Cley 21/04/2020É o 1º Natal com a Eleven, Jim Hopper quer apenas descansar e desfrutar da companhia dela. Mas, a noite não será como ele previa, pois a El encontra uma caixa em quê contém arquivos de um caso que Hopper trabalhou no ano de 1977 em Nova York. Sem ter muita escolha, Hopper decide contar a El um dos casos que mais mexeu com ele; a busca de um serial killer que desafiava a cidade e criava caos em todo departamento de polícia.
Jim Hopper é um dos meus personagens favoritos da série na Netflix, por isso, acompanhar um pouco do seu passado, quando ainda tinha esposa e filha, foi muito interessante, tendo em vista que isso não é explorado na série (pelo menos até hoje).
Antes de entrar para a polícia, Hopper esteve na Guerra do Vietnã, voltou à Hawkins e a fim de começar uma vida nova, mudou-se para a cidade que nunca dorme.
Adam Christopher construiu um enredo simples para exibir Hopper plenamente em ação, sem lutas contra monstros e mundo invertido.
"Cidade nas trevas" pode ser lido por quem nunca assistiu à série, pois como é focado em um caso específico, não há uma dependência necessária. É o 2º volume, porém poder ser lido de forma autônoma.
A escrita do Adam é boa, mas percebi que o autor prefere se estender em narrações supérfluas podendo focar no que é necessário, me fazendo ter uma experiência de leitura um pouco arrastada.
Hopper segue sendo destemido, em prol de proteger todos de um perigo eminente.
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O crime investigado pelo Hopper e sua parceira Rosario Delgado, pode aparentar não ter relação com o nosso detetive, porém, ligando bem os fatos, criamos uma conexão com o que o Hopper vivenciou.
Senti falta de mais exploração em relação à família do Hopper e o que de fato aconteceu na Guerra do Vietnã, algo que foi citado na obra comumente.
"Cidade nas trevas" mostra que lidamos com traumas de formas diferentes, é incerto saber os efeitos que elas causarão, principalmente se você já sofreu o que tinha de sofrer.
" - Às vezes, homens bons... Homens bons fazem coisas ruins. Às vezes... homens bons... não têm escolhas."