Duma Key

Duma Key Stephen King
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Resenhas - Duma Key


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Flávia Menezes 09/10/2022

AGORA ESTÁ TÃO LONGE VER, A LINHA DO HORIZONTE ME DISTRAI...
?Duma Key?, publicado em janeiro de 2008, não é apenas mais um livro do mestre Stephen King. É uma obra de arte, que não foi apenas escrita, mas pintada. Nele, King imprimiu seu lado mais reflexivo, mais poético, deixando de lado qualquer receio de parecer muito emotivo, para escrever não com a ponta dos dedos tocando uma velha máquina de escrever, ou o teclado de um notebook, mas com o coração. Em cada linha, em cada palavra, eu pude experimentar cada sentimento impresso ali, e foi exatamente por isso que eu rapidamente me conectei com essa história.

Para mim, não há outra forma de ler esse livro a não ser que seja ouvindo ?Vento no Litoral? do Legião Urbana, porque a beleza desse cenário que é a ilha de Duma Key, se mescla com perfeição à melodia e à voz de Renato Russo, e vai nos preenchendo de tal forma que quando vemos, estamos naquela praia, sentindo o sol aquecendo a nossa pele, deixando que o som das águas tocando a areia nos conduza, e acalme cada parte de nós em que ainda esteja agitada pelos acontecimentos do dia, ou qualquer outro pensamento que tente cruzar a nossa mente e nos afastar da leitura.

?Duma Key? é mais do que uma história, é um relato poético sobre amor, família, amizade, doação, humanidade, o poder da arte, mas também é sobre dor, perdas, luto, separações, erros, culpa, tristeza, depressão e pensamentos suicidas. E narrado em primeira pessoa, onde somos conduzidos pela voz do protagonista, Edgar Freemantle, existe esse tom de intimidade que nos faz sentir como se estivéssemos lendo um diário com todos os pensamentos mais profundos e poéticos de alguém que decide se mostrar sem qualquer máscara, mas com toda coragem de revelar tanto o seu lado bom, quanto seu lado mais obscuro.

Para mim, foi como acompanhar um relato terapêutico, e eu fiquei tão presa à narrativa, lendo sobre os sentimentos e tudo o que permeia o psicológico do Edgar, que essa se tornou minha leitura preferida para ler à noite. Eu me sentia na companhia de um amigo que se deitou ao meu lado na cama, e começou a me contar cada detalhe do que acontecia dentro dele. E eu realmente gosto de amizades assim, de quem não tem medo de dizer o que sente. Eu gosto de ouvir as pessoas falarem sobre tudo o que gostam, sobre suas paixões, mas ouvi-las falar sobre seus sentimentos é algo tão íntimo, que denota tanta confiança... Não tem como comparar, o quanto isso é muito mais valioso para mim do que qualquer outro tipo de conversa.

Eu sei que algumas pessoas que leram e não gostaram, ao ler essa resenha vão até se perguntar: ?Mas que livro é esse que ela leu, porque eu também li, e não vi nada disso??. E de verdade... eu não só te entendo, mas respeito quando alguém diz que esse é um livro em que o King não desenvolveu muito bem seus personagens, e que a narrativa é super arrastada, cansativa e repetitiva. Acredite! Eu realmente te entendo! Porque esse não é um livro de grandes reviravoltas, nem mesmo de personagens super elaborados. Mas posso te contar uma coisa? Eles são mais reais. São como qualquer um de nós, com seus dias bons e ruins. E no meio disso tudo... com um pouco da rotina do dia a dia, que muitas vezes pode até ser bem monótona.

E posso confidenciar uma outra coisa? Mas esse tipo de narrativa é bem próxima do que acontece em um tratamento psicoterapêutico. Muitas vezes, o paciente pode ficar tão obcecado em falar das suas dores de um jeito altamente repetitivo, monótono e cansativo. Porque até que possam elaborar os acontecimentos, e dar a eles um novo significado, eles precisam se ouvir falando de forma exaustiva, até que o cansaço os vença, a ponto de poder perceber que podem parar de brigar com o que sentem, e seguir em frente.

E sabe o que é mais engraçado? É exatamente disso que eu gostei. Das divagações que vinham de forma tão poética. Da forma como ele (Edgar) falava sobre o quanto pintar o fazia se sentir mais completo e apaixonado pelo mundo. Ou de quando ele falava sobre os vínculos diferentes que tinha com cada uma das filhas. Assim como eu também podia sentir a sua dor, quando ele falava de um jeito de quem nunca vai se conformar da relação que acabava por um motivo do qual ele sequer se lembrava, e por isso mesmo, não havia como se responsabilizar.

E com todas essas dores na mala, eu gostei tanto de fugir com ele para Duma Key, essa ilha paradisíaca que o King descreveu de um jeito tão poético. Eu quase podia ouvir o som das ondas quebrando na praia, ou do silêncio ao redor que só era quebrado pelos sons da ilha, e em especial, por aquele som das conchas embaixo do Casarão Rosa.

E foi graças a toda essa solitude que Edgar pode se entregar à pintura, e como é gostoso ver a forma como o seu corpo implora para que ele se esvazie de todos aqueles sentimentos e emoções que o tomam, através da arte. E não é mesmo isso que a arte é? Uma expressão do que há de mais profundo em nós?

É claro que o mestre não deixou de fora dessa história um pouco dos seus elementos fantásticos, e eu até tenho que confessar que achei bastante assustadora essa versão de boneca que ele criou, que é o casamento desastroso entre a Annabelle e Coraline. Essas foram cenas que eu confesso que gostaria de ter visto com mais profundidade, porque dali poderia ter surgido aquele terror que o mestre colocava em suas histórias no começo da sua carreira. Mas tudo bem que não tenha sido exatamente assim.

O navio dos mortos, Perse, o anão de jardim, os medos mais profundos que cada um de nós revela em nossos pesadelos... tudo isso me fez pensar nos nossos sonhos confusos, estranhos e cheio de elementos sem sentido que temos quando passamos por algum tipo de perda. Sabe o que eu quero dizer? Quando se está ainda tão mergulhado no vazio, que até os sonhos parecem não ter nexo algum? Bem dizia titio Freud que nossos sonhos trazem muitos fragmentos do nosso dia. E quando os dias são mais vazios, por conta de algum sofrimento, os sonhos são igualmente vazios e sem sentido algum.

King ainda escreve nessa história: ?O sofrimento é o maior poder do amor?. De fato, eu não sei dizer se concordo ou não com isso, mas quando lemos essa frase, ela parece fazer tanto sentido. E por mais mórbido que possa parecer, não podemos negar que todo o amor vem acompanhado de uma dose de sofrimento. E se formos honestos, sem trapacear e jogar tudo para debaixo do tapete, vamos deixar que ele (sofrimento) se aproxime, para poder olhá-lo nos olhos, e respeitar toda a sua imensidão, para enfim, nos libertarmos.

E foi exatamente assim que o King deu a essa história o final mais perfeito de todos: quando seu protagonista decide encarar todas as suas dores de frente, com a coragem de quem ainda sente a tentação de não resistir e se unir a elas (suicídio!), para enfim reconhecer que mesmo que a tentação de dar fim a tudo possa ser irresistível, a vida não acaba em apenas dois atos. Ao contrário, depois de terminar de pintar todas as suas lembranças, tanto as felizes quanto as mais dolorosas, é hora de largar o lápis ou o pincel, porque o restante do que vem pela frente, é apenas vida.

?Duma Key? chegou no momento certo da minha vida, no que eu mais precisava, e subiu para o meu top 3 (e confesso que a vontade mesmo é de colocá-lo no top 1, mas não poderia fazer isso com ?O Iluminado?). Hoje me despeço do meu amado amigo Edgar com lágrimas, porque eu vou sentir muito a sua falta. E é por ter me apegado tanto a ele, que encerro esse livro que levarei para sempre no meu coração, com uma das suas frases mais emocionantes:

?Não desista até que o desenho esteja pronto. Não sei lhe dizer se essa é a regra fundamental da arte ou não - não sou professor -, porém acredito que essas oito palavras resumem tudo o que eu venho tentando falar para você. O talento é uma coisa maravilhosa, mas não adianta nada para quem desiste fácil. E sempre chega o momento - se o trabalho é sincero, se ele vem daquele lugar mágico em que pensamento, memória e emoção se mesclam - em que você quer desistir, em que você pensa que, se largar o lápis, sua vista ficará embotada, sua memória falhará e a dor irá embora."
Francisco 10/10/2022minha estante
Excelente resenha! Sem dúvida alguma Edgar é um personagem marcante. Adoro esse livro.


Flávia Menezes 10/10/2022minha estante
Obrigada pelas palavras , Francisco. Edgar foi uma excelente surpresa. Duma é um livro que vale muito a pena, não é?


Francisco 10/10/2022minha estante
Sim, vale muito a pena. A atmosfera de Duma Key é muito envolvente. Além disso, gostei bastante dos detalhes dos trabalhos de Edgar com pintura, o seu "talento".


Flávia Menezes 10/10/2022minha estante
Essa parte é muito inspiradora mesmo. Sem contar que o King escreve essa parte de uma forma tão poética? ele (King) parecia bem inspirado. rsrs


Fabio 10/10/2022minha estante
Que resenha incrível!
Por mais que tenhamos lido ao mesmo tempo, e que as opiniões sobre a leitura sejam um pouco divergentes, você conseguiu exprimir nesta resenha, todo o sentimento que vivenciou durante a leitura deste calhamaço do mestre!
Você ainda tentou me animar com suas impressões apuradas, mas eu devo ter lido de uma maneira errada, ou talvez seja, simplesmente, época errada
Mas nunca ler um livro do King será desperdício de tempo!
Então valeu a pena! Falta só um pra meta!!!


Flávia Menezes 10/10/2022minha estante
Ah Fábio, só você pra me deixar sem palavras! Mas olha? eu acho que essas divergências foram ótimas pra mostrar que ainda quero ler muitos Kings com você. Porque se eu tivesse sua companhia em Billy Summers, acho que teria sido mais boazinha na nota? rsrsrs. Você gosta do King mais do mistério, da ação? e eu gosto do King reflexivo? Sempre me ajudará muito poder olhar melhor pra ele vendo pelos olhos de alguém que me ensina como ver corretamente essas partes dele (King) que não são meu forte. Obrigada por ter me inspirado a ler esse livro. Que pena que não consegui animá-lo. Mas quem sabe em uma próxima. Mas que bom que não desistiu!! Vai ultrapassar essa meta, sem dúvida!! Agora você está cada vez mais especialista em King. Então?estou lisonjeada com as suas palavras. Obrigada de coração.


Fabio 10/10/2022minha estante
? de nada!!! Vamos para o próximo!!!


Flávia Menezes 10/10/2022minha estante
Ansiosa pra essa escolha. ?????


Luiz Souza 15/10/2022minha estante
Up ?


Nilo10 05/08/2023minha estante
Acho esse livro extremamente subestimado. Poucos falam dele e achei a experiência incrível. Livro que começa meio devagar, mas de repente dá um frio na espinha hahahaha Ótima resenha


Flávia Menezes 06/08/2023minha estante
Obrigada, Nilo! E eu concordo com você. Muita gente não gosta, mas eu, particularmente, gostei muito desse livro e é até um do King que pretendo reler.




Gustavo Rodrigues 29/09/2022

Fantástico. Com uma ambientação extremamente bem feita e com personagens muito bem construídos, Duma Key tornou-se um dos meus favoritos.

De antemão eu confirmo o que vi muita gente comentando: sim, é um livro lento. Masssss, pra minha sorte, eu curto muito a prolixidade do King, quando bem utilizada. Nesse livro ela foi, então deu certo. Mas acho que esse é um tipo de livro que indico pra quem já tem um certo ?costume? com a escrita do velhote, porque pode não ser muito fácil de encarar essas quase 700 páginas.

Dito isso, sigamos.

Aqui o King usa e abusa de uma coisa que ele sabe fazer bem: construir bons personagens. Edgar e Wireman (esse último é um dos melhores personagens que já vi do King) são excelentes. Impossível não curtir a amizade deles. Além disso, a ambientação é muito bem feita, assim como quase todos os seus livros. Duma Key torna-se quase uma ilha real, de tão bem detalhada que ela é.

A história te prende, te instiga a continuar, até pelo fato de ser contada numa espécie de relato post factum, então às vezes tem uns ?spoilers? que te deixam mais curioso pra seguir em frente. E, pra completar, os diálogos são muito bons, principalmente entre Edgar e Wireman, que abusam de piadinhas pra dar um ?escape humorístico? quando as coisas estão tensas.

O final é muito tenso, coisa de maluco. Se alguém reclama da lentidão no início/meio, não pode dizer o mesmo da parte final. Com umas pitadas de dramaticidade, o fim chega pra coroar uma história excelente.

Não tenho muito o que falar sem dar spoiler, então agora só posso indicar, principalmente pra quem já tá acostumado com a prolixidade do S.K. Aproveitem mais um calhamaço excelente do velhinho mais amado do meio literário. ?
Dani 29/09/2022minha estante
Meu primeiro King? e amei!!!


Marcy 29/09/2022minha estante
Queria ler esse ano ainda mas acho que não vai rolar ?


Geovana 30/09/2022minha estante
Se for um pouco menos prolixo do que It e A dança da morte então já está bom rs


Richard 01/10/2022minha estante
Não sei o porquê, mas parece que crio um bloqueio em ler este livro devido a capa, não sei explicar, mas creio que um dia também irei ler, porque SK é SK ?????


Etair 10/02/2023minha estante
Comecei a ler a pouco, e estou curiosa para saber a evolução do Edgar, com certeza vou me surpreender pois King é King


Lohane 07/04/2023minha estante
Demorei uns 6 meses pra terminar, e, mesmo assim, é um dos meus favoritos dele. Foi nesse livro que eu finalmente me convenci de que não se lê S.K. rápido. As palavras dele são pra ser degustadas, não devoradas.


Lima O Limão 09/12/2023minha estante
Meu amigo, se eu consegui ler, A Cidade da Lua Crescente da Sarah Gmails, eu consigo ler esse aquiKKKK que é lento pra caramba




Leo Ramos 23/08/2010

História interessante
A trama em si é interessante. Ela caminha para algo sobrenatural e curioso até o desfecho. Porém o climax é prejudicado pelo final ilógico. O inicio e o fim não parecem do mesmo livro, não estão amarrados. A resolução desse livro é estúpida e sem sentido, não tendo muita relação com o resto da história.
Greice 03/09/2010minha estante
Final sem sentido: isso é Stephen King!


bardo 03/09/2010minha estante
Discordo da Grace,não sei esse Duma Key, que ainda não li, mas King faz muito sentido sim..


Thais 09/11/2010minha estante
bem, depende do que se espera ser amarrado. nas histórias de stephen king, a amarração nunca é usual e o enredo raramente linear.
há que se familiarizar um bocado com o estilo dele pra poder entrar na história de coração.
questão de gosto mesmo, talvez. eu gostei, me senti lendo "saco de ossos", não a mesma coisa, mas a mesma sensação.
stephen king te joga de um lado a outro, e os livros dele sempre me são bem vindos. definitivamente há algo de muito peculiar no ar do maine.


Leo Ramos 09/11/2010minha estante
Entendo. Li 27 obras do king e todas tinham certa relação início-fim. Mas essa... não convenceu. A narrativa é magnífica, como sempre. Mas ficou um desfecho muito forçado e sem relação com os eventos sobrenaturais que envolvem o protagonista. É como se King estivesse com pressa de terminar o livro.


Conce 13/02/2011minha estante
Duma key nos leva de volta aos primeiros livros, me prendeu a atenção de uma forma... não acontecia há bastante tempo. Não me decepcionou de forma alguma, para quem o acompanha desde sempre, foi extremamente satisfatório.


Jessé 06/02/2016minha estante
Acho engraçado as pessoas ficarem falando que Stephen King e isso: Final sem sentido. Esse livro foi uma das piores coisas que ja li. Ate quando ele escreve algo ruim, as pessoas enchem a bola dele. Parecem que tem medo de dizer que ele escreveu algo ruim. Os finais dos livros de Stephen King nao sao sem sentido, o autor apenas tem a mania de nao saber encerrar as suas historias direito, mas passam longe de ser sem sentido. Esse livro poderia ter sido resumido em 400 pg, e teria ficado bom. Enrolaçao em excesso, e varios capitulos repetitivos, parecia que o autor estava chamando seus leitores de burros, explicando varias vezes a mesma coisa.




Paula 17/06/2022

Que história! 
Conhecer esses personagens e tudo que se passa neste livro foi uma jornada incrível e que recomendo fortemente. Fui lendo aos poucos, me envolvendo na trama e me dando conta que até os personagens secundários são tão bem construídos que parece que realmente existem. Um dos pontos que mais gostei foram as relações tão bem trabalhadas ao longo dessas 660 páginas.
Michelly 17/06/2022minha estante
Eu amei Duma Key! E agora estou lendo Novembro de 63 e estou amando mais ainda. Cada King é uma relação de amor e ódio, mas nunca de indiferença


Paula 17/06/2022minha estante
Que legal! Li Novembro de 63 ano passado, foi meu primeiro contato com o King, e tornou favorito.


Michelly 17/06/2022minha estante
Leia Rose Madder e A história de Lisey (que a editora Suma chama de Love ?)


Paula 17/06/2022minha estante
Li A história de Lisey ano passado, foi o segundo que li do autor, e gostei bastante também. Rose Madder tenho receio de ler por ser um relacionamento abusivo, acho que vou passar raiva


Michelly 17/06/2022minha estante
Ah, passa raiva, mas tb se sente vingada ?




Raphael 22/11/2014

Stephen King é um escritor tão bem conceituado que mesmo quando escreve um livro ruim as pessoas, a meu ver, ficam com receio de dizer que o livro é ruim. O autor no entanto, merece a reputação que tem. Já escreveu muita coisa boa. Muita mesmo. Duma Key, por sua vez, é um livro ruim. Em certos momentos, com todo respeito ao S. King, chega a ser patético.

O ponto de partida aqui é um rapaz que sofreu um acidente, perdeu um braço e, em razão disso, aparentemente, desenvolveu um talento para a pintura. Os quadros pintados pelo protagonista repercutem diretamente na vida das pessoas que o cercam. Conforme a história vai se desenrolando, Edgar, o protagonista, passa a desvendar o mistério do seu talento repentino, que está diretamente relacionado com o local em que ele passou a morar após o acidente, região litorânea que dá título ao livro.

Stephen King é famoso pela criação de personagens. Em Duma Key, alguns são simpáticos sim, outros nem tanto, acho que a maioria deles, não é exagero dizer, são apenas medíocres. O vilão aqui, pasmem, é uma boneca. Essa boneca, no entanto, tem o "dom" de invocar um navio repleto de pessoas mortas (relembrando que o protagonista mora à beira-mar) e este talvez seja um dos únicos pontos positivos do livro. Edgar, ademais, também é um dos destaques: com o braço amputado, ele, invariavelmente, sente coceiras em seu braço direito, que não mais existe, e mete os dedos na costela quando lança o outro braço ali para aliviar a coceira. É um fato cômico que acontece dezenas de vezes no decorrer da história que, dentre outros motivos, faz com que a gente simpatize com ele.

No mais, ressalto que o livro é cansativo, nas primeiras 300 páginas quase nada acontece, a história é arrastada e os acontecimentos principais se desenvolvem praticamente tudo de uma vez, nos últimos capítulos. Stephen King escreve muito, será que ninguém mais acha isso? este livro, por exemplo, tem 660 páginas, acredito que 200 poderiam ser cortadas tranquilamente. Em determinado momento, a história toma um rumo patético, ali mais ou menos na metade do livro, e mesmo eu, mero leitor, pude perceber que o S.K. se perdeu na narrativa, criando explicações forçadas para acontecimentos desnecessários. Depois, no último terço do livro, a narrativa volta aos eixos o que salva Duma Key de ser um desastre total.

Sobre o clímax, ele é dividido em três partes. Duas delas achei bem interessantes. O desfecho aqui, é bem satisfatório e vai de encontro a fama deste escritor de errar a mão na conclusão de suas histórias. Um pouquinho antes do desfecho, acontece algo profundamente tocante ali à beira-mar, à luz da lua, e aquela cena entre pai e filha foi muito marcante, sendo o maior destaque do livro, a meu ver. Não entrarei em pormenores para não estragar a eventual leitura de quem ainda não leu e estiver lendo isso aqui.

Enfim, é um livro longo, chato na maioria das vezes, mas que tem alguns momentos que o salvam de ser um fracasso total. Sobre se deve ser lido ou não, acredito que valha a pena sim. Conforme salientado, a chatice é compensada por alguns momentos bons, o que não torna, entretanto, Duma Key um livro bom no todo. Stephen King escreveu coisas melhores. Bem melhores.
Kau 22/11/2014minha estante
gostei da resenha


Marciel 27/12/2014minha estante
Opinião é opinião, pois de todos dele que eu li, Duma Key é meu favorito! :)


Jessé 21/01/2016minha estante
Nao goste desse livro tambem, estou na pagina 500, e vou acabar, apenas porque nao gosto de deixar livros pela metade. Mas nao preciso acrescentar mais nada, porque vc ja disse tudo que penso desse livro.


Jossi 27/01/2017minha estante
É, Stephen King é assim mesmo. É o estilo dele, enrola bastante antes de chegar aos "finalmentes". Mas não se engane, o vilão "ou vilã" não é uma 'boneca', é outra coisa... enfiado na boneca... Mas sem spoilers... Eu também achei o livro de leitura muito arrastada e só cheguei ao final a duras penas, rsss... mas valeu, porque tem adrenalina até dizer chega. Só nas últimas duas ou três páginas é que não gostei muito. Acho que ele podia ter evitado alguns "sofrimentos" desnecessários ao pobre protagonista. O coitado já tinha sofrido demais, poderia ao menos ter sido poupado de mais dores.


Pati 22/12/2017minha estante
E colocar aviso de spoiler nessa resenha carregada, nada né? Cuidado quem for ler!




Iaci Gomes 07/08/2010

Um dos favoritos.
Já li muitos livros do Stephen King, escrevo contos de terror e ele é basicamente um mestre para mim nessa área. Eu costumo preferir a fase antiga dele, contos e histórias mais sobrenaturais e estranhas, Duma Key é um dos livros mais recentes que ele lançou.
O livro tem 664 páginas, e é daquele que, quando chegamos ao final ficamos tristes esperando que tivesse mais. A história me prendeu de tal modo que não soltava o livro. Já o li duas vezes, e em ambas ele me dava arrepios de medo e, detalhe, eu nunca o lia quando estava sozinha.
O protagonista é muito intenso, tornando-se quase impossível não se identificar com Edgar Freemantle e imaginar os quadros assombrados que ele fazia. Não vou falar muito mais, deixo para quando alguém ler concordar comigo.
Conce 13/02/2011minha estante
Concordo plenamente, sou fã, e como você, prefiro os livros mais antigos, mas Duma Key me "pegou", não conseguia largar o livro por nada. Me senti assim também no final, vontade de ter mais e mais. Mas apesar de preferir a fase antiga, vou dar uma chance à Torre Negra. Vou experimentar.


George 16/07/2014minha estante
É..esse é um dos livros dele que mais gosto. Já li umas 6x. Tenho todos os livros dele em portugues, até os raros de encontrar... e tem uns que amo... esse é um deles... Os olhos do Dragão é outro... e O Apanhador de Sonhos é demais também......


Marisa Telo 30/07/2014minha estante
Concordo! Um dos mais intensos, sim, personagens! Maravilhoso!


Nedie.Cotrim 24/08/2014minha estante
Sou fã do Sr. King, então sou suspeita. Mas Duma Key é simplesmente demais!!!!!




Will 20/05/2022

Sensacional
Comecei a leitura dessa obra sem pretensão. Não fiz leitura de resenhas, nem sinopse, NADA. E posso concluir que me surpreendeu positivamente. Edgar entrou para minha lista de personagens favoritos do King (junto com Billy Summers, Jack Torrance e Jake Epping).

Dei 5 estrelas pelo simples motivo: A leitura é demorada (eu particularmente gosto), cria-se ambientação dos personagens e a tensão da obra.
Flávia Menezes 20/05/2022minha estante
Oba! Ansiosa por esse Will!!!!


Will 20/05/2022minha estante
Flávia, é sensacional! Um livro que não é muito comentado pelos leitores de King, mas é muito bom!


Flávia Menezes 20/05/2022minha estante
Depois do que você escreveu? Está na lista já ??


Will 20/05/2022minha estante
Garanto que não vai se arrepender ?




JoAo.Vitor 08/10/2020

Duma Key É bom? "Tal vez si, tal vez no"
Para alguns pode ser um livro arrastado, mas isso não necessariamente é uma coisa ruim, pelo menos nesse romance.

King cria uma ambientação única com "Duma key" com paisagens lindas, fauna rica e extremamente detalhada, tudo isso misturado com paisagens lindas e um mistério intrigante.

Personagens extremamente cativantes e profundos, com um ótimo desenvolvimento que faz com que o leitor se importe e goste de cada um deles, um livro que me fez rir, sentir uma angústia enorme e uma misturas de sentimentos, sem falar no "monstro" da vez, super criativo e intrigante.

Duma key termina com aquele gosto agridoce e amargo na boca, um livro indispensável para amantes de um bom terror, incrível!!

TOME 5 ESTRELAS ?
Moverick 08/10/2020minha estante
Nosssssaaaaaaaaaaaaaaa, olha eleeeeee!!! ??


Eduardo.Silva 08/10/2020minha estante
Também amei muito essa leitura, sua resenha define exatamente minha opinião sobre ele


JoAo.Vitor 08/10/2020minha estante
Gostei muuuuito kkkkk




Wania Cris 06/10/2020

Como escrever um livro maravilhoso
"Ao nos revelar a tenacidade do amor, os riscos da criatividade, os mistérios da memória e a natureza do sobrenatural, Stephen King escreve um romance ao mesmo tempo sublime, cativante e assustador."

Esse comentário da orelha do livro já é resenha suficiente, mas, bora falar mais dessa belezinha.

Presente de aniversário recebido ano passado, leitura conjunta do canal Navegando, lá fui eu para mais um livro de Stephen King do qual mal sabia a sinopse e nem distinguia o gênero.

O livro começa como um drama muito bem construído, armado e caracterizado. As tragédias ocorridas na vida de Edgar Freemantle o atinge em cheio e respinga também nos leitores. Impossível não se solidarizar com o acidente, não se comover com os esforços da recuperação, o luto pelo divórcio, a torcida pelo efeito positivo da mudança de ares... as amizades construídas pelo protagonista também nos cativa e cada novo personagem encontra abrigo entre nós...

E é por isso que os acontecimentos posteriores nos atinge com tamanho impacto, mas, isso só lendo pra saber...

Temos um King como é bom de se ler, com tudo o que o torna um autor ímpar: boa ambientação, excelente construção de personagens, passagens cheias de humor e sentimentos, os malditos spoilers da trama que nos deixa angustiados durante a leitura e lamentando por outros que nos impactam quando acontecem.

Todo livro pra mim começa com cinco estrelas, que vão se perdendo de acordo com as falhas encontradas. No caso dessa delícia literária, não achei de onde tirar nadinha, gente... muito amorzinho pra mim...
NancYamada 06/10/2020minha estante
Agora minha experiência com o livro se completa com a minha resenhista favorita! Que bom que você gostou do presente que dei! Eh um livro muito querido pra mim!


NancYamada 06/10/2020minha estante
Ok.. correção.. para a experiência completa ainda falta nosso debate de domingo kkkkkk


Wania Cris 06/10/2020minha estante
Ah, meu amor, o fato de ter vindo de você colaborou e muito com o resultado, mas, amei demais essa estória. Comprei tudim que ela vendeu. Joguei estrela pra cima com muito gosto...

Que Deus me ajude nesse debate...




Léo 12/04/2017

Hola Muchachos
Este foi o décimo sétimo livro que li do Stephen King. Destes 17, Duma Key está com toda certeza no Top 3. Foi impressionante como a história me cativou do início ao fim.

Me apaixonei de cara com quase todos os personagens. Wireman, Ilse, Edgar e Jack, me proporcionaram o que pouquíssimas obras conseguem fazer, sentir falta dos seus personagens e desejar continuação, (a última vez que este fato aconteceu foi com a Holy Gibney e o Jerome da Trilogia Bill Hodges).

Vou sentir falta do bom humor de Wireman e do seu espanhol, foi um personagem extremamente bem desenvolvido com uma história emocionante.

O final de Duma Key foi um dos melhores finais que eu já li do SK. Muito bem construído e com aquela pitada de melancolia que só um ambiente situado no litoral pode proporcionar. Não achei que foi um livro de arrasto, muito pelo contrário, a cada vez que precisava dar uma pausa na leitura, eu ficava na expectativa do que aconteceria nas próximas páginas.
Danilo.Claudino 13/04/2017minha estante
Da hora!


Folheando O Tempo 11/05/2017minha estante
17. e eu aqui orgulhoso de ter lido Carrie e estar no meio de It. Uau!


Léo 12/05/2017minha estante
hahahahaha eu comecei a ler o King em 2014, e nesse meio tempo foi uma série de pausas e retomadas kkkkkkkk




Excórpilos 08/09/2010

Duma...são só as conchas!!
A onde menos nos possa esperar,King destaca maliciosamente os aspectos mais ávidos da mente humana...
Quando o protagonista do livro em um acidente de trabalho perde seu braço direito(ou esquerdo não lembro)o cenário antes monótono e simples se torna vertiginosamente na realidade mais brutal que se possa imaginar.
Edgar Freemantle,passa a retomar um hábito de desenhar,e quando se acha na ilha de Duma Key encarando o Golfo do México,começa a perceber que tem um dom maldito e passa a indiretamente(Stephen,eu sei...)prever o futuro ou em alguns momentos retomar o passado com suas sobras muitas vezes no cume da inocência.
Dentre os momentos mais lancinantes da trama,King coloca na hora exata personagens que vêm para apimentar a vida do novo artista,Wireman um advogado que serve de compania para Elizabeth Eanstakle(receio wue seja assim) uma velhinha que é dona de todas as propriedades dessa ilha...
Uma velhinha que no passado ostentava ao mesmo dom de Edgar...
Lutando contra a loucura e se fixando na vida aqui,Edgar passa não controlar a louca vontade de pintar,e receia que possa fazer mais do que prever o futuro...possa consertar elementos do presente!
Com elementos indescritíveis e remoendo o terror do passado,King nos leva ao inimaginável, brincando com nossa percepção do que seja ilusório.
Fica a dica de um livro perfeito,no teor da realidade com uma dose certa de terror que só o mestre poderia fabricar...
Excórpilos 08/09/2010minha estante
Cometi alguns errinhos de português,é a pressa...-.-


Tiago 13/12/2010minha estante
Parece que a cada pagina do livro king nos remete a uma coisa totalmente nova, com seus surpreendentes personagens, nos deixando triste a cada partida...
Otima resenha descreve mais que bem o que king nos faz....




Jerome 05/12/2011

Stephen King falando sobre o árduo trabalho de ser artista
Duma Key parece, mas não é um romance de horror, propriamente dito. Pode até ser, mas o estudo metalinguístico que o envolve acaba o envolvendo por completo. Que coisa, não? Que confusão! Mas é confuso mesmo... tem que ser.


Muito interessante ver que King é um artista e tanto. Muitos gostam de ler as obras dele (e isso é algo óbvio, sendo que ele é um dos escritores mais vendidos na literatura contemporânea), mas afirmo com firmeza que, cerca de 70% dos leitores assíduos, não sabem captar o real valor do trabalho do mestre. Muitos nem sequer sabem que estão lendo uma obra de arte, pois apenas se importam com o entretenimento barato e descartável (apenas querem TERROR). Mas não... quem não possui sensibilidade artística jamais vai compreender a obra integral de Stephen King, mesmo que já tenha longas datas na carteirinha de fã.


Duma Key merece ser comprado, e é daqueles livros que não saem do pé até que por fim o leitor termine a leitura. É King, talvez, mais profundo que nunca. Não é um dos meus preferidos do autor, mas é muito bom.
Sam 05/07/2012minha estante
Obs.: Comentário com vários Spoilers de vários livros...

Verdade Jerome. Quase ningém percebe as maravilhosas metalinguagens e metáforas "escondidas" nas obras do mestre. Só para citar algumas:

- Duma Key é (também) um belíssimo tratato sobre a atuação de uma artista, a força geradora de sua arte, a intuição e estado de imersão e transe que envolve a criação;

- Em A história de Lisey, sobre "um lago, um lugar em que todos ainda vamos beber de suas águas." Para "fugir" um pouco da dura realidade, para nos refugiar, para curar feridas, para olharmos as coisas com distanciamento e sabedoria...

- O poder da imaginação e criação, transformando em "reais" muitas fantasias, como no conto O último caso de Umney e no romance a Metade Negra.

- Por último, na Saga A Torre Negra, quando o próprio King aparece como personagem, fiquei com um pé atrás. Pensei que a jornada poderia ir pro vinagre. Mas para minha surpresa e admiração, ele se saiu BRILHANTEMENTE. Relacionou o grave acidente que quase lhe tirou a vida com o possível não término de sua obra prima e como os personagens o salvaram. Literalmente. SENSACIONAL!

Já li Dezenas e mais dezenas de resenhas de vários livros dele, mas nunca vi ninguém comentando sobre essas metalinguagens fabulosas e geniais. Principalmente sobre a Torre Negra.

Abraço!


Jerome 11/07/2012minha estante
Obrigado por comentar, Sam. Isso realmente instiga.

Pois é. Na verdade eu tinha mais coisas na manga para fazer uma resenha digna sobre este maravilhoso romance do King, mas me limitei a apenas fazer um comentário expresso sobre o mesmo, mais ou menos como um desabafo sobre a compreensão falha que muitos têm em relação à obra do autor.

Os texto de King estão lotados de reflexões sobre qualquer coisa que seja. Stephen King é mestro do terro? Sim! Indiscutivelmente. Só que acho que existem elementos mais interessantes a serem desvendados em sua obra. O terror que ele desenvolve é sincero e muito sutil.

Em O Iluminado podemos acompanhar um pedaço de sua vida fracassada (sendo que SK teve problemas com bebida e etc), bem como em Duma Key (principalmente quando ele coloca o protagonista dividido entre o 'agora' e "a outra vida" - seria essa outra vida, para King, o seu passado obscuro?). Enfim, é realmente algo que deve ser analisado e refletido divinamente. Ele escreve com amor e com vida, e as pessoas precisam ver isso.

rsrs, o comentário terminou até saindo melhor que a 'resenha' propriamente dita. Mas enfim, fica aí.

Abração!




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comprido 23/03/2021minha estante
Filho isso não e spoller, e só uma mera opinião




Vanessa Pipi 09/10/2020

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Me prendeu desde o início. Wireman é cativante ... logo no começo já vo seu sorriso, gargalhada e sua voz ...
Muito boa trama ... sempre no clima de suspense ...
Os trocadilhos de piadas ácidas kkkk muito bom.
Edgar é de boa ... persistente ... um personagem forte.
Taísa 09/10/2020minha estante
Amei esse livro! E o final é de tirar o fôlego.




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