Novela? Não. Este livro é apenas crônica. Variados historiadores desde Pedro Taques até, notadamente, o sr. Washington Luís, já se ocuparam com erudição da matéria. Mas isso não impediu que eu, a meu modo, tratasse do velho assunto. O OURO DE CUIABÁ, tal como o entrego ao público, sem fantasia nem enredo, é, tão somente, uma página verdadeira da História do Brasil. Página verdadeira, sim, mas encarada com olhos de romancista. Nada mais. Não tem outro intuito, nem aspira a outro mérito, senão o de difundir com certa amenidade, por esta nossa pátria afora, pondo-o ao alcance de toda gente, um período vivo, bem pictural, do rude passado brasileiro. Aliás outro intuito não tem tido, nem jamais aspirou a outro mérito(venho-o repetindo no pórtico de cada livro) a minha despretenciosa obra literária.
A este volume, completando-o, segue-se outro: OS IRMÃOS LEME.
S. Paulo, 1932.
Paulo Setúbal
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