O Ateneu

O Ateneu Raul Pompeia
Franco de Rosa




Resenhas - O Ateneu


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bobbie 29/03/2021

Descobrindo a literatura brasileira canônica
Durante muito tempo, "recusei-me" a estudar a literatura do meu próprio país. Formei-me em Letras, língua inglesa, sem a ordinária extensão para a língua portuguesa, e deleitava-me com as literaturas de língua inglesa - americana e britânica, principalmente - deixando de lado a literatura nacional. O mestrado em literaturas de língua inglesa não contribuiu para que tal cenário mudasse, tampouco o doutorado em literatura comparada (mesmo usando uma obra brasileira, usei outra norte-americana em comparação). Até que, anos depois, estou me dando o presente de conhecer os grandes brasileiros das letras, principalmente aqueles que ousaram, em tempos mais opressores e "tradicionais", falar da homossexualidade. Em O Ateneu, o narrador-personagem Sérgio nos conta de suas lembranças da época em que, começando aos 11 anos, passou 2 anos no internato que dá título ao romance. O que mais me interessa nesse livro é a observação de normas de vigilância conforme estudadas por Michel Foucault e as relações interpessoais de protetor-protegido (eraste/eromeno na Grécia antiga, sobre o que inúmeros estudiosos, incluindo o próprio Michel Foucault, se debruçaram). Fica clara aqui as relações de gênero "invertidas", algumas como rito de passagem da infância para a idade adulta, outras como relações homossexuais mais concretas.
Daniel.Malaquias 24/11/2021minha estante
Confesso que o que despertou-me o interesse por este romance foi justamente a questão homossexual velada nele contida.




Marcela.Nogueira 28/03/2021

O ateneu
Percebe-se o quanto a experiência foi perturbadora pela narrativa do autor. Em várias passagens tive dificuldade em entender os acontecimentos. A ênfase são os sentimentos do protagonista, o que torna a obra meio abstrata. Mas nota-se como os personagens reagem ao ambiente, tentando sobreviver a ele. Ou como está escrito logo na primeira página; " Vais encontrar o mundo no Ateneu. Coragem para a luta".
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Nati 07/03/2021

Exageradamente Rebuscado
O Ateneu, um livro de premissa interessante e desenvolvimento intrigante. Contudo, sua linguagem e escrita exageradamente culta e rebuscada torna-o cansativo e lento. Além de atrapalhar o ritmo com duas descrições desnecessárias e palavras inusitadas, que, muitas vezes, são essenciais para o completo entendimento do que está a acontecer.
Apenas o li por causa do vestibular e não indico que você faça-o, caso não seja por motivo similar. Não acredito que valha a pena o tempo gasto para ler essa obra que mais parece que o autor desejava expor seu vocabulário amplo e requintado, do que, realmente, escrever um livro.
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Sandy 02/03/2021

Livro bom, mas muito confuso
Adorei a história em si, em como Sérgio vai moldando sua personalidade de acordo com tudo oq vai acontecendo, porém a leitura é penosa e muito difícil
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Camiyuki 01/03/2021

Dos clássicos, esse é um dos meus favoritos! Aborda temáticas extremamente necessárias, e que, são atuais. Uma das coisas mais marcantes pra mim, foi o retrato da mercantilização do ensino.
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Nat 04/02/2021

^^ Pilha de Leitura ^^
Narrado em primeira pessoa por Sérgio, o livro narra a vida no colégio interno Ateneu. Sérgio descreve suas amizades e as coisas que os meninos aprontavam. Imagino que o sucesso inicial do livro se deve ao fato do autor insinuar a homossexualidade no colégio, por mais de uma vez. Mas o livro não é só isso, também mostra o diretor super narcisista e a influência de sua personalidade nos alunos; o descaso com atendimentos médicos; alunos com mensalidades atrasadas tratados de forma diferenciada; enfim, é uma obra complexa e o final é muito simbólico. Contudo, ela demorou a engrenar para mim, além de ter uma linguagem muito rebuscada. Resumindo, é uma obra interessante, com certos exageros, e é possível de se entender porque foi tão importante na época.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Suely Cristina 17/01/2021

O Ateneu
Depois de 30 anos, reli esse clássico para agora trabalhar com meus alunos. Na época, achei uma leitura muito difícil, Raul Pompéia usa um vocabulário muito rebuscado. Trata-se de uma obra de memórias, o menino Sérgio representa o próprio autor, já que as impressões sobre a vida no colégio interno descritas no livro batem com sua biografia. Uma questão tratada aqui, um tabu para a época, é a da homossexualidade. Recomendo!
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Mateus 17/01/2021

Aquele clássico impressionista e impressionante
Não sou do tipo de leitor que faz metas literárias, mas em 2021 lancei o desafio: ler obras brasileiras clássicas que sempre ouvi falar, mas nunca tive oportunidade (ou ânimo) de conferir. Por nenhum motivo específico, escolhi “O Ateneu”, de Raul Pompéia, como o primeiro livro da lista. Como todos já devem imaginar, trata-se de uma leitura bastante difícil, mas que foi uma grata surpresa pela grande qualidade da obra.

A premissa do livro é bastante simples: um garoto, Sérgio, é enviado por sua família para estudar em um famoso internato do Rio de Janeiro, o Ateneu do título. Se a princípio a vida no internato parecia estimulante, com o passar dos dias Sérgio descobre um “microcosmo” exatamente como o mundo lá fora, com regras rígidas, professores hipócritas e colegas cruéis. Em meio a esses elementos, o personagem deixa a infância e ingressa na idade adulta, sofrendo com todas as angústias típicas da fase.

“O Ateneu” é considerado o único romance impressionista brasileiro, tendo assim grande importância para a literatura nacional. As obras impressionistas têm como principal característica trazer “impressões” sobre o mundo, com uma linguagem vibrante que descreve subjetivamente pessoas e objetos.

É justamente o que temos aqui: uma obra repleta de impressões de Sérgio de sua vida no Ateneu. A título de exemplo, trouxe essa simples descrição de uma viagem do garoto ao Corcovado: “Avistávamos por hiatos de perspectiva a baía, o oceano vastamente desdobrado em chamas, extenso cataclismo de lava”. Como o foco aqui são as impressões, o livro não traz um grande desenvolvimento de sua história. Há início, meio e fim, mas pode incomodar pela falta de elementos básicos da literatura tradicional, como clímax.

Acompanhar a escrita de Raul Pompéia não é nada fácil. Mesmo após ler dezenas de clássicos, tive certa dificuldade em alguns momentos de “O Ateneu”, precisando recorrer ao dicionário em muitas páginas. Mas ao se acostumar com essa escrita tão característica, você acaba se apaixonando pela beleza e pela poesia das palavras de Pompéia. Sobretudo por entender que a obra é a visão de Sérgio sobre sua juventude, representando uma “crônica das saudades” – saudades do passado, da infância e da ingenuidade, que não voltam jamais.
Rafael 02/03/2021minha estante
Bela resenha!




Pedro 31/12/2020

Livro obrigatório da UNICAMP
Achei o livro bem difícil, e um pouco cansativo. Uma releitura futuramente pode mudar minha opinião.
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cristina 31/12/2020

O Ateneu, de Raul Pompeia - Nota: 5.5/10
A educac?a?o na?o faz almas: exercita-as - capítulo 11

Foi uma leitura arrastada devido à linguagem utilizada pelo próprio Pompeia.
O personagem principal também não me marcou. Apesar da história ser contada em primeira pessoa, achei Sérgio, o narrador, distante do leitor. Acredito que estou muito acostumada com as interjeições, xingamentos e brincadeiras dos personagens machadianos.
Enfim, não pretendo revisitar e não recomendo a leitura. Acredito que só aqueles que realmente apreciem o realismo devam tentar desvendar as inúmeras páginas descritivas, as alusões desnecessárias e a impessoalidade dO Ateneu.
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Roberto Soares 26/12/2020

"Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta."

O que foi esse início?
Um aviso, uma promessa, um incentivo ou uma ameaça?
Seja lá o que for, se cumpriu.
Sérgio encontrou o mundo no Ateneu. Como escreveu Ivan Marques em sua apresentação do livro, dentro dos muros do internato aquela criança recém-saída do conforto doméstico e do carinho maternal encontrou a arte, a ciência, a filosofia, a moral, a religião, a política, a história, o belo e o feio, o pequeno e o grande, o particular e o universal, o bem e o mal.
Pompeia narra a vivência de uma criança durante seus dois anos em um internato carioca, mas sua escrita vem de um punho adulto, portanto o objetivo e o subjetivo se misturam e se contaminam, mesclando a candura e a inocência com o fervor de uma convicção apaixonada contra o império corrupto e destrutivo de Aristarco. Não são apenas os fatos que preenchem as páginas de "O Ateneu", mas a consciência e a repercussão destes na mente agitada do narrador (e autor).
Como livro, "O Ateneu" se aproxima de uma obra completa, entrelaçando as principais tramas que moldam uma sociedade. Como internato, o Ateneu é uma sociedade, um treinamento para o que está para vir por trás daqueles muros.
Os percalços de Sérgio são os percalços da sociedade brasileira, não só daquele tempo, porque nunca saímos do pântano, só nos arrastamos de um lodaçal para outro. A própria imagem da princesa Isabel, regente, nos eventos do colégio, já nos estimula a prever o que estava acontecendo quando da escrita deste livro, escrito e publicado no ano da aprovação da Lei Áurea e um ano antes do fim da monarquia e da proclamação da República, que traria a esperança de uma sociedade mais justa. (Obs.: Kkkk)

Já as duas primeiras linhas do livro me deram o que refletir. "Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu." Essa saída do ambiente familiar, essa castração da dependência e do conforto domésticos para a introdução ao Real do Mundo (em todos os seus aspectos), é um ritual comum na literatura, principalmente nos romances de formação (onde, na minha opinião, "O Ateneu" se encontra). Na vida real, a Iniciação sempre foi um arquétipo identificado em todas as sociedades, desde a tribo mais primitiva na Nova Guiné até as grandes cidades, como Londres e Nova Iorque, onde o indivíduo é introduzido como espectador e participante aos mistérios do mundo. Mas e hoje, mais especificamente na nossa sociedade, como nossas crianças "encontram o mundo"? A resposta é fácil: na internet. Mas que mundo é esse, e qual a sua verdadeira ligação com a realidade além das telas? Que tipo de sociedade esse microcosmo virtual revela, e quais são/serão suas repercussões nas formas como os jovens apreendem a realidade e se posicionam nela?
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Mykael 23/12/2020

Leitura difícil
Eu havia falado que esse foi o primeiro clássico que li, mas lembrei que já li outros. E não sei se é porque era os anos 1880 ou se é porque o autor tinha esse estilo de escrita, mas eu realmente achei muito difícil, do começo até a metade do livro, de entender tudo o que tava acontecendo. Foi necessário um dicionário pra procurar várias e várias palavras. Acho que entendi uns 65% do que Raul Pompéia quis passar no livro. A leitura foi ficando cansativa e eu só queria que acabasse logo.
MAS não é um livro horrível! Tem bons personagens, boas aventuras e um bom "desenrolar" da história. O problema foi a linguagem de difícil entendimento. Daqui a 10 anos eu releio e provavelmente darei uma nota maior ?
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EduardoCDias 17/12/2020

Inquietações infantis
No séc. XIX um garoto de 10 anos é colocado pelo pai num colégio interno. Durante o ano que se passa ele faz novas amizades, perde outras, cultiva paixões proibidas e participa de traquinagens e aventuras, recebendo os castigos devidos. Percebe-se que sente falta da família, principalmente da mãe, apegando-se à mulher do dono da escola. E, no fim, vê tudo terminar de maneira triste.
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Natália Ranhel 12/12/2020

Realismo não é minha praia. Com isso, o livro todo foi extremamente arrastado, cansativo e pareceu apenas uma sequência de descrição de situações.
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