Resenhas - O Conde de Monte Cristo

Anderson494 11/06/2023

Não irá se arrepender.
Rio de Janeiro, junho de 2023.


Primeiramente, iniciar essa resenha sobre o Livro O Conde de Monte Cristo é uma satisfação enorme para mim, preciso dizer. Era de minha vontade ler essa obra de Alexandre Dumas há bastante tempo.
Eu conheci primeiro a obra adaptada para o cinema, cuja em minha infância gostava bastante de assistir. É um filme bastante simples com enredo conexo e se você o assistir com liberdade de descrença chega a ser divertido. E como, quando jovens, nossa liberdade de descrença é quase infinita eu tinha essa obra cinematográfica em grande conta (admito que ainda tenho, mas compreenderá a que ponto quero chegar com essa explanação ao decorrer do meu texto. Peço paciência comigo.)
Tenho por questão de honra atribuir a essa adaptação cinematográfica a minha curiosidade em acessar a obra literária. O livro causador de um dos filmes que eu mais gostava.
Fã de Harry Potter como sou, cogitei que talvez poderia me deparar com o mesmo caso que percebi nas obras de J.K. Rolling. Os filmes são muito bons, mas os livros são incrivelmente melhores. Eles nos inserem em um universo que infelizmente, pelo menos não na atualidade, conseguirá ser abordado em uma obra cinematográfica. Somente a trilogia “O Senhor dos Anéis” conseguiu tal feito. Logo cogitei comigo mesmo:

“E se de alguma forma, a obra literária do Conde de Monte Cristo seja melhor do que o filme¿”

Agora me aproximo ao que desejo com este texto. Minha primeira impressão para com o livro foi o susto e logo em seguida a admiração. Me assustei com seu tamanho, logo que comecei a ler compreendi a necessidade de tamanha extensão. Mas tenho que admitir que seu comprimento assusta.
Entenda meu caro leitor, que vale a pena se jogar nessa história mágica. Como Edmond Dante é um personagem apaixonante, assim como Simbad “o marujo”, e o próprio Conde de Monte Cristo.
Maximilien e Luigi Vampa foram personagens que me conquistaram. Personagens estes, que não foram adaptados para o cinema, eu compreendo, pois o livro os dá um contexto muito complexo e concordo com a opção do roteirista de não lança-los desnecessariamente na obra. Acredito que se fizessem uma adaptação para série de televisão, talvez poderia ser uma boa ideia aborda-los.
Ainda falando sobre personagens não abordados no filme, mas que tem grande papel no livro, posso destacar também Haydeé que é uma acompanhante grega do Conde. Mais do que isso a jovem possui sentimentos românticos para com o conde e suas aparições nos capítulos a ela dedicados são sempre envolvidos de mistério e muita beleza. É impossível não se apaixonar por ela.
Outra que acredito que, por que tenham tentado adaptar para o cinema, mas falharam miseravelmente (e não estou criticando a atriz que a interpretou, pois fez o melhor que pode diante de um roteiro tão simplório) é a bela catalã Mercedes, o grande amor de Edmond. Ela talvez seja para mim, a personagem mais complexa, flertando a todo momento com o vitimismo, a coragem, a covardia e a vilania. A única que cometeu um erro crasso, mas por temer ter perdido tudo e ainda por cima sendo vitima de uma articulação meticulosa e ardilosa. E também por amar demais.
Outra coisa que posso destacar é a questão do livro que envolve seus desdobramentos. Se não me engano, a obra é dividida em quatro partes. Admito que me entediou um pouco sua primeira parte, mas essa afirmação é apenas trivial, tendo em vista que tinha seu objetivo de ser uma locução introdutória e para mim, toda introdução é necessária e entediante, portanto nada mais que o normal.
Mas quando a obra estabelece seus artifícios e a estória engata, tudo vira um furacão de leitura recheada de ação e diálogos muito fortes e inteligentes. Dumas, não comete o erro de adiar situações que nos prendem, e logo nos entrega o que promete ou melhor sem enrolação. Do inicio ao fim me deliciei, apaixonei, senti raiva, me entristeci, chorei e vivi com estes personagens. Eles me fizeram desenvolver em meu coração uma forte vontade de visitar a França um dia, especialmente Marselha e Paris.
Só tenho a agradecer e reconhecer como a imaginação do ser humano pode desenvolver contos incríveis como esse. Obrigado Alexandre Dumas! Pretendo ler “Os Três mosqueteiros”, que depois descobri ser dele também. Agora tenho o dobro da expectativa.
Um último detalhe para finalizar essa resenha que está já extensa demais para nosso gosto. Quero também assinalar sobre o detalhe do exemplar da editora Martin Claret, um livro muito bem produzido em capa dura e oportunidade de duas versões de capa externa. O livro é lindo desde da fonte à coloração.
É incrível pensar como um clássico da literatura francesa, escrito a mais de 150 anos pode ser tão atual.
Finalizo recomendando acesso a essa obra, seja pela adaptação cinematográfica, seja pela obra literária. É uma obra de arte que todo amante de arte deveria conhecer. Não perca essa oportunidade se um dia tiver um tempo.
Não irá se arrepender.

Edla 27/08/2020

Mais que um livro: uma riqueza para a humanidade!
Levei exatamente dois meses para ler esse livro e MEU DEUS que experiência incrível!
Eu amei e me envolvi com cada personagem, com o drama central e cada carga dramática adjacente e com a escrita incrivelmente viciante desse autor (a narrativa é tão fluida que nem parecia que eu estava lendo um clássico em alguns momentos). Não consigo usar palavra melhor para descrever essa história que maravilhosa.
Não vou detalhar aqui cada detalhe do livro mas vale dizer que mais que uma história de um homem que injustiçado, preso e sem esperança que consegue dar a volta por cima e ter a sua tão almejada vingança, essa é uma história de amizade e amor.
Amor do Edmund Dante (conde de Monte Cristo): por seu pai, por Mercedes, pelo abade Faria, pela família Morrel, por Albert, por Valentine e por Haydée.
Mesmo todo quebrado emocionante, o conde ligado pelo sentimento de encontrar aqueles a quem ama (e se vingar dos que o fizeram mal, obviamente), estuda e se prepara nunca deixando que o medo o impedisse de ir atrás do que por 14 anos ele foi privado de ter.
Sem dúvidas uma história linda e emocionante do começo ao fim que sintetiza a perseverança, o amor, a coragem e também o perdão: esse último de si mesmo e dos outros.
Gostei do final, das vinganças e da reconstrução do conde como alguém que mesmo depois de tudo se permitiu ser feliz.
Recomendo demais essa história e com certeza vou guardar ela comigo com muito carinho.

P.s: A quem possa interessar desculpem o excesso de emoção nessa resenha, é só que se tratando dessa história em especial eu precisava falar com um pouco mais de carinho mesmo.

Dry 03/04/2021

"Esperar e ter esperança"
Sinceramente sem palavras para descrever tamanha gratidão que tenho por ter lido essa história. Valeu cada página, cada hora que dediquei a essa leitura, sem dúvidas se tornou um dos favoritos de minha vida devido as lágrimas que me arrancou.
Uma história de sofrimento, mais principalmente de esperança, e muito aposta a que muitos acreditam (Conde de monte Cristo) não é sobre vingança e sobre semear e colher o que se foi semeado.
Em relação ao livro em contexto geral fiquei bem impressionada o quanto o autor soube prender cada ponta, o quanto tudo foi muito bem interligado, o desfecho de cada personagem. Me marcou .. vai ficar por muito tempo essa história em meu coração. ??

Alex 30/04/2024

Clássico obrigatório
O conde do Monte Cristo é minha obra preferida, entre tantos bons livros, este está disparado no topo, entre os melhores. Esta foi a 3ª vez que o li, com uma diferença bem longa entre cada leitura, consegui comprovar as palavras de Heráclito de Éfeso, ?ninguém se banha duas vezes no mesmo rio?, da mesma forma, ninguém lê duas vezes a mesma obra?.

Neste livro, clássico da literatura francesa, escrito por Alexandre Dumas e publicado no século XIX em formato folhetim, temos uma obra completa. Intrigas, vingança, morte, justiça, excessos, assassinatos, romance, perdão, redenção. Vilões, heróis, talvez um anti-herói.

Dumas, leva seu leitor a conhecer uma França pós-revolução Francesa, o governo dos 100 dias, a época pós retorno de Napoleão I. A transição entre a Monarquia e a República. O fracasso político ou militar de líderes da época. É o mesmo momento histórico de Os Miseráveis, talvez com poucos anos de diferença, mas aqui a história se inicia em Marselha, no sul da França e da metade para frente, todos os holofotes se voltam para Paris.

Uma característica que me agrada muito na escrita de Dumas, é que ele coloca a política, a crítica social e a reflexão filosófica, no meio da narrativa, está tudo ali, mas não é chato, não pesa na leitura, ao contrário de Os Miseráveis, com seus livros inteiros sobre Waterloo ou sobre os esgotos de Paris, em O Conde do Monte Cristo, todas as digressões sociais ou contextuais estão inseridas de forma primorosa, são parte da história do protagonista e dos incontáveis outros personagens. Uma comparação talvez injusta, talvez desnecessária, mas para o leitor atual, faz toda a diferença.

Enfim, não é fácil desgostar de um personagem pobre, jovem, que com seus braços e suor está galgando os degraus da felicidade, mas é injustamente ceifado da vida, por meio de tramas, ardis e inveja, jogado num calabouço, ignorando tudo, inclusive o porquê foi preso.

Essa obra é absolutamente obrigatória, com sua narrativa ligeira, profunda e envolvente. Desafie-se e aproveite.

Júlia 30/03/2021

Comecei o livro há um certo tempo, quando estava na metade assisti à adaptação de 2002, e, como o próprio nome diz, uma adaptação é dificilmente fiel à sua obra base. Quando terminei o livro confesso que me peguei pensando que preferi o final do filme; depois de absorver o feito de ler um dos maiores clássicos da literatura, compreendi. "Esperar e ter esperança".

Jane.FAlix 28/12/2023

Encerrando 2023 com chave de ouro
Que livro maravilhoso pra encerrar 2023!
Apesar de ser um livro muito extenso, em nenhum momento é uma leitura monótona. Longe disso!
Um clássico escrito por Alexandre Dumas, cheio de nuances e críticas à sociedade da época. A narrativa já é bastante conhecida pelos filmes, mas que não prejudica em nada a leitura, pois os detalhes do complô, do cárcere e da vingança são narrados tão minuciosamente que o leitor embarca de corpo e alma no universo de Edmond Dantes e de todos que o cercam... Enfim, maravilhoso de todas as formas.

Renata.Oliveira 13/03/2021

Não se apresse pra terminar logo
Teve algumas coisas que me fez tirar uma estrela do livro, algumas atitudes me incomodaram, mas o livro é incrível é recomendo muito.
Passei 3 meses lendo ele é não me arrependo, quando tava faltando uns 10% pra terminar eu quis me apresar pra terminar, não façam isso. Leia no seu tempo, demore 1 ano se precisar, há partes mais densas pra ler e elas fazem você perder a vontade, mas tenha paciência, porque vale a pena.

Mariah Oliveira 20/03/2022

Um adeus, ou um até logo Conde?
Já faz um ano que terminei essa obra de arte da literatura mundial, e gostaria muito de ter comentado sobre ela naquele tempo, com a memória mais fresca, mas mesmo assim é impossível esquecer a experiência que foi o Conde de Monte Cristo um livro que narra não apenas uma história fictícia, mas a conta envolvendo fatos e aspectos da história ocidental de maneira magnífica, se contar que transparece para aqueles que o lêem aspectos próprios da humanidade. A vingança é mesmo necessária? Ela será suficiente? O que posso mais relatar é que é o livro mais cirúrgico que li, sem deixar nenhuma ponta solta até mesmo daqueles personagens que imaginamos que não tem nenhuma utilidade, desempenham também um papel importante na trama. Qualquer dias desses espero relê-lo porque O conde é desses livros que faz você refletir a vida e suas decisões. Você pensa que entendeu, mas não entendeu o quão profundo ele é. Desses sabe? Que tem que ser lido como se fosse uma sobremesa a cada mordida uma nova sensação, novas percepções e novos sabores sendo descobertos.

Lia 21/06/2022

Gênio!
É um livro que devoraria 24 horas por dia se pudesse, Dumas termina um capítulo igual às novelas, deixando só um gostinho o que me fez ler até não aguentar mais segurar o sono( leio antes de dormir e tenho o costume de dormir cedo).
Tem umas partes que eu pensei NÃO QUERO SABER DESSE PERSONAGEM VOLTA PRO OUTRO, mas depois vi que tudo é tão bem construído e conectado que valeu a pena (e muito).
amei o final e a evolução do protagonista.LEIAM SIM E CLARO

bia 02/06/2021

gostei bastante até, queria q tivesse mais páginas, foi o melhor paradidático da etapa

Jason 28/03/2021

Que livro
Foi meu primeiro do Alexandre Dumas e também meu primeiro clássico. A história com vários personagens, com várias com bela vingança uma hitória que te prende do começo ao final. Se existe um arrependimento é de ter demorado tanto para ler. Conde de Monte Cristo com certeza entra na minha lista de livros favoritos.
Um pouco sobre a história mostra a prisão de Edmond Dantes injustamente preso com a ajuda de seus "amigos" isso mostra que nem todo mundo que está perto de você quer seu bem na primeira oportunidade tiver de te prejudicar não vai medir esforços. No decorrer da história vemos a transformação de Edmond Dantes em Monte Cristo desde a prisão no Castelo if, conhecer o abade Faria, fugir da prisão, Carnaval em Roma até finalmente voltar a França para fazer Vingança em derrubar um por um dos seus inimigos. Monte Cristo se torna um justiceiro sanguinário mas no final acaba se arrependendo dos pecados e diz que ultrapassou o limite

Yasmin V. 02/11/2023

Um novelão
Comecei esse livro absolutamente do nada. Não tava nos meus planos lê-lo esse ano e nem tão cedo também. Mas alguns livros parecem que nos chamam e a gente aproveita aquele segundo de vontade e só vai.

E ainda bem que aproveitei. Deveria ter lido antes! Uma história que tem vingança, traição, fofoca, morte, reviravoltas e burguês safado se ferrando, dificilmente será ruim! É um novelão dos bons!! Hahah
Além disso, gostei da escrita do Dumas. É bem fluida, com ganchos nos finais dos capítulos que prendem muito a leitura.

Porém tenho algumas ressalvas também.
Não darei spoilers, mas pra quem pretende ler, não sei se atrapalhará a experiência de leitura, então fica o aviso rs
Chegando no final do livro, senti que Dumas quis finalizar a história rápido. Alguns desfechos foram bem corridos, sem muitos detalhes. Sabe aquela sensação de "poxa, tão bacana esse arco da história, conta mais!!" e aí não tem o "mais"? É isso... E olha que esperei e tive esperança!! Dantès, você prometeu! Hahahah (quem leu, entendeu)

Mas no geral, amei a história, a experiência de leitura e senti falta quando terminei! Por isso, mesmo com as ressalvas, ainda foi favoritado. Pra quem quer perder o medo de calhamaços, recomendo muito!

Albieri 09/09/2020

De tirar o Fôlego
O Conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas

Depois de ler Os Três Mosqueteiros, embarquei nessa obra prima de Dumas. O conde nos mostra a mesquinhez do ser humano que buscando nome, dinheiro e poder levá-o a fazer coisas cruéis com seu próximo. Tudo o que vemos hoje em dia. A soberba e a ganância acima do que é ético e justo, do que é moral e correto.

Levando isso vemos Edmond se levantar depois de anos de aprisionamento e sua promessa de vingança. Que ele cumpriu contra aqueles a quem acometeram injustiça contra ele e contra outros. E apesar da vingança fez o bem a muitos que precisaram. Sem dúvida uma grande obra essa. Sem palavras

#livro #book #ocondedemontecristo #skoob #clubeskoob #leitura #cabeceira #minhaestante #editorazahar #zahar #amoler #AlexandreDumas

Vinícius Alves 22/06/2020

O Conde de Monte Cristo conta a história de um marinheiro que fora traído e preso injustamente, em meio ao auge de sua felicidade, e que durante a prisão jura vingança àqueles que o fizeram mal. Provavelmente você já conhece essa narrativa, tanto pelas diversas adaptações que já fizeram dessa obra, como também de várias outras histórias que foram inspiradas nela.

Mas o que primeiramente surpreende ao ler essa história é o ritmo da leitura, pois é fácil começar e não querer parar mais; mérito do Alexandre Dumas, que mantém uma escrita impecável do início ao fim. A história é bem detalhada (mas sem exageros) que fica fácil se localizar naquela França do século XIX, e mesmo recheada de personagens, - com alguns capítulos dedicados à personagens secundários - a história em momento algum se torna maçante, pelo contrário, pois a cada capítulo a vontade de descobrir os acontecimentos que se sucedem só aumenta.

Diversas questões são abordadas nesse livro, mas o que vai ficando cada vez mais nítido é a discussão sobre o que difere a justiça da vingança, e quem é o responsável por julgar e perdoar.

E claro, o destaque da história fica a cargo do personagem que dá título à ela, pois acompanhamos a metamorfose de um jovem inocente à um homem que carrega um peso enorme sob suas decisões.

O Conde de Monte Cristo é uma leitura fascinante, e quem puder conhecer, não perca a oportunidade.

elisarss 19/01/2022

"Esperar e ter esperança."
Alexandre Dumas merece todos os elogios possíveis por ter escrito com tanta prudência este livro em questão.

É claro que 1300 páginas assustam muita gente; mas acompanhar a jornada de Dantès durante os 24 anos em que a história se passa, sem ao menos perceber a quantidade de páginas lidas em 1 hora, é impressionante.

Cada detalhe descrito, cada lugar apresentado, cada sofrimento expresso em palavras transformaram o livro em uma completa obra de arte. Essa edição, inclusive, possui diversas ilustrações, o que torna ainda mais visível a progressão da história e o contexto descrito.

Eu realmente não sei como descrever em palavras o que estou sentindo após terminar esse livro. É um misto de emoções tão grande que eu poderia passar horas falando sobre, sem ao menos me cansar.

Posso dizer, com toda certeza, que "O Conde de Monte Cristo" é um dos meus livros favoritos e que, apesar de ser um calhamaço, é uma leitura que vale muito a pena. ??