spoiler visualizarBetoPlacido 07/02/2022
Uma oportunidade desperdiçada
Curto e grosso: a primeira grande decepção do ano. Diferente do "LIFE STORY" do Aranha, o responsável por isso não fez o menor esforço para "amarrar" o que tornou o Quarteto, com 60 anos de história, no merecido detentor do auto imposto título de "a maior HQ do mundo", um lance que me fez dar pulos de alegria lendo aquela História. Aqui, a vontade foi de socar a cara do Mark Russel, um sujeito que eu só falava coisas boas depois de ler o que ele fez com os Flintstones na DC - uma das minhas runs favoritas dos últimos tempos - e que (parece pra mim agora) tem certa obsessão pelo Carl Sagan. Mark: vá se foder. Mesmo.
Senão, vejamos: Reed é um neurótico controlador, assombrado por uma invasão cósmica que nunca acontece; Susan é uma entusiasta da Ciência que vira uma ativista que vira dona de casa, "porque é o melhor para o grupo"; Destino é um herdeiro aristocrata que atravessa a vida de Reed pra se apoiar apenas nas ideias do... Pensador Louco?
Nossa. Não.
E o fato de que a "ciência maluca" das HQs pouco influencia na política, sociedade e cultura de um mundo que é praticamente igual ao nosso, uma ideia que já é velha desde "WATCHMEN"?
Nossa. Não.
Que oportunidade desperdiçada. Até "THE END", do Alan Davis, tratou essas questões com mais respeito. Ou mesmo aquela maluquice de "Terra-2", dos tempos do Mark Millar. Aqui, tá tudo errado.
Quem escreveu isso, aparentemente, parece que nunca leu qualquer arco do Quarteto. E nem se aproveitou do momento pra fazer uma pequena pesquisa.
Nota 1.5/5.0 por causa dos desenhos.
E porque estou num dia bom.