Ensaio sobre a cegueira

Ensaio sobre a cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


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Beatriz 18/05/2024

Cegos, estamos todos
Uma metáfora perfeita para nossa sociedade. "Ensaio sobre a cegueira" é comovente, desesperador e incômodo, conseguimos ver tudo o que acontece nessas páginas escritas em 1995 na sociedade atual. As situações relatadas me lembraram muito o que passamos na pandemia de COVID, e também a tragédia que se passa agora no Rio Grande do Sul. A humanidade está cega há tempos, só não percebe.
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Gabrielcoutoc 18/05/2024

Treva branca
É um livro incrivelmente interessante e ao mesmo tempo difícil. Difícil de ler e difícil de digerir o que lê. Porém a história é cativante e não quer parar de ler.
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Clara 18/05/2024

Este é o livro em que me fez duvidar das minhas
capacidades de leitura kkkkk. Quando estava
no meio do livro comecei a odiar, e ele se tornou muito massivo. Mas quando cheguei no final ele melhorou muito, me evolvendo na leitura. É um
ótimo tema e uma ótima escrita com o final bom,não achei um plot impressionante mas foi... Bom kk
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Gabzimmer 17/05/2024

"A treva Branca"
"Vocês não sabem, não o podem saber, o que é ter olhos num mundo de cegos, não sou rainha, não, sou simplesmente a que nasceu para ver o horror."


Ensaio Sobre a Cegueira foi escrito em 1995 por José Saramago, o livro aborda uma epidemia que deixa as pessoas com uma cegueira branca, que quando colocadas em quarentena tem que sobreviver com os obstáculos causados pela falta de visão.
O livro aborda o egoísmo e a fragilidade do ser humano, enquanto temos de um lado pessoas que estão tentando sobreviver em meio ao "apocalipse cego", temos de outro lado os que estão apenas saciando os desejos e se aproveitando da fragilidade das pessoas.

Minha única crítica a este livro é a escrita, acho que todos tiveram problemas com isso também, não saber onde se começa e termina um diálogo se torna algo difícil.
Albuquerque 18/05/2024minha estante
Eu esperava mais do livro, sendo sincero. Foi o primeiro livro do Saramago que li. Concordo com você: realmente a escrita e a organização do texto dele são um ponto negativo. Nada me tira da cabeça que ele tentou inovar e a critica bateu palmas para algo sem sentido...




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Juh 17/05/2024

A humanidade precisa ver.
Imagina que um dia normal somos afetados por uma pandemia, que é uma doença que ninguém sabe como surgiu e que acaba passando pelo contato. O que seria do mundo se isso acontecesse?
O Saramago escreveu isso. Mas a doença no mundo ficcional é uma cegueira.
Sua leitura pode assustar no começo, mas depois que você entende a proposta do autor você percebe sua genialidade.
Este livro é difícil, principalmente para mulheres. Mulheres em um contexto de guerras, pandemia e retenções de leis são as primeiras a perderem seus direitos. Direito a corpo e direito a vida.
Mas Saramago usa este livro como uma resposta, uma crítica ao Estado e uma exposição da humanidade.
No começo me perguntei se ele não estaria exagerando, mas percebi como eu mesma fiquei cega e ingênua durante a leitura.
Portanto é um ótimo livro que eu espero um dia poder escrever sobre as semelhanças com os impactos que a pandemia fez no Brasil.
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letisia 16/05/2024

Inebriante, como sempre
Nunca me esquecerei deste livro, e acontecerá o mesmo com quem por aí lê-lo. que sorte tenho de relê um dos meus livros favoritos. que sorte tenho de ler saramago, em sua mais linda magnitude.
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Ana 16/05/2024

Forte
Digo ?forte?, porque me faltam palavras para descrever este livro. Havia visto o filme, que me deixou uma fortíssima impressão. Arquivei-o na memória com medo. Houve a pandemia e não tive coragem de lê-lo, na época. Agora, por ocasião das enchentes no RS, algo me moveu para essa leitura, pois sabia o quão forte, contundente, visceral é este livro. O quanto conecta com o sofrimento humano. Li-o. Com dor, ânsias, misturas de sentimentos. A que ponto chega a humanidade quando todos os códigos, leis, ordem são derrogados? O que somos capazes de fazer para mantermo-nos vivos? Por um pouco de comida? Quando só sobra o animal que existe em nós, tentando sobreviver? De que valem os conhecimentos e a civilização? Um livro que amedronta, choca, causa náuseas, mas sobretudo nos põe a refletir. Que possamos suportar os ?males brancos? que venham a se abater sobre a humanidade e que nunca percamos o que verdadeiramente nos caracteriza como criaturas pensantes, racionais e dotadas de sentimentos. Enfim, verdadeiramente humanos.
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Gabrielli.Budart 16/05/2024

,,,,,,,,,,
Quando as pessoas falam que esse livro é difícil de ler, eu imaginava que seria por conta da escrita do Saramago, de texto corrido, usando quase somente a vírgula. Mas não, é a narrativa que se desenrola e que cada vez mais é quase intragável. Mas o que mais assusta nesse livro é o quão verossímil ele é, escancarando que a humanidade é, muitas vezes, desumana. Ao longo da leitura eu percebi como eu estava sendo ingênua (e cega).

Enfim, acho que entrou pros meus livros favoritos, li ele junto com A Rosa do Povo, do Drummond e sem querer eles tem temas que se entrelaçam.
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alisson 15/05/2024

Cegos que, vendo, não vêem
Eu gostei mais dessa história do que eu imaginei, de início fiquei empolgado com um ensaio sobre a cegueira, e quanto mais eu lia mais essa empolgação aumentava, pô, muito maneiro como o José quis representar a cegueira generalizada no livro, todo o processo disso e como as relações humanas se tornaram por causa dessa adversidade, causando assim, em minha visão, um pouco mais delas sendo elas mesmas, ou seja, a sua essência em si, acaba sendo curioso de ler
la perto do final comecei a achar o livro meio enrolado, mas ainda assim é bom demais, vale a pena ler
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annekatl 15/05/2024

Não tenho palavras suficientes para descrever o que eu acabei de ler. esse livro é um sentimento. antigo e extremamente atual. preciso de um tempinho pra digerir
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SoftgS2 14/05/2024

Nós que enxergamos também somos cegos
A forma como esse livro é escrito é bem divertida de ler, parece na vida real quando seus pensamentos se misturam em uma conversa com outra pessoa, é uma leitura fluída e rápida depois que você pega o jeito. Esse livro não fala da cegueira de onde ela veio, como as pessoas cegaram etc. mas sobre a humanidade, a maneira de como o autor narra a podridão você se pergunta como que aqueles cegos poderiam aguentar tudo aquilo, principalmente a mulher do médico que além de sentir aquilo tudo podia ver os horrores.
Em muitos momentos do livro ele pareceu tão real como se aquilo pudesse ter acontecido, coisas que você jura por tudo que nunca iria fazer você faz, a pessoa que você era já ficou no passado, você e as pessoas agora são outras pessoas.
Mas apesar disso, em meio a tanta desgraça você consegue recuperar um pouco de humanidade, mesmo sofrendo as consequências de tê-la
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cammealves 13/05/2024

Aquele para refletir cada página e mergulhar em êxtase
Terminei há pouco a leitura mais difícil que fiz esse ano. Difícil não pela escrita, que é bem fluida e prende com facilidade. Uma escrita detalhada e rica em reflexões e descrições, tanto do mundo visível quanto daquele que apenas ao coração e possível enxergar.

Mas é uma leitura difícil porque o autor não mediu esforços para narrar a decadência e depravação da humanidade.

Desde o princípio da narrativa o autor já deixa claro que a humanidade está em xeque; que o desenrolar da trama apenas revelará que aquilo que tememos se concretizará. Tudo acontece em câmera lenta, e é possível sentir na pele em arrepio os atos medonhos de que são capazes os seres humanos.

À parte as imundices óbvias que o autor já deixa à superfície, sua forma de narrar a história faz a imaginação se perder entre os personagens e sofrer com eles.

E, quando menos se espera, um riso nos encontra entre páginas com uma situação ou outra que o autor coloca que maneira tão sagaz. Na simplicidade do horror, nos faz rir.

Uma das características que mais gostei foi que o autor colocou a todos em pé de igualdade no momento primeiro da história, e que vai se mostrando persistente até o fim, não deu nome aos personagens, deu a eles títulos de identificação: ?o médico? ?o primeiro cego? ?o rapazinho estrábico? ?a rapariga dos óculos escuros? ?a mulher do médico?. O nome para eles deixou de ser importante, tanto que ao fim, sequer se prenderam a apresentações, já se conheciam.

Assim como a cidade, o estado, o país não são relevantes. Me fez pensar que pouco importa o lugar, estamos todos vivendo da mesma forma, deixando de ser humanos da mesma maneira.

Ainda farei uma resenha mais detalhada para mim, porque esse livro despertou reflexões demais e profundas demais para eu conseguir organizar em tão poucas linhas.

É aquele livro que, sem dúvida alguma, deve ser lido por todos e por todos discutido, debatido, dilacerado, virado de baixo à cima e de cima à baixo.

Me despertou reflexões sobre a humanidade e como precisamos compreender que não podemos mais viver nos desfazendo uns dos outros e da natureza como temos feito há tantos anos e sem qualquer previsão de mudar no futuro próximo.

A cegueira de que trata o livro, a estamos vivendo hoje, apesar de não estamos por aí todos a tatear as mãos à frente do rosto porque estamos mergulhados em um mar branco, estamos cegos para as coisas que realmente importam. Estamos cegos para os outros. Estamos cegos para as atrocidades que se fazem em nome de deuses, em nome de governos, em nome de si.
annekatl 16/05/2024minha estante
vc disse tudo oq eu penso




Anthoni.Brunetto 12/05/2024

Ensaio sobre a cegueira
Ensaio escrito por José Saramago, em que o escritor mergulha nas profundezas da natureza humana e da sociedade.

Trata-se de uma obra magistral em que Saramago usa a metáfora da cegueira para explorar temas como a corrupção, a violência e a fragilidade da civilização.

A narrativa perturbadora nos confronta com questões morais e existenciais, questionando nossa humanidade e nossa capacidade de empatia.

A escrita única de Saramago, com suas longas frases e falta de pontuação, intensifica a sensação de desorientação e desespero em que os personagens foram submetidos.

No final, "Ensaio sobre a Cegueira" não apenas nos deixa com uma reflexão profunda sobre a condição humana, mas também nos lembra da importância da solidariedade e compaixão em face da adversidade.

Apesar da crueldade de algumas pessoas, existem outras que demonstram compaixão e empatia mesmo em dificuldades extremas.
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Perdid numa página 11/05/2024

?Penso que não somos cegos, penso que estamos cegos?
Em um dia comum no trânsito, um homem, de repente, para de ver, em sua frente só há branco, branco como o leite. Assim se iniciou a epidemia do mal branco, houve o primeiro cego, depois o oftalmologista do primeiro cego, um paciente que estava na sala de espera do consultório em que o primeiro cego foi atendido e assim por diante.

A primeira alternativa do governo foi instalar uma quarentena, levaram os cegos e os possíveis contagiados para um antigo manicômio vigiado pelo exército. Os deixaram lá, a viverem cegos que eram, com comida de vez em quando e dignidade de vez em nunca.

Dentro do manicômio logo de início foi tudo virando sujeira, os cegos não sabiam se limpar, não sabiam se trocar, não tinham como ter vergonhas e delicadeza pois ninguém os via. Mas, na verdade, alguém os via. A mulher do médico, por um incrível milagre, acabou por não cegar, pelo contrário, fingiu estar cega para ficar com o marido e foi a única que pode testemunhar o que o mundo virou após a cegueira.

Instalou-se o caos, brigas por comida, por água, todos se perderam de suas casas, de suas famílias, o dinheiro não importa, os carros não importam, nada mais importa a não ser a sobrevivência. Os seres humanos acabam por viverem como animais, estariam todos cegos por não verem, ou por não quererem ver? Este, além de outros, é um questionamento que este livro traz, além de refletir uma mudança drástica como sociedade, também te faz sentir pânico, nojo, medo e ansiedade.

Está história contada sem nomes, sem pontuação convencional, só contada. Se lê meio que adivinhando quem está falando, quem está perguntando, quem está respondendo. Afinal, como mais poderia ser narrado um diálogo de cegos? Já pensou como seria ficar cego? E se o mundo todo cegasse, como seria?

Se não podemos viver como humanos, pelo menos que não vivamos como animais.
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