Mandíbula

Mandíbula Mónica Ojeda
Mónica Ojeda




Resenhas -


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Giu 15/05/2024

Mandíbula, um berço de espinhos
Nessa agonizante novela, há uma mistura de terror, erotismo e drama familiar. As descobertas e curiosidades da adolescência em desvendar os mais profundos sentimentos. O encontro de mulheres de diferentes idades, as jovens que desafiam o status quo desafiando os próprios limites da vida. A segurança e o poder conquistados através da dor. Mandíbula é o berço de uma sociedade doente, que perpassa limites através de dentadas e sangue , encontrando o conforto nos lugares mais imorais e arrepilantes.
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Aline 02/05/2024

Sem palavras.
Apenas quero ler tudo o que essa mulher escrever!

Um livro psicanalítico que conta histórias de mulheres, desejos e medos. Sobre a relação materna que temos umas com as outras.
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VITo_o 30/04/2024

Maluquice pura
Meu deus que LOUCURA

Muito mommy issues, muita paranóia. O livro inteiro é uma doideira mas faz muito sentido, sinto que preciso de 4 anos pra absorver tudo que foi escrito.

O jeito que a adolescência é apresentada como algo que dá medo, algo cruel é MUITO real e me deu calafrios kkkk eu amei e queria ler mais livros como esse?
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tavim 30/03/2024

Mandíbula, de Mónica Ojeda
Onde dá errado os afetos humanos é onde há o amor. na mais pura inocência se marginaliza, no mais puro melindre se sucateia --- tão bem se resguarda aos carinhos que a resignação faz fenecer as pontas dos dedos e, num ato mecânico tão bem programado, o corpo corresponde como sensor à falta de movimento: deixa de demonstrar presença. de inteiro e nu na ausência o vazio vira imã para outros vazios, e juntos se despovoam do bem do mal; na terra seca se semeia os perdidos.

onde dá errado os afetos humanos é o grande acerto de mandíbula, de mónica ojeda, principalmente nas faltas e afetos maternos. inventivo, o livro tem uma narrativa que conduz com precisão a profundidade das protagonistas, tocando temas sensíveis com certo humor. intrigante e muito bem escrito, é uma grata surpresa da literatura latino-americana e sem dúvidas é das melhores leituras que fiz nos últimos tempos.
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No Instagram, publico mais resenhas e ilustro todas as capas dos livros que leio.
Acesse @tavim para ver.
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Natspiller 28/03/2024

Estou ainda tentando absorver este livro. A narrativa densa traz a sensação iminente (e persistente) de agonia e paranoia.

Absolutamente todos os personagens se encaixam em uma posição disfuncional. O reflexo de uma relação desestruturada entre mãe e filha acarreta numa sucessão de atos que revelam esses traumas e trazem a consequência dessa inconsciência subversiva.

Uma história carnal, visceral e perturbadora.
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hijadeartemis 17/02/2024

Um dos piores livros que já li na minha vida. Misógino e lesbo odioso ao limite, mas nenhuma dessas palavras permite a descrição da perversidade tomada como inerentemente feminina que alimenta esse livro. É um fever dream psicanalítico, com as mais superficiais imagens criadas pelo pensamento masculino sobre as mulheres revestida de uma estética também masculina só que na voz de uma autora mulher. Assustador e triste, mas não pelos motivos que esse livro gostaria de ser. É a morte total da liberdade feminina. É pura miséria pornográfica.
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mariwho1661 31/01/2024

Mandíbula - surpreendente!
Fernanda acorda em uma cabana, sem saber onde está. Foi sequestrada por Miss Clara, sua professora de literatura e não faz ideia do motivo.

O enredo do livro já começa de uma forma assim, sombria. Por que uma professora iria sequestrar a sua própria aluna? Ao longo do livro, essa pergunta demora de ser respondida, mas outros elementos - igualmente tão perturbadores quanto o próprio sequestro - vão sendo elucidados nas páginas.

Apesar de todos os capítulos serem escritos em 3ª pessoa, alguns contam a partir da perspectiva de Fernanda e suas aigas, outros da história de Miss Clara e sua falecida mãe, e outros ainda são diálogos mais curtos e até conversas da menina com seu psicanalista. Tudo isso faz o livro se tornar menos denso, mas ainda assim sombrio e perturbador.

Foi a primeira vez que me aventurei no gênero. Mónica Ojeda tem uma escrita interessante, e não poupou palavras para trazer às linhas o que há de mais sombrio nos desejos e no inconsciente de personagens totalmente perturbadoramente disfuncionais - mentalmente falando.

Sinto que precisa de um pouco de estômago para ler. A relação de Fernanda com suas cinco amigas não é nada comum. Sentem prazer no sofrimento e se permitem viver situações absurdas por puro "divertimento". Enquanto a professora, cheia de traumas, abandona a própria identidade e se mostra uma verdadeira parasita. O livro é cheio de dinâmicas perversas e assustadoras. É de se perguntar, será que existe gente assim mesmo?

Apesar de ter gostado muito, senti que faltaram algumas páginas. Principalmente em relação ao sequestro em si. Também tive a impressão de que a autora faz o uso de palavras e ideias, em alguns momentos, desnecessariamente agressias, talvez no intuito de chocar a causar ainda mais perturbação no leitor. Mas, ainda assim, gostei da leitura. Só não sei muito bem como me sinto em relação ao gênero. Talvez precise ler mais uma ou outra coisa para me decidir, mas me surpreendi!
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Jaqueline.Schmitt 30/01/2024

Densidade, adolescência, medo, mulheres, horror e violência.
Mandíbula, Mónica Ojeda. Tradução de Silvia Massimini Felix

Fernanda e Anelise são duas melhores amigas que estudam num colégio muito caro e católico de Guayaquil. Elas têm uma professora de Língua e Literatura chamada Clara, e em torno delas se desenvolve uma trama contada a partir das vozes das personagens, com diálogos, carta e narração em terceira pessoa.

Com muita pesquisa e referências que vão de Paulo Freire à Taylor Swift, passando por Lovecraft e Moby Dick de Melville, Ojeda constrói um enredo denso e amedrontador. A abordagem perpassa a adolescência, com suas transformações físicas e os sentimentos à flor da pele. Um momento intenso nas relações consigo, com amigos, escola e família.

A paixão pela literatura de horror e pelos filmes de terror dão o tom das personagens que criam histórias e se desafiam das formas mais assustadoras: ?O Deus Branco não tem rosto nem forma, mas seu símbolo é uma mandíbula que mastiga todos os medos.? O modo como as cores são usadas no romance também me fascinou: ?Clara não sabia que brigar com a melhor amiga podia ser tão vermelho.?

Podemos refletir sobre a imposição do medo como forma de controle na adolescência. Uma fase tida como intermediária, uma espécie de não ser, nem criança, nem adulto. O medo como uma estratégia para  formatar as jovens para a sociedade, podar seus desejos por sentir, assim como nas religiões há um deus ao qual se deve temer e pedir por misericórdia. Ou seja, representam uma intenção parecida, manter corações revoltos sob uma determinada ordem, patriarcal e dogmática. Uma opressão que é reproduzida de várias formas, pela religião, escola e família.

Fiquei fascinada por tudo o que o romance me trouxe e com vontade de explorar um pouco mais dos temas trazidos, como o viés político e psicanalítico, que também está ali, não só com Lacan na epígrafe: ?Um grande crocodilo em cuja boca vocês estão. A mãe é isso.? Adoro essas histórias com personagens adolescentes, contadas com tanta força. Diante do horror da própria vida, elas criam suas próprias formas de sentir medo, um medo que elas podem controlar. Afinal, segundo Foucault, um corpo sobre o qual se exerce poder, também é um corpo que resiste.
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Bia Amaral 27/01/2024

Não curti (mas talvez tenha sido culpa minha)
Monica Ojeda tem uma escrita hipnotizante que realmente me deixou perturbada em vários momentos. Mas não peguei a brisa, achei longo, meio doido demais, com um final pouco satisfatório. Talvez seja culpa minha por não gostar muito do gênero, mas não é o tipo de livro que eu recomendaria.
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Raquel Marina 19/12/2023

Gostei da leitura de Mandíbula, principalmente pela escrita da autora. Ela trata de temas complexos e faz isso com densidade e sensibilidade. Por vezes descreve cenas perturbadoras, mas não o faz de modo leviano. O livro só não me agradou mais, porque depois da metade o livro acaba perdendo o ritmo e fica muito cansativo, as divagações das personagens são muito longas e por vezes repetitivas.
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Fabíola 12/12/2023

Não queria terminar essa leitura nunca, foi incrível e tão gostosa, mesmo sendo complexa.
É um livro curto mas não acho possível ler em um dia por ser um pouco pesado e complexo. Recomendo ler devagar e apreciar cada momento (:
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regifreitas 02/12/2023

MANDÍBULA (2018), de Mónica Ojeda; tradução Silvia Massimini Felix.

A jovem escritora equatoriana Mónica Ojeda constrói aqui um romance, no mínimo, ousado.

Primeiro, em relação à forma. Trata-se de uma narrativa polifônica, desenvolvida a partir do ponto de vista de diferentes personagens. Os capítulos também têm formatos variados. Nos mais "tradicionais", o narrador-onisciente mergulha na cabeça da personagem ao ponto de quase ser um relato em primeira pessoa. Os parágrafos, por vezes, são longuíssimos, estendendo-se por páginas e páginas. Há também capítulos configurados como listas, e outros em que os diálogos se desenrolam como nos textos dramáticos.

A temática trabalhada também é bem incomum. Basicamente é o universo feminino retratado na sua face mais cruel, perversa e delirante.

A trama, resumidamente: Fernanda, uma estudante do Ensino Médio de uma escola católica de elite (Colégio Bilíngue Delta, High-School-for-Girls), destinada apenas ao público feminino, faz parte de um grupo de amigas que se encontra frequentemente em uma cabana abandonada. Essas garotas são fascinadas por filmes de terror e por histórias perturbadoras postadas na web. Um dia, Fernanda acorda em uma casa estranha, sentada em uma cadeira, com pés e mãos amarrados, vítima de um provável sequestro. Contudo, a sequestradora é Miss Clara, a professora de Literatura do colégio no qual Fernando estuda. Miss Clara, como as demais personagens deste romance, também é uma pessoa quebrada, assombrada por traumas e fantasmas do passado.

Aos poucos os fatos que levaram essas duas pessoas até àquela situação inusitada são desvelados ao leitor. O que vemos é um universo estranho e personagens igualmente desconcertantes.

Fiquei bastante curioso durante a leitura, principalmente em relação ao rumo da narrativa. Mas o final foi um pouco decepcionante. Contudo, deve-se ressaltar que Mónica Ojeda ao mesmo se atreveu a realizar algo bastante diferente do usual.

Leitura para o Desafio Livros & Sabores do mês de novembro: Equador.
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Kesy 01/12/2023

Visceral
Um terror psicológico muito bem escrito, capítulos bem amarrados, que incomodou, fez eu me questionar a leitura toda sobre traumas, medos e desejos, relacionamentos e desapegos.

As personagens femininas que eu queria ler, rebeldia com motivação, nada fica sem um motivo.

A autora sabe escrever sobre o que é ser mulher, por isso é uma leitura indigesta, complexa e perturbadora. Diferente do que tenho lido anteriormente onde personagens femininas são construidas, para agradar e se tornar "heroinas" de seu tempo, porém vazias e incompletas. O horror causado pela leitura me lembra de que não existem apenas essas "heroinas" para nos espelhar, mas pessoas ruins que tornam a experiência muito mais humana e real!
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Maíra 19/11/2023

Mais ou menos.
Eu fui com muita expectativa nesse livro e fiquei um pouco decepcionada, normalmente gosto de escritoras latinas, mas a Monica Oeja usou muitas referências de escrita estadunidense, achei uma versão feminina de O apanhador no campo de centeio hahahah
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Alexsander.Rosa 31/10/2023

O Deus Branco
Vou ficar refletindo sobre este livro por um bom tempo... que história fantástica, bem escrita.
A autora se inspira em concepções sobre o duplo, se inspira em Psicose, e usa disso e mais elementos para escrever uma história tão crua e verdadeira sobre o universo feminino, a puberdade, a relação mãe-filha, o medo de crescer e o medo da juventude (tão opostos, tão complexos, mas tão verdadeiros).
É visceral, a carta da Anne para a Clara me despertou tantos sentimentos, e o capítulo final da Miss Clara conversando com a Fernanda... hipnotizante.
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