O menino do pijama listrado

O menino do pijama listrado John Boyne
Oliver Jeffers




Resenhas - O Menino do Pijama Listrado


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Coruja 20/08/2010

Eu geralmente vou muito pelos detalhes dos livros que leio - serei sincera: sou uma leitora chata, do tipo que presta atenção em cada mínimo ponto e gosta de fazer referências cruzadas e teorizar sobre as idéias originais do autor.

Obviamente que faço o mesmo aqui.

Para começar, o título original é O menino do pijama listrado: uma fábula. Não é isso que está no título da capa, mas se vocês olharem aquela parte em que tem a catalogação do livro, vão descobrir esse pequeno, quase mínimo detalhe.

O que nos leva a perguntar... porque o autor chamou sua história de fábula? O que é uma fábula?

"Fábula (latim fari + falar e grego Phaó + dizer, contar algo) é uma narração breve, de natureza simbólica, cujos personagens por via de regra são animais que pensam, agem e sentem como os seres humanos. Esta narrativa tem por objetivo transmitir uma lição de moral."

Realmente, o livro é uma narrativa breve - o autor diz em algum lugar que levou exatamente dois dias e meio para escrevê-la por completo. Mas ela tem uma lição de moral, além da que "meninos curiosos acabam na câmara de gás?". Qual a natureza simbólica da história?

Lembro que a Belle, quando me fez a indicação do livro, falou algo sobre amizade. Talvez então, essa seja uma fábula sobre amizade, uma história sobre a capacidade de fazer amigos, de lealdade, de caridade, solidariedade. Mas, no único momento em que Bruno poderia ter sido fiel a sua amizade, quando questionado pelo tenente Kotler na cozinha, ele se acovarda.

Qual pode ser a moral da história? Qual a moral de uma guerra? Guerras, supostamente, são meios para se chegar a um fim. Que fim? A reparação de um erro? A segurança de um povo? A ambição de um governante?

Não acho que o livro seja uma fábula, do ponto de vista que não existe uma moral na guerra. A guerra, nas palavras do Padre Antônio Vieira, é "aquele monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas, e, quanto mais come e consome, tanto menos se farta". Essa foi uma das melhores definições que encontrei quando escrevia minha monografia que, surpresa, surpresa: era sobre direito de guerra.

O que me surpreende é a forma como Bruno mantém sua inocência pueril morando nada mais nada menos do que em Auschwitz. Aliás, eu gostaria de me bater publicamente por só ter me tocado disso quando Gretel disse a Bruno que ele pronunciava o nome do lugar errado; não era "Haja-Vista". Havia tantas pistas: Shmuel dizendo que estavam na Polônia, a data da inauguração do campo no banco, junho de 1940 - o lugar foi inaugurado em maio, mas foi só em 14 de junho que chegaram os primeiros prisioneiros políticos polacos.

Não entendo como ele, especialmente sendo filho de um comandante da SS, não tivesse noção de quem eram os judeus, de como eles "poluíam" o espaço vital alemão, como eram culpados de todas as vergonhas que a grande Alemanha fora obrigada a engolir com o Tratado de Versalhes de 1919 e como o Führer estava levando-os de volta à glória de seus primeiros dias. Não entendo como ele não foi capaz de compreender o quão errado era tudo o que estava acontecendo quando Kotler esfaqueou Pavel na sala de jantar e ninguém disse ou fez nada (fica nas entrelinhas que o Kotler esfaqueou Pavel... e que estava tendo um caso ou estava a caminho disso com a Mãe de Bruno também. Ou é coisa da minha cabeça?).

Afinal, a juventude ariana era doutrinada desde muito criança - porque é de pequeno que se torce o pepino. Eles eram ensinados sobre sua herança e sobre a 'corja' judaica na escola. Por isso o ensino de História e Geografia era tão importante.

Bruno me fez lembrar de Giusoé, de 'A vida é bela', que vive também numa fábula, num mundo fabricado por seu pai, Guido, para preservar sua inocência. Mas no filme de Benigni, tal farsa é ativamente perseguida pela figura do pai, ao passo que a ignorância de Bruno é de sua própria lavra. Ele não tem capacidade de enxergar - não porque seja muito novo, porque, ao meu ver, não subsiste inocência em tempos de guerra; mas porque não lhe deram as ferramentas para compreensão do que estava acontecendo - e, nesse ponto, a história se torna um tanto implausível para quem conhece um pouco de História.

O livro emociona, especialmente pela forma como o autor usou a linguagem - frases curtas, palavras repetidas, construções simples, típicas de um discurso infantil. Mas é uma emoção, não digo falsa, mas rasa. Nesse ponto, a história de 'A vida é bela' me emocionou muito mais, porque ela tinha um propósito, a forma como o Guido foi capaz de se sacrificar de forma tão completa pelo filho. Nesse livro, não há nenhum sacrifício consciente e muitas das escolhas de Bruno são escolhas egoístas, escolhas, claro, de uma criança sem preocupações.
Milena Cecília 25/04/2012minha estante
Adorei sua resenha,pra mim resenhas precisam ter o ponto de vista do leitor de forma critica e você trouxe vários questionamentos plausíveis aqui. Na verdade a minha curiosidade despertou porque acabei de ver o filme e queria saber quais eram as diferenças entre filme e livro,principalmente com relação ao final porque não mostra o que acontece com os pais de Bruno. Gostei muito de seu ponto de vista sobre a historia.


Leticia 11/07/2015minha estante
Adorei sua resenha! Acho que não seja coisa da sua cabeça: "esfaqueou Pavel... e que estava tendo um caso..." ou o caso era com Gretel. Ainda, o autor em algumas momentos não completava as frases, no lugar dos "palavrões" colocava reticências, também achei desnecessário.


Barbara.Spini 18/01/2016minha estante
Excelente resenha! Colocou em palavras tudo que senti durante a leitura. :)




Maria 19/05/2023

Bom e rápido
O livro é uma leitura muito boa, educativa e conscientizadora.
Gostei muito dele, apesar de que por ser muito curto não há espaço suficiente para que haja um desenvolvimento adequado da história e dos personagens.
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Aline.Rodrigues 14/07/2020

A doce inocência das crianças
Quando eu vi esse filme eu sabia que tinha que ler esse livro e esse livro foi um dos melhores que eu já li.
Nele temos a história de Bruno,que se muda de Berlim e vai morar no interior com a sua família,a contragosto.
Lá sem ter amigos e alguém pra conversar ele começa a investigar a propriedade de seu pai e atrás de sua residência ele encontra um lugar que ele acredita ser uma fazenda,porém é um campo de concentração.
Chegando mais perto ele vê um menino de sua idade,muito magro e com aspecto de quem passa fome.
A partir disso se inicia uma amizade com Shumiill,e conforme vamos lendo no livro essa amizade de intensifica e isso acaba levando ao grande plot do livro.
Esse livro é incrível,curto,bem escrito,nos mostra o valor de uma amizade verdadeira e o final acaba com qualquer leitor.
No final do livro eu chorei horrores,recomendo muito a leitura dessa livro.
E o filme é tão bom quanto o livro pra mim.
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~Clara~ 18/07/2021

Impressionante
Um livro com um palavreado simples, mas impressionante. Você se aproxima da personagem principal como se fosse seu melhor amigo. Foi um dos raros livros que conseguiu me levar as lágrimas. Ajuda na compreensão da realidade da época. Recomendo muito.
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Daniel 26/09/2020

"E nós nunca podemos brincar juntos. Tudo que podemos fazer é ficar aqui sentados conversando."

Com o olhar inocente de Bruno, conhecemos como era a visão de uma criança durante o período da 2° Guerra. Com mudança repentina de casa, devido ao seu pai ter subido de patente pelo próprio Fúria, Bruno encontra-se perdido com a nova casa e a nova rotina. Porém tem uma "fazenda" perto da sua nova casa em Haja Vista, que tem pessoas usando pijamas o dia todo.

Com seu espírito explorador, Bruno conhece um menino de pijama listrado, que partir de diante passa suas tardes com seu novo amigo.

Dessa amizade encontramos questionamentos tão necessários hoje em dia. E com um final surpreendente e triste.
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vitória 22/05/2021

Bom muito bom, mas prefiro o filme.
Olha, eu assisti primeiro o filme e foi um filme que me fez cair aos prantos , chorar como se alguém da minha família tivesse morrido de tanto que eu chorei acho que se contasse para minha psicóloga ela chorava junto comigo, e quando descobri que tinha um livro na mesma hora dei um gritinho de felicidade e no dia seguinte comprei e começei a ler , além de a capa nunca fechar totalmente, eu esperava beeem mais do livro, esperava ter meu psicológico abalado, mas eu não derramei uma lágrima com o livro, o final não foi tão explícito quanto o filme e a gente já tem uma noção do que tinha acontecido né mas em si o livro é muito bom, mas o filme é melhor ( milagres acontecem).



Resenha Resumida: Bruno é um garoto de 9 anos , alemão que é filho de um soldado e uma peça muito importante no exército do fúria na segunda guerra mundial ( não vou falar o nome mas vocês sabem quem liderou a guerra na Alemanha né?) , tudo acontece quando seu pai é promovido e se muda para um lugar no interior e tudo começa quando Bruno olha pela janela do seu quarto e vê algo parecido com uma fazenda com homens que vestiam " pijamas" e trabalhavam para lá e para cá.
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Marcos774 18/10/2023

!!
Eu li por espontânea vontade, sem escola pedir nem nada, e assim, o livro aborda sim, os temas em relação ao assunto muito bem, ele tem uma escrita muito boa e fluida, e ele é bem curtinho o que você ler em 1 dia.
Apesar de que o enredo em si tem muitas falhas... Eu achei o Bruno uma criança muito chata, a irmã dele nem se fale. E muita coisa não faz sentido, o foco do livro em si foi meio que vitimizar a família do Bruno, pelo meu ponto de vista foi isso.
Outra coisa que não faz sentido é em como o Bruno não sabe sobre nada o que tá acontecendo, visto que na idade dele, ele já deveria ter os treinamentos pra servir H1tl3r.
Ele mostra muito bem o que os judeus tiveram que passar dentro dos campos.
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Raimundo 01/01/2021

Sobre o olhar de uma criança
Havia muitas expectativas quando comecei a ler o menino do pijama listrado, é um livro que nos leva a ver o outro lado da história, a história vista sobre o olhar de duas crianças, eu recomendo.

Prepare os lenços, vai precisar.
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Marcelo217 28/05/2021

Um relato inocente sobre o nazismo
Eu já havia assistido ao filme muitos anos atrás. No decorrer da leitura fui me lembrando aos poucos e com certeza esse é um dos casos em que o filme é melhor que o livro.

A narrativa é muito leve e a história se desenrola de uma forma muito simplificada independentemente da temática. O narrador prefere se abster das atrocidades da guerra e das feitas aos judeus, passando a circundar a bolha na qual a família colocou o personagem Bruno durante a ascenção do nazismo.

O relato do livro me passou aquela velha máxima de que não se nasce ruim. O ambiente ao qual somos submetidos é que influencia o nosso comportamento, como ficou exemplificado com a Gretel, irmã de Bruno, que amadureceu e perdeu a visão imparcial sobre a crueldade feitas aos judeus. O mesmo acontece com a amizade de Bruno e Shmuel que, submetidos a essa situação, sua relação se fortalece com o tempo e que independe de raça ou etnia. A todo momento o autor traz pequenas situações que reforçam o pensamento sobre quão errado eram as configurações sociais daquela época. Tudo isso sob a ótica de uma criança.

Livro é muito bem escrito e mesmo lendo outros sobre a temática antes, alguns, inclusive, retratando os fatos de forma realista, foi muito válido e essa história é Uma ótima forma de apresentar a uma criança ou alguém leigo, sobre esse capítulo da história.
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Malu 10/12/2021

Muito bom!
Esse é o tipo de livro que você tem que se segurar para não chorar no final! Uma história linda de Bruno e Shmuel, mostrando o verdadeiro valor da amizade pura e sincera. Aliás, o filme, pelo que me lembro, segue os parâmetros do livro, então assistir também vale a pena. Esse é um livro fino e de fácil entendimento, proporcionando uma leitura rápida. Para mim, usar o contexto da Grande Guerra para mostrar uma amizade verdadeira entre pessoas com culturas opostas é uma proposta muito inteligente e foi muito bem colocada por John Boyne. Senti que os personagens foram aprofundados na medida certa, exceto pelo fato de não sabermos se a mãe teve algum caso extraconjugal ou não falar exatamente os castigos que os judeus sofriam, mas não posso cobrar muito este último quesito por não ser uma obra com o intuito de informar. Um ótimo trabalho!
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Carolina.Gomes 04/06/2021minha estante
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gabriela1657 05/04/2020

O Bruno é um menino muito precioso, que me deixou com o coração quentinho com as suas falas e ações. Me cativou por imenso. Eu achei ótimo o jeito que esse livro me fez enxergar a realidade do outro. O Bruno é só uma criança e não é culpa dele, mas as comparações que fez da vida dele com a do Shmuel me fez pensar na forma que eu sempre fico comparando e desejando estar no lugar do outro, e que nem sempre as coisas estão boas pro "outro" também.
O livro retrata um assunto muito pesado de forma leve, e me deixou muito confortável pra ler. Favoritado!
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Gabriela 22/09/2020

o coração fica apertado
O menino do pijama listrado é um livro que, em poucas páginas, demonstra o contraste entre a inocência de duas crianças frente a maldade humana (em um período muito triste da história.)
Livro muito necessário para que nada disso volte a acontecer algum dia. Sem mais pijamas listrados. :(
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