Ana Luiza 07/02/2013
Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br
Carrie Bradshaw é uma garota comum de 17 anos que sonha em ser escritora, mesmo que seu pai não leve seu sonho a sério. Sua mãe era uma mulher extraordinária, mas que morreu há alguns anos, então ela vive na pequena cidade do interior apenas com seu pai, e suas irmãs, Missy e a problemática Dorrit.
Carrie está começando seu último ano na escola junto com seus melhores amigos, a fiel Mouse, a dramática Maggie e seu namorado, o divertido Walt, e a competitiva Lali. Tudo parecia correr bem, Carrie estava determinada a fazer daquele ano o melhor da sua vida, uma espécie de preparação para a vida que sempre quis ter na glamorosa cidade de Nova York. Mas, já no primeiro dia de aula, a garota percebe que não será um ano fácil e tudo por causa dele, Sebastian Kydd.
Sebastian é um típico bad boy, bonito e rico, ele chama a atenção de todas as garotas, inclusive Carrie. Anos antes, aos doze anos, Carrie tinha “conhecido” Sebastian e se apaixonado por ele, mas quando o garoto foi embora, ela logo o esquecera. Entretanto, aqui está Sebastian novamente, tão bonito, intrigante e apaixonante quanto antes, novamente fazendo o coração de Carrie disparar.
Sebastian também parece estar interessado em Carrie, mas sempre imprevisível, ele começa a estar sempre por perto, mas nunca perto o suficiente. Carrie fica cada vez mais confusa, ainda mais quando o vê na companhia de Donna LaDonna, a garota mais bonita e popular da escola.
“O segredo de ser uma abelha rainha não é necessariamente beleza, mas muito trabalho. Beleza ajuda, mas sem a vontade de chegar ao topo e lá permanecer, a beleza só vai fazer com que você seja uma abelha aspirante.” (Pág. 343)
Mas Sebastian surpreende mais uma vez quando dispensa Donna para ficar com Carrie. A garota fica feliz por estar com Sebastian, mas isso não significa que seus problemas acabaram. Além de ter que lidar com a irmã cada vez mais rebelde, Carrie ainda tem que lidar com a raiva de Donna e o drama dos seus amigos. Isso sem falar no comportamento imprevisível de seu namorado e nas dúvidas sobre o seu futuro.
"- Não vou relaxar. E não vou escutar você. Nem mais ninguém. Por que quer saber? Todo mundo acha que sabe tanto sobre tudo e ninguém sabe porra nenhuma de nada." (Pág. 327)
“Os Diários de Carrie” traz histórias da adolescência de Carrie Bradshaw, personagem que ficou famosa por causa da aclamada série de TV “Sex And The City”, inspirado no livro de mesmo nome. Eu, particularmente, não conheço nada sobre “Sex And The City”, seja a série, os filmes ou o livro (ou são livros?) e não tenho o menor interesse em conhecer. Me interessei em os “Os Diários de Carrie” por causa da série de TV, que até o momento em que terminei a resenha, tem apenas 4 episódios exibidos. A série é muito divertida, me conquistou logo de início, assim como o livro.
Apesar da trama bem adolescente e muita vezes boba e clichê, o livro me conquistou, além de me divertir bastante. A narração em primeira pessoa (que apesar do nome do livro, não vem em forma de diário) é super leve, flui com uma rapidez impressionante. A trama apesar de meio óbvia e simples, é bem divertida, mas não chega a ser tão leve, considerando que aborda muitas situações comuns da adolescência, como ouso de drogas e álcool e conflitos relacionados à sexualidade.
Os personagens, além de cativantes, são todos bem criados e situados na história. Cada um deles possui características próprias, além de própria história, dúvidas e conflitos. Carrie é a mais cativante deles. Inteligente, mas também bonita, a garota é determinada, sabe o que quer. Entretanto, Carrie teve seus momentos infantis e irracionais, principalmente quando se tratava de Sebastian, o que me irritou bastante em alguns momentos, assim como o próprio Sebastian. Desde o início, ele se mostrou (perdoem o termo) um babaca, o que de certa forma foi interessante, pois, nos outros livros, os bad boys sempre se mostram príncipes no final, o que não é a realidade. De todos os amigos de Carrie, gostei mais de Mouse e Maggie, talvez porque elas também aparecem na série.
A editora fez um bom trabalho com o livro. Não encontrei erros e a diagramação e tradução estavam bem feitas. O tamanho das letras estava bom e as páginas amareladas contribuíram para uma leitura pouco cansativa. Não gosto muito dessa capa super dourada, eu acho meio brega, mas combina com a história.
“Os Diários de Carrie” é um livro que eu recomendo para quem gosta do gênero, que não se importe com a trama adolescente e clichê. O livro é muito divertido, a leitura super gostosa e rápida. O final foi perfeito e me deixou louca pela continuação. E o melhor, quem não conhece “Sex And The City”, como eu, vai entender a história perfeitamente.
“Mas, toda vez que me sinto mal, tento me lembrar do que uma garotinha me disse uma vez. Ela tinha bastante personalidade – tão feia que era bonitinha. E dava para perceber que ela também sabia disso.
- Carrie? – ela pergunta. – E se em outro planeta eu fosse uma princesa? E ninguém deste planeta soubesse?
De certa forma, aquela pergunta ainda me deixa meio embasbacada. Quero dizer, não é verdade? Quem quer que sejamos aqui, podemos muito bem ser princesas em outro lugar. Ou escritoras. Ou cientistas. Ou presidentes. Ou quem diabos queiramos ser que todo mundo diz que não podemos.” (Pág. 14/15)
Autora da resenha: La Mademoiselle
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