Verde Eu - Laboratório Poético

Verde Eu - Laboratório Poético Ingrid Azevêdo




Resenhas -


1 encontrados | exibindo 1 a 1


Stefânea 08/02/2019

Como deitar na grama
"Ah, o verde... Essa cor sinônima de liberdade [...]"

Atris, escritora e graduanda de Letras com Espanhol, Ingrid Azevêdo arriscou todas as suas fichas ao publicar, em 2018, seu primeiro livro. Intitulado "Verde Eu", este conjunto de poesias é um relato fiel de todas as inquietações dessa jovem nordestina do agreste baiano, que achou na escrita uma forma, nem sempre tão simples, de se expressar.

"As palavras saem como respiração [...]"

Em seu pé de poesias do agreste, Ingrid Azevêdo destrincha, em poemas divididos em versos, diversos sentimentos. Amor, paixão, desilusão, luta e resistência. As vezes há até uma mistura e isso que dá beleza a obra, pois nos identificamos. A juventude é um período conturbado que todos precisam passar, logo, é real.

"Me retiro dos lençóis e me atiro da janela do 7º andar do prédio chamado solidão [...]"

Como o título já sugere, a obra é verde. Tanto pela presença forte e marcante da natureza durante todo o livro, quanto pela prematura maturidade da autora, que aos 20 anos, ainda tenta se encontrar. É possível notar esse amadurecimento ao ler, pois cada poema fica mais profundo, mais intenso, mais verdadeiro. Deixamos de ver poemas de amor e contemplação, para ler uma pura poesia de crítica e luta. A medida que os poemas em versos vão virando pequenas narrativas poéticas, e vemos que obra que não se prende a uma coisa só, tomamos consciência de tal maturidade.

"Eu sou de cá, do agreste da Bahia, onde o sol nasce amarelo, se põe vermelho, cor de terra e alegria"

Com ilustrações incríveis e acabamento impecável, ao ler, conseguimos sentir a natureza do nordeste ao nosso redor. Apesar de algumas rimas desnecessárias e alguns poemas mais confusos, ler essa obra é como deitar na grama, ouvir o som das ondas ou sentir o cheiro de terra molhada quando começa a chover. Uma obra simples, leve e rápida. Que te abraça sem você nem perceber.

"Sorrio. Durmo. Tá tudo diferente, mas nada mudou."
comentários(0)comente



1 encontrados | exibindo 1 a 1


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR