Genocídio, segundo o Dicionário Michaelis, consiste no emprego deliberado da força, visando ao extermínio ou à desintegração de grupos humanos, por motivos raciais, religiosos, políticos etc. Já massacre, significa carnificina, morticínio cruel. Purificar e Destruir, de Jacques Sémelin, une estes dois conceitos e produz uma análise de seus usos políticos pela humanidade.
O resultado desta análise foi fundamentado em alguns exemplos: a Shoah judaica da Segunda Guerra Mundial, as limpezas étnicas na ex-Iugoslávia, o genocídio da população tutsi de Ruanda e, ainda, os massacres armênio e cambojano.
No livro, Sémelin busca a compreensão de como Estados conseguiram, em certas circunstâncias, impulsionar, organizar e colocar em movimento o que se pode chamar de “práticas políticas de ‘purificação’ e de destruição do ‘corpo social’”, práticas já conhecidas no século 19, com o surgimento dos nacionalismos, mas que se exacerbaram consideravelmente no século 20.