O príncipe é um livro que não sai de moda. Mais do que um best-seller, ele é um clássico. Surgem novas edições e grandes estadistas encontram nesta obra suas virtudes literárias e estratégicas.
Silvio Berlusconi, presidente do Conselho de Ministros da República italiana, apresentava assim esta obra, ao dá-la como presente de Natal para amigos e colaboradores em 1992: “O Príncipe é o primeiro clássico do pensamento político moderno, referência durante gerações para estadistas e diplomatas.
A obra foi concebida como um conjunto de reflexões do autor sobre a arte de conquistar e conservar o poder em um principado.”
A primeira mensagem revolucionária é a da solidez: ”Pensei que seria mais conveniente ir diretamente para a verdadeira realidade do fato do que para a representação imaginária do mesmo”. Dessa forma, livre de todo tipo de obstáculos, Machiavel obtém de sua cultura histórica e da observação dos grandes personagens contemporâneos as normas em que a ação do príncipe perfeito deve se inspirar.
A norma fundamental é a da tensão implacável, absoluta em direção ao objetivo do poder, com uma subordinação férrea de todas as ações a esse fim, atuando até mesmo, se necessário for, à margem do domínio da moral.
Com essas premissas, com base em um conhecimento magistral sobre os homens, Maquiavel dá ao príncipe conselhos sobre comportamento para cada uma das situações com que ele pode se deparar.
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