Passionário e Regina, de Theotônio Freire, são histórias em que a moralidade da época é determinante no comportamento dos personagens. No primeiro, homem rico deseja fisicamente mulher de classe média baixa. Ela o deseja como marido, castamente. Enquanto alimenta o interesse por esse envolvimento novelesco, o autor traz, como afirma o organizador na apresentação, “conhecimento de certos meios do submundo recifense na segunda metade do século XIX, como, por exemplo, a casa de jogos do 2º andar, de um velho pardieiro da Rua Direita”. Em Regina, o ambiente social é diverso: Theotônio descreve os salões intelectuais do Recife do período, através das rodas que se formavam em torno da protagonista.