenas trivial, tendo em vista que tinha seu objetivo de ser uma locução introdutória e para mim, toda introdução é necessária e entediante, portanto nada mais que o normal.
Mas quando a obra estabelece seus artifícios e a estória engata, tudo vira um furacão de leitura recheada de ação e diálogos muito fortes e inteligentes. Dumas, não comete o erro de adiar situações que nos prendem, e logo nos entrega o que promete ou melhor sem enrolação. Do inicio ao fim me deliciei, apaixonei, senti raiva, me entristeci, chorei e vivi com estes personagens. Eles me fizeram desenvolver em meu coração uma forte vontade de visitar a França um dia, especialmente Marselha e Paris.
Só tenho a agradecer e reconhecer como a imaginação do ser humano pode desenvolver contos incríveis como esse. Obrigado Alexandre Dumas! Pretendo ler “Os Três mosqueteiros”, que depois descobri ser dele também. Agora tenho o dobro da expectativa.
Um último detalhe para finalizar essa resenha que está já extensa demais para nosso gosto. Quero também assinalar sobre o detalhe do exemplar da editora Martin Claret, um livro muito bem produzido em capa dura e oportunidade de duas versões de capa externa. O livro é lindo desde da fonte à coloração.
É incrível pensar como um clássico da literatura francesa, escrito a mais de 150 anos pode ser tão atual.
Finalizo recomendando acesso a essa obra, seja pela adaptação cinematográfica, seja pela obra literária. É uma obra de arte que todo amante de arte deveria conhecer. Não perca essa oportunidade se um dia tiver um tempo.
Não irá se arrepender.
remmie 11/06/2023minha estante
achei tão lindo o jeito que vc escreve/resenha, muito chique


Anderson494 11/06/2023minha estante
Muito obrigado! Gentileza da sua parte. Mas acredito que a obra me alcançou de um jeito maravilhoso, então senti que precisava externar isso, entende?




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