O livro começa com uma misteriosa carta e apresenta-nos a história de um engenheiro que parece ter encontrado na trigonometria e na matemática em geral uma forma muito pessoal de se exprimir e de refletir sobre a sua própria vida. A narração traça o seu percurso afetivo, o qual se revela afinal muito mais humano e mais sensível do que o título da obra poderia indiciar... Afinal, sempre ouvimos dizer que a matemática é uma linguagem universal, que pode servir afinal até para falar de emoções e sentimentos.
Difícil de definir e de enquadrar nos géneros literários mais convencionais, o livro surpreende entre outros aspetos pela densidade psicológica da personagem principal. Esta inquietante narrativa junta de forma singular o género epistolar com um certo tipo de 'suspense' que normalmente se associa sobretudo à literatura policial.
Esta novela venceu em 2002 o Concurso Literário “Ecos da Memória”.