A Curva do Sonho

A Curva do Sonho Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin




Resenhas -


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edisik 24/05/2023

O protagonista é capaz de mudar o mundo com seus sonhos, é uma boa premissa, mas ao executa-la faltou algo ao personagem principal que deixou ele apático, sem carisma nenhum. É uma leitura mais lenta para você não acabar perdendo algo da história. Geralmente 224 páginas eu leria em 2 dias, mas acabei levando 6 para terminar o livro.
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letssissio 02/09/2021

?O ser, que não sendo nada além de si mesmo, é tudo.?
Esse foi meu primeiro contato com a mestra da ficção científica, Ursula K. Le Guin, e posso dizer que fui prazerosamente surpreendida. O livro é sobre Orr, um homem comum em quase todos os aspectos, menos em 1, seus sonhos têm o poder de alterar a realidade. Diante desse poder incrível e proporcionalmente perigoso, Orr tenta buscar uma maneira de lidar com tanto poder em suas mãos. E nessa trajetória, ele esbarra com o Dr. William Haber, que após presenciar os efeitos da habilidade de Orr e acreditar nele, passa a tomar atitudes questionáveis, colocando não só Orr em perigo, mas também toda a humanidade.
Esse livro é literalmente uma viagem por uma realidade que, sem nenhuma pausa, te faz refletir sobre a sociedade em que vivemos e o custo da solução de problemas que assolam os indivíduos que vivem no mundo contemporâneo. A obra inúmeras vezes explora o limite entre a finalidade e os meios usados para obtê-la, repensando a frase inspirada pelo pensador Maquiavél de que os meios justificam os fins. Será mesmo? Até que ponto os malefícios causados pelos modos são aceitáveis em busca de uma finalidade ?para o bem de todos?? O bem maior deve ser usado como justificativa para a supressão do restante da população que não faz parte do grupo beneficiado? E se o que você acha que é a ?realidade ideal? não condiz com a opinião de outras pessoas? A opinião de quem deveria ser levada em conta na hora de moldar a realidade? A sua, a minha, a de um homem considerado doente mental pela sociedade ou a de um médico sedento por poder?
Além dos questionamentos provocados, o livro atemporal aborda com proeza temáticas socialmente relevantes como a superpopulação, problemas climáticos, disponibilidade de recursos, sede por poder, racismo e muitas outras.
O livro é curto, quando considerada a quantidade de temas abordados e as reflexoes que causa nos leitores. A leitura é fluída, na minha opinião, sobretudo após o 5 capítulo, de forma que é comum demorar um tempo pra se engatar na leitura. Mas no final, a experiência vale mais do que a pena. Eu decidi ler esse livro pra sair da minha zona de conforto e ler gêneros que nao tenho tanto costume de ler, mas depois de ter contato com a história que Ursula criou com maestria, tenho a impressão de que ficção científica será um gênero muito mais frequente entre as minhas leituras do que o esperado.
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 18/02/2020

Já Li
Publicado originalmente em 1971, o livro se passa em Portland (Oregon, Estados Unidos) no ano de 2002. A cultura é praticamente a mesma da década de 1970 nos Estados Unidos, embora empobrecida. Há também uma guerra massiva no Oriente Médio, com o Egito e Israel aliados contra o Irã. O aquecimento global causou estragos na qualidade de vida em todos os lugares do mundo.
O protagonista é George Orr. Quando George sonha, o sonho literalmente vira realidade. Aliás, aqui faço um adendo: não só vira realidade como transforma a realidade do mundo. Por exemplo: se George sonha que um prédio não existe, assim que ele acorda o prédio não está mais lá, e ninguém sequer se lembra que o prédio um dia existiu. Assim, não é difícil entender que George evita ao máximo sonhar e acaba ficando viciado em diversos tipos de droga. Por causa do vício, George é obrigado a fazer terapia de desintoxicação com um psiquiatra chamado William Haber que lhe explica que é humanamente impossível ficarmos sem sonhar, pois o sonho faz parte de um processo cerebral indispensável à vida.

Até este ponto da leitura, eu estava muito interessada. A premissa criada por Le Guin é muito interessante e me peguei pensando em todos os sonhos que já tive e que bizarro seria o mundo se eles o transformassem. Também estava curiosa para ver qual seria a reação de Haber quando descobrisse do que George era capaz.
Haber, então, procura usar o poder de George para mudar o mundo. Suas experiências com uma máquina de biofeedback/EEG, apelidada de Amplificador, aprimoram as habilidades de George e produzem uma série de mundos alternativos cada vez mais intoleráveis, com base em uma variedade de premissas utópicas (e distópicas).
Quando Haber instrui George a sonhar com um mundo sem racismo, a pele de todos no planeta se torna um cinza claro uniforme. Uma tentativa de resolver o problema da superpopulação se mostra desastrosa quando George sonha com uma praga devastadora que destrói grande parte da humanidade e dá ao mundo atual uma população de um bilhão em vez de sete bilhões. George tenta sonhar com a existência de "paz na Terra", resultando em uma invasão alienígena da Lua que une todas as nações da Terra contra a ameaça.

Um dos meus problemas com este livro foi a personagem de Haber. Cada vez que ele aparecia em cena, eu revirava os olhos, pois os diálogos com ele eram extremamente maçantes. Haber só sabia falar das tecnicidades dos sonhos e do Amplificador, e eu me sentia lendo um parágrafo de TCC. Achei um erro feio de Le Guin, que dificultou muito a fluidez da leitura e, pior ainda, o desenvolvimento de um vínculo com Haber. Embora ele tenha boas intenções quando manipula os sonhos de George, Haber é tão chato e tão entediante que faz toda a dinâmica se perder. Ele poderia ter sido um anti-herói incrível, mas não foi.
O que se conecta com meu outro problema do livro, que é o próprio George. Ele é muito insosso. No começo da narrativa, ele deve ser insosso, então até aí tudo bem, mas em algum momento da história ele deveria evoluir. Mas esse momento demora tanto a chegar - tanto! - que, quando chega, quase no final do livro, eu já não queria mais saber do herói.
Assim, consequentemente, passei quase toda a leitura resmugando, porque não aguentava mais a dinâmica entre os dois chatos, Haber e George. E, para piorar, a cadência do enredo é muito lenta e eu quase desisti da leitura algumas vezes.

Há também o interesse amoroso de George, Heather, mas o relacionamento deles me pareceu um elemento forçado. Não me convenceu nem me cativou.

O legal mesmo deste livro é acompanhar as mudanças de realidade e as consequências no mundo e na sociedade. Achei um exercício de imaginação muito interessante e foi nisso que Le Guin me ganhou. Mesmo quando os alienígenas são introduzidos à realidade da Terra pareceu uma realidade possível e natural e, se o livro tivesse explorado mais (e melhor) estas especulações, teria completado seu potencial de obra-prima.
Por causa disso, é uma leitura que recomendo, apesar dos pontos negativos que identifiquei nesta resenha.

site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2020/02/ja-li-109-curva-do-sonho-de-ursula-k-le.html
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Steff 05/12/2021

Looping infinito
Por onde começar? Acredito que preciso falar sobre ter parado de resenhar os livros que leio, só assim consigo justificar resenhar esse. O motivo? Correria do dia a dia, lógica de que se eu não resenhar vou ter mais tempo de ler novos livros (talvez não se aplique), mas a única coisa que importa é por qual motivo resolvi resenhar "A curva do sonho"?
É preciso falar que não sei definir se minha experiência com ele foi 100% algo (entenda esse "algo" como boa ou ruim). Não costumo abandonar livros pela metade, mas esse me gerou uma vontade enorme de deixar de lado, demorei muito para conseguir engatar na leitura (tento desde agosto), fiquei extremamente confusa no início e a coisa toda veio fluir depois do capítulo 5, mas ainda assim me senti insegura em continuar.
Sonhos virando realidade? Que temática incrível, foi isso que me chamou atenção, mas com o passar da leitura o meu receio foi de que o livro entrasse em um limbo impossível de ter solução. A falta de sensibilidade do leitor sobre os acontecimentos gerados a partir dos sonhos de Orr pode tornar a leitura monótona e sem sentido, mas ao longo da leitura consegui contornar a situação.
As discussões apresentadas são trabalhadas a partir de uma relação com a realidade como conhecemos e uma paralela, a abordagem torna tudo mais interessante. Esse é um livro para refletir, há nele questões do campo político, econômico, filosófico, social, étnico-racial, psiquiátrico, ambiental e tantos outros que só em uma leitura minuciosa se tornam perceptíveis. A trama foi desenvolvida de forma que mesmo gerando confusão é instigante por retratar elementos e tabus emergentes na realidade atual, mesmo sendo um livro escrito em 1971.
Apesar de tudo, o motivo mais forte que me fez querer escrever foram os questionamentos: Quais os caminhos que a sede de poder pode levar? A posse do poder te corrompe ou só aflora o existente? Até que ponto a intencionalidade de um determinado sujeito em modificar o mundo em prol do "bem" pode contribuir positivamente? Quais os critérios que podem ser considerados a buscar o "melhor" para uma sociedade? Esse progresso e solução é relativo às concepções dos sujeitos, então não há resolução completa para problemas reais? Até que ponto Orr é alheio ao caminho que seus sonhos estão levando o mundo? Haber deve ser condenado por suas ações se ele agiu em função de um "bem maior"?
São perguntas em aberto, algumas consigo trilha uma meia resposta, mas outras me intrigam e deixam sem resposta alguma. Além dos questionamentos, um dos maiores motivos foi a minha revolta em relação aos caminhos adotados, mesmo que de forma inconsciente, para resolver as questões da realidade.
Diante disso, é interessante perceber que há um conflito entre a possibilidade de solucionar as problemáticas e seus limites, isso por conta da concepção sobre a natureza do homem em que não há possibilidade para a erradicação da violência e de conflitos, estando esses presentes em níveis diferentes, mas nunca ausentes independente da realidade criada. Seria possível um mundo diferente? A humanidade está condenada à perversidade? O mundo só existe conforme há batalhas a serem combatidas? O que você faria com um poder desse em mãos para moldar o mundo? Você não estaria sendo cruel com alguma existência? Quem sabe não é mesmo?
Por fim Indico o livro com ressalvas, vale a pena e é interessante, mas é denso e necessário ter bastante paciência.
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Evy 05/02/2023

"Quem, sendo são, conseguia viver neste mundo e não enlouquecer?"
Este foi meu segundo contato com Ursula K. Le Guin e definitivamente eu me tornei fã dessa autora. Ela já havia me conquistado em A Mão Esquerda da Escuridão, mas neste consolidei totalmente o que penso sobre ela: uma autora genial e à frente de seu tempo.

"Não valia a pena. Não havia solução. Orr estava onde tinha estado há meses: sozinho, sabendo que estava louco e sabendo que não estava louca, simultânea e profundamente".

Vamos acompanhar a jornada de George Orr, um cidadão pacato e mundano que descobre que seus sonhos tem o poder de alterar a realidade. Cada vez que ele acorda o mundo está um pouco mais estranho e só ele é capaz de saber como era antes. Desesperado, começa a tentar tomar medicamentos que o façam apagar de alguma forma sem ter sonhos e entra no radar do governo que o encaminha para um psiquiatra.

"O que chamamos de 'mal' é produto da civilização, suas coações e repressões, que deformam a autoexpressão espontânea, livre, da personalidade".

Dr. William Haber é super cético em relação aos sonhos de Orr, mas ao longo das consultas e do tratamento que inicia em seu paciente, começa a entender o poder que ele possui e habilmente começa a manipular o uso dele em prol da humanidade segundo seus próprios princípios. O mundo, que já então, era assolado pela instabilidade climática e superpopulação, começa a ter um destino cada vez mais perigoso.

"Não tenho força alguma, não tenho personalidade alguma, nasci para ser um instrumento. Não tenho destino algum. Tudo o que tenho são sonhos".

A habilidade narrativa de Úrsula é surpreendente nesse livro que devorei em poucos dias, e os assuntos abordados são tão atuais e necessários hoje quanto o era em 1972 quando recebeu o prêmio Locus. Os acontecimentos surreais que os sonhos de Orr trazem para a realidade e as conversas e reflexões entre ele e o psiquiatra são extremamente interessantes e enriquecem demais a leitura.

"A vida em si é uma grande aposta contra as probabilidades, contra todas as probabilidades!".

Extremamente inteligente e de certa forma profético, esse livro é um clássico da ficção científica escrito por uma mulher e eu super recomendo a leitura!
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Wania Cris 03/07/2021

Um sonho que se realiza pode se tornar um pesadelo
Curva do Sonho conta a triste vida de George Orr que carrega um distúrbio que muitas pessoas desejam: os sonhos dele se tornam realidade.

Mas o que é sonho para muitos se torna a aflição de George que teme que suas alterações da realidade causem distúrbios para o mundo e vê na terapia uma chance de se livrar desse fardo... então...

O livro é maravilhoso, com um início bem instigante e esclarecedor, porém, à medida que a estória transcorre algumas coisas se perdem e, perto do final, fica bastante confuso, o que atrapalhou minha percepção. Ninguém mandou ser burra, né?

A escrita de Ursula é sempre deliciosa e o cenário que ela constrói é um dos mais reais que já li. Tava sendo uma leitura muito boa enquanto eu estava entendendo alguma coisa.

Recomendo a leitura por ser tratar da Dama do Sci-fi, mas é preciso atenção nos dois capítulos finais.
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Dizinha 29/01/2022

Melhor ficção!
Um livro sonhos, o inconsciente, sobre profundezas, o ético e o antiético.

Um livro para se pensar no poder dos sonhos, condicionados a nossa própria realidade . No quanto nós permitirmos ser controlados, ou qual ilusórias são nossas concepções sobre livre arbítrio.
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FabyTedrus 16/01/2023

A Curva do Sonho - Ursula Kroeber Le Guin
Talvez eu tenha abusado da minha cabeça tentando retomar a rotina de leitura com esse livro, digamos que eu poderia ter curtido mais um livro "menos louco". Só não sei dizer se ler esse livro em outro momento teria mudado minha opinião sobre ele, não sou fã de livro descritivo demais e esse é bastante.
A introdução é SUPER interessante, imagina sonhar um sono que vira realidade? Parece super legal, principalmente se a gente pensa em sonho como algo que faz sentido ou que é sempre legal e acredita que vai ser simples assim, mas DEFINITIVAMENTE não é assim. Sabe aquele meme que fala que os sonhos tem significado e a gente sonha que esta tomando banho numa banheira, usando uma bicicleta, carregando uma guitarra e conversando com um urso panda azul? Pois é, imagina agora isso numa escala mundial e apocalíptica... essa é a pegada do tipo de sonho no livro.
Não da pra dizer que todos os "sonhos efetivos" do livro são ruins, no meio de toda a loucura algumas coisas legais acontecem, mas além dos sonhos tem a história em volta que também é bem complicada e, na minha opinião, desinteressante.
Sendo assim, não consigo dizer que me envolvi com a história ou com os personagens e a leitura foi um tanto maçante na minha opinião (como disse, não sou fã de livros muito descritivos). Espero que o sonho de livros/leituras melhores, seja um "sonho efetivo" e não seja mal interpretado.
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Bruno 21/06/2020

Uma das MELHORES ficções do ano até agora
George Orr, aos vinte e poucos anos, acorda depois de uma overdose de remédios inibidores de sonhos adquiridos com cartões de automedicação emprestados de conhecidos. Orr tem muito medo de sonhar, e agora é considerado um viciado em remédios.

Para não ser processado e preso por fraude no sistema de automedicação, ele é enviado para Tratamento Terapêutico Voluntário (TTV) com o psiquiatra especialista em sonhos dr. Haber. Por que George tem medo de sonhar? Porque, desde os seus 17 anos, alguns de seus sonhos alteram a realidade de uma forma que ele é incapaz de controlar.

Quando ele tem os sonhos que chama de eficazes, a realidade é mudada desde o passado, como se ele fosse transportado para um universo diferente, onde só ele se lembra de como as coisas era antes.

Toda essa trama fantástica, digna de prêmio apenas pela premissa, é conduzida com maestria pela autora e somada a uma carda polícia e distópica que cria novos pontos de interrogação à medida que transforma os anteriores em vírgulas. Ursula molda o mundo que lemos e os nossos próprios pensamentos sobre ele. A narração em terceira pessoa, que transita entre o ponto de vista de diferentes personagens, torna a história tão incrivelmente imersiva que se torna difícil - impossível, diria - sair da obra ileso.

Uma ficção especulativa como eu nunca vi antes. Incrível do início ao fim. E, para melhorar, o enredo é construído de forma tão especial que cada leitor tece uma leitura única do livro à sua frente; duas leituras nunca são iguais.

Recomendo com todas as fibras do meu ser. Leiam Ursula K. Le Guin.
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Lenas 14/02/2021

O livro é sobre um homem chamado George Orr que pode mudar o mundo com seus sonhos (literalmente). De vez em quando, ele tem um sonho particularmente vívido (sonho efetivo?) e, ao acordar, tem duas linhas de memórias: as memórias do que existia antes de seu sonho e novas memórias de um passado que ele nunca viveu.

O resto da humanidade só se lembra do novo conjunto de memórias. Então o que aconteceria se esse poder pudesse ser aproveitado? Quais seriam as consequências de mudar as coisas? Enquanto George quer se livrar disso por todas as implicações que traz, o médico que indicam para ajudá-lo quer se ?aproveitar? disso.

Gostei muito da premissa e do personagem principal, embora ele tenha sido tão passivo que me irritou às vezes. Já o outro personagem, que seria o médico, me irritou o tempo todo. Sempre querendo dar respostas longas e só vendo as coisas sob a própria perspectiva egoísta. Inclusive, foram esses monólogos dele que me fizeram ir perdendo o interesse durante a leitura.

Pra finalizar, este é um daqueles livros que nunca dá todas as respostas e que tem o final muito confuso no sentido de mostrar como ou se as coisas foram resolvidas. Particularmente não gosto de finais assim, mas lerei outros livros da autora antes de tomar uma decisão definitiva sobre a escrita dela.
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Nathy 17/09/2021

Sonhos...?
Uma estória bem interessante, fiquei meio confusa com o final, mas é interessante pensar em como seria se nossos sonhos acabassem interferindo na realidade... No geral ele é um livro bom, interessante, nos faz pensar, gostei da leitura.
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Deza Farias 01/08/2023

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Começo avisando que esse não é o tipo de livro que costumo ler, então a resenha pode não sair como eu gostaria por não saber me expressar. Não tenho costume (e nem gosto) de ler sci-fi. Porque eu sempre acho confuso e não quero que isso reflita na minha opinião sobre o livro.

Aqui vamos conhecer Orr um homem que vive atribulado por seus sonhos efetivos, e que pra suprimi-no-los ele acaba tomando muitos medicamentos, até ser descoberto e ser mandado para fazer tratamento terapêutico voluntário.
Tudo que Orr sonha de forma efetiva se torna realidade. Num dia o mundo está lotado, noutro a maioria da população sumiu. Tentando melhorar e entender o que acontece, ele aceitar ir para a terapia.
Porém o Dr. Haber é muito ambicioso e ver em Orr uma forma de melhora as coisas para o mundo e para ele obviamente, além de trabalhar numa nova maquina de sonhos que ele está desenvolvendo, usando Orr como cobaia.
Usando hipnose ele sugere os sonhos para Orr. Porém claro Orr não fica satisfeito ao saber que está sendo usando e vai fazer de tudo para se livrar das mão ambiciosas de Haber.

O livro tem um conteúdo muito filosófico e científico, coisa que eu não gosto. Porém apesar de tantos termos técnicos o livro tem uma leitura rápida, pois a escrita é muito gostosa. As vezes era difícil saber se o que estava acontecendo era a realidade ou o sonho de Orr. Amei a idéia de alienígena querendo conviver com os humanos. Eu adoraria conviver com os aldebarianos depois que o medo passasse kkk. Gostei bastante da evolução dos personagens e da participação da Lelache. A descrição das cenas é muito vívidas.

O livro trás pautas inteligentes como a ambição do homem e como o poder pode corromper. E as consequências quando o homem inventa de brincar de Deus. E como a mente humana pode ser perturbadora.

A autora conseguiu transmitir muitas coisas num livro tão curto. Mas em algumas partes o livro se tornou um pouco repetitivo o que deixou a história um tantinho cansativa, mas nada que prejudique a leitura.
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Nazrat 15/10/2023

Sonhos efetivos
Uma ideia muito boa a premissa do livro. Sonhos que mudam a realidade - inclusive o passado. O desenvolvimento da história, as dúvidas sobre as intenções dos personagens, a esperança e as infinitas possibilidades deixam a trama muito dinâmica. E a autora não decepciona, dá uma vontade de saber como continuaria a história!
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Miria.Oliveira 12/10/2021

Me surpreendeu
Primeira ficção científica que eu leio e me surpreendeu positivamente, é um livro curto mas com uma grande reflexão e com uma história maravilhosa.
Recomendo a todos!
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Karoline 08/10/2021

Que viagem extraordinária é esse livro! Entretanto, vejo pelos comentários por aqui, que não é uma história muito consensual. Particularmente, foi uma das minhas melhores leituras do ano, e me encontro um pouco em choque com a atualidade, tanto na escrita quanto nos temas abordados pela Le Guin (foi escrito nos anos 70, gente! SETENTA!!).

Uma narrativa que não está interessada em deixar as explicações muito claras, exatamente pelo fato de elas não serem relevantes, no final. O que importa aqui é ter a ciência de que somos parte de algo muito, muito maior, e que o que sabemos é como um grão de areia no meio da praia. É como o Orr comenta em uma passagem:

"Não sei se a nossa vida tem um propósito e não acho que isso tenha importância. O que importa é que somos um componente. Como um fio no tecido ou uma folha de relva no campo. A relva existe e nós existimos. O que fazemos é como o vento soprando a relva."

Adorei como a autora inverte os conceitos e ações, os quais acreditamos serem os corretos, em relação a crise ambiental, ao racismo e à desigualdade social. A complexidade do doutor Haber está exatamente nessa inversão, a qual nos deixa pensando se o fim desses problemas um dia será possível sem que seja preciso nós nos tornamos tiranos durante esse caminho de suposta "paz".

Amei forte e queria muito conhecer o Orr na vida real. Acho que ele seria uma companhia incrível pra uma conversa no finzinho da tarde, comendo uns biscoitos e tomando um cházinho. Poderia ser ele, a Heather e aquele chefe dele do final do livro, mas esse aí não vou comentar muito porque é melhor conhecer ele no susto, como eu fiz. haha

Recomendadíssimo para qualquer um que queira se aventurar em uma jornada muito louca e linda, mas principalmente, para os sonhadores.
letssissio 08/10/2021minha estante
Mais pessoas deveriam ler esse livro! ele é ótimo! E sua resenha está incrível?
Espero que mais pessoas sigam seu conselho e leiam!!


Karoline 08/10/2021minha estante
Obrigada!! Perfeito mesmo. ;)




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