Resenhas - 1984

Isabela 01/06/2024

Explosão de cérebro, mas pra mim, um pouco óbvio!
A cabecinha do autor (George) é uma caixinha de surpresas pra mim. Foi um pouco cansativo no começo, mas no desenrolar do livro, foi surpreendente e me deixou tão presa...
É estranhamente a realidade e se existe fé, é nos proletários.
Agora sobre a escrita, eu creio que não seja tão difícil a leitura assim, principalmente pra leigos.

Rosie 01/06/2024

O GRANDE IRMÃO ESTÁ DE OLHO EM VOCÊ
Fazia muitos anos que queria ler esse livro.
Meu primeiro contato com o Orwell foi em 2019 e desde lá eu não tinha pegado mais nada dele para ler.

Sempre que leio uma edição penguin preciso deixar meu comentário de o quanto a tradução, notas, e introdução/pós são espetaculares para o leior! Sou apaixonada por todo o trabalho que envolve as obras Penguin!! Sobre a obra em si não há muito o que ser comentado já que é uma obra bem conhecida e famosa. Todos sabem sobre o que ela trata, mas você só entenderá o sentido e a mensagem quando lê-la.

A primeira parte da história é a introdução de todos os problemas. Onde temos o Winston no mundo distópico e super controlado. O personagem de cara já é aquele personagem rebelde clássico desse gênero literário. Gostei que aqui Winston é cercado por uma inseguração e medo o tempo todo, o que trás essa atmosfera durante toda a leitura.

Na segunda parte temos então o relacionamento proibido e profundo entre Winston e Julia, que particularmente foi um sofrimento para eu conseguir ler, simplesmente um saco. Até então já tinha desistido de dar 5 estrelas para a obra. Com tudo, o relacionamento deles passa a ser visto de uma forma diferente por ambos: Winston via aquilo como uma afronta ao Partido e estava disposto a ir mais a fundo com a "revolução" contra o Partido com Julia - que também é uma rebelde; entretanto Julia queria ficar inconsciente/adormecida do problema político à sua volta, era uma rebelde, sim, mas também queria viver em uma bolha de indiferença.

Um detalhe que estive guardando para meus comentários é que nessa segunda parte temos um aprofundamento mais complexo sobre a política - em grandes e bons lados de todas as potências desse universo. Durante muitos dessas informações políticas eu me encontrava cansada e sem muita paciência para ler tais coisas por serem repetitivas e por já entendê-las de certa forma, até que a frase "os melhores livros, são aqueles que lhe dizem o que você já sabe" apareceu e eu nunca concordei tanto com algo na vida como com essa citação.

O segredo aqui foi o plot no último capítulo dessa parte dois, simplesmente me fez mudar minha opinião sobre a história toda até então. Definitivamente o melhor e maior plot de toda minha vida literária até hoje!!

Já na terceira parte, posso dizer que foi a mais difícil e triste para mim. As vezes me pegava fungando e com os olhos marejados por pena por toda a situação do personagem. O final foi previsível. Não é aceitável um final feliz mesmo se Orwell tivesse nos dados um. Dentro desse mundo escrito, é insaceitável qualquer felicidade e final de contos de fadas são inexistentes.

"[...] Não era desejável que os proletas tivessem ideias políticas sólidas. Deles só se exigia um patriotismo primitivo, que podia ser invocado sempre que fosse necessários fazê-los aceitar horários de trabalho mais longos ou rações mais reduzidas. [...] A invenção da imprensa, contudo, facilitava a tarefa de manipular a opinião pública, e o cinema e o rádio aprofundaram o processo. Com o desenvolvimento da televisão e o avanço técnico que possibilitou a recepção e a transmissão simultâneas por intermédio do mesmo aparelho, a vida privada chegou ao fim. [...]"

Obrigada por ler,
se cuide
bjs
:)

Rute.Lessa 01/06/2024

Impotência e deseperança do homem moderno
George Orwell escreveu "1984" em um contexto de monotonia, escassez e burocracia na Grã-Bretanha pós-Segunda Guerra Mundial, refletindo também os medos do totalitarismo que assombravam o Ocidente devido às recentes experiências com a Alemanha nazista, a União Soviética e a China. O romance imagina um futuro aterrador em 1984, onde uma superpotência chamada Oceania é governada pelo Partido e seu líder, O Grande Irmão (Big Brother), que impõe uma obediência absoluta em ações e pensamentos. A narrativa segue Winston Smith, um funcionário do Partido Externo que trabalha no Ministério da Verdade, onde falsifica registros históricos. O romance destaca a capacidade do estado de distorcer a realidade, mostrando um sistema onde a hipocrisia ideológica e a manipulação psicológica são a norma. Orwell mostra-se preocupado após ter testemunhado tantas guerras e desgraças da humanidade. Ele viu como ideais e teorias podem ser pisoteados e descartados conforme o momento, destacando uma discussão antiga, mas ainda atual.

Winston começa a escrever em um diário, iniciando nossa história com um crime em 1984, onde a realidade é manipulada pelo Estado. As teletelas estão em todos os lugares, e o Grande Irmão dita tudo. Ao longo da narrativa, conhecemos o mundo em que vive, dividido em castas, similar a "O Conto da Aia". As castas são: Partido Interno, com roupas pretas; Partido Externo, com roupas azuis; e os Proletas, sem instrução e embrutecidos pelo trabalho diário, semelhantes aos "Sansão" em "A Revolução dos Bichos".

Não existe privacidade, um paralelo com os dias atuais, onde nossos celulares estão sempre ativos. Em 1984, a privacidade é roubada pelas teletelas, com punições pelo pensamento-crime e o duplipensamento. Quem desagrada o Grande Irmão torna-se uma despessoa, eliminada pelo Estado, desaparecendo da existência à medida que a verdade é constantemente modificada, nunca sendo permanente ou imutável e observando ao nosso redor, fazendo-nos questionar nosso conceito de liberdade.

A linguagem é uma ferramenta de manipulação das massas, é usada para controlar o povo, com corrupção, manipulação das emoções populares e falsificação da verdade. O abandono do socialismo em favor de um projeto de poder fascista reflete o totalitarismo de Stalin, mostrando que a essência do comportamento humano, com o desejo de poder absoluto, permanece a mesma. A Novafala é a única língua que não ganha novas palavras ao longo do tempo, pelo contrário, diminui para que o pensamento seja suprimido ou distorcido com a linguagem. As pessoas tornam-se menos inteligentes, incapazes de expressar o que pensam por não ter palavras para tal. Uma linguagem empobrecida leva à lealdade cega ao partido, sem a possibilidade de pensar o contrário. A memória é apagada, e 2+2=5. Como Winston escreve: "A essa altura não sabemos absolutamente nada sobre a Revolução e os anos que a antecedem. Todos os registros foram destruídos ou falsificados, todos os livros foram reescritos, todos os quadros foram repintados, todas as estátuas, todas as ruas, todos os edifícios foram renomeados, todas as datas foram alteradas. E o processo continua dia a dia, minuto a minuto. A história se interrompeu. Nada existe além de um presente interminável no qual o Partido sempre tem razão. Eu sei, naturalmente, que o passado foi falsificado, mas eu jamais teria condições de provar esse fato, mesmo que tenha sido eu mesmo o autor da falsificação. Depois que a coisa está feita, nunca resta nenhuma prova. A única prova está dentro da minha cabeça, e não tenho nenhuma certeza de que outro ser humano partir de minhas lembranças (p. 185)."

Eufemismos são usados para minimizar o caos em 1984. Isso preocupa, pois embora distópico, vivemos com a geração TikTok, que pesquisa tudo por inteligência artificial e pode não reconhecer a escravidão por figuras de linguagem, muitas vezes sem a vontade de investigar. É como se assistíssemos em tempo real 1984 acontecer, com uma geração preguiçosa diante de tanta tecnologia. O livro não é uma profecia... será?

(Próximas leituras: os dois livros pertencentes a trilogia "utopias negativas", Nós, de Zamyatin, e Admirável Mundo novo, de Aldous Huxley.)

tomasvrbadawife 31/05/2024

É realmente um livro muito bom, e na maioria das vezes eu até parava e quebrava a quarta parede de tanto choque (e detalhe, os caras consegue te convencer de um jeito tão estratégico que eu fiquei uns 3 dias pensando que 1+1 era realmente 3)

Pedro.shintani 31/05/2024

2+2=5
1984, um clássico escrito por George orwell, é uma das obras mais populares e influentes de todos os tempos.
O livro conta a história de wiston Smith, um homem que vive em um regime totalitário chamado grande irmão. Wiston conhece uma mulher chamada Júlia, que também é contra o partido.
Um livro clássico e que muda sua visão sobre o governo e a política em si

Giulia29 31/05/2024

GEORGE ORWELL THE MAN U ARE!!!
MAIOR DISTOPIA DO SÉCULO!! Esse livro é literalmente mind blowing, confesso q o começo é um pouco tedioso por conta da riqueza de detalhes q Orwell nos dá, mas por outro lado isso nos ajuda ao longo da narrativa a entender totalmente o cenário da história. 1984 é um livro de 1948 que reflete na nossa sociedade até hoje, fala sobre mazelas sociais, manipulação, desigualdade de classes, traição e regimes ditatoriais. Esse livro deveria ser leitura obrigatória por todo o mundo, de verdade comecei a enxergar as coisas de maneira diferente depois da leitura!

isa 31/05/2024

O livro tem uma história interessante, dá para fazer muitas analogias também com a realidade. Mas é uma leitura chata e arrastada, li por ser obrigatório na disciplina da faculdade.

Everton.Vasconcelo 31/05/2024

Ótima leituta. De uma forma bem firme e direta, traz uma critica social necessária para os dias de hoje. A construção do ambiente e dos personagens são fascinantes.

Elô 31/05/2024

A distopia
Bem... Como dizer isso?
Passei muito tempo tentando ler esse livro, durante a pandemia não sai do capítulo 1, em 2022/23 tentei novamente, mas não conseguia entender a história, não saía do lugar.
No início desse ano tentei novamente, até me engajei na leitura, dei alguns passos, mas parei.
Até que finalmente consegui, li todas as 300 e tantas páginas. Claro que demorei na leitura, mas não me cobro quanto a isto, o que me importa é que consegui.

Sobre o livro em si...
A história é muito boa, não confunde o leitor, os personagens são bem interessantes, principalmente Winston.
Esse homem que trabalhava no ministério da verdade parecia ser apenas mais um entre tantos outros que viviam suas vidas monótonas, sendo vigiados pelas teletelas.

No início fiquei confusa quanto ao tipo de governo, se era comunista ou totalitário.

A trama gira em torno de Winston, que no decorrer da história, pratica várias ações consideradas crimes, pelo partido.

Mas ele se esqueceu que nada passa despercebido pelos olhos do BIG BROTHER (GRANDE IRMÃO)

biancaamaiaf 30/05/2024

1984
é um livro bom, que retrata algo que já aconteceu na história de uma maneira muito mais pesada. uma ditadura distópica (acho?

não é muito meu estilo de livro, talvez por isso eu tenha achado um leitura meio arrastada (que literalmente precisei me forçar a terminar)

a história é interessante, acho que meu problema foi a escrita um pouco mais pesada do que to acostumada, talvez.

?Contudo, se o objetivo não era sobreviver, mas permanecer humano, que diferença fazia em última análise? Eles não podiam alterar seus sentimentos; assim como você também não poderia alterar os próprios sentimentos, mesmo que quisesse. Eles podiam expor cruamente, nos mínimos detalhes, tudo o que você fez ou disse ou pensou; porém o mais íntimo do coração, cujos caminhos seriam misteriosos até para si mesmo, permanecia inacessível.?

Diogo279 30/05/2024

Distopia assustadora
Sem dúvidas, independente do tempo em que foi escrito, 1984 continua sendo uma leitura obrigatório, principalmente pelo pensamento político e social.

A criação, mesmo que de um universo distópico, ter a liberdade ceifada, até mesmo seus pensamentos controlados, viver sob o regime de um Estado extremamente autoritário; é algo que traz a sensação de horror e sufocamento.

Entender o contexto de obras como as de Orwell é essencial para se ter mais profundidade. Em 1984 ele constrói uma distopia futurística, mas que já estava em andamento desde a sua época.

E desde a sua publicação, de tempos em tempos a obra se torna presente, podendo ser comparada com diversos momentos históricos marcados pela política.

nizomar 30/05/2024

Clássico provado pelo tempo.
Um grande clássico em que Orwell, para além das análises primárias que comparam as previsões que se realizaram, fala de temas que atravessaram o tempo.
Dentre os vários conceitos discutidos ao longo do livro, o diálogo em O' Brien explica a Winston Smith a ideologia do partido é chocante: o poder não tem finalidade. A finalidade do poder é o poder.
O duplipensamento - convivência com ideias opostas e inconciliáveis, mas igualmente aceitas como verdade - ficou marcado para mim como a forma de pensar atualmente.

Lara 30/05/2024

Uma distopia ou uma profecia?
Quando iniciamos a leitura de 1984, se pararmos para pensar em nossa realidade, e nos imaginarmos num mundo com o Partido e o Grande Irmão, achamos que é algo irreal e que nunca aconteceria. Bom, pelo menos eu pensei assim.
Mas depois de finalizar a leitura, principalmente depois de ler as três reflexões no final, eu percebi que para termos um Partido como em 1984, é muito fácil. E isso realmente poderia acontecer. Além de que, muitas coisas descritas em 1984 já existem ou já acontecem hoje.
Resumindo, 1984 nos mostra como a evolução da humanidade pode ser maléfica ou até mesmo fatal. É um livro que nos faz pensar e nos deixa a espera de um Grande Irmão no futuro.

Dricadejesus 30/05/2024

1984
Um livro muito bom, recomendo para quem quiser ler..Talvez um pouco chato no início, mas logo depois fica bom.

Maria16970 30/05/2024

Uma leitura de muito aprendizado
É realmente impressionante como a narrativa de "1984" consegue transmitir a sensação de agonia e impotência vivida pelo protagonista Winston diante do controle totalitário do Estado.
A forma como Orwell descreve a distopia e a manipulação da verdade, incluindo a mudança do passado e a imposição de uma realidade distorcida, é profundamente perturbadora e instigante. A sua percepção sobre como os sistemas totalitários muitas vezes começam prometendo igualdade de direitos, mas acabam subvertendo a verdade e restringindo as liberdades individuais é muito relevante.
Essas reflexões são fundamentais para compreender as ameaças à democracia e à liberdade em nossa própria realidade, especialmente diante da disseminação da manipulação da informação em massa que presenciamos atualmente.